T.J. Miller - Café com Filme

Jogador N°1 | Novo trailer oficial e sinopse

Quando o criador de um jogo MMO (multiplayer massivo online) chamado "Oasis" morre, ele libera um vídeo em que desafia todos os jogadores a encontrarem um Easter Egg (um item secreto), que dará a um sortudo toda sua fortuna. Wade Watts (Tye Sheridan) encontra a primeira pista e começa uma corrida pelo tesouro.

A Hora do Rush 2 | Trailer oficial e sinopse

O Inspetor Lee serve de guia ao detetive James Carter em suas férias em Hong Kong. Até que dois americanos são assassinados pelo grupo de Ricky Tan, assassino do pai de Lee, que por isso decide resolver o caso.

Rambo IV - John Rambo | Trailer legendado e sinopse

Uma guerra civil acontece há quase sessenta anos na fronteira com a Birmânia, envolvendo os birmaneses e a tribo karen. John Rambo (Sylvester Stallone) vive no norte da Tailândia, onde pilota um barco no rio Salween. Cansado de lutar, Rambo leva uma vida simples e solitária, apenas acompanhando o fluxo de rebeldes e refugiados. Até que surgem Sarah Miller (Julie Benz) e Michael Burnett (Paul Schulze), dois missionários que desejam levar alimentos e remédios às pessoas afetadas pela guerra.

Inicialmente relutante, Rambo aceita a proposta de levá-los pelo rio. Mas dez dias depois o pastor Artur Marsh (Ken Howard) o procura, dizendo que os missionários foram capturados e que havia recolhido dinheiro para contratar mercenários para resgatá-los. O pastor agora quer que Rambo leve os mercenários até o local onde ele deixou os missionários, mas ele decide também participar da operação de resgate.

Crítica do filme Z: A Cidade Perdida | A aventura está logo ali

Nós aprendemos ao longo da vida sobre a ganância e a desejo infindável do homem em desbravar cada canto do planeta — o que geralmente inclui a necessidade de acabar com inúmeras formas de vida e também a imposição de tirar proveito de tudo e todos.

Neste nosso mundão enorme e cheio de surpresas ainda existem lugares que não foram tocados pelo homem, lugares onde ainda há esperança e paz. Todavia, os exploradores sempre se esforçaram em chegar aos mais remotos cantos para explorar o desconhecido.

Alguns nomes gravados na história ficaram conhecidos pelas barbáries, outros como o de Percy Fawcett, no entanto, foram eternizados pela vontade de conhecer diferentes habitats, variadas culturas e histórias escondidas nas pedras.

O explorador inglês é famoso por suas aventuras pelo mundo lá por meados de 1910 e 1920, mas principalmente pela expedição em busca da Cidade Perdida de Z. O destino em questão ficava no coração da Amazônia e, supostamente, era feito de ouro. Em “Z: A Cidade Perdida”, podemos acompanhar esta jornada para conhecer os segredos da América do Sul.

O grande explorador da natureza

Apesar de ser um soldado e de sonhar com condecorações, Percy Fawcett se destacou por sua destreza em explorar territórios e mapear tudo que via pela frente. Um dos focos do filme é esta mudança na carreira do protagonista, que o levou a deixar a agressividade do campo de batalha para assumir a bandeira da aventura e da compreensão para com o próximo.

Assim, um tanto da história se desenvolve com base na relutância de Fawcett e, depois, outro pelo fascínio que ele desenvolveu pela mata e os diferentes seres humanos que dão vida a tal ambiente. O personagem nos guia de forma empolgante pelos cenários desconhecidos e se mostra aberto às novidades, sempre motivado pelo anseio de realizar uma grande conquista e também de voltar para sua família como um homem de muito orgulho.

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A representação do homem frente às câmeras é muito similar à de um Indiana Jones das selvas, mas com um heroísmo mais controlado, já que o perigo não é tão recorrente. Nesse ponto, a escolha de Charlie Hunnam (que também é o protagonista do novo “Rei Arthur: A Lenda da Espada”) para o papel foi curiosa, mas, após ver o resultado, também foi muito surpreendente.

O roteiro de James Gray foca bastante na personalidade diferenciada de Fawcett, que tenta a todo instante convencer os demais sobre os inúmeros segredos da Amazônia e a necessidade de dar atenção especial aos povos inteligentes do local. Uma mente dessas parecia bastante rara para a época em que o filme é ambientado, já que o homem branco ainda era supremo perante qualquer outro povo.

Em sua simplicidade, o explorador britânico conquista o público ao mostrar parcimônia para com a missão e um trato diferenciado para com aqueles que conhecem a mata. Com muito tato para abraçar o personagem, Hunnam faz aqui um ótimo trabalho, principalmente ao guiar muitos dos coadjuvantes pela jornada inusitada.

O mundo é belo e cheio de surpresas

Ao longo de vários capítulos, temos a oportunidade de embarcar na jangada de Fawcett pelos rios em meio à Amazônia, rumo aos matagais e às belas cachoeiras da fronteira entre a Colômbia e o Brasil. Os cenários permeados por tons de verde guardam inúmeros segredos, incluindo animais, armadilhas e tribos que dão algum tom de perigo à jornada.

Em busca de realismo, a produção “Z: A Cidade Perdida” levou quase oito anos para ser finalizada, sendo que muitos dos ambientes no filme realmente foram gravados na floresta da América do Sul. A fotografia é simplesmente arrasadora. Cada palmo explorado pelas lentes de James Gray nos leva a respirar esse ar de aventura permeado por uma flora de beleza ímpar.

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Apesar do verde predominante, o tom sépia é marcante em muitas cenas, talvez para dar a característica de época ao filme. Com alguns flashbacks e viagens para outros cenários, essa mudança no colorido até acaba fazendo sentido, até para não deixa o espectador cansado diante de tanta natureza.

E o termo “tanta” merece ser grifado, pois este longa-metragem é realmente longo. Ele não precisa de subterfúgios para deixar a história mais interessante, sendo que todo o material apresentado é, de fato, essencial para a composição da história. Todavia, esse aviso é importante para os desavisados que vão buscando um filme mastigado do tipo blockbuster.

Este é um filme histórico e muito investigativo, pautado muito na fotografia e no diálogo, então não espere ação desenfreada. O convite é para uma viagem pela floresta e pelas memórias de um grande explorador, sendo que as descobertas são o grande prêmio. Nesse sentido, temos aqui uma obra muito rica em detalhes e bastante curiosa.

A jornada pensada em detalhes

Nessa missão de descobertas, os nomes que completam a equipe são conhecidos, mas o destaque fica para Robert Pattinson. Com barba volumosa e muito peso na história, ele faz um ótimo trabalho ao complementar as lacunas no roteiro. Sienna Miller e Tom Holland são outros dois grandes personagens que dão um tom diferenciado à história.

Inclusive, Sienna Miller dá vida à Nina Fawcett, esposa do explorador que faz bons questionamentos na obra, principalmente no que diz respeito à questão do papel da mulher na sociedade daquela época — até porque ela era muito participativa nas pesquisas e queria ter seu reconhecimento.

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Contudo, o filme só fica mesmo completo com a participação dos nativos, que não apenas atuam, como dão vida à história. Sem a presença dos índios, certamente o resultado seria muito abaixo do esperado, então é uma vitória ver esse tipo de cuidado. Legal também ter a participação do ator italiano Franco Nero aqui, ainda que só numa pontinha.

Para dar coerência à aventura, o time de produção caprichou muito nas maquiagens, nos figurinos e também nos objetos que dão consistência aos cenários. Tudo foi pensado com cuidado e orquestrado para casar perfeitamente com a trilha empolgante. Apesar do ritmo cadenciado, “Z: A Cidade Perdida” tem um charme incomum no cinema, com uma magia legítima que nos leva a uma experiência bastante gratificante. Recomendado ver na telona!

Crítica do filme Antes Que Eu Vá | Nunca é tarde para mudar a vida de alguém

A sinopse oficial de “Antes Que Eu Vá” diz que Samantha Kingston (Zoey Deutch) é uma jovem que tem tudo o que um adolescente pode desejar da vida. No entanto, a gente poderia simplesmente dizer que Samantha Kingston é o tipo de adolescente que ninguém aguenta.

Com aquele típico arzinho de superioridade que somente as garotas a la Regina George conseguem ter, ela e seu grupinho excludente formado pelas populares Lindsay (Elena Kampouris), Elody (Medalion Rahimi) e Ally (Cynthy Wu) arrasam o coração dos garotos e a autoestima das outras meninas, enquanto envergonham e tratam mal a família, os amigos de infância, e toda e qualquer adolescente que foge aos padrões - como é o caso de Juliet (Elena Kampouris) e Kent (Logan Miller).

Nada anormal para uma vida de ensino médio (lembrando que "normal" não quer dizer "bom", né), até que um dia tudo muda para Samantha. Ao voltar de uma festa com as BFFs, ela sofre um terrível acidente que promete encerrar precocemente a sua vida. Mas é aí que ela acorda novamente como se nada tivesse acontecido e tem a chance de reviver esse dia e mudar seu destino - e o dos outros ao seu redor.

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Baseado no livro de Lauren Oliver e como roteiro adaptado para o cinema por Maria Maggenti, o longa-metragem “Antes Que Eu Vá” foi dirigido pela jovem cineasta Ry Russo Young e estreou nos cinemas de todo o Brasil na expectativa de se tornar o mais novo “Como Eu Era Antes de Você” . A comparação, no entanto, só faz sentido por se tratarem de dois filmes youg adults, porque são duas produções bem diferentes na premissa. 

Se ele consegue se aproximar deste bestseller/blockbuster que conquistou o coração das adolescentes de todo o mundo? Segue comigo na leitura pra descobrir!

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Bom, vamos começar dizendo que não tem como ser igual ao Como eu Era, porque “Antes Que Eu Vá” não tem o ingrediente principal, que é a mãe de dragões, a não queimada, a nascida da tormenta, a rainha da porra toda. Tem uma jovem e talentosa Kéfera Zoey Deutch ("Tirando o Atraso", "Tinha que ser ele?", a série "Ringer").

Assim como ela, todo o elenco da produção é bem pouco conhecido, o que não necessariamente é uma coisa ruim, já que Hollywood às vezes precisa se renovar e é bom ver filmes com rostos frescos pra gente também não enjoar. O fato é que Zoey e as demais atrizes e atores juvenis que fazem o arco principal do filme fazem um bom trabalho e não podemos reclamar que haja qualquer atuação medíocre durante o longa-metragem.

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A protagonista inclusive até impressiona bastante, considerando que sua expressividade é essencial para o bom andamento da trama, que acaba se concentrando muito na maneira como ela lida com os acontecimentos.

E sabem quem mais está no elenco do filme? Erica Tremblay, isso mesmo, a irmãzinha do nosso galã mirim favorito, Jacob Tremblay. A pequena, no entanto, apesar da fofice, não alcança o nível de atuação do irmãozinho, embora agregue bastante ao longa com sua participação.

Dia da Marmota versão Young Adult

Livros como “Antes Que Eu Vá” seguirão fazendo sucesso por toda a eternidade, já que sempre teremos adolescentes para se identificar com personagens como Samantha, Lindsey, Ally e Elody - e, principalmente, Juliet e Kent. Por isso, não foi surpresa nenhuma quando anunciaram a gravação de um longa inspirado na história que estourou nos Estados Unidos em 2010.

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Mas, sabe qual é a coisa mais impressionante sobre esta história? Que ela foi escrita inteirinha num blackberry, durante os trajetos de metrô que a autora fazia entre um compromisso e outro. Que, apesar da pilha de clichês necessários à construção da história, da vastidão de caminhos possíveis a seguir, e de não trazer absolutamente nada de novo, o filme consegue oferecer bons momentos ao espectador e até mesmo surpreender um pouquinho nos detalhes.

Mesmo em sua premissa mais básica - a de ficar presa em um único dia, que pode muito bem ser o pior dia de sua vida - o roteiro agrega uma outra questão já mais explorada do que tudo terminar em um sonho, que é escolher adolescentes entre seus protagonistas e incluir o tópico bullying no meio.

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Convenhamos, amigos, que ninguém aguenta mais histórias de bullying e ódio gratuito dentro dos famosos high schools norte-americanos. O cinema e a televisão criaram mais material de análise para trabalhos de comunicação e psicologia para análise de representação e endereçamento de bullying do que a política brasileira criou sobre democracia, ultimamente. Mas, sabe por que a gente continua falando sobre isso? Porque continua acontecendo, então tem mais é que falar mesmo.

Mas "Antes Que Eu Vá" consegue ser mais do que apenas mais um filme sobre bullying. 

Isso porque a diretora conseguiu realizar uma produção bem redondinha, que não é nada cansativa, conciliando muito bem todos os elementos dessa composição.

A montagem do filme é muito boa e a cronologia dos fatos é super bem organizada, enquanto que os diálogos inteligentes e personagens consistentes dividem espaço com uma trilha sonora pra lá de pertinente, adequada ao público que vai procurar este título nas bilheterias.

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A iluminação e a paleta de cores é o único ponto que incomoda um pouco o espectador, especialmente no começo do filme. Ao pender desde os primeiros minutos para tons mais escuros e sombrios, apesar de todo o colorido característico do universo adolescente, o longa mostra logo de cara a que veio e deixa claro que não quer ser nenhuma brincadeirinha teen com assunto sério.

"Antes Que Eu Vá" parece jogar já nos primeiros takes a dica pra quem não sacou só com o título: esse não é um filme alegre. 

O convite é: senta, vamos discutir bullying e vamos falar sobre a responsabilidade que cada um de nós precisa ter com seus atos, e sobre como tudo o que fazemos reflete também sobre a vida dos outros, e não somente sobre a nossa própria.

Discussão mais do que válida e bastante bem feita nesse longa-metragem, sem encher o saco do espectador que já entendeu a mensagem de que bullying não é legal. Recomendado pra todos os tipos de público!!