Crítica do filme Dragon Ball Super: Broly

Poder e loucura ilimitados!

por
Thiago Moura

02 de Janeiro de 2019
Fonte da imagem: Divulgação/20th Century Studios
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 5 min

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Essa crítica não contém spoilers além do que já foi visto nos trailers, mas quanto menos você souber, melhor será a sua experiência assistindo.

Com o término de Dragon Ball Super e o Torneio do Poder era apenas uma questão de tempo até uma nova saga começar. Felizmente não demorou muito, “Dragon Ball Super: Broly” é o pontapé inicial para novas aventuras com fenomenais batalhas espetaculares e estridentes.

Para os fãs de Goku, sua história de origem e o que aconteceu com a raça guerreira Saiyajin não é novidade, mas o filme inicia com alguns detalhes a mais sobre a função e a relação entre eles e o exército de Freeza, além de destacar três crianças particularmente importantes: o príncipe Vegeta, Broly e Kakaroto, além de seus respectivos pais e sua motivações e desejos para com seus filhos.

Por conta do assombroso poder de luta de Broly, o rei Vegeta envia a criança para o planeta Vampa (ou Bampa na versão dublada). Seu pai, Paragus, acredita que o rei fez isso apenas por inveja e medo, por seu filho ser muito mais poderoso que o príncipe Vegeta.

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Muita porrada, pouca história

Não é novidade que a história de Dragon Ball sempre foi bastante rasa, deixando o destaque para as batalhas. Sobretudo nos filmes, raramente há algo de realmente novo e surpreendente, já que as tramas principais são abordadas durante o anime, e em “Dragon Ball Super: Broly” não é diferente. Não vou entrar em detalhes para não entregar a trama, mas é visível que o filme serve como ponto inicial para algo maior.

Por exemplo, as esferas do dragão que emprestam o título a série, são reunidas por Bulma para conceder um desejo, mas acabam sendo roubadas por capangas de Freeza. Tanto Bulma quanto Freeza pretendiam utilizá-las por um motivo bem bobo, talvez para adicionar uma dose de humor totalmente desnecessária.

É claro que dentro da trama do filme as esferas estarem por perto são justificadas, mas analisando individualmente esses detalhes acabam por denegrir os personagens que já são queridos pelo público.

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Broly agora é cânone

Anteriormente Broly já havia aparecido em episódios especiais e OVAs, mas não era considerado canônico dentro da série. Apesar de sua popularidade, muitos achavam Broly um personagem raso demais, com uma fúria injustificada pelo choro de Goku quando era criança, sem contar seu vocabulário limitado.

Kakaroto!

A versão do filme é muito mais inocente e carismática e sua insanidade é resultado de um pai abusivo e um poder elevado demais para qualquer pessoa controlar sem enlouquecer.

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O céu resplandece ao meu redor

Felizmente Akira Toriyama botou suas mãos no projeto, ouviu os fãs e remodelou o Lendário Super Sayajin para fazer parte do enorme universo de Dragon Ball Super. A direção fica por conta de Tatsuya Nagamine e o roteiro é de Toriyama, que supervisionou o longa assim como os dois anteriores “O Renascimento de Freeza” e “A Batalha dos Deuses”.

O ponto alto e o motivo de todo mundo ainda assistir Dragon Ball são as lutas. E pode ter certeza que nesse quesito, não há nada do que reclamar. As lutas estão impressionantes, cada movimento de Goku, Vegeta e Broly são de tirar o fôlego e você só vai se pegar pensando qual o limite dessa loucura visual maravilhosa. Destaque para um breve momento em que vemos a luta contra Goku do ponto de vista de Broly. Fica difícil saber para quem torcer!

O final abre para muitas possibilidades interessantes, típico do trabalho de Akira Toriyama. É especialmente marcante o design dos personagens, existe até uma razão para Broly se vestir daquele jeito, sem contar os carismáticos Lemo e Chirai e o passado dos Sayajins em seu planeta.

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Liberdade é correr pelo céu

Vale lembrar todo o excelente trabalho de dublagem, todas as vozes originais estão presentes incluindo Wendel Bezerra como Goku, Alfredo Rollo como Vegeta e Dado Monteiro como Broly gritando muito! Sem dúvida assistir em um cinema bom é essencial, pois além da tela gigante o design de som está impecável.

De uma forma geral, “Dragon Ball Super: Broly” tem a essência de toda a série e com certeza será marcante para todos os fãs. Muito mais que apenas um “episódio longo” e lutas inacreditáveis, o filme adiciona um novo patamar de poder em um universo em que até Deuses da Destruição temem até onde o poder dos Sayajins pode chegar.

Fonte das imagens: Divulgação/20th Century Studios

Dragon Ball Super: Broly - O Filme

Saiyajin não possui limites!

Diretor: Tatsuya Nagamine Naohiro Shintani, Kazuo Ogura
Duração: 100 min
Estreia: 3 / Jan / 2019
Thiago Moura

Curto as parada massa.