Crítica do filme Mapa Para as Estrelas
Não sei o que pensar
Um filme cuja sinopse não dá muitos detalhes da trama sempre desperta a minha curiosidade, apesar de isso ser uma faca de dois gumes, afinal, a prática pode esconder uma trama intrigante ou algo sem sentido, inexplicável. “Mapa Para as Estrelas”, dirigido por David Cronemberg (“Marcas da Violência”) e roteirizado por Bruce Wagner (“A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos”), é um desses filmes.
Mas, ao final da exibição, eu ainda não consegui encaixar o filme em uma das duas categorias descritas no parágrafo anterior. A obra é, no geral, muito bem executada do ponto de vista técnico e traz um time de nomes bastante conhecidos de Hollywood liderados por Julianne Moore (“Para Sempre Alice”), mas a trama, o cerne todo da coisa, flutua entre o bizarro e o incompreensível.
No filme, Havana Segrand (Moore) é uma atriz decadente que faz de tudo para conseguir um papel de destaque em Hollywood. Nesse ponto, ela contrata Agatha (Mia Wasikowska) como assessora, mas sem conhecer o passado da moça e também as suas ligações com seu massagista Dr. Stafford Weiss (John Cusack) e sua esposa, Christina Weiss (Olivia Willians).
A metalinguagem da obra é latente, pois o filme se passa em Hollywood, explora um pouco toda a briga de egos que se esconde por trás das câmeras e também como às vezes a loucura toma conta das coisas. O jovem astro Benjie Weiss (Evan Bird), filho do casal Weiss, é mimado, egocêntrico e superprotegido, além de um tanto quanto perturbado, algo que vem de um problema familiar que se revela aos poucos.
O filme é difícil de ser explicado e eu Não consegui captar ao certo o objetivo da obra. Dá para dizer que curti a óbvia intenção de criar uma história chocante, mas sem ser pedante, apelativo. A trama é bizarra de um jeito diferente tanto pela forma como se desenrola quanto pelos personagens excêntricos e as situações perturbadoras nas quais eles se colocam.
As soluções para os problemas, a motivação de tudo e a personalidade de cada uma das pessoas que ganha destaque em “Mapa Para as Estrelas” o tornam um filme que provavelmente será bastante comentado, talvez até muito odiado, mas pouco explicado. Pessoalmente, eu recomendo.
Confira o trailer deste filme dirigido por David Cronenberg