Chloë Grace Moretz - Café com Filme

Uma Sombra na Nuvem | Trailer oficial e sinopse

No auge da Segunda Guerra Mundial, a capitã Maude Garrett (Chloë Grace Moretz) se junta à tripulação masculina de um bombardeiro B-17 com um pacote ultrassecreto. Pegos de surpresa pela presença de uma mulher em um voo militar, a tripulação testa cada movimento de Maude.

Assim como seu raciocínio rápido está conquistando-os, acontecimentos estranhos e buracos em sua história de fundo incitam a paranóia em torno de sua verdadeira missão. Mas esta tripulação tem mais a temer... espreitando nas sombras, algo sinistro está rasgando o coração do avião. Presa entre uma emboscada aérea que se aproxima e um mal à espreita, Maude deve ir além de seus limites para salvar a tripulação e proteger sua misteriosa carga.

Tom & Jerry: O Filme | Trailer dublado e sinopse

 Adaptação do clássico desenho animado da Hanna-Barbera, retornando às origens da história e mostrando como Tom e Jerry se conheceram. Depois de anos vivendo na casa de um casal de idosos que o trata como um animal de estimação, Jerry precisa se virar para sobreviver quando descobre que existem novos locatários no local. E pior do que isso: eles trouxeram consigo um gato.

A Família Addams 2: Pé na Estrada | Novo trailer legendado e sinopse

 A Família Addams 2 é a sequência da animação A Família Addams, lançada em 2019. O longa conta com as vozes de Charlize Theron (Mortícia), Oscar Isaac (Gomez), Chloë Grace Moretz (Wandinha), Nick Kroll (Tio Chico) e Snoop Dogg (Primo Coisa), sendo dirigida pelo diretor Greg Tiernan.

Sapatinho Vermelho e os Sete Anões | Trailer dublado e sinopse

Uma garota pensa ter encontrado a verdadeira beleza após achar sapatos vermelhos que dão a ela a aparência de uma princesa. Essa mágica atrairá o interesse da bruxa má, que quer roubar seus sapatos e sua beleza, e a atenção de sete anões que a levarão para viver grandes aventuras. Uma comédia familiar cheia de humor, romance e ação vai mostrar que tudo é 100% atitude e a verdadeira magia é ser você mesmo.

Crítica do filme Obsessão | Fixação, minha assombração...

A gente sempre ouve o quanto é perigoso dar trela para desconhecidos, mas ao mesmo tempo somos instruídos a praticar a gentileza para com o próximo. Contudo, num mundo com tantos relatos de psicopatas que comentem os piores tipos de abusos, ser generoso, às vezes, pode ser uma grande cilada.

Este é mais ou menos o caso em “Obsessão”, no qual acompanhamos Frances (Chloë Grace Moretz), uma jovem que acaba de se mudar para Manhattan e, num dos trajetos entre sua casa e o trabalho, encontra uma bolsa abandonada no metrô. Em vez de chamar o esquadrão antibombas, ela decide fazer o favor de levar o item ao seu dono, uma sorte, aliás, que havia o endereço para entrega em caso de extravio.

Foi assim, por um acaso do destino, que Frances acaba conhecendo (Isabelle Huppert), uma viúva bem mais velha que ela, que agradece gentilmente o favor e oferece uma xícara de café (até aí, eu também não recusava um convite desses). E tudo vai bem, tanto é que elas criam um laço de amizade inusitado, mas isso só até que a garota perceber alguns comportamentos esquisitos de amiga senil.

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É pautado nessa relação nada comum e pouco saudável que o filme elabora sua trajetória de suspense. Quer saber se é bom? Olha, eu sou suspeito pra falar, pois gosto do gênero e tenho admiração pela Huppert que tem um talento nato pra esse tipo de papel, mas particularmente eu gostei muito do desenrolar da coisa, tanto pela temática moderna quanto pelo clima de tensão bem intenso, mas vamos falar mais do filme.

Aí forçou a amizade...

O tema de “Obsessão” pode não ser novidade, já que temos vários filmes com perseguições, mas a situação inusitada, principalmente por conta da vilã incomum (ainda que não seja lá muito idosa, a antagonista não é um clichê em filmes de suspense), prende nossa atenção e dá o diferencial do filme. Todavia, apesar de funcionar muito bem, o filme deixa a gente com a pulga atrás da orelha por conta da circunstância pouco convencional da protagonista.

Ainda que o roteiro use de bons argumentos para colocar a personagem nesta situação, há uma série de recursos um tanto inacreditáveis que fazem parte do script perder sua credibilidade. Tudo bem, a jovem protagonista é simpática, acabou de chegar à cidade, tem poucos amigos, mas convenhamos que por mais inocente que a pessoa seja, ela dificilmente vai se envolver tão profundamente com uma desconhecida.

Apesar disso, esse tópico sobre “forçar a amizade” vale muito bem para o contraponto do roteiro, em que temos uma personagem bem desenvolvida e sólida, que poderia realmente enganar “suas presas” — e aqui a história usa bem várias desculpas para construir o background da vilã, além de apelar para o lado psicótico. A parte legal dessa personagem é que ela guarda muitos segredos, o que resulta em muito suspense e surpresas.

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A construção do clima de tensão foi bem planejada, tanto pela direção pontual de Neil Jordan, que já esteve por trás de projetos como “Caso 39”, quanto pela fotografia, que abusa das penumbras. O diretor mantém a câmera próxima da protagonista, impedindo que tenhamos noção do ambiente e ele usa truques para começar a confundir o público. Há poucos cenários utilizados, mas todos são tão escuros, que a gente toma uns sustos, mas nada de jump scare.

Com a boa atuação de Chloë Grace Moretz, que conduz muito bem o filme quase que sozinha, e a maestria de Isabelle Huppert, com um cinismo sensacional, o resultado final acaba sendo muito bom. Enfim, fica a dica final para quem gosta de um suspense inovador: “Obsessão” é uma cilada para deixar a galera bem grilada. E uma dica pra vida: não confie em ninguém.

Crítica do filme Suspiria - A Dança do Medo | Você acredita em bruxas?

É muito injusto compara o trabalho de Luca Guadagnino com a obra-prima do mestre Dario Argente. Lançado originalmente em 1977, o clássico Suspiria foi um marco do gênero, apresentando uma narrativa diferente, misturando terror e suspense com um estilo “gótico-lisérgico”.

A Dança do Medo, epiteto da refilmagem comandada por Guadagnino, acerta o tom para apresentar uma boa história de bruxas para uma nova geração de fãs de terror. O grande problema são as inevitáveis comparações com o original.

Como um fã de Argento, não compreendo o conceito por trás de refilmar Suspiria, mas ao assistir o trabalho de Luca Guadagnino eu entendo seus méritos e considero o filme uma espécie de anzol, uma ferramenta para fisgar o espectador e puxá-lo para dentro do barco de Argento. A Dança do Medo é um bom filme, mesmo que desnecessário em sua essência, e fãs de um bom suspense sobrenatural ficaram bem servidos, mesmo que a nostalgia ainda nos chame de volta ao clássico de Argento.

Escuridão, lágrimas e suspiros

Na Berlim dividida de 1977, entre a Guerra Fria e da Segunda Guerra Mundial, Susie (Dakota Johnson) — uma jovem menonita de Ohio — chega pra tentar ingressar na prestigiada escola de dança Markos. Com o recente desaparecimento de uma das estudantes, a jovem Patricia (Chloë Grace Moretz), Susie consegue uma audição, na qual apresenta todo seu talento e perfeccionismo, chamando assim a atenção da Madame Blanc (Tilda Swinton) uma das professoras líderes da instituição.

Mas essa é apenas uma das histórias que se entremeiam ao longo do filme, eis aqui um dos pontos altos e mais problemáticos do filme. O paradoxo é real, pois, diferentemente do que vemos no original, o roteiro é muito trabalhado, entrelaçando várias histórias dentro de uma narrativa só.

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O grande problema é que Guadagnino não consegue puxar todos os fios e amarrar todas as histórias.  São algumas boas ideias que nunca são devidamente exploradas e acabam por deixar o filme mais longo do que o necessário sem grandes recompensas no final.

O filme abre caminhos para discussões interessantes sobre história, memória, culpa, violência, maternidade, feminismo isso se de fato explorasse tais subenredos. No final, não ficamos com o “gostinho de quero mais”, mas com a sensação de que fomos privados de algo. A única trama paralela que é de fato abordada é de Klemperer, o psicólogo que tenta encontrar sua paciente desaparecida, Patricia.

A jornada de Klemperer adiciona muito ao filme, conferindo muito mais substância e motivação a um personagem secundário. Entretanto, o mesmo cuidado não se aplica as outras histórias secundárias que aumentam o filme não acrescentam conteúdo, uma pena, haja vista o potencial de algumas das premissas reveladas.

A linguagem escondida da alma…

O elenco do novo Suspiria é uma cabala de talento maior. Tilda Swinton, sempre interessante na tela, aparece como uma altiva e sóbria professora Blanc. A atriz mantém um olhar assustador ao longo de todo o filme e evoca o medo sem imposições físicas.

Enquanto isso, Dakota Johnson, mesmo sem muito brilho, consegue entregar um desempenho equilibrado, misturando bons e maus momentos na frente da câmera. Diferente de Chloë Grace Moretz, que apesar de aparecer em alguns poucos minutos, é muito mais impactante do que sua colega de cena.

Também vale destacar a presença de Mia Goth -- a britânica, filha de uma brasileira – que vem trilhando um caminho interessante desde a sua estreia em Ninfomaníaca. Outra menção honrosa é a participação de Jessica Harper, a Susie Bannion do filme original, que deponta em uma digna homenagem a atriz que protagonizou o filme de Argento. 

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O delírio é uma mentira que mostra a verdade

Podemos dizer que, em determinados momentos, essa refilmagem de Guadagnino é sim superior ao clássico de Argento, todavia a genialidade quintessencial da obra original sublima qualquer contraponto técnico. Argento usa a câmera de maneira angustiante, e abusa das cores para transformar o ambiente em parte da narrativa, algo podado justamente pelo refinamento técnico da refilmagem.

A fotografia proposta por Guadagnino é diametralmente oposta a de Argento, e funciona dentro de uma proposta estética e narrativa diferente da vista no filme original. Méritos também para Inbal Weinberg (Três Anúncios para Um Crime) que assina o design de produção e Giulia Piersanti (Um Mergulho no Passado) cujo figurino reconstrói os turbulentos anos 70 em uma cidade cuja divisão ideológica se materializava em um muro.

Além disso, a trilha sonora de Thom Yorke (da banda Radiohead) é outro ponto forte do filme. A melancolia característica do artista ajuda a traduzir o sentimento da época e o próprio medo inerente a saga de Susie.

Lindo e cativante, o filme propoem a exploração do poder feminino, mas não ajuda o espectador nessa jornada

Suspiria – A Dança do Medo tem vários méritos, mas suas limitações são rapidamente aumentadas devido as inevitáveis comparações com a obra original. Se os defeitos do filme original são sobrepujados pelo arrojo artístico de Argento, o mesmo não ocorre na produção de Guadagnino, assim, o ritmo lento e o roteiro mal estruturado acabam pesando muito mais. Independente disso, A Dança do Medo ainda é um bom suspense sobrenatural, especialmente se não tivesse o prefixo Suspiria.