Em Vero Beach, Flórida, um trio de casais em vários pontos de seus relacionamentos se torna assunto de um filme sobre como o casamento é uma idéia antiquada que precisa ser reinventada como um leasing amoroso: por que não transformar o casamento em um acordo de sete anos com uma opção de renovação?
Para Alice e Noah (Lake Bell, Ed Helms), o tédio já está se instalando e à medida que se aproxima o seu décimo aniverssário juntos a perspectiva da paternidade traz novas pressões ao relacionamento. Enquanto isso, a badalada irmã de Alice, Fanny (Amber Heard), tem certeza de que seu "casamento aberto" com Zander (Wyatt Cenac) é a chave para sua felicidade de espírito livre. Enquanto isso há Cybil e Harvey (Mary Steenburgen, Paul Reiser), um casal de desocupados que se perguntam qual será o próximo estágio.
Inseride-se na vida dos casais, a manipuladora cineasta (Dolly Wells) tenta mostrar como o casamento é ultrapassado, e os casais que ela entrevista descobrem o que “fazem” e “não fazem” em seus próprios relacionamentos.
A Warner parece ter encontrado a nova fórmula para as “grandes comédias" contemporâneas. Com histórias simples que entregam o que prometem e apoiado na estrutura de um grande estúdio, com direito a elencos de peso e recursos técnicos antes reservados para produções de alto investimento as comédias da Warner apostam em roteiros ágeis e técnicas cinematográficas coerentes para entregar filmes que dialogam livremente com vários gêneros.
TePeguei! é a nova amostra da estrutura que já entregou pérolas como Se Beber Não Case e o recente A Noite do Jogo. Apesar de não trazer o mesmo brilho que A Noite do Jogo, a obra de Jeff Tomsic mostra os mesmos elementos que vem dando certo nas outras produções da gigante de Hollywood.
Com um elenco comandado pelo sempre energético Ed Helms, o filme uma ode à amizade (e a nostalgia infantil típica dos homens de meia-idade). Livremente inspirado na inacreditável história real de um grupo de amigos que mantém um vivo um jogo de pega-pega por mais 30 anos, Te Peguei! é ágil e principalmente, engraçado.
Mesmo com alguns deslizes no tom, que derrapa um pouco na entrega de algumas piadas, o filme é mais uma boa pedida para quem procura uma comédia que não envolva paródias preguiçosas ou escracho escatológico.
Ele não sabe brincar…
A inusitada premissa de Te Peguei! é tão absurda que só poderia ter saído da vida real. Um artigo do Wall Street Journal sobre um grupo de amigos que “brincam” de pega-pega a mais de 30 anos é o ponto de partida para o roteiro de Rob McKittrick e Mark Steilen, que acompanha o jogo que mantém vivo a amizade de cinco homens que seguiram caminhos bem diferentes desde a sua infância.
A ideia é que todo ano, durante o mês de maio, vale tudo para pegar o coleguinha. Disfarces, mentiras e armadilhas, não há limites e poucas regras (nada de pegar de volta). Hoagie (Ed Helms) é o coração do grupo, e é por ele que o espectador conhece os outros membros dessa fraternidade. Bob é um executivo bem-sucedido vivido por Jon Hamm, enquanto Chilli (Jake Johnson) é o chapadão caricato e Hannibal Buress é o neurótico -- e muito mal-aproveitado -- Fumaça.
Mas a grande estrela do grupo é Jeremy Renner, que encarna o grande campeão da brincadeira, Jerry, detentor do recorde de nunca ter sido pego. No entanto, de casamento marcado, parece que este será o seu último ano jogando, notícia que deixa seus amigos ansiosos para explorar a situação e finalmente desbancar o maioral.
Se você procura uma comédia inteligente que desafia conceitos, recheada de ironia e diálogos sarcásticos é melhor procurar em outro lugar. As analogias da brincadeira com a vida pessoal de cada um é bem óbvia, mas a simplicidade da mensagem é a forma de introduzir um pouco de drama sem deixar que isso afete as risadas.
Ninguém é “café com leite”
Não há dúvidas de que o elenco é o ponto forte do filme. Comandados por Ed Helms (Se Beber Não Case), um veterano do gênero, o grupo mistura bem carisma e talento explorando estereótipos dos próprios atores.
Jon Ham como o executivo orgulhoso é uma piada pronta de seu papel mais famoso, o misógino Don Drapper da série Mad Men. Algo ainda mais explícito no caso de Jeremy Renner, e seu “Vingador” suburbano capaz de antecipar movimentos (à la Sherlock Holmes) e de fugas acrobáticas no melhor estilo Aaron Cross (Legado Bourne).
Fica aqui também o lamento pelo talento desperdiçado de Hannibal Buress, cujo personagem “Fumaça” é mal-explorado e mais parece uma “inclusão” social. Uma pena, pois Buress é, de fato, o ator que entrega a performance mais genuína, sem cair no seu repertório básico. Sendo que o mesmo vale para o elenco feminino composto das excelentes Isla Fisher, Rashida Jones e Leslie Bibb.
A direção de Jeff Tomsic não é tão inspirada quanto a da dupla Jonathan Goldstein e John Francis Daley (A Noite do Jogo), mas entrega algumas cenas bem construídas. Perseguições dignas de filmes de ação entregam comédia física sem cair no ridículo.
O grande deslize fica por conta da aparente falta de química do grupo. Em nenhum momento o grupo realmente transparece toda a amizade que os mantém juntos a tanto tempo. Pode-se argumentar que esse aparente distanciamento é intencional e parte do desenvolvimento da trama que toca em temas como o distanciamento e maturidade. Na prática, fica difícil de acreditar em uma amizade tão verdadeira em um grupo tão dissociado.
Pique!
Te Peguei! é uma boa comédia que aproveita um modelo que a Warner parece ter refinado com muita autoridade. A comédia para adultos que não se prende a gêneros, mas sabe seus limites. Drama e humor são balanceados pela ação, com roteiros simples e diretores criativos.
O estúdio conseguiu entregar “gostosas risadas” sem cair em extremos do gênero. Se o padrão Warner de fazer comédia tem espaço para crescimento ou se já está saturado não é importante, desde que continue nos fazendo rir.
Te Peguei! não é perfeito, e certamente não é memorável, mas em um nicho tão explorado, é um filme que entrega exatamente o que você espera, algumas horas de escapismo com alguma boas risadas.
Todos os anos, desde a primeira série, cinco amigos extremamente competitivos se envolvem, durante um mês, em um jogo insano de pega-pega em que vale tudo – arriscando suas vidas, empregos e relacionamentos para derrotar uns aos outros com o grito de guerra: “Te peguei!”. Este ano, o jogo coincide com o casamento do único jogador invicto, o que finalmente deveria torná-lo um alvo fácil. Contudo, ele sabe que seus amigos estão vindo... e está preparado.
Wilson e Helms são Kyle e Peter Reynolds (Owen Wilson e Ed Helms), irmãos cuja mãe excêntrica os criou para acreditar que seu pai havia morrido quando eram jovens. Quando eles descobrem que isso é uma mentira, eles se juntam para encontrar seu pai real e acabam aprendendo mais sobre sua mãe do que eles provavelmente já quiseram saber.
O dia das crianças está chegando e para os pais que querem curtir um cinema com suas crias, existem diversas opções, nem todas boas apropriadas para as diversas idades. Felizmente, “As Aventuras do Capitão Cueca - O Filme” está aí para agradar a todos, dos mais jovens aos papais e mamães.
Só pelo título já fica claro que descontração é a palavra-chave dessa animação. Com base na série de livros criados por Dav Pilkey, o diretor David Soren criou uma comédia subversiva para toda a família, contando a história de dois amigos inseparáveis. Brincalhões e extremamente imaginativos, George e Haroldo hipnotizam o diretor da escola e o fazem pensar que é um super-herói ridiculamente entusiasmado e incrivelmente estúpido chamado Capitão Cueca.
Entre várias pegadinhas e quadrinhos George e Haroldo precisam dar um jeito de continuarem na mesma classe enquanto tentam salvar o mundo do novo Professor Fraldinha Suja, um gênio do mal que quer acabar com todo o senso de humor no planeta. Para isso eles precisam da ajuda constante do Capitão Cueca e as situações mais absurdas acabam acontecendo.
A animação é extremamente bem executada, sem nenhum compromisso com a realidade e bastante descontraída. Em alguns momentos da história o estilo de animação é alterado entre simples desenhos 2D até uma sequência em que os personagens transformam-se em fantoches feitos de meia. Tudo isso serve como uma dose a mais de humor e mantêm a mesmice longe da tela.
Porém, por essa mesma razão os mais chatos exigentes podem achar o ritmo um pouco frenético demais. Pessoalmente acredito que essa é uma ótima opção para crianças, pois normalmente elas são bem agitadas e precisam desse ritmo para manter a atenção. O filme até pincela de leve alguns temas sociais, como a importância de ter amigos, respeitar as diferenças e não zoar os coleguinhas, mas é tão superficial que passa despercebido facilmente.
Boa parte da diversão se deve às dublagens. No original, o elenco conta com nomes conhecidos como Kevin Hart, Ed Helms, Thomas Middleditch, Nick Kroll, Jordan Peele e Kristen Schaal, mas a dublagem nacional não deixa nada a desejar com vozes já conhecidas de Mauro Ramos, Rodrigo Antas, Matheus Perisse, Marcelo Garcia e Monica Rossi e piadas adaptadas com naturalidade.
"As Aventuras do Capitão Cueca - O Filme" é feito para crianças, sem nenhum tipo de apelo sexual ou violência que não seja cartunesca e sem menosprezar a inteligência dos pequenos, então essa é uma ótima opção para assistir com os filhos no cinema.
Com base na série mundial de livros sensacional e best-seller, essa comédia estridentemente subversiva para toda a família conta a história de dois brincalhões extremamente imaginativos chamados George e Harold, que hipnotizam seu diretor e o fazem pensar que é um super-herói ridiculamente entusiasmado, incrivelmente estúpido chamado Capitão Cueca.