16 produções nacionais concorrem para representar Brasil no Oscar 2017

por
Lu Belin

05 de Setembro de 2016
Fonte da imagem: Ministério da Cultura
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Tempo 🕐 5 min

Já começou a corrida pela representação brasileira no maior evento internacional do cinema. Dezesseis longas-metragens participarão da seleção, na disputa por uma vaga entre os candidatos ao Oscar 2017 de melhor filme em língua estrangeira. 

O período de inscrições encerrou-se no dia 31 de agosto, quarta-feira, e, até sexta-feira, dia 2, foi aceito material postado até o término das inscrições. Após esse período, o MinC analisou a documentação recebida para a habilitação dos candidatos, que ultrapassaram em quae o dobro a quantidade de filmes inscritos no ano passado, de oito filmes.

O vencedor será anunciado no dia 12 de setembro em cerimônia na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A escolha da película é realizada por uma comissão nomeada pelo MinC, especialmente para esse fim, composta por integrantes de "currículos robustos de diversas partes do Brasil" e que "integram diversas etapas da cadeia produtiva do audiovisual", conforme explicou o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Alfredo Bertini.

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A comissão é formada por Adriana Scorzelli Rattes; Luiz Alberto Rodrigues; George Torquato Firmeza; Marcos Petrucelli; Paulo de Tarso Basto Menelau; Silvia Maria Sachs Rabello; Sylvia Regina Bahiense Naves; Carla Camurati e Bruno Barreto.

A seleção vem sendo alvo de polêmicas desde o início das inscrições, graças às manifestações de um dos jurados contra o posicionamento político do cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor do filme “Aquarius”, que é um dos favoritos deste ano. O longa-metragem fez sucesso no Festival de Cannes, onde integrou a mostra oficial. Na ocasião, o diretor e elenco do filme manifestaram-se contra o governo interino do "presidente" Michel Temer, postura que foi duramente criticada pelo jurado Marcos Petrucelli. 

Dois diretores, Gabriel Mascaro ("Boi Neon") e Anna Muylaert ("Mãe Só Há Uma"), chegaram a retirar suas candidaturas neste ano, em solidariedade a "Aquarius" e como forma de registrarem seu repúdio à parcialidade da escolha, uma vez que Petrucelli teria dito que não chegou a ver o filme "Aquarius", mesmo estando na mesa diretora. 

Também integram a lista “Mais Forte Que o Mundo - A História de José Aldo”, de Afonso Poyart, “Nise - O Coração da Loucura”, de Roberto Berliner, e Vidas Partidas, de Marcos Schetchman. Veja a lista completa:

Lu Belin

Eu queria ser a Julianne Moore.