50 Cent - Café com Filme

Crítica do filme Happy Hour | Dá espaço ao teu desejo

É muito bom ver debates sobre assuntos sérios que conseguem fugir de abordagens já esgotadas. Importante pontuar aqui que debate sério não necessariamente indica uma pauta de relevância social ou que visa uma crítica aprofundada, mas pode ser apenas a discussão de coisas triviais como as dúvidas comuns do coração, que, por sinal, afetam uma parcela gigantesca do público que vai ao cinema. Afinal quem nunca amou, né?

Eis o caso do filme “Happy Hour”, uma produção brasileira-argentina que traz à tona a questão de uniões que são transformadas pela proposição de um relacionamento aberto. Este poderia ser um título dramático, que leva o debate ao extremo, mas os roteiristas optaram por uma abordagem mais light, com direito a um tom de comédia, que garante reflexões, sem perder as chances de arrancar boas risadas.

Temos aqui um protagonista inusitado: Horácio (Pablo Echarri) é um argentino que mora no Brasil há 15 anos, trabalha como professor e tem sua vida virada de ponta-cabeça após deter um bandido num acidente. Como se a vida já não fosse bagunçada o suficiente, ele decide embarcar numa onda de sinceridade, quando percebe que tem desejo por outras mulheres, propondo uma mudança no relacionamento com Vera (Letícia Sabatella).

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O que essa história de heroísmo tem a ver com o romance? Talvez não muito, mas a gente está falando de um filme sobre seres humanos, então nem sempre é possível ter um amor de Hollywood – e um pouco de contexto não vai mal. Felizmente, “Happy Hour - Verdades e Consequências” explica os pormenores e vai além ao construir uma dinâmica legal sobre um assunto tão complexo, bem como faz tudo isso de forma engraçada e empolgante.

O diálogo sincero – e inconclusivo – do amor

O amor é talvez o sentimento mais complexo e talvez por isso ele seja tão recorrente em filmes. Com essa busca insaciável por respostas, autores já bolaram todo tipo de argumentos para tentar resolver enigmas dos relacionamentos, mas, no fundo, a gente sabe que sendo algo tão pessoal, o amor não se apresenta como um tema com respostas prontas, por isso tudo sempre é um experimento na telona.

A abordagem da pauta em “Happy Hour” usa como ponto de partida a comodidade de um relacionamento duradouro. A desconstrução do lugar comum se dá com a tomada de decisão de um dos lados para o início de um debate que, por ventura, pode acabar em um relacionamento aberto. Todavia, uma simples linha no roteiro é o pontapé inicial para desdobramentos sem fim na cabeça dos personagens.

A partir disso, o script discute questões sobre (in)fidelidade, as dinâmicas de relações com termos amplos (e tradicionais), bem como os limites entre amor e desejo. Tais divagações ocorrem tanto entre quatro paredes quanto em cenas externas que visam mostrar as (re)ações dos envolvidos nesse novo diálogo. De forma paralela, temos os coadjuvantes com opiniões, exemplos e cenas que complementam as lacunas do tema.

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Apesar da intenção em mostrar dois lados, a condução é mais voltada ao Horácio, que não apenas traz o tema para debate, como também vivencia esse lado aventureiro. É bom ver a sagacidade do roteiro em nunca entregar o ouro, então mesmo que tudo pareça claro, é difícil tomar conclusões precipitadas. No fim, alguns podem achar um tanto vago, mas eu vejo que “Happy Hour” não tem resolução simples, tal qual o amor.

Importante mencionar que o sucesso do filme está diretamente ligado à ótima escolha dos atores, que mostram uma química incrível e permitem uma excelente dinâmica graças também a esse mix intercultural. Pablo Echarri é um ator engraçadíssimo e que parece nem precisar se esforçar muito para roubar a cena. Da mesma forma, a querida Letícia Sabatella não fica por menos e acrescenta o drama necessário ao tema.

Macacos me mordam, que filme engraçado!

Agora, tão importante quanto um roteiro inteligente para debater o assunto principal, é a presença de cabeças pensantes para criar uma ambientação propícia para as situações inusitadas do romance. E eis o trunfo de “Happy Hour - Verdades e Consequências”, que mescla as turbulências do relacionamento na confusão do dia a dia, que conta com trivialidades, mas também com surpresas que deixam o filme muito divertido.

Primeiro, a gente tem um personagem bem propício para esse alívio da temática. Horácio é um argentino, que chama a atenção não necessariamente por ser um galã nos moldes americanos (não desmerecendo o ator, que tem boa presença em cena), mas por ser um homem estereotipado, ainda mais para o público brasileiro, que já tem certas considerações aos hermanos.

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Ele não é bem um cara mulherengo, mas o filme tenta forçar a característica de forma inerente, até para dar a deixa ao tema principal. Acredito que a dosagem é na medida, garantindo recursos para a trama e ainda adicionando cenas divertidas ao script. Da mesma forma, a fixação do personagem pelo tema do relacionamento aberto cria confusões nos diálogos com sua esposa, que busca sempre desviar do assunto.

Além da narrativa principal, o filme consegue trazer um alívio cômico ímpar ao abusar de recursos narrativos alheios aos protagonistas. A adição de cenas intermediárias (com direito a reportagens televisivas sem pé nem cabeça) aos problemas dos personagens garantem ótimas risadas. E o cenário do Rio de Janeiro, cheio de turistas e atrações famosas ainda permite insistir em piadas sem deixar o ritmo cansativo.

Legal ver que o filme abraça um punhado de pequenas histórias de forma dinâmica. Louvor da direção de Eduardo Albergaria, que tem aqui seu primeiro longa-metragem para cinema e que acerta ao conseguir abraçar reações opostas em uma mesma cena. Da mesma forma, ele se destaca por ter um claro posicionamento de câmera em situações inusitadas, sejam elas constrangedoras ou engraçadas.

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O roteiro de quatro mãos também consegue pontuar muito bem todos os temas, sem deixar o ritmo cair. Seja você um fã de comédias ou romances, certamente “Happy Hour - Verdades e Consequências” se mostra uma excelente pedida pra ver no cinema, bem como uma ótima oportunidade para mostrarmos apoio aos filmes nacionais – e com um toque argentino, claro. Bom também pra ter novas visões do amor.

Crítica do filme Vox Lux - O Preço da Fama | Um filme com crise de identidade

Roteirizado e dirigido por Brady Corbet, o mais novo filme de Natalie Portman foi ainda produzido por ela, em conjunto com o ator Jude Law, que também está no elenco, e da cantora Sia, responsável pela composição das músicas que dão o tom a "Vox Lux - O Preço da Fama".

Na onda de "Nasce uma Estrela", "Bohemian Rhapsody" e "Rocketman", Vox Lux é mais uma das produções focadas nos bastidores do mundo da música, da fama e dos grandes artistas. Assim como o primeiro, também é centrado em uma personagem ficcional, Celeste Montgomery (Portman), retratada em diferentes momentos de sua vida, desde a infância até os 31 anos, quando faz um show importante para a carreira.

Law é seu empresário e a irmã da personagem, Eleanor, é interpretada por Stacy Martin. O elenco traz ainda Christopher Abbott, Jennifer Ehle e a jovem Raffey Cassidy, grande destaque em atuação, interpretando a própria Celeste em sua fase adolescente e também a personagem Albertine. A menina é o grande destaque do filme, demonstrando competência na interpretação de duas personagens diferentes e incorporando bem as personalidades de ambas – que, embora tenham algumas semelhanças, são bem diferentes.

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O mesmo não se pode dizer de Natalie Portman, por outro lado. Para quem interpretou personagens tão complexos como ela fez em filmes como Cisne Negro, para citar apenas um exemplo, o trabalho em Vox Lux não é exatamente o auge da carreira da atriz.

Especialmente nos constrangedores momentos em que ela se apresenta nos shows da personagem, a performance é deveras embaraçosa e fica devendo e muito. Não deve ser fácil interpretar um artista em palco, isso é fato. Mas a gente sabe que a atriz pode fazer melhor, daí a decepção.

A decepcionante superficialidade da personagem talvez contribua com essa impressão, uma vez que, em sua fase adulta, Celeste se torna uma pessoa irritante, confusa, perturbada e tudo isso o que se espera de uma legítima celebridade.

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É esse, afinal, o ponto principal do filme. Mas não vamos colocar o show à frente do ensaio, ou o carro na frente dos bois. Começando do começo:

Um tiro certeiro

Não é apenas no contexto de filmes sobre música e celebridades que a história do longa-metragem se encaixa. "Vox Lux - O Preço da Fama" estreia no Brasil em um delicado momento, quando o país ainda digere o tiroteio em uma escola de Susano (SP), na qual morreram 10 pessoas – entre elas os dois jovens que abriram fogo contra os alunos e professores.

A coincidência é que a história do filme começa justamente com cenas fortes quanto a isso. Um colega de classe de celeste invade a escola, atira na professora e fuzila os colegas, acertando de raspão a protagonista, que se torna a única sobrevivente da sala. É durante uma cerimônia em homenagem aos colegas que a artista nela desabrocha. Sua canção em referência ao episódio viraliza e, embarcando na fama da tragédia, ela se torna nacionalmente conhecida.

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Se tivesse se concentrado apenas nisso – nos efeitos do ocorrido sobre a menina e sua família, nos desdobramentos da fama derivada da tragédia, na era da viralização e do sucesso repentino – talvez o resultado fosse muito mais consistente e o roteiro teria conseguido sair um pouco mais do lugar comum.

Teria feito isso, inclusive, passando a mesmíssima mensagem que se propõe a passar – a do preço da fama, que parece roubar um pouco a alma daqueles que a alcançam. O grande problema do filme é que, para explicar detalhadamente sua proposta, a trama vai por um caminho mastigado demais, mostrando uma fase da vida da personagem principal que não precisava ter sido retratada para provar seu ponto.

A fase adulta da protagonista poderia ter sido simplesmente cortada do filme sem nenhum prejuízo, uma vez que tudo o que acontece da segunda metade para a frente apenas reforça insistentemente um mesmo aspecto. 

A história, que começa extremamente interessante e muito bem construída, acaba com isso se perdendo um pouco e caindo no lugar comum. Não faltam por aí retratos de como a fama “estraga” as pessoas. Nem todos os casos, no entanto, são relacionados a um tiroteio com assassinatos em massa em uma escola, e isso sem dúvida poderia ter sido melhor explorado pelo diretor e roteirista.

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Uma pena, já que o filme não se destaca tanto no que diz respeito à trilha sonora, que é onde ele parece se esforçar mais. O figurino, pelo menos, é caprichado, assim como a cenografia e toda a parte técnica de maquiagem e iluminação também, mas nada disso compensa as grandes falhas no roteiro – as ausências de personagens como os pais das meninas, a permissividade excessiva e as inserções desnecessárias como a da própria Albertine, que cai completamente de paraquedas no meio da trama.

E, por mais que a gente adore a voz do Willem Defoe, a narração do ator não faz o menor sentido e nenhuma diferença na forma como os fatos são contatos. Parece, isso sim, mais um recurso para explicar a moral pra quem ainda não tinha entendido.

Não é que o saldo do filme seja inteiramente negativo. "Vox Lux - O Preço da Fama" prende a atenção o tempo todo, é interessante – especialmente na primeira metade! – e traz algumas lições importantes. Poderia ter continuado mais interessante e terminado de uma forma mais atrativa e seria uma pedida melhor se não sofresse desse mal que vem assolando parte da indústria cinematográfica atualmente – de menosprezar a inteligência do público. Mas, se a redundância não for um problema para você, siga em frente e aprecie o bom trabalho da jovem Raffey Cassidy e colegas de elenco!

Querido Companheiro | Trailer legendado e sinopse

Beth (Diane Keaton) salva um cão perdido no acostamento de uma estrada, num dia de inverno em Denver. Enfrentando o marido Joseph (Kevin Kline), distraído e egocêntrico, e um ninho vazio em casa, Beth cria um laço especial com o animal resgatado. Quando Joseph perde o cão após um casamento na casa de férias nas Montanhas Rochosas, Beth reúne a ajuda de alguns convidados remanescentes e uma jovem misteriosa (Ayelet Zurer) numa busca frenética. Cada membro do grupo é afetado pela aventura que os conduz por rumos inesperados - cômico, angustiante, emotivo e finalmente, amoroso.

Critica do filme Operação Fronteira | A recompensa do soldado

Desenvolvido há quase dez anos, "Operação Fronteira" -- em um momento ou outro -- já teve nomes como Tom Hanks, Johnny Depp, Tom Hardy, Chaning Tatum e Mahershala Ali atrelados ao elenco, enquanto Kathryn Bigelow (primeira diretora a faturar um Oscar) era a mais cotada para assumir a direção. Entre as muias chegadas e partidas, o filme finalmente saiu do papel graças à Netlix.

Após cinco anos afastados, o diretor J.C. Chandor (Margin Call - O Dia Antes do Fim) e o roteirista Mark Boal (Guerra ao Terror) retornam para o que soa como uma parceria perfeita para o projeto em questão. Um breve olhar sobre as filmografias da dupla revela como ambos sabem explorar bem a mistura equilibrada de drama e ação.

Na história de conflitos, internos e externos, um grupo de cinco ex-militares tenta executar uma missão ilegal para eliminar um poderoso traficante sul-americano e faturar uma devida restituição financeira por serviços prestados ao governo estadunidense. Mark Boal conhece muito bem o terreno ambíguo dos campos de combate e tenta imprimir a mesma intensidade física da guerra nos conflitos morais de seus personagens, enquanto J.C. Chandor explora um estudo de personagens em um cenário complexo.

Infelizmente, nenhum dos dois consegue alcançar o mesmo sucesso das obras anteriores, mas mesmo assim entregam um bom título no crescente catálogo de originais da Netflix. Com um elenco de peso e alguns bons momentos, Operação Fronteira pode não ser elegante, mas cumpre a missão.

Soldo

Santiago “Pope” Garcia (Oscar Isaac) é um ex-militar que trabalha como consultor de segurança na América do Sul atuando contra narcotráfico. Quando ele descobre uma oportunidade para eliminar o maior traficante da traficante da região, Gabriel Martins Lorea (Reynaldo Gallegos) e roubar US$ 75 milhões escondidos em sua casa, Pope resolve recrutar seus antigos parceiros da Força Delta.

O grupo de ex-integrantes das forças especiais sofre para reajustar a vida fora do exército. Tom “Redfly” Davis (Ben Affleck) é um corretor de imóveis fracassado, Francisco “Catfish” Morales (Pedro Pascal) é um piloto que perdeu a licença de voo após problemas com drogas. Enquanto isso, William “Ironhead” Miller (Charlie Hunnam) realiza palestras motivacionais para outros soldados recém-saídos do exército e seu irmão Ben Miller (Garrett Hedlund) sofre tentando se tornar um lutador de MMA. 

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Sem perspectivas, o grupo não demora muito para aceitar a proposta de Pope, especialmente por este ter conseguido arrebanhar Tom, o pilar do grupo. Para minimizar o número de vítimas, o grupo elabora um plano eficiente para invadir a fazenda de Lorea, roubar todo o dinheiro e eliminar apenas o traficante e alguns de seus capangas. Todavia, quando a equipe descobre que há muito mais dinheiro escondido na casa do que o esperado a ganância começa a diluir a moral dos soldados.

O interessante aqui é ver desde o início o desenvolvimento dos personagens. O roteiro assinado em conjunto por Boal e Chandor não foca exclusivamente na ação e tenta explorar as motivações dos envolvidos. Mesmo que sem a devida profundidade, a dupla oferece alguns deslumbres dos princípios morais dos personagens, deixando a ação apenas como pano de fundo para uma discussão mais interessante. Todavia essa escolha narrativa segura muito o ritmo do filme, algo criativo, mas que destoa da ação por conta da indefinição da dupla de roteiristas que não ousa o suficiente em nenhum dos lados do pêndulo.

Tropa de elite

A dinâmica do grupo é essencial para a história, e o elenco transparece a naturalidade de anos de convivência com muita propriedade. A unidade possui um vínculo próximo, próprio de irmãos de armas. Com vários nomes de peso é difícil apontar algum destaque maior, mas é fácil dizer que Ben Afleck teve o maior trabalho da equipe. Tom é o personagem que exige mais empenho ao longo do seu desenvolvimento e o ator dá conta do recado, mesmo que cerceado pelos limites do próprio roteiro. 

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Charlie Hunnam e Oscar Isaac entregam performances sólidas, enquanto Garrett Hedlund está no piloto automático e Pedro Pascal não tem espaço suficiente para mostrar todo seu potencial. Independente disso, o grupo como um todo opera muito bem e, juntos, são o grande destaque do filme.

Quanto vale uma vida?

Operação Fronteira tem seus problemas, mas já pode ser considerada uma das melhores produções da Netflix. Um elenco competente, uma direção inteligente e um roteiro criativo fazem do filme uma aposta segura para quem busca um bom drama de guerra no extenso catálogo da Netflix.

O foco não é a violência, mesmo que a missão em questão seja basicamente um roubo e um assassinato. As ações dos personagens são os meios para um fim e a moral de seus atos é questionada a cada passo. O grande problema do filme é que os pontos mais interessantes da trama não são muito explorados, deixando uma sensação de superficialidade. A ação é bem construída, mas os momentos de reflexão quebram o ritmo e interrompendo a fluidez necessária para a composição eficaz da trama, culminando em um terceiro ato apressado e pouco elaborado.

Apesar de mediano, Operação Fronteira ainda se destaca dentro do catálogo da Netflix

Com tantas mudanças ao longo do desenvolvimento era de se esperar que o resultado final de Operação Fronteira fosse desequilibrado. Mesmo assim, o filme consegue se manter acima da média das produções da Netflix, e é um título interessante para quem procura um filme de guerra/ação que vá além de "recos" trocando tiros.  

Com Cine Passeio, Curitiba resgata tradição de cinemas de rua

Depois de mais de uma década com seus cinemas concentrados unicamente em shopping centers, Curitiba volta a ter um estabelecimento do tipo fora dos agitados centros comerciais. Inaugura nesta quarta-feira (27/3) em Curitiba o Cine Passeio, novo complexo cultural da cidade, com duas salas de cinema e estrutura para formação audiovisual e inovação na área da economia criativa.

O complexo retoma o conceito dos cinemas de rua que deixou de existir em 2005, quando o último do tipo fechou suas portas, e faz referência a duas antigas salas de Curitiba, os cines Luz e Ritz. Com capacidade para 90 pessoas, as novas salas foram equipadas com modernos sistemas de projeção e sonorização e prometem não ficar devendo a nenhum outro da cidade.

Além das duas salas, o complexo possui uma sala multiuso com 110 lugares (Estúdio Valêncio Xavier), a Sala Video On Demand (que se refere a consumo de conteúdos digitais), espaços para cursos, uma unidade do coworking público municipal Worktiba e, no terraço, uma área para exibições a céu aberto e um espaço coberto para eventos. No local também funcionará uma cafeteria.

Sobre o prédio

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O investimento no projeto foi de R$ 9,5 milhões, recurso captado pela Prefeitura por meio de comercialização de cotas de potencial construtivo. Com área de 2.597 m², o Cine Passeio ocupa uma edificação histórica, classificada como Unidade de Interesse Especial de Preservação (UIEP), que foi totalmente restaurada e adaptada para receber as atividades culturais dentro do programa Rosto da Cidade.

Programação de inauguração

Para a inauguração, a Rua Riachuelo será interditada na noite da quarta-feira (27). A festividade começa do lado de fora do prédio, quando a fachada será usada como tela para a projeção de imagens que fazem referências à história do cinema mundial. A sessão inaugural será no dia seguinte, na quinta-feira (28/3), às 20h, com a exibição do filme "Albatroz" e as presenças do diretor Daniel Augusto e dos atores Alexandre Nero e Maria Flor.

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A partir de sexta-feira (29/3) entra em cartaz uma programação de lançamentos e filmes inéditos, nacionais e estrangeiros. As sessões têm horários variados e os ingressos poderão ser adquiridos na bilheteria a R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada), com preços promocionais entre segunda e quarta-feira. As sessões especiais de inauguração, no dia 28, serão divididas - uma sala será fechada para convidados, a outra receberá público pagante, e os ingressos podem ser adquiridos a partir das 18h30 na bilheteria do local.

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Veja a programação de inauguração

Sala Ritz

Albatroz
(Brasil/Israel, nacional, 2017, suspense, 93’)
Casado com Catarina, Simão se apaixona pela atriz judia Renée, com quem viaja a Jerusalém. Ali o fotógrafo registra um atentado terrorista e se torna mundialmente famoso, porém muitos disparam críticas à sua atitude: em vez de tentar evitar a tragédia, preferiu fotografar.
Elenco: Alexandre Nero, Andréa Beltrão, Maria Flor, Camila Morgado
Direção: Daniel Augusto
Classificação Indicativa: 12 anos
Estreia: 28/3 – 20h (abertura oficial das salas de exibição)
Data e horário: 29/03 a 03/04 – 14h45 - $ 16 | 8

Suspíria: A Dança do Medo
(EUA, leg, 2018, suspense/terror, 152’)
Susie Bannion, uma bailarina americana, vai para a prestigiada Markos Tanz Company, em Berlim. Assim que ela chega, Patricia desaparece. Tendo um progresso extraordinário com a orientação de Madame Blanc, Susie faz amizade com outra dançarina, Sara, que compartilha com ela todas suas suspeitas obscuras.
Elenco: Dakota Johnson, Tilda Swinton, Doris Hick
Direção: Luca Guadagnino
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 17h30 - $ 16 | 8

Vox Lux: O Preço da Fama
(EUA, leg, 2018, drama, 170’)
Celeste (Natalie Portman) é uma menina que sobrevive após uma grande tragédia, o que a torna conhecida nacionalmente. Após um tempo, ela se lança como cantora e alcança o estrelato.
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Stacy Martin, Raffey Cassidy
Direção: Brady Corbet
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e Horário: 29/3 a 3/4 – 20h15 - $ 16 | 8

Sala Luz

Um Banho de Vida
(França, leg, 2018, Comédia, 122’)
Bertrand está no auge dos seus 40 anos e sofre de depressão. Depois de usar uma série de medicamentos que não surtiram nenhum efeito, ele começa a frequentar a piscina do bairro em que vive. Lá ele conhece outros homens com histórias semelhantes à sua.
Elenco: Mathieu Amalric, Guillaume Canet, Benoît Poelvoorde
Direção: Giles Lellouche
Classificação Indicativa: 14 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 15h - $ 16 | 8

Uma Viagem Inesperada
(Brasil, leg, 2018, Drama, 86’)
Pablo é um engenheiro argentino que mora no Brasil. Ele trabalha como responsável pela criação de uma nova plataforma de petróleo numa empresa localizada no Rio de Janeiro. Porém, quando seu filho passa por um problema, Pablo retorna em busca de soluções.
Elenco: Pablo Rago,Tomás Wicz, Débora Nascimento
Direção: Juan José Jusid
Classificação Indicativa: 14 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 17h45 - $ 16 | 8

Happy Hour: Verdades e Consequências
(Argentina, leg, 2018, Comédia, 115’)
Após um acidente, Horácio muda completamente suas perspectivas de vida e decide confessar para sua esposa, Vera, que deseja ter relações com outras pessoas, embora ainda queira continuar o casamento.
Elenco: Letícia Sabatella, Pablo Echarri, Luciano Cáceres
Direção: Eduardo Albergaria
Classificação Indicativa: 14 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 20h - 16 | 8

Sessão da Meia-noite

Morto Não Fala
(Brasil, nacional, 2018, terror, 110’)
Plantonista de um necrotério, Stênio possui um dom paranormal de se comunicar com os mortos. Porém, quando essas conversas revelam segredos sobre sua própria vida, o homem ativa uma maldição perigosa para si e todos a sua volta.
Elenco: Daniel de Oliveira, Fabíula Nascimento, Bianca Comparato, Marco Ricca
Direção: Dennison Ramalho
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e horário: 29/3 (sexta-feira) – meia-noite
Local: Salas Luz e Ritz - $ 16 | 8

Cinema a céu aberto

Estômago
(Brasil, nacional, 2007, Drama, 110’)
Raimundo Nonato é um migrante nordestino que chega à cidade grande em busca de oportunidade. Aprende a profissão de cozinheiro, na qual se desenvolve e recebe uma melhor oportunidade de trabalho. Sua vida se complica ao se envolver com a prostituta Iria.
Elenco: João Miguel Serrano, Fabíula Nascimento, Babu Santana, Carlo Briani
Direção: Marcos Jorge
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e Horário: 30/3 (sábado) – 19h30
Local: Terraço - $ 50

Mostra Glauber Rocha - 80 Anos

30/03   - 15h Palestra Glauber Rocha - 80 anos, com Fernando Brito                                     
             - 17h Exibição do filme Barravento                                       
31/03    - 17h Deus e o Diabo na Terra do Sol                                   
02/04    - 19h Terra em Transe                                
03/04    - 19h O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro                                 
04/04    - 19h O Leão de Sete Cabeças                                 
05/04    - 19h A Idade da Terra
Local: Estúdio Valêncio Xavier                                 
Entrada gratuita

Sessão Matinê

Tito e os Pássaros
(Brasil, nacional, 2018, Animação, 73’)
O filme conta a história de um menino que é responsável, junto com seu pai, por achar a cura para uma doença que é contraída após a pessoa tomar um susto.
Elenco: Pedro Henrique, Marina Serretiello, Matheus Solano, Enrico Cardoso
Direção: Gustavo Steinberg/Gabriel Bitar/André Catoto
Classificação Indicativa: livre
Data e horário: 31/3 (domingo) – 10h30
Local: Salas Luz e Ritz - $ 16 | 8

CINE PASSEIO | Endereço: Rua Riachuelo, 410 – Centro (esquina com a Rua Presidente Carlos Cavalcanti)