Cinedebate exibe documentário "Dossiê Jango" em Curitiba

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) promove no dia 29 de setembro, a partir das 19h, um cinedebate sobre o ex-presidente João Goulart.

O documentário "Dossiê Jango" será exibido no auditório do campus de Comunicação da universidade como parte da programação do VIII Encontro de Pesquisa em Comunicação.

Após a exibição do filme, o evento contará com um debate com o roteirista e diretor da produção, Paulo Henrique Fontenelle, que também conduzirá a discussão.

"Dossiê Jango" foi lançado nos cinemas brasileiros em 5 de julho de 2013 e conta a trajetória de João Goulart. Eleito democraticamente presidente do Brasil, foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964, quando se refugiou na Argentina, onde morreu em 1976. Dossiê Jango traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Morre Gene Wilder, o Willy Wonka da década de 70

Ele interpretou magistralmente um dos personagens mais icônicos da história do cinema, mas Willy Wonka, d'"A Fantástica Fábrica de Chocolate" foi apenas um dos curiosos e peculiares papeis de Gene Wilder nas telonas.

O ator, que faleceu neste domingo (28/08) aos 83 anos, deixou uma herança de atuação em quase 40 filmes, além de alguns roteiros escritos e contribuições em outras áreas. A expressividade, a atuação intensa e cheia de trejeitos marcaram a carreira do norte-americano, que no Brasil também se tornou fonte inesgotável de memes.

Reunimos alguns dos mais clássicos papeis da carreira de Gene Wilder para você matar a saudade!

Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas 

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Um dos primeiros papeis da carreira do ator, Eugene Grizzard foi um dos reféns da conhecida dupla de bandidos Bonnie e Clyde. Lançado em 1967, quase 50 anos atrás, o filme se consagrou e ajudou a dar projeção à carreira de Gene Wilder.

O Jovem Frankenstein

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Além de escrever o roteiro deste filme, Gene Wilder interpreta o próprio Dr. Frankenstein nesta comédia dirigida por Mel Brooks, em uma parceria que se estendeu por vários outros longa-metragens da carreira de ambos.

Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo e Tinha Medo de Perguntar

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Com direção de Woody Allen, este longa-metragem foi lançado em 1976 quebrando paradigmas ao abordar abertamente temas relacionados ao sexo. Dividido em contos, o filme tem a presença de Gene Wilder no episódio "What is Sodomy?", que aborda a zoofilia. Wilder é Doug Ross, um médico que se apaixona pela ovelha de um dos seus pacientes. 

Cegos, Surdos e Mudos

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Ao lado de Richard Pryor, Wilde protagoniza esta hilária comédia-suspense lançada em 1989. No longa-metragem, ele faz Dave Lyons, um surdo que é testemunha de um assassinato ao lado de Wally, um cego que apenas escuta o ocorrido.

Alice no País das Maravilhas

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Em uma das muitas adaptações da obra de Lewis Carrol, Wilder interpretou a tartaruga Mock Turtle, uma das bizarras criaturas que a jovem Alice encontra em seu caminho pelo País das Maravilhas. Lançado em 1999, o filme não conseguiu grande destaque, embora trouxesse no elenco nomes como os de  Whoopi Goldberg, Robbie Coltrane e Christopher Lloyd.

Projeto Cinema no Rio visita 10 cidades e homenageia Guimarães Rosa

Com o sucesso da novela Velho Chico, bombando no horário nobre, o rio da integração nacional ganha evidência e chama a atenção para a cultura, tradições e para o modo de vida do povo ribeirinho. 

É nesse contexto que o projeto Cinema no Rio São Francisco 2016 chega à sua 11ª edição, homenageando um dos escritores mais emblemáticos da literatura em língua portuguesa, Guimarães Rosa, pelos 60 anos da primeira edição do livro Grandes Sertões Veredas. Rosa, a novela e o projeto Cinema no Rio São Francisco têm muito em comum, e isto faz desta versão do projeto de difusão da cultura do Vale e de exibição de filmes, uma das mais especiais já realizadas. 

O Cinema no Rio 2016 já tem data marcada e vai percorrer 10 cidades do trecho mineiro do rio, entre os dias 25 de agosto e 4 de setembro. A exemplo do que ocorreu no ano passado, o trajeto será feito por terra, por conta das atuais limitações de navegabilidade do Velho Chico, no trecho entre as cidades de Manga e Pirapora. 

Ao contrário dos outros anos, a caravana vai subir, ao invés de descer o rio, partindo da fronteira de Minas com a Bahia em direção à sua nascente. Nesta etapa, o Cinema no Rio vai passar pelas localidades de Manga, Matias Cardoso, Itacarambi, Januária, Pedras de Maria da Cruz, São Francisco, São Romão, Ponto Chique, Ibiaí e Pirapora.

Serão exibidos nove filmes, sem contar os documentários produzidos em cada uma das cidades por onde passa o projeto. Na 11ª edição do Cinema no Rio, estão em cartaz:

A Luneta do Tempo” (Alceu Valença)

“O Bem Amado” (Guel Arraes)

“O Ultimo Cine Drive-In (Ibere Carvalho)

“5 X Chico” (Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante e Eduardo Goldstein)

“A mulher que mentia para vender santos” (Produzido pelos alunos do projeto Semiárido em Tela, Luiz Hernandes Azevedo, Maria Clara Vasconcelos, Miriam Cristina, Nara Riana Dantas, Nock Allan Lima e Antônio Eliel Santos)

“Canto de Misericórdia” (Marcela Bertelli, Inácio Neves e Henrique Mourão)

“Disque quilombola” (David Reeks)

“Meninos e reis” (Gabriela Romeu)

“Calango Lengo” (Fernando Miller)

O projeto entrou definitivamente na rotina das populações ribeirinhas do Alto São Francisco e já é parte integrante e aguardada do calendário de cultura e entretenimento das comunidades por onde passa anualmente. 

Grandes sertões

O Cinema no Rio São Francisco e o livro de Guimarães Rosa têm muito mais afinidades do que se possa supor: ambos são ambientados na região do alto São Francisco, embora em outras edições o projeto de exibição e realização de cinema tenha percorrido também o médio e o baixo São Francisco, chegando até a sua foz. 

Outro ponto em comum entre o Cinema no Rio e Grande Sertão Veredas é a forte presença da cultura regional, valorizada por meio da linguagem e formas de expressão, ou através dos personagens locais, retratados tanto no livro quanto nos documentários que são produzidos em cada localidade por onde passa o Cinema no Rio.

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Mas o objetivo primordial do projeto sempre foi levar o encanto do cinema para a população ribeirinha do Velho Chico. “Pela segunda vez, somos obrigados a fazer todo o trajeto por terra, em uma adaptação forçada à grande seca do rio que, de tão baixo, não permitia a navegação. Agora, voltamos a percorrer o trajeto por terra, torcendo pela recuperação do Velho Chico e pela sua normalização”, adiantou o idealizador e coordenador geral do Cinema no Rio São Francisco, Inácio Ribeiro Neves. 

“A proposta do projeto é a democratização do acesso à cultura por meio da exibição de curtas e longas-metragens nacionais em comunidades que vivem a beira do rio da integração nacional”, define Inácio Neves. Desde 2004, mais de 300 mil pessoas assistiram às sessões de cinema ao ar livre, que reúnem crianças, jovens e adultos, incluindo muitos moradores que nunca haviam visto um filme na telona. 

“A proposta do projeto é a democratização do acesso à cultura por meio da exibição de curtas e longas-metragens nacionais em comunidades que vivem a beira do rio da integração nacional”

“Já realizamos 10 edições e vamos iniciar agora a décima primeira. Isto é um feito raro, só possível pela confiança dos parceiros e patrocinadores. Tenho orgulho de contar em todos esses anos, com o imprescindível patrocínio da Oi e Petrobras, que demonstram assim sua sensibilidade em relação à valorização da cultura ribeirinha e à sua inserção fora do Vale do São Francisco”, reconhece Inácio Neves.

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O projeto também busca denunciar a situação do Vale do São Francisco a partir dos documentários que produz e das atividades que realiza. O Cinema no Rio também busca valorizar as belezas locais e fazer com que mais pessoas se encantem pelo rio, chamando a atenção para a urgência da preservação do rio e de seus afluentes.

Além da exibição em praça pública de filmes em longa e curta metragem, com direito à tradicional pipoca, o projeto também produz e exibe um documentário em cada comunidade por onde passa, além de realizar oficinas de fotografia que buscam despertar um novo olhar sobre o ambiente e o cotidiano das crianças e adolescentes das escolas públicas, quem sabe, despertando futuras vocações. 

Confira as cidades participantes e a programação completa do Festival Cinema no Rio no site oficial do evento. 

"Cidade de Deus" está entre os 100 melhores filmes do século XXI

Às vésperas de completar 14 anos, “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles e Katia Lund, foi considerado um dos 100 melhores filmes do século XXI segundo a TV norte americana BBC.  A lista, preparada pela emissora, contou com avaliações de 177 críticos de cinema do mundo todo, que colocaram o longa brasileiro na 38º posição do ranking.

À frente de grandes obras de Hollywood como “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, “O Lobo de Wall Street” de Martin Scorsese e “Inteligência Artificial” de Steven Spielberg, o filme “Cidade de Deus” é o único que representa o cinema brasileiro na lista. 

Os três primeiros lugares ficaram com “Cidade dos Sonhos” de David Lynch, “Amor à Flor da Pele” de Wong Kar-wai e “Sangue Negro” de Paul Thomas Anderson, respectivamente.  Já o diretor inglês Christopher Nolan entra no ranking com três obras: “Amnésia”, “Batman: O Cavaleiro das Trevas” e “A Origem”.  

Desse modo, a seleção da BBC tem a intenção de evidenciar os clássicos atuais e que poderiam estar à altura dos consagrados clássicos do século passado. Por sua vez rebatem o pensamento de que o cinema estaria morrendo com os serviços de vídeo on demand e TV a cabo.  

Em 2015, o longa “Cidade de Deus” ficou em oitavo lugar como melhor filme nacional segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema.  Também foi indicado ao Globo de Ouro, BAFTA e concorreu a quatro categorias no Oscar 2004, além de ter recebido menção honrosa no Festival de Toronto. 

Confira a lista completa da BBC

1. Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)

2. Amor À Flor Da Pele (Wong Kar-wai, 2000)

3. Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007)

4. A Viagem de Chihiro (Hayao Miyazaki, 2001)

5. Boyhood (Richard Linklater, 2014)

6. Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry, 2004)

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7. A Árvore da Vida (Terrence Malick, 2011)

8. Yi Yi (Edward Yang, 2000)

9. A Separação (Asghar Farhadi, 2011)

10. Onde os Fracos Não Têm Vez (Joel and Ethan Coen, 2007)

11. Inside Llewyn Davis – Balada de Um Homem Comum (Joel and Ethan Coen, 2013)

12. Zodíaco (David Fincher, 2007)

13. Filhos da Esperança (Alfonso Cuarón, 2006)

14. O Ato de Matar (Joshua Oppenheimer, 2012)

15. 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, 2007)

16. Holy Motors (Leos Carax, 2012)

17. O Labirinto do Fauno (Guillermo Del Toro, 2006)

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18. A Fita Branca (Michael Haneke, 2009)

19. Mad Max: Estrada da Fúria (George Miller, 2015)

20. Synecdoche, New York (Charlie Kaufman, 2008)

21. O Grande Hotel Budapeste (Wes Anderson, 2014)

22. Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, 2003)

23. Caché (Michael Haneke, 2005)

24. O Mestre (Paul Thomas Anderson, 2012)

25. Amnésia (Christopher Nolan, 2000)

26. A Última Noite (Spike Lee, 2002)

27. A Rede Social (David Fincher, 2010)

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28. Fale com ela (Pedro Almodóvar, 2002)

29. WALL-E (Andrew Stanton, 2008)

30. Oldboy: Dias de Vingança (Park Chan-wook, 2003)

31. Margaret (Kenneth Lonergan, 2011)

32. A Vida dos Outros (Florian Henckel von Donnersmarck, 2006)

33. Batman: O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)

34. O filho de Saul (Laszlo Nemes, 2015)

35. O Tigre e o Dragão (Ang Lee, 2000)

36. Timbuktu (Abderrahmane Sissako, 2014)

37. Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Apichatpong Weerasethakul, 2010)

38. Cidade de Deus (Fernando Meirelles and Kátia Lund, 2002)

39.O Novo Mundo (Terrence Malick, 2005)

40. O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, 2005)

41. Divertida Mente (Pete Docter, 2015)

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42. Amour (Michael Haneke, 2012)

43. Melancolia (Lars von Trier, 2011)

44. 12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2013)

45. Azul É a Cor Mais Quente (Abdellatif Kechiche, 2013)

46. Cópia Fiel (Abbas Kiarostami, 2010)

47. Leviathan (Andrey Zvyagintsev, 2014)

48. Brooklyn (John Crowley, 2015)

49. Adeus à Linguagem (Jean-Luc Godard, 2014)

50. Nie Yinniang (Hou Hsiao-hsien, 2015)

51. A Origem (Christopher Nolan, 2010)

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52. Mal dos Trópicos (Apichatpong Weerasethakul, 2004)

53. Moulin Rouge (Baz Luhrmann, 2001)

54. Era uma Vez na Anatólia (Nuri Bilge Ceylan, 2011)

55. Ida (Pawel Pawlikowski, 2013)

56. A Harmonia Werckmeister (Bela Tarr, director; Ágnes Hranitzky, co-director, 2000)

57. A Hora Mais Escura (Kathryn Bigelow, 2012)

58. Moolaadé (Ousmane Sembène, 2004)

59. Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005)

60. Síndromes e um Século (Apichatpong Weerasethakul, 2006)

61. Sob a Pele (Jonathan Glazer, 2013)

62. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009)

63. O Cavalo de Turin (Bela Tarr and Ágnes Hranitzky, 2011)

64. A Grande Beleza (Paolo Sorrentino, 2013)

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65. Aquário (Andrea Arnold, 2009)

66. Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera (Kim Ki-duk, 2003)

67. Guerra ao Terror (Kathryn Bigelow, 2008)

68. Os Excêntricos Tenenbaums (Wes Anderson, 2001)

69. Carol (Todd Haynes, 2015)

70. Histórias que Contamos (Sarah Polley, 2012)

71. Tabu (Miguel Gomes, 2012)

72. Amantes Eternos (Jim Jarmusch, 2013)

73. Antes do Pôr do Sol (Richard Linklater, 2004)

74. Spring Breakers: Garotas Perigosas (Harmony Korine, 2012)

75. Vício Inerente (Paul Thomas Anderson, 2014)

76. Dogville (Lars von Trier, 2003)

77. O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel, 2007)

78. O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese, 2013)

79. Quase famosos (Cameron Crowe, 2000)

80. The Return (Andrey Zvyagintsev, 2003)

81. Shame (Steve McQueen, 2011)

82. Um Homem Sério (Joel and Ethan Coen, 2009)

83. A.I. – Inteligência Artificial (Steven Spielberg, 2001)

84. Ela (Spike Jonze, 2013)

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85. O Profeta (Jacques Audiard, 2009)

86. Longe do Paraíso (Todd Haynes, 2002)

87. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)

88. Spotlight: Segredos Revelados (Tom McCarthy, 2015)

89. La mujer sin cabeza (Lucrecia Martel, 2008)

90. O Pianista (Roman Polanski, 2002)

91. O Segredo dos Seus Olhos (Juan Jose Campanella, 2009)

92. O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford (Andrew Dominik, 2007)

93. Ratatouille (Brad Bird, 2007)

94. Deixa Ela Entrar (Tomas Alfredson, 2008)

95. Moonrise Kingdom (Wes Anderson, 2012)

96. Procurando Nemo (Andrew Stanton, 2003)

97. Minha Terra África (Claire Denis, 2009)

98. Dez (Abbas Kiarostami, 2002)

99. The Gleaners and I (Agnès Varda, 2000)

100. Carlos (Olivier Assayas, 2010)

100. Réquiem para um Sonho (Darren Aronofsky, 2000)

100. Toni Erdmann (Maren Ade, 2016)

Cinema brasileiro já lançou 235 longas-metragens desde janeiro

Você já ouviu falar do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, o OCA? Essa subseção da Ancine traz dados muito interessantes relacionados à nossa produção nacional. Um relatório divulgado na última semana mostra, por exemplo, que desde o início deste ano até o dia 20 de julho, o mercado brasileiro lançou 235 longas-metragens.

E isso só entre os lançados comercialmente em Salas de Exibição em 2016 - ou seja, se considerados os curtas, os longa-metragens independentes e os que ainda não estrearam por aqui, o número é bem maior!

O público também está crescendo. Os cinemas brasileiros tiveram mais de 112 milhões de espectadores, um crescimento de público de 11,8% com relação ao ano passado. Os dados mostram inclusive quem são os grandes responsáveis por levar mais gente às salas. 

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Neste ano, por exemplo, o filme nacional mais visto foi "Os Dez Mandamentos", que registrou uma bilheteria de R$ 116.794.308,84 e levou 11.300.366 brasileiros aos cinemas. A produção é seguida bem de longe por – acreditem! – “Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina”. Lançada em julho, a continuação da aventura das crianças já arrecadou R$ 16.698.804,99 e foi vista por 1.477.647 pessoas. 

Além dos dois, integram a lista dos mais vistos “Um Suburbano Sortudo”, “Vai que dá certo 2, “Mais Forte que o Mundo - A História de José Aldo”,  “Porta dos Fundos - Contrato Vitalício”, “Reza a Lenda”, “Em Nome da Lei”, “Nise - O Coração da Loucura” e “Uma Loucura de Mulher”.

Quer saber o que está saindo de legal entre as produções nacionais? Acesse o Brasil nas Telas, no portal da Ancine, e fique de olho nos lançamentos de cada mês!

"Personagem Feminina Pouco Desenvolvida" ironiza machismo no cinema

Não é segredo para ninguém o papel coadjuvante das mulheres na indústria cinematográfica. Além de salários menores que os homens, mesmo em personagens com a mesma relevância, elas dirigem menos, roteirizam menos, protagonizam menos. 

E não é pouco: apenas 22% dos 100 filmes com maior bilheteria nos cinemas norteamericanos no ano passado foram protagonizados por mulheres, de acordo com uma pesquisa realizado pela San Diego State University, e apenas 30% dos papéis com fala pertenceram a elas.

Mas não para por aí. Afinal, a gente sabe que mesmo quando protagonizam as produções cinematográficas, elas frequentemente têm suas vidas reviradas por conta de um homem. (Oi, comédias romãnticas e dramas em geral!).

Para satirizar essa triste realidade, o SourceFed criou o vídeo "Personagem Feminina Pouco Desenvolvida", que simula o trailer de um suposto filme que logo entraria em cartaz. 

Confere o vídeo!

O vídeo retrata quatro estereótipos femininos básicos e predominantes nos cinemas:

  • A "Mamãe-urso", que fez 36 anos e perdeu o emprego em Hollywood por ser "muito velha";
  • A "Atrevidinha", que faz o alívio cômico e é sempre solidária com as outras - e que também leva grupos minoritários aos cinemas, por ser negra ou fazer parte de um grupo marginalizados;
  • A "Colírio", uma mulher estritamente dentro dos padrões de beleza, que se faz de durona e é sempre hiperssexualizada;
  • A "Garota Ideal Doida e Alternativa", que serve para consolar os corações partidos masculinos. 

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A sociedade das Personagens Femininas Pouco Desenvolvidas utilizam até mesmo um "Bechdelômetro" para medir a capacidade da personagem de passar no Teste de Bechdel.

Um tapa na cara do cinema misógino e machista a que estamos acostumados, hein! 

O video original (em inglês, sem legendas) está disponível na página da SourceFed.