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Crítica do filme As Aventuras de Peabody & Sherman | Uma aula de história e amor

A gente cresce, amadurece, vive uma vida de adulto, mas lá no fundo ainda somos crianças. Eu, particularmente, sou fascinado por desenhos animados, sejam eles em versão 2D ou 3D. Apesar de gostar muito, nem sempre tenho tempo de conferir todas as animações que pintam no cinema.

Admito que nem sempre dou atenção para todo filme infantil que sai, principalmente porque algumas histórias parecem não ter o mesmo charme de outras tantas que já vi (sabe como é, a gente fica exigente com o passar do tempo). Geralmente, dou preferência para os filmes da Pixar, talvez porque muitos fizeram parte da minha infância.

Felizmente, recentemente, resolvi dar uma chance para um filme diferente e pude voltar a ser criança na companhia de amigos. Me diverti muito com “As Aventuras de Peabody & Sherman”, mesmo este não sendo um filme tão engraçado ou cativante.

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Antes da animação chegar aos cinemas, fiz uma pesquisa e acabei descobrindo que ele é baseado no cartoon “Mr. Peabody”, que foi exibido na TV lá nas décadas de 1950 e 1960. Eu nunca tinha ouvido falar sobre o desenho, mas me amarrei na ideia de viagem no tempo e de um cachorro que é pai de um menino humano. Claro, nem sempre uma boa receita significa o segredo do sucesso, por isso não tirei conclusões precipitadas.

Dois simpáticos personagens

Bom, como o próprio nome sugere, o filme tem dois personagens principais: Peabody (o cachorro) & Sherman (o humano). A história do longa começa lá na infância de Peabody, quando ele ainda era um filhote e ficou um tempão esperando ser adotado. Depois de tanto ser rejeitado, nosso amigo canino resolve levar uma vida de estudos.

Após muitos anos, Peabody já em sua fase adulta — após ganhar prêmios por grandes invenções e já ser reconhecido internacionalmente — resolve virar pai. Acontece que ele não queria se envolver com outros animais de sua espécie e então tenta adotar um filho humano: o Sherman.

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Peabody é um cachorro amigável que mostra respeito e muito carisma. Já Sherman é um menino adorável que dá o tom de diversão e alegria para o filme. Conforme o andar da carruagem, a relação entre eles deixa de ser apenas familiar e vira uma grande amizade.

A verdade é que além da situação inusitada em que um cão é pai de um humano, temos aqui uma dupla que tem uma máquina do tempo e viaja para diversos locais para conhecer celebridades que marcaram época e, às vezes, para mudar um pouco da história.

Debatendo muitos temas complicados

Apesar de “As Aventuras de Peabody & Sherman” tratar das viagens pelo tempo, o filme tem uma história sólida no presente, focando nas primeiras aulas do garotinho e na relação entre os dois protagonistas. As situações da atualidade são o palco perfeito para o filme debater temas como bullying, afetividade, aceitação da sociedade e outras questões.

É engraçado que o filme não tenta criticar diretamente as atitudes de um ou outro personagem (alguns chatos e outros briguentos), sendo que o desenrolar do enredo acaba mostrando que há muita coisa errada em determinadas ações das pessoas e aos poucos tudo é devidamente resolvido.

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Gostei muito de ver que os roteiristas tiveram essa coragem de colocar tais assuntos na película, pois mesmo sendo uma situação impossível de acontecer (já que não existe um cachorro que seja pai de um humano), as mesmas ideias e soluções se aplicam a vida das pessoas do mundo real.

Não é bem para a criançada…

Ainda que estejamos tratando de uma animação engraçadinha e cheia de boas intenções, ela não é totalmente voltada para crianças. Sim, o público infantil vai acabar se identificando com uma série de situações, incluindo o bullying que muitos sofrem, mas há uma grande carga no longa que fica difícil para os pequeninos compreenderem.

As viagens no tempo são muito legais e tudo é bem esmiuçado para que o público não fique boiando na história. Contudo, é preciso considerar que o bombardeio de informações complica o acompanhamento dos eventos.

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Você contar para uma criança que lá em determinada época houve um período chamado Renascimento, em que um grande artista (Da Vinci) tinha ideias brilhantes e fazer uma conexão dessa ocasião com o presente (em que há outros problemas) deixa a criança perdida. E isso não acontece somente uma vez. Há diversas idas e vindas na linha do tempo, com diferentes cenários, personagens, fatos, datas, etc.

Bom, no fim, acredito que quem mais vai aproveitar o filme são os adultos.  Aqui temos a prova de que nem toda animação precisa ser para crianças e que há como falar sobre várias questões sem ter um filme totalmente fantasioso.

Eu, particularmente, gostei muito da ideia e principalmente do bom humor de Sherman. “As Aventuras de Peabody & Sherman” ainda tem uma pitada de drama (que dá direito a lágrimas) e uma grande dosagem de aprendizagem.

Palahniuk, Fincher e uma adaptação que complementa o original

Eu cheguei à obra de Chuck Palahniuk pelo cinema — e aposto que muita gente que hoje vai atrás das coisas que ele escreveu também chegou até ele dessa maneira. Se você não sabe a quem estou me referindo, eu esclareço: Palahniuk é autor de livros como “Cantiga de Ninar”, “No Sufoco” e “Clube da Luta”. Ele já escreveu diversas outras obras além dessas e, duas delas, exatamente “Clube da Luta” e “No Sufoco”, chegaram ao cinema.

Se você não é um entusiasta da obra de Palahniuk, talvez nem se lembre de “Choke - No Sufoco”, a adaptação cinematográfica da obra levada à telona em 2008 pelas mãos de Clark Gregg (que além de dirigir e roteirizar, também atuou na película) e estrelada por Sam Rockwell (“Lunar”) — Gregg é mais conhecido por interpretar o agente Phil Coulson em filmes da Marvel, como “Homem de Ferro” e “Os Vingadores”.

Muita gente não imagina que “Clube da Luta” é a adaptação de um romance, mas provavelmente já ouviu falar na obra que se tornou um verdadeiro clássico do “cinema cult”, se é que podemos dizer assim, no final dos anos 90 — na verdade, se você viu o filme e não sabia disso, é um grande desatento, pois a informação aparece logo nos créditos iniciais.

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Em 1999, David Fincher (“A Rede Social”) dirigiu a versão cinematográfica desse verdadeiro “soco na mente” de Palahniuk, comandando um elenco de respeito com Brad Pitt (“Entrevista com Vampiro”), Edward Norton (“A Outra História Americana”) e Helena Bonhan Carter (“Alice no País das Maravilhas”),  mostrando que não precisa do marido na direção pra esbanjar talento, diga-se de passagem. No apoio, nomes que dão um toque especial à película, como Meat Loaf (“Tenacious D - Uma Dupla Infernal”) e o agora vencedor do Oscar Jared Leto (“Senhor Ninguém”), completam o time.

Bem, voltando ao início do texto, eu conheci a obra literária de Chuck Palahniuk por meio do filme, que fui assistir somente em 2007. Depois disso, encontrei alguns livros dele para vender, outros eu baixei na internet, mas desde então procuro ler tudo que sai em português. A obra mais fascinante pra mim é, sem dúvida, “Clube da Luta”, e é aí que entra um ponto interessante: a abordagem dada por Fincher e por Jim Uhls, o roteirista, consegue capturar muito bem o espírito do livro de Palahniuk.

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Depois de ler o livro e ver o filme algumas vezes, as lembranças de ambos se embaralham e às vezes fica difícil lembrar exatamente de qual obra é determinada fala. O filme tem muito do livro, é óbvio, mas também adiciona algumas coisas novas (como por exemplo a forma como o narrador conheceu Tyler Durden e ainda o fim que ele dá aos problemas com seu chefe), porém sem inventar demais, sem desrespeitar a obra original, digamos assim.

Os responsáveis por adaptar o texto de Palahniuk para o cinema conseguiram capturar o perfil psicológico da obra e de seus personagens de forma excepcional, criando uma atmosfera caótica e bizarra, trabalhando de forma competente o humor ácido e crítico que o autor esbanja no livro.

Enfim, arrisco dizer que os dois “Clubes da Luta” são complementares e podem muito bem ser apreciados em sequência um do outro. Fazer isso várias vezes, aliás, vai deixar aquela sensação de não saber qual é qual na hora de fazer uma citação, como se você estivesse quase imerso na obra e não soubesse quem é Tyler e quem é Narrador.

Os Boxtrolls | Novo trailer dublado e sinopse

Com direção de Anthony Stacchi e Graham Annable, a animação em 3D é baseada no livro "Here Be Monsters", de Alan Snow, e conta com as vozes de Elle Fanning, Toni Collette, Bem Kingsley, Simon Pegg, Jared Harris, Nick Frost e Isaac Hempstead-Wright. 

A produção retrata a história de uma cidade habitada por pessoas fanáticas por elegância e queijos. Amaldiçoada por monstros que moram no subterrâneo, a região sofre com roubo de suas crianças e de seus adorados queijos durante as noites.

Ovo (Isaac Hempstead-Wright) é um garoto órfão, que desde bebê foi criado nos esgotos da cidade de Ponte Queijo pelos Boxtrolls, amáveis criaturas que vivem do lixo deixado por humanos. Como os Boxtrolls são caçados impiedosamente por Archibald Snatcher (Ben Kingsley) e sua gangue, eles apenas deixam o subterrâneo à noite mas de vez em quando um deles é capturado. Quando Peixe, o boxtrolls que criou Ovo, é pego, o garoto decide se aventurar pela cidade para resgatá-lo. É quando conhece Winnie (Elle Fanning), uma garota mimada que faz com que perceba que ele é, na verdade, um humano.

Crítica do filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins | Não é o que parece...

Confesso que assim que soube que de alguma forma Mary Poppins seria lembrada no cinema, já fiquei ansiosa para conferir o filme. Não pude assistir ao filme original na estreia (já que ele é de 1964 e eu sou de 1986), mas esses 22 anos que me separam da estreia do filme, não me fizeram sentir menos emoção por ter que assisti-lo em casa.

Walt nos Bastidores de Mary Poppins” conta a história real da acirrada queda de braço entre Walt Disney e a escritora P. L. Travers — autora do livro Mary Poppins — para que a história saísse do papel e fosse para as telonas.

A jornada de Walt Disney pelo direito de filmar Mary Poppins começou no momento em que suas filhas pediram para que seu livro favorito virasse um longa-metragem. No decorrer dessa história que durou 20 longos anos, Disney tenta convencer Mrs. Travers a vender os direitos autorais do livro para cumprir a promessa que fez as suas filhas.

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A premissa principal do filme é justamente mostrar a dificuldade do relacionamento entre Walt Disney e Mrs. Travers e como esse relacionamento originou o aclamado Mary Poppins, campeão de bilheteria na época e ganhador de 5 Oscars.

Quem em sã consciência não gosta da Disney?

Antes de tudo, devo começar falando especialmente de Mrs. Travers. Sim, chamo-a dessa forma, pois em diversas cenas a autora de Mary Poppins exige respeito para aqueles que não são próximos. Essa mesma característica ela exercita para com os outros ao não se direcionar a desconhecidos pelo primeiro nome.

Mrs. Travers, interpretada por Emma Thompson, chega a ser chata, quase irritante. É sisuda, quase não sorri, intolerante e oscila o filme todo entre a arrogância e a fragilidade. Esse jeito reservado transparece até em suas vestimentas, que geralmente são terninhos bem alinhados e com cores escuras. Não faz questão de gostar de nada e de ninguém, tampouco que gostem dela.

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Após um tempo de indecisão a escritora resolve ir a Disney. Chegando lá temos claros sinais de que ela tem uma aversão ao universo do Mickey e seus colegas. Notamos o quão chata ela é, ao impor algumas condições para ceder os direitos de sua personagem, tais como a ausência de canções e animações no filme — que são a alma dos filmes da Disney.

Um filme para fãs

A primeira cena já começa com a versão instrumental da música Chim Chim Cher-ee, e assim que tocou, voltei à minha infância e me deixei levar completamente pelo filme. Por várias vezes fiquei com os olhos marejados e a cada música que tocava, que reconhecia ser da trilha de Mary Poppins, as lembranças de quando assisti ao filme original voltavam a mente.

O longa foca na vida da escritora, acompanhando duas histórias paralelas, que ajudam o espectador a entender melhor a carreira e o jeito de Mrs. Travers. Não só isso, os fatos apresentados no enredo vão se entrelaçando e aos poucos é possível compreender muitos mais sobre Mary Poppins.

Em algumas cenas, viajamos para a Austrália e somos apresentados ao drama da família Goff. Dentre os membros da família, o filme foca especificamente, no patriarca, interpretado por Collin Farrell e a garotinha Ginty, vivida por Annie Rose Buckley, a loirinha de apenas 11 anos manda muito bem, sendo destaque por diversas vezes e tem tudo para dar certo no mundo do cinema.

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Nas tomadas que se passam na Austrália, a fotografia é linda, os cenários, as cores usadas, figurino, tudo está impecável. O capricho com que as cenas foram feitas, me dão a mesma impressão quando assisto à Mary Poppins, cada cena foi cuidadosamente feita, para que nada saísse errado.

Apesar de não ser uma pessoa muito fácil, P. L. Travers acaba vendendo o direito de seu livro à Disney, mas isso não é nenhuma surpresa, afinal o filme original vai completar 50 anos. O curioso é que apesar de o longa tratar sobre a Mary Poppins e a Mrs. Travers o desfecho do filme tem uma surpresa inusitada, totalmente relacionada ao título original.

Prepare a caixa de lenços

Apenas por curiosidade, “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” foi o terceiro filme autorizado filmado na Disneylandia, e apesar de a Disney lançar inúmeros filmes, este foi o primeiro a retratar o empresário Walt Disney.

Eu como fã de Mary Poppins que sempre fui, já estou contando os dias para que seja lançado a versão especial de 50 anos e também no aguardo do Blu-ray deste que fui assistir hoje, pois tudo que se refere a Mary Poppins e a Disney me atraem bastante. 

Para os que não são fãs ou que não conhecem a história de Mary Poppins, talvez seja um tanto maçante aguentar a chatice da escritora, porém o filme pode ter umas sacadas e reviravoltas que surpreendem. Vale pelo espetáculo, visual e a visita aos estúdios Disney.

Crítica do filme A Vida Secreta de Walter Mitty | Aventuras na medida certa

Nunca fui um grande fã do Ben Stiller e não esperava grande coisa deste longa que é estrelado e dirigido por este que, segundo alguns, é o rei da comédia. Entretanto, o filme que aparentava ser um título sem pé nem cabeça acabou se saindo melhor do que eu esperava e, no fim, acabei gostando da proposta, da história como um tudo e peguei certa afeição por Stiller.

Bom, para você que sequer viu o trailer, vou dar uma resumida dos fatos que rolam em “A Vida Secreta de Walter Mitty”. Como você deve imaginar (o título denuncia tudo), a história aqui é centrada em Walter Mitty, um cara que trabalha como diretor de negativos (a seção que é responsável por revelar as fotografia) em uma famosa revista.

A vida de Mitty é a mesma coisa há 16 anos, mas ele gosta do que faz, ainda mais que acaba viajando legal na maionese. A grande sacada do personagem é justamente suas divagações que acabam acontecendo nos momentos mais inesperados. Nos primeiros momentos, logo vemos que o rapaz acaba entrando no mundo do sonhos e pensa que virou um grande herói, um alpinista ou qualquer outra coisa incrível.

Vivendo um pouco nos sonhos e um pouco da vida real, Walter acaba se interessando por Cheryl — uma mulher que acabou de entrar na mesma empresa em que ele trabalha. Ocorre que a vida pacata de Mitty está para mudar completamente, pois uma grande empresa acaba de comprar a companhia que Walter tanto adorava.

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A treta do filme, no entanto, rola quando Mitty não encontra o negativo que deve ser a capa da última edição da revista. Depois disso, a história foca na vida secreta do personagem, que acaba entrando em uma série de acontecimentos inacreditáveis, quando resolve ir atrás do fotógrafo Sean O’Connell para conseguir o negativo.

É interessante que apesar de ser um filme bem humorado, “A Vida Secreta de Walter Mitty” não é propriamente uma comédia. Há piadas espalhadas ao longo do filme, mas a graça está mais nas divagações do personagem, algo que felizmente é usado de forma moderada e não chega a cansar o telespectador.

A atuação de Ben Stiller não é nada excepcional, mas acredito que todo o esforço dele estava justamente em agir de forma natural, garantindo que o personagem parecesse uma pessoa comum, e não um comediante tentando tirar gargalhadas da plateia. A direção, por outro lado, ficou acima do que eu esperava, sendo muito prazeroso assistir a cada tomada da projeção.

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Outro aspecto que merece destaque — e que eu fico sempre babando — é a direção de fotografia deste longa-metragem. Cada cenário, cada cena e cada momento escolhido é perfeito para retratar uma vida de aventuras inusitadas. Para ornar com esses ambientes, a trilha sonora escolhida se encaixa perfeitamente e, mesmo contando com algumas canções populares, fica sensacional apreciar o filme.

Uma coisa que me incomodou um bocado foi o ritmo acelerado do longa, algo que acaba acontecendo depois que um ou outro pedaço que foi demasiadamente abordado. De qualquer forma, a história não tem muitos segredos e não é difícil entender a moral por trás do conto. Fiquei um tanto chateado também com a curta participação de Sean Penn.

É interessante notar que uma das grandes sacadas da história dá pra pegar um bocado antes de todo o desenrolar dos fatos, mas isso não é exatamente uma falha do roteiro ou algo que é explicitamente dito, mas quando falamos de Hollywood, podemos esperar algumas coisas que já foram exploradas em outros tantos filmes.

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No fim, toda a fantasia, a aventura e as piadas acabam levando a uma história muito legal, que, mesmo não sendo a mais espetacular de todas, é muito prazerosa para ver nos cinemas. Meus parabéns ao Ben Stiller e na próxima já não terei uma mesma visão do cara. Fica aqui minha indicação para você que está procurando um filme divertido, engraçado e bonito.

Ela | Trailer legendado e sinopse

Escrito e dirigido por Spike Jonze, ELA se passa em um futuro próximo na cidade de Los Angeles e acompanha Theodore Twombly (Joaquin Phoenix), um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o final de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única.

Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer "Samantha", uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois se aprofunda em um eventual amor um pelo outro. ELA é uma história de amor original que explora a natureza evolutiva -- e os riscos -- da intimidade no mundo moderno.