Anne Hathaway - Café com Filme

Spin-off de Onze Homens e Um Segredo trará elenco exclusivamente feminino

A trilogia Onze, Doze e Treze Homens e sei lá quantos segredos se vão a essa altura do campeonato terá um spin-off com elenco de protagonistas exclusivamente feminino. Com estreia prevista para junho de 2018, o longa "Ocean's Eight" deve se chamar "Oito Mulheres e Um Segredo" no Brasil e reunirá um elenco porreta.

Olivia Munn, Cate Blanchett, Dakota Fanning, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Katie Holmes, Sandra Bullock, Sarah Paulson, Mindy Kaling e até mesmo Rihanna, Kim Kardashian West e Kylie Jenner são os principais nomes que vão comandar a produção, que deve inaugurar uma nova franquia. Até a modelo brasileira Adriana Lima deve fazer uma participação.

Gary Ross ("Jogos Vorazes", "Um Estado de Liberdade") assina a direção e também o roteiro, esse ao lado de Olivia Milch.

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O novo longa-metragem vai contar a história de Debbie Ocean (Sandra Bullock), que é irmã de Danny Ocean (George Clooney) e, como o irmão, tem no sangue o jeitinho para aplicar grandes golpes. O alvo da vez é o famoso baile Met Gala, um dos principais eventos daqueles bailes acontecem nos Estados Unidos sob o pretexto de arrecadar fundos mas que gente sabe que só rolam pras celebs exibirem seus vestidões.

Do elenco do Ocean's Eleven, por enquanto, só temos Matt Damon confirmado pra essa nova produção.

Estamos ansiosos? Estamos sim!

No comando | Diretoras de cinema que você respeita

Patty Jenkins, Laís Bodansky, Jane Campion, Andrea Arnold, Anna Muylaert, Catherine Hardwicke, Kimberly Peirce… Você provavelmente nunca ouviu falar dessas mulheres, e, ainda assim, é bem provável que já tenha visto alguma coisa escrita ou dirigida por elas. Esses são apenas alguns dos nomes de cineastas mulheres que conseguiram abrir seu caminho deste universo tão majoritariamente masculino que é a cadeira de diretor cinematográfico.

E, ainda assim, seus nomes continuam tão frequentemente ocultos na história da cultura internacional.

Que tal conhecer algumas das mulheres que, ao longo da história do cinema, conseguiram comandar filmes de grande alcance e se tornar as primeiras a obter reconhecimento por seus feitos? Contaremos a seguir algumas histórias!

Alice Guy-Blache

Por João Gabriel

Com centenas de filmes dirigidos, Alice Guy-Blche detém o título de primeira cineasta da história e uma das pioneiras do cinema francês. Nascida em 1° de Julho de 1873, na França, ela iniciou a sua participação na indústria cinematográfica com 21 anos, trabalhando como secretária do fotógrafo Léon Gaumont.

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Há indícios de que sua paixão pelo cinema se iniciou em uma participação de Alice numa apresentação feita pelos Irmãos Lumière a respeito de uma câmera 60mm. Ao que conta a história, a diretora ficou tão fascinada com uma das projeções, que acabou por pedir a máquina de Gaumont emprestada para criar então seu primeiro filme, baseado em um conto francês, chamado "The Cabbage Fairy", uma comédia sobre uma fada que cria crianças dentro de um repolho.

Utilizando todo seu conhecimento na área da fotografia, Alice criou o estereótipo de diretor que conhecemos hoje, realizando centenas, talvez milhares de trabalhos diversificados entre longas e curta-metragens, escolhendo desde o cenário até o elenco do filme, sendo dona e tocando seu próprio estúdio sozinha, além de filmar inúmeras obras com a ideologia da ficção, o que ainda não era muito comum na época.

Alice Guy-Blache foi inspiração de muitos outros diretores renomados, como Alfred Hitchcock e Barbra Streisand.

Uma de suas obras de maior valor histórico chama-se “A Fool and His Money”, lançado em 1912, que conta a história de um homem que encontra uma carteira abarrotada de dinheiro. Por um momento ele se torna amigo de todos da cidade, até que a grana acabe. O filme teve uma produção com elenco feito totalmente por negros, sendo que as filmagens contaram com centenas de figurantes, algo não muito comum para a época.

Ava DuVernay

Por Lu Belin

Com apenas 44 anos, Ava Marie DuVernay já fez seu nome em Hollywood. Depois de dirigir 17 produções e atuar também como roteirista, produtora e publicitária em distribuidoras de filmes, a norte-americana já conta 53 indicações a prêmios no mundo todo - entre eles um Oscar, a que foi indicada pela direção do documentário 13ª Emenda, neste último ano, ao lado de Spencer Averick e Howard Barish.

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Você muito provavelmente a conhece também de Selma, longa-metragem aclamadíssimo indicado a Oscars e Globos de Ouro, entre tantos outros reconhecimentos.

Além de atuar intensamente em Hollywood, a californiana Ava DuVernay também é a primeira cineasta negra a ganhar o prêmio de Melhor Direção no Festival de Sundance, assim como a primeira diretora negra a ser nomeada para o Globo de Ouro na categoria e a primeria também a ter seu filme nomeado ao Oscar.

Grandes feitos para uma mulher incrível!

Kathryn Bigelow

Por Carlos Augusto Ferraro Miorim

Kathryn Bigelow não é a ex-esposa de James Cameron. Ela é a primeira é única mulher a ganhar um Oscar, Directors Guild of America Award, BAFTA e o Critics' Choice Movie Award como diretora do filme “Guerra ao Terror.” De quebra ela também foi a primeira mulher a ganhar um Saturn Award também por Melhor direção, mas dessa vez pelo filme “Estranhos Prazeres”.

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Achou pouco, pois ela também é responsável por “Caçadores de Emoção”, o bom, o original, aquele de 1991. Outro destaque é “K-19”, que mostra a história real da tripulação do primeiro submarino nuclear soviético. Mas não é só isso não, Kathryn Bigelow também assina a direção de “A Hora Mais Escura”, o filme que mostrou os “bastidores” da caçada a Osama bin Laden.

Em suma, Kathryn foi casada sim com James Cameron, mas de nenhuma maneira isso define a vida e a carreira dela. Ela conquistou seu espaço na indústria com filmes intensos, seja na ação ou na dramaticidade.

Marjane Satrapi

Por Thiago Moura

Nascida em Teerã, além de cineasta é a primeira iraniana a escrever história em quadrinhos. Cresceu em meio à revolução em seu país em uma família que se envolveu com os movimentos comunista e socialista no Irã antes da Revolução Iraniana.

Sua infância e juventude são retratadas no filme "Persépolis" (2007), animação adaptada do quadrinho autobiográfico homônimo. Por essa obra, recebeu o prêmio especial do Júri no Festival de Cannes e uma indicação ao Oscar de melhor animação, tornando-se a primeira diretora indicada nessa categoria.

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Depois de "Persépolis", continuou a dirigir e chegou até a atuar em um de seus filmes, adaptou mais uma de suas histórias em quadrinho mas não se limitou à animação, usando atores reais em seus filmes seguintes.

Talvez não seja o nome mais popular ao se falar em diretoras de grandes filmes, mas Marjane continuou na carreira de diretora com Frango com Ameixas (Poulet aux prunes, 2011), adaptado de seu quadrinho de mesmo nome e que retrata a depressão a partir de um violinista que tem seu instrumento quebrado; La Bande des Jotas (2012) em que assume o papel de protagonista; As Vozes (The Voices, 2014), sobre um serial killer que ouve os conselhos de seu cão e gato; e Berlin, I Love You, ainda em pré-produção.

Seus trabalhos tratam de temas bem pesados, mas uma característica interessante é a forma humorada que Marjane consegue impor as suas histórias. 

Claro que é um humor bem particular e por vezes "negro", mas ainda sim são histórias cativantes. Apesar de ter conceitos que se aproximam muito ao do Movimento Feminista, Marjane se define como "Humanista". Seu desejo é que todos construam um mundo melhor juntos e que todos se tratem com respeito.

Nancy Meyers

Por Fábio Jordão

Com uma longa carreira de roteirista, tendo aí mais de dez obras assinadas para as telonas, Nancy Meyers é uma cineasta reconhecida por sua participação em múltiplos fronts. A carreira dela como diretora se deu lá em 1998, com o filme “Operação Cupido”, uma produção da Walt Disney, na qual Meyers também deu uma ajudinha no texto.

De lá para cá, a cinegrafista trabalhou de forma tripla (como produtora, roteirista e diretora) em grandes títulos com elencos bastante expressivos — em parcerias com Kate Winslet, Cameron Diaz, Diane Keaton, Meryl Streep, Jack Nicholson e outros tantos. Nancy Meyers é conhecida por obras de comédias românticas, mas ela se sobressai ao fugir do óbvio.

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Um dos filmes de Meyers que mais chama a atenção é o recente “Um Senhor Estagiário”, que aborda a história de um viúvo (Robert De Niro) de 70 anos que fica desiludido com a aposentadoria e resolve voltar ao trabalho. Apesar de o protagonista ser um homem, o filme tem uma personagem feminina empoderada: Jules Ostin (interpretada por Anne Hathaway). Uma boa comédia, com uma direção diferenciada e com nada de romance.

Sofia Coppola

Por Mike Ale

Pra quem não é familiarizado com o seu trabalho, a primeira coisa que vem à cabeça é: “A filha do Francis Ford Coppola”. Mas se tem uma coisa que Sofia conseguiu conquistar em seus cinco filmes, foi sua identidade. Sim, a diretora de 46 anos tem “apenas” cinco longa-metragens em sua carreira (o sexto deve sair ainda esse ano), mas isso deixa seu nome ainda mais admirável, pois foi com essas histórias que ela conseguiu cravar sua visão e seu diferencial.

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Com um tom poético, seus filmes tratam sobre questões existenciais de um jeito bem melancólico e até mesmo vazio… A maneira como ela expõe a alma de seus personagens, em geral mulheres, é ao mesmo tempo sutil e profunda.

O que eu quero dizer com tudo isso: Sofia já se destaca no meio acirrado de Hollywood com filmes nada convencionais e até mesmo bem dividos em relação ao público. Tem quem ame, tem quem odeie e tem quem tenha preguiça. Mas uma coisa é certa: Ninguém ignora.

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E aí, conhece mais alguma diretora como elas? Existem inúmeras, a gente garante! Que tal começar a prestar atenção nisso na hora de escolher um filme e tentar lembrar dos nomes das diretoras mulheres como a gente faz com os homens? Fica aí o desafio! ;)

Documentários marcam programação da HBO em novembro de 2016

O grande destaque da programação da rede HBO em novembro será o documentário Holocausto Brasileiro, que vai ao ar no dia 20, às 21h, com exclusividade no canal MAX. Já o canal HBO, além de grandes estreias como "A 5ª Onda" e "Um Senhor Estagiário", continua a tradicional temporada de documentários, com produções originais HBO, que abordam assuntos atuais e polêmicos.

"Doações de Campanha: o Dinheiro Fala Mais Alto?", sobre as eleições norte-americanas, e "Sob Medida", que conta a história de uma alfaiataria que faz ternos sob medida para clientes transgêneros, são alguns exemplos.  

Confira algumas das principais estreias:

A 5ª Onda

05/11 | Sábado | 22h | Canal HBO

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No filme, as investidas de quatro ondas de ataques alienígenas deixaram a Terra praticamente em ruínas. Em meio a um clima de medo e desconfiança, uma jovem tenta desesperadamente salvar seu irmão mais novo, enquanto se prepara para a inevitável e mortal quinta onda. O longa é estrelado por Chloë Grace Moretz, Liv Schreiber e Ron Livingston.

Aliança do Crime

12/11 | Sábado | 22h | Canal HBO

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Um filme policial eletrizante, protagonizado pelos ganhadores do Globo de Ouro® Johnny Deep e Kevin Bacon e o indicado ao Oscar® Benedict Cumberbatch. No longa, Whitney Bulger, irmão de um senador e o criminoso mais violento do sul de Boston, decide se aliar a um agente do FBI para acabar com a máfia italiana que invade seu território.

A Dama Dourada 

19/11 | Sábado | 22h | Canal HBO

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Conta a emocionante história de Maria Altmann, uma mulher judia que conseguiu sair de Viena durante a Segunda Guerra Mundial. Após muitos anos, ela terá que voltar ao país e se reencontrar com suas memórias para recuperar uma obra de arte de Gustav Klimt que os nazistas confiscaram de sua família.

Um Senhor Estagiário

26/11 | Sábado | 22h | Canal HBO

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Ben Whitaker, um viúvo de 70 anos, sente que a aposentadoria deixou um vazio em sua rotina. Quando aparece uma vaga como estagiário em uma empresa de moda on-line, Ben a enxerga como uma oportunidade para voltar à ativa. O filme é estrelado pelos ganhadores do Oscar® Robert De Niro e Anne Hathaway.

Confira também a programação de documentários que irão ao ar pela HBO em novembro:

Doações de Campanha: o Dinheiro Fala Mais Alto?

07/11 | Segunda-feira | 22h | Canal HBO

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"Meet the Donors: Does Money Talk?" entra no circuito da captação de recursos e conversa com dezenas de doadores milionários que sustentam os dois partidos políticos dos Estados Unidos. Dirigido por Alexandra Pelosi (“Journeys with George”, da HBO), ganhadora de um Emmy®. 

Mapplethorpe: Look at the pictures 

14/11 | Segunda-feira | 22h | Canal HBO

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Apresenta um olhar inédito sobre as fotos polêmicas de Robert Mapplethorpe, que quebrou tabus com o seu modo franco de retratar a nudez, a sexualidade e o fetichismo. Dirigido pelos ganhadores do Emmy® Fenton Bailey e Randy Barbato ("Wishful Drinking", da HBO), é uma produção da Film Manufacturers Inc.

Sob Medida

21/11 | Segunda-feira | 22h | Canal HBO

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Conta a história da Bindle & Keep, uma alfaiataria no Brooklyn que faz ternos sob medida para clientes de gênero não conformativo e transgêneros. O documentário se concentra no processo íntimo de assumir uma nova identidade, aceitar as diferenças e enfrentar isso na própria pele. Dirigido por Jason Benjamin e produzido por Lena Dunham e Jenni Konner (“Girls”, da HBO).

O Ataque à Maratona de Boston

28/11 | Segunda-feira | 22h | Canal HBO

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"Marathon: The Patriots’ Day Bombing" relembra a história dramática do ataque terrorista de abril de 2013 na Maratona de Boston por meio das experiências de pessoas afetadas. Dirigido por Ricki Stern e Annie Sundberg e produzido em associação com o jornal Boston Globe.

A HBO Family também traz novidades. Veja as estreias!

Meu Monstro de Estimação

06/11 | Domingo | 20h | HBO Family

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Aventura baseada no romance de Dick King-Smith, invade o canal. Quando o pequeno Angus encontra um misterioso ovo nas margens do lago Ness, sai de sua casca uma surpreendente e lendária criatura, na qual Angus encontrará não só um amigo, mas também um grande segredo para proteger.

Interestelar

13/11 | Domingo | 20h | HBO Family

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Matthew McConaughey e Anne Hathaway levam o público para uma viagem ao espaço. A ficção-científica retrata um grupo de exploradores que parte em busca de sobrevivência quando a vida na Terra está ameaçada.

Max: O Cão Herói

20/11 | Domingo | 20h | HBO Family

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Nessa aventura, Justin perdeu seu irmão mais velho, Kyle, na guerra do Afeganistão. Agora terá que cuidar de Max, o cão farejador que Kyle treinou com muito carinho. Não será uma tarefa fácil, mas Carmem, uma linda garota, chegará para ajudá-lo.

Segurança de Shopping 2

27/11 | Domingo | 20h | HBO Family

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O oficial de polícia Paul Blart viaja a Las Vegas com sua filha para participar de um importante evento. Lá, ele terá de mostrar sua valentia mais uma vez, quando um grupo de criminosos tenta roubar algumas obras de arte.

Várias coisas legais na programação, não? Calma que ainda tem mais! Veja a programação do Canal Max!

Até Valhalla

06/11 | Domingo | 21h | Canal Max

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O longa-metragem conta a história de Johana, que volta para casa após vários anos ausente depois da morte de um de seus irmãos. Lá, ela terá que se reencontrar com uma família problemática e com emoções que vêm do passado.

O Salão de Jimmy

13/11 | Domingo | 21h | Canal Max

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Durante a Grande Depressão, o comunista Jimmy Gralton volta à Irlanda após anos de exílio. Chegando em sua terra natal, quer reabrir a escola de dança que o colocou em perigo, mas antes terá que enfrentar a intransigência da Igreja.

Holocausto Brasileiro 

20/11 | Domingo | 21h | Canal Max

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O Documentário expõe uma das maiores tragédias da história recente do país. No início do século passado, em Barbacena, Minas Gerais, foi fundado o hospital Colônia, com o intuito de tratar tuberculosos e doentes psiquiátricos. Mas o que se passou dentro daqueles muros foi algo estarrecedor.

Durante anos, homens, mulheres e crianças eram amontoados em vagões superlotados em uma viagem sem volta para o hospital. O lugar era o trágico destino daqueles que a sociedade não queria por perto. Cerca de 60 mil pessoas morreram durante o período de funcionamento do Colônia, que se transformou em um verdadeiro campo de extermínio. Poucos sobreviveram. Em comoventes depoimentos e entrevistas, alguns contam no documentário os horrores que viram e sofreram, falam sobre a esperança de ter uma vida digna e relatam as saudades daquilo que nunca viveram.

Sem Retorno

27/11 | Domingo | 21h | Canal Max

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Um milionário com uma doença terminal é submetido a uma operação para transferir sua consciência ao corpo de um homem jovem e sadio. Com o passar do tempo, o jovem descobrirá a origem de seu novo corpo e da organização que tornou isso possível.

Crítica do filme Passageiros | Embarcando em uma canoa furada

Dez pessoas sobrevivem à queda de um avião. Imediatamente, a jovem psiquiatra Claire (Anne Hathaway) é chamada por seu chefe Perry (Andre Braugher) para acompanhar os passageiros que conseguiram escapar com vida da tragédia e que, compreensivelmente, estão transtornados. 

Em um clima de suspense, muito mais do que de tensão ou qualquer outra coisa, Claire começa a conhecer os sobreviventes, o que aguça sua curiosidade – mas nem um pouco seu desconfiômetro.

Entre as pessoas deste grupo está Eric (Patrick Wilson), um jovem executivo que é, de longe, o mais misterioso dos remanescentes. Além de recusar o tratamento com a psiquiatra, ele demonstra estar muito alegre e conformado para alguém que acabou de vivenciar uma experiência trágica e sobreviver a um acidente que matou centenas de pessoas.

Quando coisas estranhas começam a acontecer e pessoas esquisitas passam a ter atitudes bizarras e improváveis, Claire percebe que pode ter muito mais por trás do acidente do que ela imagina.

Qualidade em queda livre

Admita, eu falei em queda de avião, sobreviventes e coisas bizarras e você já relacionou isso com ilha deserta, organização secreta e aquele auê todo de Lost. Se você é uma das pessoas que se decepcionou com o final da série e que não curte muito coisas sem grandes explicações, ou ainda, se um roteiro consistente e personagens bem construídos são fatores que lhe importam em um filme, larga essa vida de “Passageiros” e vai ver outra coisa.

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Dirigido por Rodrigo García (que, de acordo com o IMDB, pelo jeito curte fazer umas séries com nome de mulher), o longa-metragem tem roteiro de Ronnie Christensen, ambos com poucas grandes produções no currículo. 

Mas este, meus amigos, é um verdadeiro desperdício do talento de atores como Andre Braugher e Anne Hathaway. O plot até parece interessante, tanto que nos fez clicar no play lá no Netflix. Mas desde as primeiras cenas o roteiro já começa a demonstrar alguns furos e inconsistências.

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E não é nem questão de deixar o mistério no ar pra você preencher com a sua criatividade, coisas que alguns filmes conseguem fazer muito bem. É pura falta de explicação mesmo. A começar pela protagonista, que merece uma leitura um pouco mais detalhada. 

A pior psiquiatra que já existiu

Claire é o clichê cinematográfica da psicóloga que não consegue sequer resolver seus próprios problemas, que dirá ajudar os pacientes. O longa-metragem dá a entender que, por algum motivo que desconhecemos, ela está afastada da prática clínica e se dedica a dois mestrados e a um PHD, e que o atendimento aos sobreviventes é uma forma de fazer com que ela reviva esse lado da carreira.

O problema é que ela faz isso incrivelmente mal, mas não só porque a personagem é retratada como, de certa forma, incompetente. As cenas em que ela aparece atendendo os personagens são predominantemente esquisitas, não há outra palavra. 

As sessões são, ora coletivas, ora individuais, e Claire termina sempre encurralada pelos pacientes, além de, obviamente, se envolver emocionalmente com Eric. Mas, acima de tudo, me digam que tipo de psiquiatra em sã consciência entra num carro pra perseguir algo misterioso quando um paciente pede? Ou abre a porta de casa para um paciente psiquiátrico sozinha no meio da noite?

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A personagem segue tomando atitudes impensadas e se colocando em situações de risco que vão contra algumas regras de ética da profissão, sem falar do bom senso. E não apenas ela. Em geral, são personagens fracos com histórias superficiais e que não se sustentam, o que vale para o roteiro e a forma como ele se desenrola.

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O que também não se sustenta é parte técnica do filme. As cenas da queda do avião são bastante fracas e incoerentes, além de faltar capricho da produção na hora do desmonte da aeronave.

Em geral, são personagens fracos com histórias superficiais e que não se sustentam.

Com figurino bem simples e nada de muito chamativo também na parte de maquiagem e ambientação, sobrariam mesmo as cenas do acidente como destaque, e nessa parte faltou capricho.

O que se salva é a trilha sonora, que até tenta contribuir pra nos deixar tensos ou angustiados com a situação, mas trilha sozinha não faz verão, e “Passageiros” não convence. De longe, um dos piores filmes que eu vi recentemente. E olha que não faz muito tempo que eu fui ao cinema pra assistir “Contrato Vitalício”.

Passageiros | Trailer legendado e sinopse

Após um trágico acidente aéreo, a jovem psiquiatra Claire (Anne Hathaway) é escolhida por seu chefe para atender dez sobreviventes. Enquanto ouve os relatos de todos e coleta informações do que pode ter acontecido Claire conhece Eric (Patrick Wilson), o mais enigmático dos passageiros, e se sente atraída.

Os dois se aproximam de uma forma tão intensa que essa relação vai além do campo profissional. No decorrer do tempo, os outros sobreviventes começam a desaparecer misteriosamente e Claire acredita que Eric tem as respostas para esses estranhos acontecimentos devido a visões que ele mesmo diz ter. Agora a jovem fará o que for preciso para descobrir a verdade sobre o que aconteceu e pode chegar a respostas surpreendentemente assustadoras.

Crítica Alice Através do Espelho | Bravura em Tempo de uma bela Aventura

Depois da primeira – e um tanto insatisfatória – visita ao “País das Maravilhas”, a Walt Disney Pictures traz Alice e seus amigos de volta às telonas na sequência “Através do Espelho”.

Após explorar o mundo no comando do navio Wonder, Alice volta para Londres, onde se depara com vários problemas com a companhia de navegação. Ela se mostra preparada para enfrentar as complicações, mas, após encontrar a borboleta Absolem, ela não pensa duas vezes e logo volta ao mundo subterrâneo.

Logo, Alice descobre que o Chapeleiro Maluco está com sérios problemas psicológicos que colocam sua saúde em risco. Para salvar o amigo, ela precisa fazer uma viagem ao passado, mas, para tanto, ela vai precisar da ajuda de um personagem inusitado: o Tempo (Sacha Baron Cohen).

Alice Através do Espelho” é mais interessante que o antecessor, ao mesmo tempo em que mantém a elegância visual. O roteiro é baseado na obra de Lewis Carroll, mas segue um rumo diferente que faz conexão com o filme antigo e permite melhor desenvolvimento dos personagens criados pelos estúdios do Mickey. A nova aventura da Alice é divertida e vale pelas lições básicas.

Lições sobre o tempo e o feminismo

A história de “Alice Através do Espelho” é bem previsível (até porque é um filme da Disney, né?), porém a simplicidade não faz o filme ser pouco interessante. Pelo contrário, novos personagens, cenários inusitados e várias cenas no desenrolar do enredo deixam a trama muito agradável e até um tanto surpreendente.

Aqui está o trunfo do filme, que, através das viagens de Alice ao passado, acerta ao reforçar algumas lições sobre como nos relacionamos com as pessoas e como o tempo é precioso. Não só isso, mas o roteiro consegue ainda entrelaçar fatos desta história com algumas coisas que foram apresentadas no primeiro longa-metragem, o que se mostra muito positivo.

Por ser um filme que ainda se passa no País das Maravilhas, você pode esperar vários conceitos simples que reforçam mensagens de amizade, amor, compaixão e todas aquelas coisas bonitas que a Disney consegue agregar numa única história. Combina bem com o enredo, pois a situação frágil do Chapeleiro serve perfeitamente para que a Alice mostre esse lado mais querido.

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Por sinal, a protagonista está muito melhor desenvolvida aqui, já que não é preciso perder tempo com introduções de tantos personagens, o que deixou mais espaço para a roteirista Linda Woolverton (que também escreveu o primeiro) mostrar um novo lado da menininha que já não é mais tão frágil. Alice se mostra forte, com atitude, determinada e até bem empoderada.

O filme reforça a mensagem do feminismo, fazendo Alice encarar boa parte das situações sozinha, mostrando sua independência, algo que fica bem evidente também no mundo real. A presença majoritária dela no roteiro faz o filme ganhar mais força, ainda que a personagem não se mostre tão simpática como alguns gostariam. De qualquer forma, a produção que acertou nesse ponto.

Artisticamente impecável

Se tem uma coisa que ninguém pode botar um defeito nos filmes da Alice é a parte visual. O novo filme não deixa a peteca cair e até eleva consideravelmente a exuberância no design de cada elemento. Tudo foi milimetricamente pensado para levar a experiência tridimensional ao máximo e isso sem deixar a versão padrão do filme monótona.

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Todo o cuidado nos efeitos também ajuda muito na composição das cenas de ação e do próprio enredo. Parte do capricho visual se dá pelo trabalho de Ken Ralston (que já ganhou várias estatuetas do Oscar nessa área), o qual ajudou nas incríveis composições visuais recheadas de imaginação.

E o que falar do figurino maravilhoso deste filme? Sério, Colleen Atwood (que já havia mostrado talento excepcional em Memórias de uma Gueixa) simplesmente faz a beleza dos personagens aflorar de uma forma que é de ficar embasbacado a cada nova aparição na tela. Isso se faz especialmente verdade com a Alice, o Chapeleiro e o Tempo.

Falando em personagens, o Chapeleiro se sobressai no quesito maquiagem. Com planos fechados que evidenciam bem os detalhes faciais, a produção se empenhou em levar diferentes emoções ao público através da pintura e do cabelo do jovem Cartola.

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O Tempo também ganha bastante ênfase nesses dois quesitos. Contudo, o mais impressionante quanto a este personagem é a atuação de Sacha Baron Cohen. O ator se dedicou de verdade e muitas vezes rouba a atenção com seu sotaque e suas falas pontuais. A interação com outros personagens também colabora muito, principalmente com piadas hilárias que chegam bem na hora.

Particularmente, eu gostei deste filme (até mais do que o primeiro), mas muitos críticos mostraram alguma decepção pela falta de fidelidade com a história do livro, não levando em conta que temos aqui outra mídia e a necessidade da ligação com o filme anterior. Sinceramente, se você quer um filme divertido e light, minha dica é pegar a pipoca e aproveitar a magia de “Alice Através do Espelho”.