Idris Elba - Café com Filme

Ladrões | Trailer legendado e sinopse

Dirigido por John Luessenhop, gira em torno de um famoso grupo de criminosos (Idris Elba, Paul Walker, T.I., Chris Brown, Hayden Christensen e Michael Ealy) que continuam a confundir a polícia com seus roubos a banco executados à perfeição.  Eles conseguem levar a cabo o roubo como uma máquina bem azeitada e simplesmente desaparecem entre um roubo e outro. Mas, ao planejar um último roubo, onde está em jogo um valor maior do que jamais tentaram roubar, o grupo vê seus planos interrompidos por um detetive linha dura (Matt Dillon) que está decidido a elucidar o caso.

Crítica do filme Círculo de Fogo: A Revolta | Jaegers e Kaijus batendo em você

Robôs gigantes batendo em monstros colossais é uma ideia muito boba, mas também muito divertida. Isso ficou bem claro com o primeiro “Círculo de Fogo”, talvez pela visão peculiar de Guillermo del Toro ou por todo mundo levar suas crianças interiores para assistir sem muita expectativa.

Como sempre, uma sequência já era esperada, mas sofreu diversos contratempos e atrasos, incluindo a saída de del Toro e do ator principal Charlie Hunnam, que interpretou o piloto de Jaeger Raleigh Becket. Em “Círculo de Fogo: A Revolta“ Steven S. DeKnight assume a direção de um filme com potencial para ser ainda maior e mais divertido, ainda que bobo, só que agora contando com Del Toro apenas na produção.

“Círculo de Fogo: A Revolta“ acontece 10 anos após os eventos do primeiro filme, em que Stacker Pentecost (Idris Elba) se sacrifica para fechar a fenda que permite os Kaijus chegarem na Terra. Seu filho, Jake Pentecost (John Boyega) tenta aproveitar os tempos de paz da melhor forma possível, já que o planeta ainda está se recuperando de toda a destruição causada pelos eventos passados.

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Para manter esse estilo de vida, ele rouba partes de Jaegers abatidos para vender no mercado negro. Durante uma dessas empreitadas, Jake perde uma peça importante para uma garotinha chamada Amara Namani (Cailee Spaeny), que criou um Jaeger menor por conta própria. Ambos são capturados pela Pan Pacific Defense Corps, uma polícia que monitora Jaegers “piratas”, e precisam escolher entre ir para a cadeia ou se alistar no exército de robozões.

Então descobrimos que Jake passou a roubar após abandonar a academia de pilotos de Jaeger, e seu retorno é motivado por sua irmã adotiva Mako Mori (Rinko Kikuchi), enquanto Amara decidiu construir seu próprio Jaeger para poder se proteger sozinha, já que perdeu toda sua família durante os ataques anteriores. Parece uma sólida construção de personagens, questões familiares e legados, mas é aí que a coisa desanda.

Não é nenhum Transformers, mas...

Em seguida, vemos uma sequência de clipes desconexos repletos de personagens secundários que passam facilmente despercebidos, mas sem muita explicação do que aconteceu com os pilotos do primeiro filme. Na academia, um grupo de adolescentes que estão sendo preparados para se tornar os próximos Rangers (Power Rangers? Não, é assim que os pilotos de Jaeger são denominados).

Todos eles parecem já ter uma história pronta, mas são todos bem desinteressantes. Jake se encontra com seu antigo parceiro Ranger, Nate Lambert (Scott Eastwood), e existe uma pseudo rivalidade entre eles, mas que é deixada para trás algumas cenas adiante.

Uma empresa privada liderada por Liwen Shao (Jing Tian), com a ajuda do Dr. Newt Geiszler (Charlie Day), apresenta um projeto de Jaegers drones, controlados remotamente, para proteger a humanidade. Mako Mori e o Dr Hermann Gottlieb (Burn Gorman) e o resto do PPDC temem se tornar irrelevantes perante essa automatização. Quando novos ataques acontecem, fica claro que algo estranho está acontecendo diante da PPDC e a Corporação Shao. Cabe a Jake e seus companheiros cancelarem o apocalipse, de novo.

Tá, mas e a pancadaria?

Infelizmente toda esse arco burocrático/conspiratório é a parte interessante do filme, porque quando a ação começa de verdade, o que bate mais forte é a frustração. Apesar do cuidado gráfico e conceitual no desenvolvimento dos Jaegers, o mesmo não pode ser dito quanto aos seus oponentes Kaijus. A direção de DeKnight funciona muito bem com os personagens humanos, enfatizando as performances dos atores principais, mas as cenas de luta são compostas basicamente por Jaegers sendo derrubados. Inclusive as cidades estão ali apenas para serem destruídas mesmo, não existindo a menor pretensão de salvar ou cuidar dos possíveis habitantes.

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“Círculo de Fogo: A Revolta“ tenta expandir o universo criado por Del Toro e Travis Beacham, mas se perde no terceiro ato com explicações bem fracas sobre toda a mitologia que envolve os Kaijus e os Precursores, além de soluções bobas para resolver o problema realmente.

Sem dúvida é um filme com um tom mais leve, e o grande responsável por isso é John Boyega. Seu personagem é um dos poucos que parecem convincentes, demonstrando insegurança e sentimentos reais ao invés de ter apenas algumas falas engraçadas. Eastwood só está ali como contraponto ao estilo despojado de Jake, inclusive em momentos meio constrangedores que sugerem um triângulo amoroso com a Ranger Jules Reyes (Adria Arjona), personagem feminina que está ali apenas e exclusivamente para ser o interesse amoroso dos dois.

Spaeny faz um excelente trabalho no papel de Amara, especialmente ao contracenar com Boyega. Existe uma dinâmica de irmãos entre Amara e Jake, algo que foi muito mal explorado em relação a Jake e Mako. Temos ainda os cientistas malucos Gorman e Day retornando com seus personagens, mas não são tão engraçados e divertidos quanto da primeira vez.

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Como sempre, o 3D é bastante dispensável e não ajuda muito na hora de entender a confusão visual de algumas batalhas. E pensando naqueles que não tem muita paciência, a cena pós-crédito é assim que o filme acaba. “Círculo de Fogo: A Revolta“ não é a continuação que todos esperavam, e se um novo filme for produzido nesses mesmos moldes, possivelmente será uma catástrofe maior do que qualquer Kaiju.

Crítica do filme A Grande Jogada | O que disse machista?

Grandes fãs de pôquer que acompanham os tabloides internacionais possivelmente ouviram falar algo sobre uma mulher chamada Molly Bloom, que roubou as manchetes lá em 2013 ao ser acusada — e presa — por lavagem de dinheiro e operação ilegal de jogos de azar.

A história de Molly e seu incrível jogo de pôquer que conquistou famosos de Hollywood e os grandes investidores de Wall Street começou mesmo quase dez anos antes, quando ela deixou de ser garçonete e entrou no ramo da jogatina ao ajudar um ricaço do segmento.

Agora, cavando mais a fundo, esta incrível mulher teve seus primeiros momentos de sucesso ainda jovem, quando era uma promissora esquiadora que buscava medalhas em jogos olímpicos. De desportista a top nas mesas de pôquer, o filme “A Grande Jogada” nos leva a conhecer os detalhes da carreira de Molly.

Pois é, e a história acima pode parecer mesmo o roteiro de um filme, mas é na verdade uma história real, que foi baseada no livro da própria Molly Bloom. No longa-metragem, acompanhamos em detalhes toda a trajetória de sucesso de Molly em meio a um ninho de homens asquerosos que pensavam ter o poder e, eventualmente, caíram do cavalo.

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Com a astúcia de Aaron Sorkin (roteirista de “O Homem que Mudou o Jogo”, “A Rede Social” e “Steve Jobs”), podemos — quase — compreender cada passo da jovem princesa do pôquer, que demonstra total controle da narrativa de sua vida e do filme. É claro que ela conta com vários trunfos, principalmente uma ajudinha de um advogado supimpa.

Para você que não pretende mergulhar no restante da crítica, já antecipo que “A Grande Jogada” não é um filme imprescindível para sua vida, mas ele tem algumas cartas na manga e se sai bem no quesito entretenimento, principalmente quando pensamos que isso aconteceu de verdade. Talvez tenha dois dedinhos de whisky na história, mas é uma boa pedida.

Difícil como um jogo de pôquer entre poderosos

O foco principal de “A Grande Jogada” é a vida da própria Molly Bloom, mas é inevitável que uma parte gigantesca do roteiro seja focada nas mesas de carteado. Assim, a narrativa, ainda que interessante e devidamente diluída em doses de piadas e explicações simplificadas, gira em torno de termos específicos do pôquer.

Até aí, zero problemas, já que temos outros filmes que lidam com jogatinas e se explicam de alguma forma. Aqui funciona parecido e você só não vai entender nada se não der a devida atenção a cada palavra da protagonista — e ela fala muito —, porém as jogadas sequenciais, somada a rapidez na narração e aos tantos nomes é o que complica o meio de campo.

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O script, ainda que bem montado, fica em rodeios entre o presente e o passado, fazendo analogias e se alongando com os pensamentos de Molly. Funciona super bem para explicar os pormenores da história e deixar tudo muito engraçado, só que a partida fica um tanto cansativa quando não vemos ligações mais claras e coerentes com a atualidade.

Com uma pegada que mistura toda essa questão temporal, voltando lá na infância da protagonista, até a repercussão dos fatos em quem ela se tornou, o filme pode ser um bocado entediante para quem não estiver concentrado ou mesmo dificultoso pelo linguajar polido e acelerado. Apesar difícil, há várias cartadas animadoras até chegar ao fim do jogo.

Delicioso como o sabor da vitória sobre os canalhas

Pode ser que “A Grande Jogada” seja um filme longo e cansativo para algumas pessoas, mas as recompensas para o público são gratificantes. Graças à protagonista brilhante em suas falas e com um tom de humor esplêndido, o roteiro deixa a monotonia de lado e se revela inovador a cada novo diálogo. Não é raro conseguir ver um soco de empoderamento e uma voadora acompanhada de um “O que disse machista?”.

A escolha de Jessica Chastain para o papel principal, aliás, foi algo pensado para conquistar o público já nos primeiros instantes. Não é nem preciso entrar nos detalhes da voz charmosa e da beleza ímpar da atriz, porém cada olhar imponente e a presença entre os tantos marmanjos mostra que este é um filme para revelar o poder de uma mulher de grandes ambições.

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Além disso, os planos muito bem arquitetados de Molly Bloom mostram outro lado ainda mais divertido de observar: a ruína de milionários que pensam estar se divertindo, mas que estão apenas cavando suas próprias covas. É justamente na derrocada de estereótipos e nos comparativos mais esdrúxulos que o filme se mostra ainda mais saboroso.

Completa com perfeição a história dois homens que são importantíssimos: Idris Elba e Kevin Costner. Um é apresentado como um modelo em todos os sentidos, outro é o contraponto que pode ser o estopim para inúmeros desdobramentos do roteiro. É muito legal ver um filme flertando com tantas pautas e ainda entregando boas surpresas.

No fim da partida, “A Grande Jogada” é como um Royal Straight Flush (a melhor mão possível numa partida de pôquer) na cara dos magnatas. As jogadas ousadas de Molly Bloom chegam num momento importante para reforçar o empoderamento feminino. Não é um filme obrigatório para o cinema, mas é claro que tudo fica ainda mais lindo na telona. Recomendo!

Raizes de Sangue | Trailer oficial e sinopse

Baseado no livro de  Victor Headley. Na Jamaica de 1973, um jovem testemunha o assassinato do seu irmão e acaba sendo abrigado por um poderoso aristocrata. Dez anos depois ele é enviado para Londres em uma missão, onde se reúne com sua namorada e sua filha. Além de ter que enfrentar o passado, ele finalmente decide vingar a morte de seu familiar.

Crítica do filme Depois Daquela Montanha | Tragédia com componentes humanos

Quando seu voo é cancelado por conta de uma tempestade que se aproxima, Alex (Kate Winslet) e Ben (Idris Elba), dois estranhos que se cruzam no aeroporto de Idaho, decidem alugar um avião particular pois precisam chegar o mais rápido possível de volta a Nova Iorque, cada um com seus motivos.

Se os voos comerciais estão cancelados, o motivo não é pouco, e a tempestade é mais assustadora e se move mais rápido do que eles imaginam. Alex e Ben sofrem então um acidente e se encontram no meio do total e completo nada, com quase nada de comida, feridos e sem perspectiva alguma de serem resgatados - uma vez que nenhum dos dois avisou ninguém de que estaria neste voo.

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Dirigido por Hany Abu-Assad (Paradise Now), e com roteiro assinado por J. Mills Goodloe (A Incrível História de Adaline, O Melhor de Mim), a partir do livro de Charles Martin, “Depois Daquela Montanha” é um clássico filme de tragédia com uma pegada bastante humana - e inclusiva, já que seus protagonistas são interraciais.

Show de talentos

Com um grupo de produção e execução extremamente qualificado, com nomes premiados e indicados ao Oscar, “Depois Daquela Montanha” é uma verdadeira reunião de gente talentosa.

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O elenco reduzido permitiu à produtora investir em nomes pesados para os papéis principais e assim temos Idris Elba, um dos grandes do momento, contracenando diretamente com uma das atrizes mais talentosas desde sempre, Kate Winslet.

Apesar do brilhantismo dos envolvidos, “Depois Daquela Montanha” é apenas mais um bom filme com nada de excepcional para apresentar ao público.

Gelado, porém morno

Um casal de lindos perdidos no meio do total e completo nada, no topo de uma cadeia de montanhas com uma camada de sei lá quantos metros de neve entre eles e o chão, com nada além das roupas do corpo e um ou outro recurso restante do avião. É de se esperar que os sobreviventes vão ter que dar uma de McGyver pra continuarem com vida.

No entanto, o que eu sempre peço a Deus é que, se algum dia eu for ter que sobreviver em uma situação de tragédia ou desastre com quase nada em mãos, que seja como aconteceu com a personagem da Kate Winslet nesse filme: que as pessoas que se acidentaram comigo sejam altamente capacitadas. Um cirurgião, por exemplo.

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Apesar de não ter algumas das conveniências irritantes de muitos filmes sobre sobrevivência em condições extremas, ainda restam algumas para contar a história. Mas tudo bem, afinal de contas, se fossem pessoas normais, morreriam na primeira cena.

Os esforços para tornar a história o mais verossímil possível, no entanto, acabam tornando a coisa toda um pouco morna demais.Vejam, não estou falando que seja um filme chato nem cansativo, muito pelo contrário. No entanto, ele é bastante previsível e comedido, com um ritmo equilibrado de calmaria e tensão, mas bem pouco surpreendente.

Mandela: O Caminho Para a Liberdade | Trailer legendado e sinopse

A extraordinária vida de Nelson Mandela, desde a sua infância, em uma pequena aldeia, até a presidência da África do Sul. Baseado na sua autobiografia, o filme monstra o ativista político em sua luta na defesa dos direitos humanos e pleo fim do apartheid, bem como o homem simples e meigo por trás de uma das maiores figuras históricas da humanidade.