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Crítica do filme Homem-Aranha: De Volta ao Lar | O melhor retrato do aracnídeo

Mais um reboot do Homem-Aranha? Sim, pela terceira vez em 15 anos, e agora parece que acertaram de vez. É justo dizer que o Homem-Aranha de Tobey Maguire levou às telonas um dos heróis mais queridos da Marvel em uma adaptação bem meia boca, mas lá em 2002 isso já era o suficiente. Porém, precisamos superar de vez essa trilogia, assim como o desperdício de Gwen Stacy (Emma Stone, me liga) no filme protagonizado por Andrew Garfield em 2012, que apesar dos efeitos impressionantes não agradou aos fãs. E os fãs estão cada vez mais exigentes, o que é compreensível levando em conta a qualidade dos filmes atuais.

Agora, “Homem Aranha: De Volta ao Lar”, retornando a gloriosa Marvel Studios que é sua casa e sempre será, e essa integração era o que faltava para os fãs irem a loucura. Com uma breve porém incrível participação em “Guerra Civil”, já serviu para aumentar as expectativas para o filme solo do cabeça de teia. Os mais críticos podem argumentar que ninguém mais aguenta ver o Tio Ben morrendo, Peter Parker sendo picado pela aranha mutante, e tudo que já foi mostrado nos filmes anteriores.

Mas claro que isso tudo foi pensado, e apesar de essa ser sim uma história de origem, dificilmente você lembrará dos filmes anteriores do Homem Aranha.

Nota: Se você assistiu os trailers, você já sabe a trama toda, mas a crítica não contém spoilers.

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Todos os pontos chave da supracitada história de origem do Aranha estão presentes como subtexto, pois o filme é feito para os fãs do amigo da vizinhança e recheado de referências a sua história, principalmente aos quadrinhos. Nada que vá atrapalhar a diversão de quem nunca leu uma HQ do teioso, e a graça do filme reside exatamente aí.

“De Volta ao Lar” é uma perfeita combinação dos elementos de filmes de comédia colegial, dentro do irreverente universo Marvel. com direito a referências aos clássicos de John Hughes (como “Curtindo a Vida Adoidado” e "Clube dos Cinco"). Pela primeira vez é um menino que interpreta Peter Parker (Tom Holland), não um adulto fingindo ser adolescentes, tudo bem que ele tem 15 anos no roteiro, e Tom Holland, 21, mas já serve como adolescente. Tudo isso é muito importante sim, pois esse é um filme que destaca bastante o Peter Parker de verdade, um adolescente genial e meio esquisito, que sempre acaba furando todos os compromisso porque precisa se balançar por aí enquanto finge ser só mais um pirralho qualquer.

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, certo?

Já é ponto passivo que todo filme de super herói precisa ter uma ameaça iminente que acabará com o mundo em um buraco negro, ou pelo menos uma cidade inteira. E nesse caso vemos um herói iniciante enfrentando uma ameaça a sua altura, descobrindo o que exatamente o uniforme construído por Tony Stark pode fazer e quem ele é sem esse uniforme.
O desenvolvimento do personagem é bastante distinto, ainda que óbvio. Afinal de contas, não é apenas uma pessoa qualquer vestindo um colant, mas um herói que sabe exatamente o que é certo e errado, fazendo de tudo para ajudar o próximo.

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A ameaça é encarnada pelo vilão voador Adrian Toomes/Abutre (vivido pelo genial Michael Keaton). Ele lucra a partir da reciclagem dos destroços causados pelas ameaças enfrentadas pelos Vingadores, coisas como naves alienígenas destruídas, pedaços de um dos Ultron e todo tipo parafernalha, modificando algumas delas para facilitar o trabalho. Durante anos ele passa despercebido pelo FBI, SHIELD, Vingadores e toda a galera preocupada em salvar o mundo. Mas o Homem-Aranha descobre a malandragem e faz tudo que está a seu alcance para impedir que artefatos tão perigosos acabem nas mãos erradas.

A trama é simples assim, exatamente como deveria ser. É um adolescente lidando com sua vida confusa enquanto tenta impedir que pessoas se machuquem ou sejam roubadas. Mas ao contrário de praticamente todos os outros filmes Marvel, o Abutre tem motivações reais e convincentes para “ser o vilão”, não sendo uma mero artifício para a luta no terceiro ato. Ele é só uma pessoa amargurada e ambiciosa, mas não pretende “dominar ou acabar com o mundo”, ele só acha que merece sua parte e faz o necessário para conseguir o que quer.

A influência de Tony Stark é bem menor do que foi demonstrado nos trailers, e isso é ótimo. Contudo, boa parte do filme envolve Peter descobrindo o que o uniforme faz, e nesse sentido a sensação de que estamos olhando um mini Homem de Ferro ali é inevitável. Porém, nada que estrague a história ou mesmo que descaracterize o personagem. Ao contrário, isso tudo serve para Peter entender exatamente quem ele é, e qual seu papel nesse mundo cheio de heróis e vilões.

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Outro ponto interessante é que por ainda estar aprendendo a ser “O Homem Aranha”, ele apanha muito, faz muita coisa errada e precisa de ajuda em diversos momentos. Então temos os coadjuvantes, Ned (Jacob Batalon) um gordinho que não tem muitos amigos além de Peter, que acaba servindo como suporte enquanto o Aranha se balança loucamente por aí.

Além disso, Peter é apaixonado por Liz (Laura Harrier), cujo objetivo no filme é ser salva e organizar o baile, a bizarra e enigmática Michelle (Zendaya), que é amiga de Ned e Peter "porque sim", e Flash Thompson (Tony Revolori), tentando rivalizar com Peter e falhando miseravelmente. É claro que esses personagens são mais do que aparentam, mas não comentarei a respeito para não estragar as surpresas. Todos servem bem como apoio, e a expectativa agora é ver como eles serão desenvolvidos, já que são parte intrínseca das histórias do Aranha e fizeram um excelente trabalho na trama "De Volta ao Lar".

Inteligente, divertido e um retrato fiel do espírito Peter Parker/Homem-Aranha das HQs

Por fim, o filme não chega a ser uma obra-prima, mas mantêm o nível das obras Marvel e bombardeia os fãs com referências aos outros filmes e principalmente aos quadrinhos do aracnídeo, tudo isso com uma boa dose de diversão. O que resta agora é a expectativa para as próximas aventuras, tanto nos próximos filmes solo quanto dentro dos Vingadores, mas finalmente os fãs podem relaxar, porque o Aranha está em casa e em ótimas mãos.

Crítica Deathgasm | A estrada para o inferno é pavimentada com METAL!

Metalocalypse de carne e osso, ou a insólita fusão de “Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio” (1981) e “Isso é Spinal Tap” (1984); essas são formas bem simplistas de explicar o que é Deathgasm. A saga do headbanger Brodie contra as forças demoníacas que tentam destruir o mundo é sanguinolenta, bem humorada e tudo o que você poderia esperar de um terror sobrenatural metaleiro, seja lá o que isso signifique.

Trata-se da pedida perfeita para a nova geração de fãs do “cinetrash”. Para quem já está familiarizados com a pegada dos clássicos italianos de Mario Bava (As Três Máscaras do Terror), Dario Argento (Suspiria) e companhia, Deathgasm pode não parecer séptico o suficiente, mas lhes asseguro que a nojeira está bem representada.

O diretor Jason Lei Howden estréia do com pé direito. O neozelandês aposta em um estilo que nos remete diretamente ao seu conterrâneo Peter Jackson — em seus trabalhos iniciais como “Fome Animal” (1992) e “Trash - Náusea Total” (1987) — para entregar uma película à lá “O Dia da Besta” (1995). O filme brinca com estereótipos da cultura MetalHead e do gênero terror, para mostrar uma história esperta e muito divertida.

Headbanger

O cara mais underground que eu conheço é o Diabo!

Deathgasm abusa das piadas em torno da cultura metaleira e seus fiéis seguidores headbangers, porém, Deathgasm sabe muito bem o que faz e aproveita os estereótipos de maneira muito eficiente. Além disso, os fãs do bom e velho cinema gore não ficarão desapontados.

São litros e mais litros de sangue, gosma e uma sorte de outras asquerosidades que são esparramadas livremente ao longo de toda a película. Por sinal, os efeitos especiais merecem destaque.

Mesmo não se tratando de uma produção hollywoodiana com orçamento inchado, Deathgasm entrega maquiagens bem produzidas, baseadas em designs muito criativos. Méritos aqui para Jason Lei Howden, que apesar de estrear na direção já tem um currículo prolífico trabalhando com efeitos visuais em filmes como O Hobbit: Uma Jornada Inesperada e Vingadores: Era de Ultron.

Quem não tem cão...

Outro ponto positivo é a química do elenco. Mesmo que os atores individualmente não entreguem as performances de suas vidas, o grupo mostra grande afinidade na tela, o que certamente contribui muito para que o espectador crie empatia pelos personagens. Uma curiosidade é que o elenco conta com três veteranos da série Power Rangers; Milo Cawthorne (Power Rangers R.P.M), Kimberly Crossman (Power Rangers Samurai) e Kate Elliot (Power Rangers Samurai).

Também merecedora de elogios, a trilha sonora. Como era de se esperar, o filme conta com várias faixas do mais puro Metal, incluindo pérolas das bandas Emperor, Midnight, Nunslaughter e outros ícones do Death e Black Metal.

Porta de entrada para drogas mais pesadas...

Deathgasm é um daqueles poucos e excelentes filmes que produz uma amalgamação perfeita de humor e terror. Sem impor seu ritmo ao espectador e mais importante, sem forçar as piadas, Deathgasm atinge o nervo com golpes certeiros em cenas que se transformam em clássicos instantâneos. O que dizer do momento em que Brodie e Zakk se armam com brinquedos sexuais para atacar demônios ensandecidos, ou ainda da cena na qual Brodie aparece em Corpse Paint tomando sorvete no meio de um parque.

Deathgasm é um excelente exemplo do gore contemporâneo

Jason Lei Howden brinca com esses elementos e entrega um filme coerente. A história não é tão elaborada assim, mas não é exatamente esse o foco de um bom gore.

Na verdade, podemos dizer que Deathgasm é um “trash de luxo”, se o paradoxismo for permitido. A produção exala todos aqueles elementos pútridos que tanto caracterizam o gênero, ao mesmo tempo em que supera o estigma de imundice e entrega um filme de qualidade. Em suma, se você apreciar a “beleza” de Deathgasm, quem sabe já está na hora de explorar recônditos ainda mais obscuros do verdadeiro gore.

Crítica Capitão América: Guerra Civil | Filme episódico é mais um acerto do MCU

*Mais uma resenha com o selo “Sem Spoilers - Leia à vontade”

Em minha crítica de Capitão América: Soldado Invernal eu afirmei logo na introdução que este era, junto com Os Vingadores, o melhor filme do Marvel Studios até então. Isso lá em meados de 2014. Agora a briga fica maior, porque a sua continuação direta, Capitão América: Guerra Civil, é uma obra tão boa quanto, e que, concomitante, traz as decorrências de seu antecessor e as de Vingadores A Era de Ultron, para mais um filme episódico, sendo a porta de entrada para a fase três do grande universo cinematográfico criado pela produtora.  

Se no segundo capítulo solo do Capitão América tivemos uma das maiores reviravoltas já apresentadas no cenário compartilhado – a queda da SHIELD mexeu com a trajetória dos diversos filmes, inclusive influenciando as séries de tv – a parte três vem para resolver justamente as consequências. O Cap. Steve Rogers e seu parceiro Falcão, ambos integrados aos novos Vingadores, seguem a busca pelo Soldado Invernal Bucky Barnes, amigo do Capitão, ao mesmo tempo que precisam lidar com problemas e destruições causados pelo time em escala global.

O Acordo de Sokovia rege a trama: um documento produzido pelos países das Nações Unidas para que os Vingadores, uma organização privada financiada pelas Indústrias Stark, se torne pública e atue sob comando da ONU.

Dois lados de uma mesma moeda

O conflito é criado quando os integrantes se dividem entre os que aceitam a proposta e os que preferem seguir independentes. Deste modo temos a cisão criada e as duas equipes montadas, uma contra e outra a favor, com Steve Rogers e Tony Stark no comando de cada uma, respectivamente.

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A relação dos dois nunca foram das melhores. Mesmo sendo amigos, seus ideais e ações batendo de frente são mostrados desde o primeiro Vingadores; dualidade que atinge o ápice nesta história. A relação Homem de Ferro e Capitão América, criada há alguns filmes atrás, é muito bem acertada. Cada um tem seu lado muito bem construído, e lidam com os resultados de formas distintas, mesmo que isso implique no confronto direto.

Novamente os irmãos Anthony Russo e Joe Russo, diretores responsáveis pelo segundo e terceiro filme do Capitão, acertam em cheio nas relações dos personagens e, principalmente, nas cenas de ação. O método de filmagem, com as câmeras bem próximas aos atores mostram o cuidado e ensaio que os produtores possuem na hora de criar as peleias. Outro ponto de destaque é como eles sabem aproveitar a personalidade e poder de todos os 12 heróis presentes em cena, e a forma de como cada um combina seus golpes e métodos de batalha com seus parceiros.

Por exemplo, na passagem inicial de ação feita na África, os Vingadores já mostram sintonia e treino com um auxiliando o outro, seja na parte de espionagem quanto nas lutas. A Feiticeira Escarlate joga os capangas para o Falcão bater, ao mesmo tempo que impulsiona o Capitão para entrar num prédio. A batalha do aeroporto (falarei melhor mais a frente), mostra um ensaio impecável e estrutural com todos os heróis, e o Capitão América, no embate com Homem de Ferro, uma sincronia incrível com o Soldado Invernal, num jogo de socos e escudo que empolgam.

A aquisição da assistência Chad Stahelski e David Leitch, os diretores do filme John Wick, dão um grande auxílio aos irmãos Russo, dando suporte às coreografias das cenas de ação.

Sobre a sequência do aeroporto, um show de criação e coordenação, uma passagem marcante que ficará na história dos filmes do gênero de super-herói. Não apenas por ser algo nunca visto nas telonas, colocar 12 personagens para lutar entre si, mas do modo que foi executada, e, principalmente guardada.

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Mesmo aparecendo pedaços nos trailers, a direção editou a cena para preservar alguns personagens inéditos, como Homem-formiga e Homem-aranha, um dos maiores responsáveis pelo sucesso da batalha de Guerra Civil. Ela também é um dos maiores fan service já visto. Ver o Gavião Arqueiro atirando, fazendo um combo com o Homem-formiga na ponta de sua flecha, é de fazer ozóio de qualquer nerd se encher de água.

A família cresce mais um pouco

O maior apelo de Capitão América 3 também fica por conta da apresentação dos novos e esperados heróis do Marvel Cinematic Universe (MCU). São eles: Pantera Negra e Homem-aranha (sim, o amigão da vizinhança está de volta!). Ambos são introduzidos de forma natural, tendo importância na trama, e não sendo apenas um a mais na multidão.

Pantera Negra, interpretado pelo ótimo Chadwick Boseman, é a identidade “nada secreta” de T'Challa, herdeiro do trono do reino fictício de Wakanda – aquele mesmo que é citado n’Os Vingadores 2, país fonte do metal vibranium. O herói tem presença imponente, somando tanto à história quanto ao panteão de heróis da Marvel Studios, te deixando com muita vontade de ver seu vindouro filme solo.

Outro que te deixa na vontade é o teioso, que também terá um longa solo já para o próximo ano. O Homem-aranha é adicionado finalmente ao MCU, graças ao "acordo de cavalheiros" feitos pela Disney, dona da Marvel, e a Sony, que tem os direitos cinematográficos do Spider. Peter Parker volta à sua casa original, já precisando lutar com os demais heróis – uma ação totalmente de quadrinhos. Sua introdução é “espetacular”, e Tom Holland, novo ator que interpreta o herói, é um acerto em cheio. Sua atuação como aranha é uma comédia garantida, e todas as vezes que aparece em tela, não tem como segurar o riso.

A participação de Paul Rudd como Homem-formiga, apesar de ser pequenininha (tu dum tss), é um dos grandes plots de Guerra Civil. Se você curtiu seu filme solo, vai adorar sua contribuição na cena do aeroporto.

Calma lá, tem coisa ruim também

Nessa hora temos que tirar nossas lentes de fã e analisar o que tem de errado com Capitão América – Guerra Civil. Há alguns elementos que não funcionam tão bem, outros que deixam a desejar. Na parte técnica, alguns efeitos especiais ou até mesmo o excesso de CGI criam uma certa artificialidade ao longa. Cenas do aranha e pantera em ação não passam despercebidas a olhos mais atentos, porém nada que diminua a experiência, ao contrário das resoluções de enredo ou até mesmo a falta de um final mais épico.

Barão Zemo, o vilão que estava sendo mantido em segredo no material de divulgação, foge daquilo que todos esperavam, e vai frustrar os fãs mais hardcore. Há também, ao fim, uma certa sensação de falta de coragem para concluir alguns arcos, ou as consequências diretas de uma guerra, deixando toda a história criada a mercê do produto em si e seu valor comercial. Falta um toque a lá George R. R. Martin (entendedores entenderão).

Outro fator que não passa despercebido são as semelhanças com o concorrente da temporada: Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Além de várias situações que aproximam as duas produções, a data de lançamento de um mês de diferença entre os filmes contribui para uma comparação direta.

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Mesmo tendo uma preferência pela editora Marvel, não nego minha apreciação pela DC. Sem entrar na questão “um filme é melhor que o outro”, posso afirmar com tranquilidade que Guerra Civil é uma obra com bem menos erros e que me empolgou bem mais que BvS, sendo óbvio todo o contexto e os outros 12 filmes da Marvel Studios que o antecedem. Então, fanatismos de lado, torço pelo dois, porque quanto mais herói brigando nas telonas, melhor. Leia a crítica do BvS aqui.

O começo da fase 3

Capitão América – Guerra Civil consegue, ao mesmo, fechar com maestria o arco solo do Sentinela da Liberdade iniciado em Capitão América – O Primeiro Vingador, e ser mais um episódio importante no MCU, dando o ponta pé inicial na fase 3, na qual teremos novos super-heróis e a tão esperada batalha galática suprema das Guerras Infinitas contra o vilão Thanos, e que também será dirigida pelos irmãos Russo.

Os diretores já falaram que irão trabalhar com cerca de 3x mais heróis em Vingadores 3 (que será dividido em duas partes, uma em 2018 e outra em 2019). Ou seja, teremos no mínimo 36 fantasiados tretando! Vem Hulk, vem Thor, vem Guardiões da Galáxia, vem todo mundo!

Todas as amarras soltas e cenas pós-créditos de Cap 3 animam e deixam o telespectador querendo mais. É engraçado notar que, mesmo sendo o filme mais sombrio da franquia feito até agora, visto todo a trama de terrorismo global e conflitos entre amigos, esse também foi o que mais dei risada até o momento.

Não só os personagens-comédia como Homem-aranha e Formiga, mas também os pequenos diálogos de Robert Dowey Jr os relacionamentos fraturados trazem um ótimo equilíbrio, e necessário, para o longa. É a formula Marvel Studios no seu melhor, dando mais uma uma grande cartada da produtora e da própria Disney, que emplaca mais blockbuster de 1 bilhão de dólares em bilheteria mundial. 

Capitão América: Guerra Civil | Diferenças entre os quadrinhos e o filme

Em 2006, a Marvel Comics lançou um arco que envolve os maiores personagens em um evento mundial conhecido como Guerra Civil. Buscando fugir do velho tema “mocinho batendo nos bandidos”,  essa é uma história dramática, emocional e repleta de dilemas morais que se extendem por todas as publicações da época, dividindo os heróis em dois grupos.

Nenhum dos lados está totalmente certo, pois ambos tem argumentos válidos, seguindo ideologías diferentes. As soluções não parecem tão óbvias, e você não vai vibrar porque um dos lados venceu, mas chorar porque um deles teve que perder. E todos esses elementos tornam a história muito atraente.

Dez anos depois, "Capitão América: Guerra Civil" será baseado nessa mesma premissa. Mas como toda adaptação, possui elementos diferentes dos quadrinhos em que foram inspirados. E para quem quer saber mais sobre esse evento mas não tem paciência para ler todos os quadrinhos, apontaremos as principais diferenças desse filme que promete ser tão grandioso quanto a história original.

Recapitulando...

No primeiro filme do Homem de Ferro, Tony Stark revela sua identidade ao mundo, todos sabem que Steve Rogers se tornou o Capitão América e não é mistério para ninguém que Bruce Banner é o Hulk. Além disso, personagens como Viúva Negra e Gavião Arqueiro nem mesmo usam máscara! Então podemos concluir que as identidades secretas não são tão relevantes assim. Porém, heróis como Homem-Aranha e Demolidor, contam com esse segredo para proteger pessoas que amam.

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De qualquer forma, esse provavelmente não será o foco do filme, não existirá “A Lei de Registro de Super-Humanos”, cujo objetivo nos quadrinhos é acabar com as identidades secretas. O foco do filme é o “Tratado de Sokovia”, um documento que visa controlar as atividades dos Vingadores, mediante as leis das Nações Unidas.

Capitão América é contra o Tratado, pois em “Capitão América 2 - O Soldado Invernal”, Steve vê a organização secreta que ele mais confiava (S.H.I.E.L.D) ser destruída por dentro pela HYDRA, além de querer proteger seu velho amigo Bucky “Soldado Invernal” Barnes, entendendo que ele foi apenas mais uma vítima da HYDRA.

Por outro lado, Tony Stark ainda sente-se culpado e responsável por proteger o mundo após a falha tentativa de criar Ultron para essa tarefa, e entende que deve assumir a culpa de seus atos e evitar que eventos como esse aconteçam novamente. Vamos aos detalhes e diferenças:

O Incidente Inicial

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Nos quadrinhos, tudo começa quando um grupo de jovens heróis bem secundários conhecidos como Novos Guerreiros tentam prender um vilão muito acima do nível deles, chamado Nitro. Os Novos Guerreiros descobrem o esconderijo de Nitro e sua gangue, e decidem que é uma boa ideia tentar prendê-lo enquanto gravam um reality show, porque é isso que jovens fazem.

Nitro é perseguido por um dos integrantes e acaba utilizando seus poderes e gera uma enorme explosão a partir de seu próprio corpo, que se espalha por muitos quarteirões e mata 600 pessoas, incluindo os Novos Guerreiros. A população se revolta contra os super-heróis e força o governo a monitorar e treinar pessoas com superpoderes, para evitar que brincadeiras irresponsáveis como essa se repitam.

Como os Novos Guerreiros não existem no Universo Cinematográfico da Marvel, os eventos que culminam na Guerra Civil são iniciados pelos efeitos colaterais das missões da equipe Vingadores. Após a Batalha de Nova York e a destruição da nação Sokovia (visto em Vingadores 1 e 2, respectivamente), Thaddeus Ross é responsável por apresentar o Tratado de Sokovia aos heróis, gerando a primeira divisão de opiniões.

Personagens Envolvidos

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Nas HQs, o Registro afeta praticamente o mundo todo. Todos os super-humanos, inclusive vilões, precisam escolher de que lado ficar, mesmo que não participem ativamente da Guerra, e isso é explorado com mais detalhe nas edições individuais de cada herói.

No cinema, sabemos que apesar da quantidade impressionante de personagens em um só filme, nem se compara a infinitude dos quadrinhos. Vale apontar que por motivos de direitos autorais da Fox, o Quarteto Fantástico não está presente. Reed Richards, o Senhor Fantástico, possuí um papel bem significante na história, ficando ao lado de Tony Stark o tempo todo.

Não se sabe ainda se esse papel será substituído por Bruce Banner (Hulk), mas tudo indica que ele continuará desaparecido e fará ponta no próximo filme do “Thor: Ragnarok”. Thor está em Asgard e só aparece bem mais tarde, por isso é improvável que participe do filme.

Por que o Capitão América é contra?

Na história original, os motivos são mais claros. Rogers acredita que a escolha de manter a identidade secreta é um direito que cabe ao indivíduo e não ao governo, pois cada um tem seus motivos para escondê-la. Além disso, a S.H.I.E.L.D pretende perseguir e prender aqueles que escolhem não se registrar, e esperam que o Capitão lidere essa missão.

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Como o filme segue os eventos de O Soldado Invernal, vemos Bucky Barnes retornando. Ele sofreu uma lavagem cerebral que o transformou na máquina assassina que vimos no filme anterior, mas pelo que foi revelado até agora Bucky conseguiu recuperar pelo menos parcialmente seu controle e memórias, com ajuda do seu amigo Steve. Acontece que Bucky está foragido e sendo procurado por tudo que fez. Capitão América acredita que ele não deve ser responsabilizado por suas ações, já que estava sendo controlado pela HYDRA.

Escolha o seu lado

No filme, o time antiregistro é composto por Capitão América, Falcão, Soldado Invernal, Gavião Arqueiro, Feiticeira Escarlate e Homem-Formiga. A paixão do Capitão, Sharon Carter ou Agent 13, também está junto. O time pró-registro é formado por Homem de Ferro, Máquina de Combate, Viúva Negra, Visão e o novo herói que promete roubar a cena, Pantera Negra. Não podemos esquecer do Incrível Homem Aranha, que até então está do lado do Tony Stark.

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Nos quadrinhos, os grupos são basicamente os mesmos, só que com muitos outros integrantes. Algumas diferenças são Gavião Arqueiro e Feiticeira Escarlate, que não participam ativamente da Guerra, e Visão, que está do lado do Capitão. Além disso o Pantera Negra, regente da nação Wakanda, é contra o registro nos Estados Unidos, mas mantêm-se afastado da luta.

A Lei do Registro

Na história original, a nova lei é conhecida como “A Lei de Registro de Super-Heróis”, fomentada pela ativista Miriam Sharpe, uma furiosa e amargurada mãe que perdeu seu filho no incidente com os Novos Guerreiros. Ela aponta sua raiva e tristeza para Tony Stark, que se sente solidário e responsável em evitar que algo assim aconteça por um mau uso de superpoderes, o que reforça sua decisão próregistro.

Enquanto que no filme o Registro é substituido pelo “Tratado de Sokovia”, nomeado após o incidente na nação que sediou a batalha contra Ultron ao custo de diversas vidas inocentes. Possivelmente Tony se sente responsável por isso, principalmente por Ultron ser uma criação que saiu do controle. 

Quem apoia o Tratado?

A S.H.I.E.L.D. reforça a ideia da Lei de Registro nos quadrinhos, usando a imagem e inteligência  de heróis como Homem de Ferro e Senhor Fantástico. Apesar da organização ter acabado após os eventos de O Soldado Invernal, nota-se uma organização com cara de S.H.I.E.L.D. no quartel general dos Vingadores no final do último filme.

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Porém, em Guerra Civil, o Tratado de Sokovia é feito por um grupo governamental liderado pelo General Thadeus Ross, que havia aparecido anteriormente no filme de 2008 “O Incrível Hulk”. Ele é o pai de Betty Ross, por quem Bruce Banner era apaixonado, e um dos principais responsáveis pela transformação do gigante verde.

E onde estão os vilões?

Em determinado momento da Guerra Civil original, o governo resolve contratar os piores vilões capturados (exatamente como no Esquadrão Suícida da DC) para caçar os heróis que estão resistindo ao registro. É irônico ver os vilões terem a lei ao seu lado para acabar com seus inimigos mortais, e um herói em particular sofre um ataque brutal dos supervilões, e mesmo assim eles acabam se safando.

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Tudo indica que esse momento não será retratado nas telonas, por motivos diversos. Primeiramente o filme tem apenas duas horas pra contar uma história relativamente complexa, e o Universo Cinematográfico não possui vilões suficientes para isso. Temos os grandes vilões como Loki e Thanos, enquanto os que são do mesmo nível que os heróis estão quase todos mortos, como Caveira Vermelha e Whiplash. Contudo, sabe-se que o vilão Ossos Cruzados estará no filme, e podemos contar com a presença surpresa do Barão Zemo, ambos notórios inimigos do Capitão América.

O papel do Aranha

Juntando-se recentemente aos Vingadores nas HQs, e com isso ganhando uma armadura aranha maneira de Tony Stark, Peter Parker fica do lado próregistro. Tony convence Peter a se revelar publicamente em uma conferência de empresa, em uma tentativa desesperada de mostrar que os heróis próregistro estão fazendo a coisa certa.

O problema é que Peter mantém sua identidade secreta para proteger as pessoas que ama, como sua Tia May, Mary Jane e seu emprego no Clarim. E essa revelação muda sua vida completamente (para pior, claro), e enquanto a escala dos conflitos aumenta, Peter resolve passar para o lado do Capitão América.

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Nos cinemas, os direitos de imagem do cabeça de teia são da Sony, e para o delírio dos fãs, a Marvel conseguiu um acordo para usar o Aranha no filme. Devido essa limitação, ele não deve ter um papel tão vital assim (será?). E diferente dos quadrinhos, aqui o Aranha ainda é um adolescente, enquanto no original ele está mais velho e até já casou.

A Prisão

Reed Richards é conhecido por ser uma das mentes mais brilhantes dos quadrinhos, e é dele a ideia de construir uma prisão de segurança máxima para encarcerar os supervilões e heróis não registrados. Segurança máxima é um termo apropriado, já que a prisão é feita com tecnologia ultra futurística e se localiza em outra dimensão, conhecida como Zona Negativa.

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Como já foi apontado, Reed Richards é propriedade da Fox e não faz parte do Universo Marvel nos cinemas. Por essa razão, e por buscar algo mais pautado na realidade, a prisão é uma estrutura no meio do oceano.

Onde está o Thor?

O Deus do Trovão retorna a Asgard para impedir o Ragnarok, basicamente o fim do mundo da mitologia nórdica. Em sua ausência, Homem de Ferro precisava de alguém para ser a força bruta dos próregistro. Então as mentes geniais (Tony, Hank Pym, Reed) resolvem clonar o Thor e implantá-lo em um corpo ciborgue, para poder controlá-lo.

Dá tudo muito certo, a ciência prevalece e os três estão orgulhosos pelo excelente experimento, mas esquecem de inserir coisas insignificantes em um herói com poder divino, como ética e compaixão. Então o Thor clonado acaba matando um héroi do outro time.

Felizmente, a possibilidade de algo assim aparecer nos cinemas é praticamente nula.

Personagens mortos

Nos quadrinhos, os primeiros mortos são os Novos Guerreiros. E como já citado, o clone do Thor acaba matando um Vingador chamado Golias, cujo poder é crescer até ficar gigante. Outro personagem bem importante acaba assassinado, e como isso pode ser refletido no filme não citaremos o nome. Mentira, falaremos sim: é o próprio Capitão América.

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Rumores apontam para outras mortes nas telonas, desde Máquina de Combate, que aparece bastante ferido nos trailers, até Feiticeira Escarlate. Provavelmente o Capitão América também acabe sofrendo esse destino, pois o filme é dele e o desfecho seria apropriado. Porém, não se preocupe, pois Chris Evans assinou com a Marvel para mais dois filmes, então se ele morrer, de alguma forma ele volta.

E como a Guerra acaba?

Com o desenrolar da Guerra Civil, muitos heróis acabam se aliando ao Capitão América, principalmente pelas táticas abusivas dos que são próregistro. O lado do Capitão está prestes a vencer a Guerra, quando ele percebe todo o dano causado em Nova York pelas batalhas, e acaba se rendendo pelo bem da população.

Ele então é assassinado enquanto está sob custódia da S.H.I.E.L.D. Como Homem de Ferro vence a guerra, ele se torna o diretor da S.H.I.E.L.D. e implementa juntamente com seus aliados a “Iniciativa dos 50 Estados”, que coloca uma equipe de superheróis em cada um dos 50 estados dos Estados Unidos.

Como o Universo Cinematográfico é significativamente menor do que os quadrinhos, não podemos esperar nada tão grandioso quanto isso, embora os diretores prometam algo que irá causar um impacto massivo nos filmes, ainda maior do que a S.H.I.E.L.D. sendo desmantelada. Eles dizem que os espectadores devem esperar "um final muito dramático que parecerá controverso para muitas pessoas”.

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É fácil notar que as diferenças entre as duas mídias são enormes, mas ainda podemos esperar uma história excelente. Lembrando que sabemos só o que foi mostrado nos trailers e em entrevistas, então tudo o que foi dito aqui pode mudar. Quais são suas apostas e expectativas?

Vingadores: Era de Ultron quebra recordes de audiência na TV paga

O filme exibido no Telecine Premium no dia 05 de março teve a maior audiência de filmes da TV paga nos últimos dez anos, segundo um levantamento do instituto Kantar Ibope MW PNT, divulgado nesta quinta-feira (17) pela própria rede Telecine.

Vingadores: Era de Ultron, que foi também o filme mais assistido nos cinemas brasileiros em 2015, foi visto por nada mais, nada menos, do que 1,5 milhão de pessoas – daria para encher 19 vezes o estádio do Maracanã, de acordo com o Telecine!

Durante a exibição de Vingadores: Era de Ultron, o Telecine Premium foi o segundo canal mais assistido de toda a TV, incluindo os canais abertos – o que não é muito comum. 

Outro filme que alcançou altos níveis de audiência foi Velozes & Furiosos 7, exibido no Telecine Pipoca no dia 28 de fevereiro. O longa também teve um desempenho impressionante e ocupa o segundo lugar no ranking dos filmes mais vistos da TV paga em 2016. Ainda nessa lista, o Telecine levou ao ar as nove primeiras produções de maior audiência.

"Vingadores: Era de Ultron" chega ao Telecine neste sábado (05/03)

Homem de Ferro, Thor, Hulk, Capitão América, Viúva Negra, Gavião Arqueiro, entre outros, confirmaram presença. Todos eles têm encontro marcado em Vingadores: Era de Ultron, que chega à sessão Superestreia no dia 5 de março na Rede Telecine.

Na maior reunião de super-heróis do universo, eles têm seus distintos superpoderes postos à prova. E, nas salas de exibição, não decepcionaram e deram uma incontestável demonstração de força. A produção atraiu mais de dez milhões de pessoas aos cinemas de todo o Brasil e é a mais vista de 2015 por aqui*.

A bem-intencionada tentativa de criar um programa de manutenção da paz, baseado na inteligência artificial, de Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) não se concretiza. E, além disso, dá origem a Ultron, um terrível vilão tecnológico que quer exterminar a humanidade.

Mas, no momento em que Homem de Ferro, Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) mais precisam se unir para salvar o planeta, o inimigo invade a mente dos lutadores e semeia a discórdia entre eles. E a salvação da Terra só será possível quando os vingadores lutarem em conjunto.

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Sessão Superestreia

  • 05/03 (sábado) - 22h - Telecine Premium
  • 06/03 (domingo) - 20h - Telecine Pipoca
  • 07/03 (segunda) - A qualquer hora - Telecine Play

Está em dúvida se vale a pena ver o filme? Confere a nossa crítica de Vingadores: Era de Ultron para saber o que achamos!

Telecine libera sinal até o dia 7 de março

Todos os canais da Rede Telecine estarão com o sinal liberado gratuitamente entre os dias 27 de fevereiro e 7 de março. Nesse período, campeões de bilheteria e de crítica poderão ser vistos por toda a base de assinantes das operadoras de TV por assinatura na plataforma online Telecine Play e nos seis canais da Rede: Telecine Premium, Telecine Action, Telecine Touch, Telecine Fun, Telecine Pipoca e Telecine Cult. 

Quem vai abrir o período de sinal liberado será Velozes & Furiosos 7, filme mais visto de toda a franquia, com público de quase 10 milhões de espectadores. Na semana seguinte, Vingadores: Era de Ultron, a produção mais vista pelo público brasileiro em 2015, que levou mais de 10 milhões de pessoas aos cinemas, será a Superestreia do dia 5 de março. Os dois filmes foram as duas maiores bilheterias de 2015 no Brasil.

Outros supersucessos do cinema também estão programados para esse período. São eles: Cinderela (2015), A Série Divergente: Insurgente, A Culpa É das Estrelas, Guardiões da Galáxia, Cinquenta Tons de Cinza, Operação Big Hero, Policial em Apuros, O Franco-Atirador, Homem de Ferro, Capitão América 2: O Soldado Invernal e Meu Passado Me Condena 2. 

Vencedores do Oscar nos anos anteriores também estão na programação. Entra na lista o longa Boyhood: Da Infância à Juventude, Selma - Uma Luta pela Igualdade, O Grande Hotel Budapeste, A Teoria de Tudo e Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância).

Durante o Sinal Aberto, quem não é assinante da Rede Telecine poderá assistir à programação dos seis canais e terá acesso a todo acervo no Telecine Play, plataforma online disponível em diversas telas: tablet, computador, smartphone ou Xbox para assistir quando e onde quiser. 

Capitão América: Guerra Civil | Novo trailer legendado e sinopse

Depois dos eventos de Vingadores: Era de Ultron, "Capitão América: Guerra Civil" da Marvel encontra Steve Rogers liderando o recém formado grupo de Vingadores em seus esforços contínuos para proteger a humanidade. Mas após outro incidente, envolvendo os Vingadores, resultar em danos colaterais, aumenta a pressão política para instalar um sistema de responsabilização, comandado por uma agência do governo para supervisionar e dirigir a equipe.

O novo status quo divide os Vingadores, resultando em duas frentes - uma liderada por Steve Rogers e seu desejo de que os Vingadores se mantenham livres para defender a humanidade sem a interferência do governo, e a outra que segue a surpreendente decisão de Tony Stark de apoiar a responsabilização e supervisão do governo. Prepare-se para escolher um lado e se juntar à ação ininterrupta, agora em duas frentes, quando "Capitão América: Guerra Civil" da Marvel estrear nos cinemas dia 28 de Abril de 2016.

Crítica do filme Homem-Formiga | Um novo herói para roubar a cena

O Homem-Formiga é um herói pequeno, porém seu filme é grande. Muito grande! E esse é o máximo de analogia clichê que eu farei nesta crítica (prometo). 

Porém, gostaria de continuar com uma outra relação. Há um pouco mais de um ano, eu redigi a resenha do Capitão América 2, a qual você pode ler clicando aqui. Naquele texto eu ratifiquei que o filme era, junto com Vingadores até então, a melhor criação do Marvel Studios. Para explicar tal afirmação coloquei como ponto alto do longa a habilidade dos criadores de fugir um pouco do gênero super-heróico e focar em uma temática diferente: a de espionagem. E é justamente nesse ponto que quero chegar para falar do Homem-Formiga, uma história simples e divertida que usa o tema de “roubo”, estilo 12 Homens e Um Segredo, para apresentar o mais novo integrante da equipe de heróis da Marvel nos cinemas.

Who da hell is Homem-Formiga?

Talvez o mais desconhecido dos super-heróis do cinema até agora para os leigos em quadrinhos, o Homem-Formiga é nas HQs um dos integrantes originais d’Os Vingadores. O personagem tem, por meio de um traje tecnológico, o poder de encolher ao tamanho de uma formiga (vide o seu nome), e mais do que isso, a habilidade de conversar com esses insetos, utilizando os ajudantes para as mais diversas tarefas, como voar, distrair inimigos e se infiltrar em lugares secretos – todas essas premissas utilizadas muito bem na adaptação. O primeiro a utilizar essa alcunha, e inventor da tecnologia, é o cientista e Hank Pym, vivido no filme pelo grande Michael Douglas. Já o segundo mais conhecido e astro principal do longa é o ladrão Scott Lang, interpretado pelo ator Paul Rudd (sim, o marido da Phoebe dos Friends!)

A trama do longa pega os dois personagens e os coloca em uma posição de mentor e aprendiz. Hank Pym já em sua terceira idade quer que uma nova pessoa assuma a roupa do formiga, com o objetivo de realizar uma missão: roubar a sua própria tecnologia, de sua própria empresa, a qual está sendo usada para elaborar novos trajes para serem utilizados em guerras. Assim, ele encontra o “gatuno” Scott Lang para completar tal tarefa. E aí, como diz o narrador da sessão da tarde, essa dupla vai aprontar altas confusões. 

Por que Homem-formiga e por que agora?

Brincadeiras à parte, o filme do Homem-formiga vem para fechar a Fase 2 da Marvel nos cinemas. Seus eventos passam logo após Vingadores 2 e a sua história está bem ligada aos acontecimentos dos últimos filmes. É bom você ter vistos os últimos capítulos, e que a essa altura já deve ter percebido que estão todos conectados. Esse é outro ponto positivo desse longa. Ele consegue linkar os últimos ocorridos de forma natural, como as citações da guerra que aconteceu em Sokovia, as relações do velho Hank Pym com a Shield, os novos Vingadores (sim, um deles aparece e tem briga), e muitos outros easter-eggs do tamanho de uma formiga (desculpem, não consegui segurar).

É interessante como essas histórias paralelas se encaixam e enriquecem a história de Homem-Formiga. Ver sua relação com a Shield nos tempos de Guerra Fria abre uma grande vertente a ser exploradas, dando até mesmo a entender que já tivemos um grupo de Avengers nas décadas de 70/80. Esse é todo o cuidado que a Marvel está tendo para criar o seu Universo Cinematográfico, e está dando muito certo!

E o tal roubo?

Como comecei escrevendo, o filme traz a abordagem do “roubo”. Mesmo sendo um roteiro simples, ele explora todo o processo de criar um plano, treinar e executa-lo, mesmo sabendo que tudo aquilo planejado pode ir por água abaixo com uma única simples falha - e é o que você vai encontrar na história. Mas não é só isso, além da trama e suas relações com os demais filmes da Marvel, esse também foca muito na comédia, e é um acerto em cheio! Mesmo pela escalação de Paul Rudd que está muito bem no papel, seus coadjuvantes e parças de crime completam a brincadeira e chegam até a roubar a cena em algumas partes. 

Com todas contra-indicações possíveis, visto que ele é um herói que poucos conheciam e ninguém achava que ia ficar legal em uma adaptação, no final a Marvel mostra que não importa qual personagem vai ganhar uma adaptação nas telonas, ela vai continuar trabalhando para criar grandes filmes sem perder a alegria e o riso. Os efeitos gráficos também surpreendem e, mais do que ver o herói vencendo o seu rival, você quer ver o Homem-Formiga vencendo os desafios de ser pequeno. Assim você não precisa de outro mega filme em que eles explodam Nova Iorque; uma simples cena de um tremzinho de brinquedo caindo em cima do vilão é o bastante.

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P.S.: As DUAS cenas pós-créditos voltam em Homem-formiga para a alegria geral da nação. Então já sabe, quando terminar, fica mais um pouco!

P.S. 2: Presta atenção nas cenas finais porque tem citação de um velho conhecido nosso, amigão da vizinhança e escalador de paredes! Ele tá chegando!!! ;)

 

Crítica do Filme Vingadores : Era de Ultron | Nem tão livre de amarras assim

Atenção, alguns spoilers leves aparecem no texto.

Desde que eu vi o primeiro teaser trailer do filme "Vingadores: Era de Ultron" fiquei muito empolgado com o filme, assisti várias e várias vezes por dia, e eu não costumo assistir trailers, especialmente de filmes que eu quero ver. De qualquer forma, muitos elementos que eu adoro estavam presentes, então minhas expectativas eram MUITO altas.

"Era de Ultron" é melhor que o primeiro filme? Não, é a mesma história com alguns personagens a mais. Eles são incríveis, cada um com sua personalidade e habilidades únicas, aí resolvem se juntar, começam a brigar por um motivo qualquer, mas resolvem suas diferenças para vencer o vilão que quer destruir o mundo e tem várias cópias idênticas que morrem com um golpe só. Mas estou sendo superficial.

O filme já começa com uma cena de luta alucinante, e todos os personagens que nem são tão legais assim sozinhos, se mostram uma equipe perfeita, com golpes em conjunto e estratégia sincronizada. Todas as batalhas do filme são incríveis, e detalhes que os chatos reclamaram no primeiro filme, como o fato deles não terem um comunicador e mesmo assim colocarem a mão na orelha pra falar, foram corrigidos. E todo mundo tem um uniforme maneiro. Todo mundo!

A primeira sequência é uma continuação direta de Capitão América 2: O Soldado Invernal, especialmente da cena pós-créditos em que os gêmeos "Aprimorados" aparecem pela primeira vez. Wanda e Pietro Maxximoff, também conhecidos como Feiticeira Escarlate e Mercúrio, são o resultado dos experimentos do Barão von Strucker's na base da secreta da Hydra, utilizando o Cetro de Loki, que por acaso contém a Jóia do Infinito - Mente. Apenas quatro jóias foram encontradas - Space Stone (Tesseract - Vingadores), Mind Stone (Cajado do Loki), Reality Stone (Aether - Thor 2), Power Stone (Orb - Guardiôes da Galáxia).

E após essa cena comecei a perceber que o filme é repleto de lacunas que precisam ser preenchidas pelo expectador, e dessa forma tornar tudo interessante. A quantidade de coisa que acontece enquanto não estamos olhando é incrível. Sério, Bruce Banner e Tony Stark conseguiram criar uma inteligência artificial capaz de evoluir e ter emoções em três dias! É muita mágica e tecnologia! E dessa forma que nasceu o famoso Ultron que empresta o nome ao título.

Mas detalhes a parte, quem é Dra. Helen Cho? Qual é a dessa Veronica? E a Friday, que tava guardada na gaveta e não tem metade do charme do JARVIS? São essas coisas pequenas que passam rápido e quase despercebidas, mas a gente perdoa pelo bom andamento da história.

E por falar nisso, o fato de ter muita gente especial, única e com habilidades incríveis faz com que ninguém consiga se destacar. Temos pequenos momentos épicos, como o esperado confronto Homem de Ferro Hulbuster contra o Hulk, mas nem todos são tão marcantes.

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Existe um grande espaço para desenvolvimento dos personagens, sobretudo os que não tiveram um filme solo. Descobrimos muito sobre o passado da Viúva Negra e do Gavião Arqueiro, que acaba se destacando por ser normal em relação a tantos seres estranhos. Podemos notar um começo de desavença entre Steve Rogers e Tony Stark, o que vai invariavelmente levar à aguardada Guerra Civil.

Os gêmeos não aparecem o suficiente para se destacar, principalmente Mercúrio. A Feiticeira Escarlate tem um papel mais significativo (<3), e apesar de Elizabeth Olsen ser o amor da minha vida, o sotaque de Sokovia (cidade européia fictícia onde eles nasceram e tem um papel importante na trama) ficou mais estranho que seus poderes. Por outro lado, Visão aparece apenas para dar um gosto de quem ele é, mas já é bem impressionante.

Ultron tem a personalidade orgulhosa e irônica de Tony Stark, assim como a raiva contida de Bruce Banner. Mas ele representa o lado sombrio e negativo dos dois, agindo com um humor negro e explosões de raiva sem motivos muito relevantes. A voz de James Spadder é assutadora demais, é impossível não se sentir incomodado enquanto Ultron fala, e esse foi um dos aspectos que me chamaram atenção logo de cara.

Por outro lado, Visão é a parte boazinha dos dois, mesmo sendo criado por Ultron, ele acaba representando uma inocência e pureza de uma criança, só que com a seriedade de um adulto muito sábio. Essa dualidade tão presente nos quadrinhos não fica totalmente explícita, mas é bem fácil de ser notada.

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O filme todo é recheado de prévias do que ainda está por vir, cada personagem tendo um subtexto que serve ou para concluir tudo que já aconteceu, ou para começar a nova fase, que promete ser tão boa ou melhor do que essa.

SPOILER ENORME A FRENTE! SE NÃO QUER SABER PULE PRO PRÓXIMO PARÁGRAFO!!!

O final do filme mostra a reunião dos Novos Vingadores, com Capitão América e Viúva Negra liderando Máquina de Combate, Falcão, Feiticeira Escarlate e Visão. Nem se comparam aos originais, mas pelo menos dão uma renovada nessa história toda, e assim como começa emendado em um filme anterior, termina com a frase de efeito dos quadrinhos, dando a impressão que será continuada nos próximos filmes.

Vingadores: A Era de Ulton, é um excelente filme que encerra essa magnífica era para os fãs da Marvel, e que vai te deixar querendo que a nova fase comece logo! A maior decepção sem dúvida foi a cena pós crédito que não existiu, e a do meio dos créditos que não fez tanta diferença. O filme diverte e é tão bom quanto o esperado, mas para mim duas horas e alguns minutos não foram o suficiente. Espero que os próximos possam compensar minha espera.