Após derrotar Dormammu e enfrentar Thanos, o Mago Supremo, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), e seu parceiro Wong (Benedict Wong), enfrentam uma nova e poderosa ameaça. Sob o efeitos das consequencias dos eventos de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, da primeira temporada de Loki (2021), e da primeira temporada de Wandavisão (2021) a pesquisa contínua do Dr. Stephen Strange sobre a Jóia do Tempo é prejudicada por um amigo que se tornou inimigo, resultando em Strange desencadeando um mal indescritível.
Mais do que um drama, “O Segredo de Brokeback Mountain” (de 2005) é um filme sobre a solidão. Mais do que os preconceitos retratados na temática do filme e também na avaliação de muitos espectadores, um fato é verdade: Por que essa produção de Ang Lee, por um lado, incomoda tanto o público e, por outro lado, angariou da crítica notas altíssimas nas avaliações?
Brokeback Mountain é baseado no romance de Annie Proulx, escritora norte-americana de origem franco-canadense ganhadora do prêmio Pulitzer, de 1993, pelo romance “The Shipping News” (em português, “Chegadas e Partidas”, de 2001). De forma semelhante a esse filme, “Brokeback Mountain”, baseado nos contos de Proulx “Close Range: Wyoming stories” (de 2001), terá como signos temáticos a construção da Tradição.
Não aquela tradição vinculada à fundação de um povo, como “The Shipping News”, mas a uma cultura republicana e ao mesmo tempo ultraconservadora dos Estados Unidos entre os anos 1960 e 1990. O cenário é Wyoming, local em que dois caubóis, Ennis Del Mar e Jack Twist, um rancheiro e um vaqueiro, se conhecem na montanha Brokeback e passam a se encontrar em segredo durante anos.
Del mar é interpretado por Heath Ledger (premiado pelo papel de Coringa no filme “Batman - O Cavaleiro das Trevas”), e Twist é interpretado por Jake Gyllenhaal, outro ator conhecido por interpretar personagens complexos, como em “Donnie Darko” (2001) e “O Homem Duplicado” (2013), este baseado no romance homônimo de José Saramago.
O patriarcado e as vidas de aparência
A par de suas vidas como pais de família (e esse signo já invoca o tema do patriarcado e das obrigações sexuais e sociais do homem que não pode demonstrar sentimentos), o medo que ambos os vaqueiros demonstram ao esconder sua sexualidade vai sendo dramatizado sem pressa e sendo ampliado, à medida que ambos não suportam mais a dor do segredo e da solidão.
O conteúdo polêmico sobre homens que se amam não é novidade. O tema reforçado em “O Segredo de Brokeback Mountain” já foi dramatizado por outros atores famosos, como DiCaprio, em Total Eclipse (1995) e Michael C. Hall (da série Dexter, em Six Feet Under, da HBO), ambos também com maestria na atuação.
Portanto, a forma com que os espectadores reagem a determinadas figuras do discurso fílmico (o caubói machão, a religião cristã, o conservadorismo republicano do oeste norte-americano) depende da forma como encaram seus opostos: o homem sentimental e o jogo de valores dos Estados laicos das sociedades modernas, cada vez mais distantes de todo tipo de preconceito social.
Vida de cowboy de cinema com trilha impecável
Tecnicamente, o filme não somente nos mostra contrastes do conteúdo, mas também da expressão fílmica. As montanhas como cenário de fundo (aberto, livre) contrastam com o drama de ambientes fechados (nos bares, casas escuras, quartos e no fechamento social simbólico) e com a solidão sentimental extrema dos caubóis.
À medida que suas vidas de aparência se desenvolvem, o drama nos faz torcer por eles, ao mesmo tempo em que a vida não ajuda nas tentativas de reencontro de ambos, cujo tempo somente os afasta. A trilha sonora de Gustavo Santaolalla é outro show à parte, uma vez que Santaolalla também produziu a trilha do aclamado jogo “The Last of Us”, de 2013.
Neste domingo (25), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood realizou a tão aguardada cerimônia do Oscar 2021. A premiação teve uma configuração bem diferente, com cenário inusitado, plateia limitada e uma condução diferenciada, mantendo o distanciamento e seguindo os protocolos necessários nesta época de pandemia.
Além dessa situação diferenciada, o evento teve um andamento bem distinto, com uma execução mais ágil, uma vez que não tivemos toda aquela festa com inúmeros musicais intercalando entre os anúncios e nem mesmo grandes comediantes fazendo longas brincadeiras com as estrelas que compareceram na ocasião.
Conforme comentamos anteriormente, a seleção de filmes foi donimada por títulos menos espalhafatosos, muitos dos quais chegaram diretamente em serviços de streaming. No entanto, grandes atores que são favoritos de Hollywood ainda levaram boa parte dos prêmios, sendo que os filmes que ficaram em destaque foram Nomadland e Meu Pai nas categoriais principais, enquanto Mank e A Voz Suprema do Blues levaram categorias mais técnicas.
Confira todos os vencedores do Oscar 2021:
Vencedor Melhor Filme Oscar 2021
Nomadland (Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e Chloé Zhao - Highwayman / Hear/Say / Cor Cordium; Searchlight Pictures)
Indicados Melhor Filme Oscar 2021
Meu Pai (David Parfitt, Jean-Louis Livi e Philippe Carcassonne - Trademark Films; Sony Pictures Classics)
Mank (Ceán Chaffin, Eric Roth e Douglas Urbanski - Netflix; Netflix)
Bela Vingança (Ben Browning, Ashley Fox, Emerald Fennell e Josey McNamara - LuckyChap Entertainment / FilmNation Entertainment; Focus Features)
Os 7 de Chicago (Marc Platt e Stuart Besser - Marc Platt Productions / Dreamworks Pictures; Netflix)
“Oldboy” (2003) é um filme nota 10 no quesito técnico e temático. Ao lado de produções como “Clube da Luta”, “Seven - Os Sete Crimes Capitais” (1995), “Bad Boy Bubby” (1993), entre outros filmes nota máxima em minha concepção, o que me encanta nessas produções não é a violência, mas o fato de ser ofuscada por uma configuração de temas diversos mais relevantes do que a própria violência explícita.
Como já tenho afirmado comumente em reviews, não costumo ter palavras para descrever as produções que acho excelentes. Mas, Oldboy, não o filme americano de 2013, e sim a produção sul-coreana de 2003, tirou nota dez de duas formas: por ser o filme que mais me incomoda até hoje; e por me abrir os olhos para o cinema sul-coreano.
Sobre a primeira impressão, o tema da vingança não é levado simplesmente a sério, mas ao extremo do extremo, de forma que se perde até mesmo a noção semântica dessa palavra, tão clichê em outras artes como na literatura e no teatro, por exemplo. Sobre a segunda nota máxima, o cinema sul-coreano, devidamente descoberto aqui no Brasil lá pelo início deste século, vem conquistando cada vez mais espaço, sobretudo no último The Oscars, com a vitória de “Parasita”.
O tema clichê da vingança com ar de novidade
Oldboy tem basicamente tudo colocado na prateleira (na ordem e na posição corretas) de forma a dar o efeito de sentido da vingança e da culpa necessárias ao percurso narrativo de cada personagem. Assim, no plot narrativo, nada sobra, pois todo signo se adapta à história. Assim, a clareza temática da vingança se expande para outros subtemas: o remorso, a hipnose, o incesto, o perdão. Comecemos pela premissa.
Um rapaz (Dae-su Oh, interpretado por Min-sik Choi) é capturado sem explicação aparente e preso em um quarto, com acesso a tevê e cuidados pessoais por quinze anos, sem ter contato com nenhuma outra pessoa. O que me incomoda não é o fato de estar preso, mas o fato de não saber durante 180 meses ou 5400 dias o “porquê de estar ali”. Somente essa premissa seria suficiente para um plot interessante.
Repentinamente, Dae-su é solto em um lugar desconhecido. A partir desse ponto, irá buscar respostas, pois havia deixado um passado para trás: uma filha pequena, agora adulta. Ao iniciar a busca, as ações reveladoras vão acontecendo sem dar fôlego ao expectador, à medida que os temas mencionados vão encaixando na história de Dae-su, de sua filha e de um terceiro elemento, a ser revelado mais à frente na narrativa.
Esse elemento estabelece o encaixe temático completo com os temas mencionados, como um ciclo de vingança que se completa ao mesmo tempo em que anula o sujeito que buscava a vingança, por se tornar esta, de fato, o único motivo da vida do antagonista. Por isso, mencionei anteriormente a vingança no extremo do extremo, a ponto de anular o próprio sujeito que a cumpre.
Oldboy, um filme que não vai envelhecer
Sugiro que apenas assista a essa produção, que faz parte dos meus três filmes favoritos, a qual ainda vai demorar para sair desse pódio, por me incomodar a um ponto de ficarmos pensando dias sobre o filme. O seu final também é um show à parte, pois acreditamos que será vinculado a algo de extremo, mas não, ele fica no meio termo, como se fosse um “half measure” (meias medidas) para suportar a dor da verdade, ao mesmo tempo em que se deve conviver com certas ilusões.
Quer seja um grão de areia ou pedra, na água ambos afundam igualmente
No quesito violência, ela tem algo de novo (nas cenas longas de luta em plano sequência, com enquadramento em plano geral) e até mesmo um pouco de “torture porn” (tortura explícita), mas que tem sentido, pois se vincula ao excesso o qual mencionei, a partir de um personagem cuja ira não pode ser explicada por palavras, mas por ações que vão além da capacidade humana de compreensão. Enfim, parte do mote do filme é explicada em voz over (voice-over) por meio de um ditado: “quer seja um grão de areia ou pedra, na água ambos afundam igualmente” (Be it a stone or a grain of sand, in water they both sink).
No Rotten Tomatoes, Oldboy tem avaliação de 94% do público, a minha simplesmente seria 100%. Ao estudar mais sobre o filme, descobri que ele faz parte de uma trilogia da vingança, com mais duas produções, cada uma independente, as quais abordam a mesma temática, todos dirigidos pelo genial Chan-wook Park: “Sympathy for Mr. Vengeance” (2002) e “Lady Vingança” (2005).
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta segunda-feira (15 de março) os indicados ao Oscar 2021. refletindo um ano de cinemas fechados, a premiação é dominada pelos estúdios das plataformas de streaming, notadamente a Netflix — com 35 indicações — e a Amazon Studios (com 12), para se ter uma idéia da disparidade, a Netflix sozinha, possui mais indicações que a soma de quatro estúdios tradicionais: Warner (8 indicações), Disney (7 indicações), Focus Features (7 indicações) e Sony (6 indicações).
Mank, Os 7 de Chicago, Crip Camp, Destacamento Blood, Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars, Era uma Vez um Sonho, Rosa e Momo, A Voz Suprema do Blues, O Céu da Meia-Noite, Professor Polvo, A Caminho da Lua, Pieces of a Woman, Shaun o Carneiro – O Filme – A Fazenda contra-ataca e O Tigre Branco consolidam de vez a presença da Netflix dentro do circuito de premiações e da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A ausência predominante dos grandes estúdios também pode revelar o motivo por trás do aumento da diversidade e representatividade das produções indicadas.
Chloé Zhao (Nomadland) e Emerald Fennell (Bela Vingança) fazem história nos Oscar, que pela primeira vez indica duas mulheres para a categoria melhor direção. Além disso, Zhao também é a primeira mulher não branca a ser indicada na categoria, e a primeira mulher a receber quatro indicações no mesmo ano, por direção, montagem, roteito adaptado e melhor filme. Enquanto isso, Fennel é a primeira mulher estreante a concorrer na categoria.
Para fugir de uma nova onda de hashtags evidenciando a falta de diversidade, a Academia parece ter revisto alguns conceitos e celebra o desempenho de artistas de diferentes origens étnicas, com nove indicações a atores e atrizes não brancos. Entre eles temos Steven Yeun primeiro americano de origem asiática indicado como melhor ator; Riz Ahmed, primeiro ator paquistanes a receber uma indicação; Chadwick Boseman, primeiro ator não branco a receber uma indicação póstuma; Viola Davis atriz negra com mais indicações ao Oscar; Youn Yuh-Jung, primeira sul-coreana a ser indicada; Daniel Kaluuya, Leslie Odom Jr.; LaKeith Stanfield e Andra Day
A 93ª Cerimônia do Oscar acontece no dia 25 de abril, mas com um formato e local indefinido. Por conta das restrições advindas da pandemia, o tradicional Dolby Theatre, em Hollywood pode dar lugar a Union Station — uma grande estação de trem no centro de Los Angeles que poderia receber convidados e manter distanciamento entre os participantes.
Confira todos os indicados ao Oscar 2021:
Melhor Filme
Meu Pai (David Parfitt, Jean-Louis Livi e Philippe Carcassonne - Trademark Films; Sony Pictures Classics)
Mank (Ceán Chaffin, Eric Roth e Douglas Urbanski - Netflix; Netflix)
Nomadland (Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e Chloé Zhao - Highwayman / Hear/Say / Cor Cordium; Searchlight Pictures)
Bela Vingança (Ben Browning, Ashley Fox, Emerald Fennell e Josey McNamara - LuckyChap Entertainment / FilmNation Entertainment; Focus Features)
Os 7 de Chicago (Marc Platt e Stuart Besser - Marc Platt Productions / Dreamworks Pictures; Netflix)
Em Quarteto Fantástico, um desastre atinge uma nave espacial, fazendo com que seus quatro tripulantes sofram modificações em seu organismo de forma a ganharem poderes especiais. Reed Richards (Ioan Gruffudd), o líder do grupo, passa a ter a capacidade de esticar seu corpo feito borracha. Sue Storm (Jessica Alba), sua ex-namorada, ganha poderes que a permitem ficar invisível e criar campos de força. Johnny Storm (Chris Evans), irmão de Sue, pode aumentar o calor do seu corpo, enquanto que Ben Grimm (Michael Chiklis) tem seu corpo transformado em pedra e ganha uma força sobre-humana. Ao retornar à Terra após o acidente logo os novos poderes começam a se manifestar, fazendo com que todos tenham que se adaptar a eles e também à condição de celebridades que os poderes lhes trazem.