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Crítica do filme Contrato Vitalício | Era melhor continuar no YouTube...

Já se vão uns bons anos desde que o canal Porta dos Fundos estreou no YouTube e deu uma repaginada na forma de fazer humor na internet.

O grupo liderado por Fábio Porchat e Gregorio Duvivier tem centenas de bons vídeos – e alguns tantos também de gosto duvidoso – em seu portfólio. Com o passar dos anos, a equipe passou de um simples canal dedicado a pequenos esquetes a uma produtora de conteúdos mais elaborados.

Nos últimos anos, tivemos a chegada de duas webséries bem interessantes: Viral e O Grande Gonzalez. Além disso, vários dos atores que fizeram sucesso ali resolveram bater asas para outra mídia: o cinema.

Aí que, vendo a oportunidade, a turma toda resolveu fazer um longa-metragem. Intitulado como “Contrato Vitalício”, o primeiro filme do Porta dos Fundos conta a história de dois amigos, o diretor Miguel (Gregorio Duvivier) e o ator Rodrigo (Fabio Porchat), que são premiados num festival internacional de cinema. Na ocasião, após beberem todas, Rodrigo assina um contrato para participar dos próximos filmes do cineasta.

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Só que Miguel desaparece misteriosamente. Agora, depois de dez anos, ele reaparece com uma proposta maluca para um novo filme. Rodrigo, apesar de famoso e de desconfiar da sanidade do amigo, honra o contrato e topa participar do projeto que pode acabar com a sua carreira e sua vida.

O resultado? Tanto o filme fictício na telona quanto o próprio “Contrato Vitalício” tropeça bastante ao insistir nas mesmas piadas e apresenta uma história pra lá de entediante. Parece que o humor marcante no YouTube passou longe do roteiro. Não recomendamos, mas vamos falar mais do porquê você não precisa correr ver este filme nos cinemas.

Roteiro sem pé, nem cabeça, nem graça

A história de “Contrato Vitalício” não é de toda ruim. O filme começa bem, apontando as características um tanto duvidosas de grandes festivais e tirando sarro de algumas produções mais artísticas. O humor já nos primeiros minutos de película é bem ácido (para não dizer idiota) e vai contra muito daquilo que a gente vê nos vídeos do Porta dos Fundos.

Ignorando as piadas cretinas – algumas pautadas em cima de questões estéticas –, que estão ali claramente atreladas aos estereótipos do personagem, o filme parte para uma comédia que dá certo. Após o sumiço de Miguel, com novos personagens (interpretados pelo elenco do canal) em cena, o filme começa a engrenar e segue com tom de deboche sobre a própria web e o meio artístico.

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Algumas piadas dão certo, arrancam risadas do público. As mesmas piadas são repetidas, ainda parecem funcionar como forma de descontração. Aí o filme começa a bater na mesma tecla até dizer chega. No canal, isso dá certo, porque são vídeos curtos, mas o mesmo não vale na telona. Enfim, depois de ver que a graça está acabando, o roteiro se concentra na trama principal. E aí a lambança está feita.

A história principal tem um argumento fraco e, como o próprio filme tira sarro, parece um daqueles filmes que o Adam Sandler assina quando está bêbado. É bizarro, pois o filme tenta jogar justamente sobre essa a ideia de que roteiros improvisados são os que funcionam para premiações. Só que não é assim, ainda mais com um desenvolvimento tão cretino como o proposto pelo roteiro de Fabio Porchat e Gabriel Esteves.

É rir pra não chorar - também vale dormir

Pelo menos, tem algumas coisas que se salvam. É o caso da direção de Ian SBF, que já mostrou seu talento previamente em “Entre Abelhas” (filme também com Porchat). O cineasta é um dos responsáveis pela boa qualidade dos esquetes do Porta e assume a direção nos projetos mais longos com a mesma pegada.

A direção de Ian SBF é marcada com cenas de pingue-pongue, onde a câmera sempre corta pra piada. Claro que os diálogos são pautados nisso, mas a ideia é sempre mostrar a cara dos humoristas, dando ênfase aos momentos mais engraçados. Ideias que já vimos no canal são reaproveitadas aqui, como abordagens dentro de veículos e em ambientes inusitados.

O filme só reforça estereótipos quanto ao cinema nacional, com apelação desnecessária e roteiro bem fraco

O filme não se resume a isso, óbvio, e tem boas sequências de transição, com direito ao uso de gruas. O orçamento mais folgado permitiu essa liberdade de explorar tomadas incomuns nos quadros do Porta. Com a Paramount na jogada, o filme também ganha algumas cenas em estúdio, que são importantes para o desenvolvimento da trama.

No desenrolar da bagunça, algumas atuações ainda ganham méritos, como a dupla principal, que tem mais importância e diálogos menos idiotas. A gente sabe dos talentos, enquanto humoristas, dos demais atores, mas o problema é que eles são colocados em papéis muito ruins, de uma galhofa sem tamanho e sem graça alguma. 

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O pior mesmo é que “Contrato Vitalício” só reforça estereótipos que todos já temos quanto ao cinema nacional. Talvez o longa não seja tão ruim quanto muitas comédias de uma certa produtora que tem por aí, mas ele é tão fraco que ainda precisa apelar para subcelebridades com quem ninguém se importa, como Naldo e Sérgio Malandro. Tá feia a coisa mesmo... 

Ainda bem que o Porta dos Fundos não tem um Contrato Vitalício com uma grande produtora, pois se é para entregar esse tipo de humor na telona (que custa caro ao espectador), melhor continuar no YouTube, onde os esquetes funcionam melhor – e pelo menos o público não sai com o bolso lesado.

Veja o filme quando você quiser perder tempo e ver algumas ceninhas engraçadas, mas pode esperar sair no YouTube mesmo, que o ingresso no cinema não vale a pena.

HBO anuncia estreias e programação de abril

Abril vai começar cheio de novidades na HBO. O canal divulgou sua grade para o próximo mês e ela está repleta de estreias para todas as preferências. O destaque vai para o documentário “A heroína em Cape Cod”, que chega à TV paga no dia 25 de abril, às 22h.

O documentário mostra como a epidemia de heroína tem devastado cidades e comunidades norte-americanas. Para retratar a situação, a produção acompanha a vida de oito jovens viciado, moradores da turística península de Cape Cod, no estado de Massachussets. A direção é do ganhador do Academy Award Steven Okazaki (Clarão/ Chva Negra: a destruição de Hiroshima e Nagasaki).

Além de “A heroína em Cape Cod”, outras grandes estreias acontecem sempre às 22h dos sábados. Confira a lista completa: 

Ricki And The Flash: De Volta Para Casa (Ricki And The Flash) estreia no dia 2 de abril. O filme conta a história de Ricki, interpretada pela atriz Meryl Streep, uma mulher na faixa dos 50 anos que deixou sua família para seguir o sonho de tornar- se uma estrela do rock. Após anos sem ver os três filhos, ela precisa voltar e ajudar a filha Julie, que passa por um momento difícil.

O Abutre (Nightcrawler) estreia no dia 9 de abril e acompanha o jovem Louis Bloom (Jake Gyllenhaal), que enfrenta dificuldade para encontrar um emprego formal. Após presenciar um acidente, ele decide entrar para o submundo do jornalismo criminal de Los Angeles. Para isso, ele deve correr atrás de crimes e acidentes chocantes, registrar tudo e vender a história para os veículos interessados.

Confirmação (Confirmation), um filme original HBO, estreia no dia 16 de abril e retrata os bastidores do cenário político de Washington (EUA) em 1991. A nomeação de Clarence Thomas (Wendell Pierce) para juiz da Suprema Corte é colocada em jogo quando Anita Hill (Kerry Washington) o acusa de assédio sexual. As audiências foram um momento crucial na cultura americana, mudando para sempre a forma como percebemos o ambiente de trabalho, igualdade e política de gênero.

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Pixels (Pixels): os humanos sempre acreditaram em vida inteligente fora da Terra e, em busca de contato, enviaram imagens e sons sobre a cultura terrestre por meio de satélites lançados no universo. Um dia, um desses sinais foi encontrado. Disposta a conquistar o planeta, a raça alienígena resolveu criar monstros digitais inspirados em videogames clássicos dos anos 1980. Agora, apenas Sam (Adam Sandler) pode ajudar a salvar o planeta. O filme estreia no dia 23 de abril.

Golpe Duplo (Focus) estreia no dia 30 de abril e acompanha a vida do trapaceiro profissional Nicky (Will Smith) e da bela Jess (Margot Robbie), que deseja fazer parte da sua equipe como aprendiz. Logo eles se envolvem, mas Nicky põe um fim no romance. Anos mais tarde, eles voltam a se encontrar, em um arriscado e ambicioso plano. 

MAX PRIME

Um Jogo Lendário (Knights of Badassdom) estreia no dia 17 de abril, às 22 horas, e acompanha três amigos que participam de um jogo em que os integrantes interpretam personagens medievais, como cavaleiros e feiticeiros. O problema surge quando eles libertam um demônio real no campo do jogo e têm de se organizar para vencê-lo.

MAX UP

Padrinhos Ltda (The Wedding Ringer) estreia no dia 10 de abril, às 22 horas. A comédia apresenta a história de Doug Harris, um homem amável que vai se casar com a garota dos seus sonhos, porém não tem ninguém para ser seu padrinho de casamento. Desesperado com a proximidade da cerimônia, ele contrata desconhecidos para serem seus padrinhos, mas esse grupo nada convencional pode colocar tudo em risco.

MAX

Sr. Holmes (Mr. Holmes) estreia no dia 10 de abril, às 21 horas. No filme, o detetive Sherlock Holmes está aposentado e lida com demência, em consequência da idade avançada. Enquanto tenta lembrar-se do seu último caso e de uma mulher misteriosa que o assombra, ele faz amizade com um jovem, filho de sua governanta, que deseja que ele volte à ativa.

Click | Trailer legendado e sinopse

O estressado workaholic Michael Newman (Adam Sandler) não tem tempo para sua esposa (Kate Beckinsale) e filhos pois vive tentando impressionar seu mal-agradecido chefe a fim de conseguir uma merecida promoção. Então, ao conhecer Morty (Christopher Walken), um vendedor maluco, ele encontra a resposta para suas orações: um controle remoto mágico que lhe permite contornar pequenas distrações cotidianas com resultados progressivamente desastrosos.

Mas quando utiliza demais o aparelho, deixando mudo, pulando cenas e voltando outras com sua família e amigos, o controle gradualmente toma conta de sua vida e começa a programá-lo nesta agitada e engraçada comédia totalmente fora de controle.

Crítica do filme Hotel Transilvânia 2 | Reforçando a mensagem do amor

A turma do Drácula está de volta aos cinemas, mas desta vez a história é bem diferente. Quer dizer, nem é tão diferente assim, mas tem umas coisas legais que justificam a existência de uma continuação. Em Hotel Transilvânia 2, a não-tão-simpática vampira Mavis está em fase adiantada em seu relacionamento e resolve se casar com o humano Jonathan.

Como era de se esperar, os dois acabam fazendo amorzinho e aí nasce um personagem fofinho chamado Dennis. O garotinho é o centro das atenções neste filme, principalmente porque seu avô está desesperado para descobrir se ele puxou os dons da família vampiresca.

A nova animação da Sony Pictures Animation foca nessa insistência do vovô tentando manter o pequenino na linhagem mais poderosa, enquanto a mãe resolve deixar o filho levar a vida como uma criança normal e pensa seriamente em mudar para a casa do marido. Usando as diferenças entre os adultos, o filme tenta reforçar uma lição muito bonita. E dá muito certo.

A praça é dos monstros

Depois de mandar ver na dublagem do personagem Drácula, o ator Adam Sandler resolveu bancar o segundo filme e ainda assinar o roteiro. A história desta vez surge da parceria entre Sandler e o roteirista do primeiro filme, Robert Smigel.

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O resultado é uma animação que mantém o nível de diversão, mas conta com mais piadinhas para deixar o clima descontraído. Assim como no filme antecessor, Hotel Transilvânia 2 não é um filme pra rachar de rir, mas as piadas são bem encaixadas tanto na trama quanto com alguns temas bem atuais.

Para falar a verdade, o toque de Adam Sandler fica ainda mais evidente quanto percebemos que rola algumas piadas bem forçadas. Em alguns títulos, isto seria péssimo, mas aqui elas são tão idiotas que acabam arrancando boas risadas da plateia.

Parte da graça está no uso recorrente de aparatos tecnológicos. A falta de conhecimento dessas criaturas centenárias deixa a coisa bem engraçada e há várias cenas que o filme nos força a rir pela repetição de algumas patetadas. As caras engraçadas do Drácula em várias situações também ajudam muito, pois tudo costuma dar muito errado para ele, assim como já acontecia no filme anterior.

Uma importante lição para os adultos

Não sou de entrar em detalhes da trama para não estragar as surpresas do filme, mas, conforme comentei no começo do texto, Hotel Transilvânia 2 tenta passar uma mensagem similar à do primeiro filme, mostrando que é preciso aceitar as pessoas como elas são, independente se elas são lobisomens, vampiros, humanos ou monstros.

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Obviamente, o filme se apropria de figuras clássicas para evidenciar a lição de moral, porém tudo que é passado ali vale totalmente para a galerinha que está sentada na poltrona. O grande diferencial do filme, contudo, é que a mensagem é muito mais voltada para muitos adultos, que andam numa de disseminar o ódio e o preconceito.

Com muitas cenas cheias de aventura, mas que ainda consegue emocionar o público, Hotel Transilvânia 2 é um filme bem legal para crianças e adultos. A dublagem em português ficou bacana e os novos personagens deixam a trama bem engraçada. Confira no cinema e ame o próximo!

Crítica do filme Pixels | Homenagem meia-boca com muitos clichês

Os estúdios de Hollywood já exploraram os jogos inúmeras vezes nos mais variados tipos de filmes. Temos aquelas adaptações toscas que não se parecem em nada com os games, algumas versões mais coerentes (caso de Silent Hill) e, agora, temos um filme com Adam Sandler que tenta prestar uma homenagem aos títulos mais antigos.

Sinceramente, eu não tenho nada contra o Adam Sandler, aliás, eu até defendo a boa vontade dele em alguns casos. Ele já fez alguns (poucos) filmes legais em sua carreira, mas parece que ninguém disse pra ele que seus dias de comediante acabaram há algum tempo. E aí que ele resolveu trazer toda sua turminha de volta para encarar uma parada dura.

No filme Pixels, acompanhamos a invasão de seres extraterrestres que decidiram vir à Terra após receber um arquivo em vídeo com imagens de jogos de arcade clássicos e interpretá-lo como uma declaração de guerra. Os alienígenas resolvem atacar nosso planeta usando esses jogos como modelos para suas várias ofensivas.

Para tentar impedir o caos, o presidente Will Cooper (Kevin James) busca ajuda de seu melhor amigo Sam Brenner (Adam Sandler), que era um campeão dos fliperamas nos anos 1980. Agora, Brenner — que é um instalador de produtos eletrônicos — deve liderar uma equipe de jogadores veteranos (Peter Dinklage e Josh Gad) e salvar o mundo.

Piadas bem manjadas, mas alguma coisa se salva

Primeiramente, é preciso colocar em pauta que estamos tratando de um filme de comédia escrachada, que não tem nenhum compromisso com a realidade e tenta passar as coisas de forma muito bem-humorada. Nisso, a gente já tem certeza, já que é o Adam Sandler comandando a turma e vamos combinar que ele nunca foi um grande herói.

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Só que a insistência em fazer as mesmas piadas do arco-da-velha é justamente o que deixa o filme chatinho. As tentativas cretinas dele de dar em cima de Michelle Monaghan são apenas um reflexo dos clichês que ele tanto exercitou em sua carreira. Aliás, essa parte de forçar um relacionamento entre os dois é um bocado desnecessária num filme que se pretende homenagear games.

Felizmente, um dos integrantes da equipe (Josh Gad) acaba salvando o dia com seu jeito extrovertido. O personagem é bem caricato e até exagerado ao ponto de amar uma personagem de videogame. Entretanto, na maioria das cenas, ele acaba roubando os holofotes, com direito a um disparate de frases que caracterizam bem as broncas de generais americanos.

Outro personagem que ajuda muito é Eddie (Peter Dinklage), que banca de bonzão e tem trejeitos muito engraçados. É o tal do cara chato que acaba ficando legal ao exagerar no orgulho. Sem esses dois atores, certamente o filme poderia ser bem mais um romance com Adam Sandler tentando pagar de legal com piadas idiotas. Ainda bem que não foi tão desastroso.

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A história do filme é bem fantasiosa e até absurda em alguns pontos, mas acaba ficando divertida com a introdução de personagens adorados que marcaram época na década de 1980. Acontece que o roteiro força demais a barra em alguns pontos, com direito a personagens que viram seres reais na Terra. Alguns apelam para a fofura, outros para a sensualidade, mas essa ideia acaba não colando muito bem.

Enfim, Pixels não é um bom filme de comédia, tampouco um filme que se preza a homenagear de verdade os jogos. Dá pra ver alguma boa vontade em tentar conciliar o mundo real com jogos antigos, mas não ficou muito legal não, exceto pela presença de alguns ícones (como Donkey Kong e Pac-Man) da década de 1980. Se você faz questão de ver no cinema, vá sem esperar muita coisa e aproveite a pipoca.

Crítica do filme Sob o Mesmo Céu | História leve, como tudo que vem do Hawaii

Bradley Cooper e Emma Stone estão no caríssimo elenco que o diretor Cameron Crowe selecionou para o filme Sob o Mesmo Céu, um filme que pode ser caracterizado como drama misturado com comédia romântica. Desde 2013 que esse trabalho vinha sendo realizado, mas esse tempo todo não quer dizer que o resultado final tenha sido tão surpreendente.

Cooper interpreta o militar Brian Gilcrest, que viaja para a capital havaiana de Honolulu com objetivo de acompanhar o lançamento de um satélite financiado por um rico empresário chamado Carson Welch (Bill Murray). Para que o projeto se concretize é necessário persuadir a população local a conceder grande parte de seus territórios aos encarregados desse programa espacial, sem estarem cientes de que a missão é enviar armas para o espaço e acirrar as tensões com países rivais.

Nesse retorno à ilha, Brian reencontra Tracy (Rachel McAddams) seu antigo amor que já tem dois filhos e está casada com o silencioso John (John Krasinski). Esse reencontro deixa ambos esperançosos com a possibilidade de renascer o sentimento que tinham antes de se separarem, mas a presença da capitã Allison (Emma Stone) faz Brian repensar o destino de sua vida amorosa.

O enredo é muito previsível e marcado pela mistura entre a vida profissional e afetiva de Brian, colocando-o em contradições com seus próprios valores. Alisson aparece não só como uma oportunidade de se apaixonar novamente, mas também como uma conselheira que orienta sobre o equívoco de lucrar com o comprometimento da vida dos habitantes da ilha e promover ainda mais violência. Desde as primeiras cenas é fácil adivinhar o desenvolvimento da trama, bem leve e digna de sessão da tarde.

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É boa a interpretação dos atores, embora as piadas não sejam tão engraçadas. O estranhamento que acontece entre Brian e o atual marido de Tracy é o que há de mais cômico e faz lembrar o estilo de humor dos filmes de Adam Sandler. Aliás, por acontecer no Havaí e contar com certa leveza de humor, é impossível não lembrar de “Como se fosse a primeira vez”. A trilha sonora composta pela dupla Jónsi & Alex também colabora muito com esse clima havaiano.

Há dois problemas que fazem com que  Sob o Mesmo Céu deixe muito a desejar. O primeiro, diz respeito ao protagonista: trata-se de um soldado fracassado que busca algum sucesso por meio de um projeto mal intencionado, mas que se arrepende da escolha ambisiosa e vergonhosa graças ao companheirismo da capitã. Ruim é o desfecho que o transforma num herói de modo superficial e passando por cima de tudo que até então havia feito de errado, como se o amor romântico fosse o verdadeiro responsável por converter as pessoas em sujeitos mais compromissados com a ética.

O segundo problema é, novamente, a superficialidade. Dessa vez, no modo como são tratados os povos tradicionais da ilha. É visível que existem alguns movimentos de resistência na região, que solicitam respeito à natureza e aos costumes da população local. Mas, como tudo que ocorre na ficção estadunidense, o destino dos oprimidos é definido pelo homem branco imbuído de um heroísmo enjoativo e extremamente clichê.

A vida não é assim tão colorida como se propõe nos filmes desse gênero. Os grandes problemas não são facilmente resolvidos pressionando algumas teclas num poderoso computador. Entretanto, não precisamos de todo esse amargor digno de um crítico de cinema: se bater aquela vontade de colocar os neurônios para descansar assistindo algo bobinho e com final feliz,  Sob o Mesmo Céu pode ser uma boa opção. Embora boa mesmo seja a música do Lenine com o mesmo nome...

Cinema: confira as estreias de 28 de maio

Ainda dá tempo de conferir as estreias bombásticas que surgiram nas últimas semanas, como o maravilhoso Mad Max: Estrada da Fúria, que encantou a nossa equipe aqui do Café com a produção e roteiro superior a tudo que já foi feito com a franquia. A repercussão está sendo merecida e quem ainda não viu precisa mesmo dessa experiência!

Mas hoje é também dia de novidades, entre elas “A Incrível História de Adaline” muito elogiada na análise feita pelo Fábio Jordão e que pode trazer esperança para a vida das pessoas. 

Confira a lista completa de todas as estreias desta quinta-feira:

A Incrível História de Adaline

Leve seu amor para conhecer essa emocionante história de amor! Não se trata de só mais uma entre tantas outras. Com um roteiro surpreendente, o filme mostra a vida de uma moça de 29 anos que, após sofrer um acidente, não vê mais o tempo passar.

Quem atua como protagonista é a atriz Blake Lively, de “Selvagens” e “Lanterna Verde”. O filme também conta com a participação especial de Harrison Ford, muito bem inserido na trama.

A Menina dos Campos de Arroz

Essa produção franco-chinesa traz o primeiro filme falado em língua dong (falada por cerca de 1,5 milhões de pessoas na China). Além do ineditismo linguístico, a produção chama a atenção por se tratar de uma história narrada e interpretada por atores não-profissionais moradores de um vilarejo localizado ao sul do país.

Conta a história de uma menina de 12 anos que sonha ser escritora e viajar o mundo, embora a vida em sua província torne esse desejo difícil de ser realizado.

Cauby - Começaria Tudo Outra Vez

O documentário conta a trajetória deste intérprete que sempre salientou o conceito do eterno recomeço em suas músicas. Conta com a participação de célebres músicos brasileiros como Agnaldo Rayol, Maria Bethânia e Agnaldo Timóteo.

O Amuleto

Suspense e terror filmado em Florianópolis: quatro jovens se perdem no caminho de uma festa na Floresta da Cabana e a partir disso acontecem vários desaparecimentos. Essa história macabra é dirigida por Jeferson De e produzida pela Contraponto, de Florianópolis, em parceria com a Buda Filmes, de São Paulo.

O Homem Que Elas Amavam Demais

O novo filme de Catherine Deneuve traz o cineasta André Téchiné de volta ao drama criminal. A história é sobre uma morte misteriosa na Riviera, com grande disputa pelo controle dos cassinos da região.

Os Últimos Cangaceiros

Durvinha e Moreno fizeram parte do bando de Lampião, o mais controverso líder do cangaço. Apenas aos 95 anos de idade é que moreno resolve divulgar sua verdadeira identidade, sustentando o peso de suas lembranças e buscando reencontrar seu primeiro filho.

Permanência

Grande Irandhir Santos retorna às telonas neste drama de um fotógrafo pernambucano que tem a primeira exposição do seu trabalho em São Paulo. Ele se hospeda na casa de sua ex e evidências do seu passado surgem durante a revelação de algumas fotos.

Promessas de Guerra

Neste primeiro longa de Russel Crowe, ele mesmo é o protagonista. Filme sobre o contexto da Primeira Guerra Mundial, especificamente na campanha de Galípoli, quando tropas dos Aliados desembarcaram na costa turca em 25 de abril de 1915 com a missão de controlar o estratégico estreito de Dardanelos. 

Após essa sangrenta batalha, um fazendeiro australiano viaja para a Turquia para procurar seus três filhos desaparecidos.

Terremoto - A Falha de San Andreas

Um piloto de helicóptero especializado em resgates, faz uma perigosa viagem pela Califórnia após terrível terremoto com objetivo de resgatar a própria filha. Protagonizado por Dwayne Johnson, o filme é dirigido por Brad Peyton (“Viagem 2 - A Ilha Misteriosa”).

The Last Naruto – O Filme

A história acontece dois anos depois da batalha entre Naruto e Sasuke e o longa vai além da trama original já conhecida e serve como conclusão do anime por meio de um acontecimento bem louco: sob a ameaça da Lua se chocar com a Terra em forma de um meteoro. Naruto, Shikamaru, Hinata, Sakura e Sai devem resgatar Hanabi e evitar que o mundo seja destruído.

Trocando os Pés

Saudades do Adam Sandler? Neste filme o ator interpreta Max Simkin, um reparador de sapatos que está enjoado da rotina e se depara com uma relíquia mágica que lhe permite entrar na vida de seus clientes e ver o mundo de uma nova maneira. E parece que vestir os sapatos de outras pessoas é a única maneira para descobrir quem elas realmente são!

Pixels | Novo trailer legendado e sinopse

Em Pixels, quando seres intergalácticos interpretam um arquivo em vídeo com imagens de jogos de arcade clássicos como uma declaração de guerra contra eles, eles atacam a Terra usando esses jogos como modelos para suas várias ofensivas.

O presidente Will Cooper (Kevin James) busca ajuda de seu melhor amigo de infância Sam Brenner (Adam Sandler), um campeão de competições de vídeo-games nos anos 80 - e agora um instalador de home theater - para liderar uma equipe de jogadores veteranos (Peter Dinklage e Josh Gad), derrotar os alienígenas e salvar o planeta.

Eles ainda vão contar com a ajuda da tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan), um especialista em tecnologia que irá fornecer aos arcaders as armas exclusivas para lutar contra os aliens.

Trocando os Pés | Trailer legendado e sinopse

Max Simkin repara sapatos na mesma loja de Nova York em que sua família trabalha há gerações. Desencantado com a rotina da vida diária, Max se depara com uma relíquia mágica que lhe permite entrar na vida de seus clientes e ver o mundo de uma nova maneira. Às vezes, andando em sapatos de outras pessoas é a única maneira para descobrir quem elas realmente são.

Hotel Transilvânia 2 | Novo trailer dublado e sinopse

A turma do Drácula está de volta na nova comédia monstruosa da Sony Pictures Animation, Hotel Transilvânia 2! Parece que tudo está melhorando no Hotel Transilvânia... Drácula finalmente relaxou sua rígida política de “somente monstros” e passou a permitir hóspedes humanos.

Mas por trás de caixões fechados, Drácula está preocupado porque seu adorável neto, meio-humano e meio-vampiro, Dennis, não demonstra nenhum sinal de que um dia será um vampiro. Então, enquanto Mavis está ocupada visitando seus novos parentes humanos com Johnny – e vivenciando seu próprio choque cultural – o vovô Drac recruta seus amigos Frank, Murray, Wayne e Griffin para ajudá-lo a fazer Dennis passar por uma escolinha de  monstros.

O que eles nem imaginam é que o rabugento, conservador e muito muito velho pai de Drácula, Vlad, veio fazer uma visita ao hotel. Quando Vlad descobre que seu bisneto não é um sangue-puro, e que humanos agora são bem-vindos ao Hotel Transilvânia, ele fica maluco!