Game of Thrones - Café com Filme

Kubo e as Cordas Mágicas | Novo trailer legendado e sinopse

Kubo e as Cordas Mágicas (Kubo and the Two Strings) é uma ação-aventura épica localizada em um Japão fantástico do famoso estúdio de animação LAIKA. Esperto, o bondoso Kubo (dublado por Art Parkinson de Game of Thrones) ganha a vida humildemente, contando histórias para as pessoas de sua cidade litorânea junto com Hosato (George Takei), Akihiro (Cary-Hiroyuki Tagawa) e Kameyo (Nomeada ao Oscar, Brenda Vaccaro).

Mas sua existência relativamente calma é quebrada quando ele acidentalmente invoca um espírito de seu passado que desce violentamente dos céus para impor uma antiga vingança.

Agora em fuga, Kubo reúne forças com o Sr. Macaco (Charlize Theron) e o Besouro (Matthew McConaughey), e sai em uma emocionante busca para salvar sua família e resolver o mistério de seu falecido pai, o maior guerreiro samurai que o mundo já conheceu.

Com a ajuda de seu shamisen – um instrumento musical mágico – Kubo irá lutar contra deuses e monstros, incluindo o vingativo Rei Lua (Ralph Fiennes) e as malvadas Irmãs Gêmeas (Rooney Mara) para desbloquear o segredo de seu legado, reunir sua família e cumprir seu destino heroico.

Crítica do filme A Bruxa | Caindo nos sortilégios do perverso

O longa-metragem “A Bruxa” está dando o que falar, com elogios vindo até do mestre Stephen King. Os boatos que sopram aos quatro ventos prenunciam que temos aqui uma obra de terror com uma pegada genuína, o que vem deixando o público curioso para conferir o filme na telona.

O roteiro centraliza em algumas temáticas recorrentes do século XVII, mais precisamente com uma abordagem atenuada sobre o fervor religioso e as diferenças de crenças da época, incluindo aqui toda a polêmica da existência de bruxas e os pactos com Lúcifer.

Na trama, o espectador é levado para uma casa à beira de uma floresta assustadora. A residência em questão é o novo lar de uma família que foi expulsa do vilarejo após uma discussão sobre fé e os conceitos da igreja.

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Neste ambiente inóspito dominado pela infertilidade, a pobreza, a miséria e a descrença começam a tomar conta dos familiares. Algo que poderia ser um novo começo acaba se tornando um pesadelo quando o bebê da família desaparece e as outras crianças começam a agir de forma estranha.

A tensão aumenta quando todos começam a suspeitar da jovem adolescente Thomasin (Anya Taylor-Joy), que estava cuidando do recém-nascido e que não sabe explicar o que aconteceu. Seria isto uma bruxaria? Um lobo teria levado o bebê? Ou a garota está escondendo algo? As opiniões ficam divididas e o espectador é convidado a entrar de cabeça na trama cheia de reviravoltas.

Floresta densa, silêncio profundo, incômodo constante

O gênero de terror me fascina muito, pois fico realmente surpreso como uma mídia pode nos deixar tão apavorados. Acontece que não há muitos filmes desse tipo que se mostrem assustadores ou de grande qualidade. Nos últimos anos, então, Hollywood foi tomada por uma onda de produções que forçam clichês e trazem roteiros furados.

Felizmente, o diretor e roteirista Robert Eggers sabia o que estava fazendo. Aliás, a chegada deste novato ao segmento é talvez uma das mais gratas surpresas. Tirando alguns curtas que assinou e outros títulos em que tomou as rédeas na parte de produção de design, o cineasta assume aqui seu primeiro grande projeto e se mostra muito competente e dedicado.

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Seguindo uma construção de fatos vagarosa e muito focada em alguns detalhes, o diretor e sua equipe conseguiram transpassar do roteiro para a telona uma experiência sinistra, de atmosfera pesada e de segredos ocultos que demoram a se desenrolar. A floresta é talvez o cenário mais importante, pois ali residem os perigos, os medos e os pecados.

Aqui, a fotografia do filme ajuda muito, pois a paleta de tons cinzas e contraste reduzido dá o tom de seriedade e aumenta o mistério intrínseco do tema principal.  O filme foca muito nesse ambiente, faz questão de deixar o espectador prestando a atenção em cada árvore, enaltecendo cada pormenor deste local assustador. Cada passo adiante é uma chance a menos de escapar de uma ameaça constante.

"A Bruxa" é um convite para cair nos deleites do inimigo, um passo a frente e você entra na cantiga, de onde não há volta; um passo atrás e você se arrisca a cair nos sortilégios do perverso, onde você nunca vai querer entrar.

Tal qual a mata, a residência começa a ser tomada pelo clima de tensão. A névoa da manhã, as noites escuras, os ambientes apertados, as plantações, os animais ao redor da casa e outros detalhes ajudam a construir a tenebrosidade da residência, que fica cada vez mais assustadora. Não sabemos o que reside nas entranhas da mata ou ao redor da casa, mas o perigo é prenunciado e toda a plateia fica em silêncio para acompanhar as artimanhas do mal.

Enquanto o público não emite um som, a respiração começa a ficar ofegante. A trilha sonora acompanha o medo refletido nos olhos fixados na telona. Com tons distorcidos, sons que incomodam os tímpanos e volume que vai aumentando gradativamente, o cérebro imagina mil coisas. O suspense construído durante a trama é o grande ponto. O filme é angustiante e tenso.

Muito religioso e cheio de artimanhas

A floresta é um convite para o terror, mas, em muitas cenas, o roteiro parece querer manter certa distância do local, pois há outra pauta ainda mais interessante: a religiosidade da família. Conforme as desgraças vão acontecendo, os personagens deixam seus sentimentos aflorarem de forma convincente, revelando seus preceitos e seus pecados.

As atuações são bem alinhadas com os papeis, nos levando a crer que estamos ali presenciando uma família em conflito e com medo do desconhecido. Nesse sentido, o elenco ajuda muito a chamar a atenção. A novata Anya Taylor-Joy, que até então só tinha feito coisas para TV, é a grande estrela do longa-metragem e desperta tanto o clima de suspense quanto o de inocência.

Kate Dickie, que você já conhece de Game of Thrones, e Ralph Ineson, que já fez dezenas de pontas em grandes filmes, também são responsáveis pelo bom desenvolvimento da trama. Além da caracterização, ambos se mostram muito empenhados, deixando a plateia irrequieta. Ineson é talvez o mais notório, já que tem papel de destaque e assusta com sua entonação macabra.

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É legal perceber que, mesmo o título do filme propondo uma coisa, temos no desenrolar uma forma completamente distinta da proposta habitual para filmes com essa pegada. A religiosidade exagerada da família é algo que ajuda a dar vida ao mito das bruxas, às crenças e aos subsequentes atos de cada um.

Durante bom tempo, os diálogos inteligentes sustentam a trama, apenas aumentando o suspense e deixando o espectador pensando em inúmeras hipóteses do que pode estar por trás dos misteriosos acontecimentos. Talvez, o grande problema para alguns seja o excesso de barulho e a pequena dosagem de bruxarias, já que o longa é cheio de truques, mas, às vezes, pode não entregar tudo que se espera. Contudo, o filme ainda se mostra instigante até o último instante.

Enfim, “A Bruxa” tem sim muito a oferecer, seja pela abordagem mais de suspense com longas cenas de tensão ou pela temática pouco retratada no cinema. Esses diferenciais são o grande trunfo do filme, o que é bom para quem busca algo novo, mas pode ser um tiro no pé do ponto de vista financeiro, já que o grande público ainda prefere filmes de terror com clichês.

Crítica do filme Deuses do Egito | Deuses no comando

Quando saiu o trailer de "Deuses do Egito", pensei que era provável que esse filme não fosse muito bom. Tenho que dizer que me surpreendi, porque ele conseguiu ser ainda um pouco pior do que eu estava esperando. 

Atuações medíocres, personagens fracos e um roteiro que teria que se esforçar um pouco pra ser mais óbvio. Mas calma, a gente já chega nisso. "Deuses do Egito" tem direção de Alex Proyas (que já tinha feito "Presságio", com Nicholas Cage, além de assinar "Eu, Robô") e conta a história de Bek (Brenton Thwaites), um ousado e alegre batedor de carteiras da antiguidade que vive em uma época em que os mortais estão em ~harmonia~ com os deuses. 

O rei do Egito é então o deus Osiris, que há um tempo governa a região de maneira pacífica e sensata. Quando ele decide passar o bastão para o filho Horus (Nikolaj Coster-Waldau), acaba impedido pelo próprio irmão, o deus Set (Gerard Butler), o qual decide que agora é a vez dele de brincar de rei. 

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O roteiro até que não é dos piores, embora não seja nada original. Aquela coisa do irmão rejeitado que se volta contra tudo e contra todos pra mostrar que também pode ser fodão - e aí não se importa em, de quebra, levar o mundo inteiro pro buraco. Afinal, vingança é mais importante, né, mores. 

Não faz muito sentido, no entanto, que ele queira fazer isso quando está todo o reino de mortais e toda a legião de deuses e forças poderosas reunida no mesmo lugar para a coroação do novo rei. Se organizasse direitinho essa galera, já sabem, né? Isso mesmo, eles certamente derrotariam o deus Set e aí não teria esse filme. Os responsáveis por essa lambança são os roteiristas Matt Sazama e Burk Sharpless, que já trabalharam juntos em "O Último Caçador de Bruxas" e Drácula: A História Nunca Contada.

A saga do herói Deus

Nikolaj Coster Waldau já deve estar se especializando em fazer papéis nos quais perde um pedaço do corpo. Depois do handless Jamie Lannister, da aclamada série da HBO "Game of Thrones", ele agora tem os olhos arrancados no papel de Horus. Essa parte dos olhos, poderia ter sido um diferencial bacana do roteiro, mas que não foi muito bem aproveitada.

Quanto à atuação do Nikolaj, bem, quando você compara as performances de um mesmo profissional em diferentes produções é que consegue perceber a importância da sintonia com os outros nomes do elenco e o olhar do diretor sobre a cena.

Deuses do Egito

Nikolaj não é exatamente um grande nome do cinema dos tempos atuais, tem um monte de gente bem melhor do que ele por aí. Mas em Game of Thrones ele é bem mais mais esforçado e detalhista na atuação. Tudo bem que o personagem não ajuda. Horus é um deus preguiçosão e um tanto quanto filhinho de papai que nunca teve motivos para se esforçar muito, mas que agora tem que enfrentar ninguém menos que o cara mais poderoso do momento – que calha de ser o tio do protagonista, o que aumenta a pressão psicológica, claro. 

Inclusive isso é outra coisa que me chamou um pouco a atenção: as idades não muito adequadas. Quando é que o Gerard Butler tem cara de tio do Nikolaj Coster Waldau? Não que eu ache que tenha sido essa a intenção, mas parabéns aí à galera do casting pela família diversa e pouco convencional. 

Gerard Butler, por sua vez, é a prova de que um rostinho bonito não é suficiente. A entrada dele no filme é legal, mas depois disso não evolui muito. Os personagens mais interessantes acabam sendo o próprio Bek de Brenton Thwaites, o Thoth, de Chadwick Boseman, e a Elodie Yung como Hathor, a Deusa do Amor.

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Já que os atores não se destacam, a aposta de produções como esta normalmente fica no combo diversão + explosão. "Deuses do Egito" até tenta, mas não engrena, nesse ponto. Poucas das piadinhas têm graça de fato e os personagens parecem estar se esforçando demais para serem engraçados. Mas, quando nem o protagonista nem o vilão convencem, fica difícil de sair do lugar. 

Cuidados de produção 

"Deuses do Egito" é muito mais bem produzido do que dirigido e roteirizado. Se há um ponto positivo que mereça ser destacado no longa, são os efeitos especiais. Os fãs de cenas de ação, disputas no braço e bichos gigantes se enfrentando com cenários bacanas podem até achar esse um filme interessante.

A caracterização dos personagens, figurino e maquiagem são bacanas e a trilha sonora dá conta do recado, embora nada se sobressaia como um grande diferencial. Talvez as criaturas mágicas sejam outro acerto do longa, que traz várias delas em diversas performances imponentes - achei a esfinge especialmente interessante. É uma pena, no entanto, todo o resto seja tão frágil. 

Como Eu Era Antes de Você | Novo trailer legendado e sinopse

Louisa “Lou” Clark (Clarke) vive em uma pitoresca cidade de campo inglesa. Sem direção certa em sua vida, a criativa e peculiar garota de 26 anos vai de um emprego a outro para tentar ajudar sua família com as despesas. Seu jeito alegre no entanto é colocado à prova quando enfrenta o novo desafio de sua carreira. 

Ao aceitar um trabalho no "castelo" da cidade, ela se torna cuidadora e acompanhante de Will Traynor (Claflin), um banqueiro jovem e rico que se tornou cadeirante após um acidente ocorrido dois anos antes, mudando seu o mundo dramaticamente em um piscar de olhos.

Não mais uma alma aventureira, mas o agora cínico Will, está prestes a desistir. Isso até Lou ficar determinada a mostrar a ele que a vida vale ser vivida. Embarcando juntos em uma série de aventuras, Lou e Will irão obter mais do que esperavam e encontrarão suas vidas — e corações — mudando de um jeito que não poderiam ter imaginado.

Floresta Maldita | Trailer legendado e sinopse

Thriller sobrenatural que se passa na lendária floresta Aokigahara, situada na base do Monte Fuji, no Japão, conhecida como a floresta dos suicidas. Neste cenário incrível, Sara (Natalie Dormer) uma jovem americana vai em busca de sua irmã gêmea, que desapareceu misteriosamente nas perigosas trilhas da floresta. Apesar das advertências de todos, Sara entra na floresta determinada a descobrir a verdade sobre o destino de sua irmã.

Crítica do filme Star Wars: O Despertar da Força | Bem-vinda nova geração

Apagam-se as luzes. Logo da Lucas Film brilha na tela. Em poucos segundos lá vem o esperado título: Star Wars, pan panpanpan, seguido por Episódio VII – O Despertar da Força. A sala de cinema vibra e não tem como segurar a emoção. Desde aquela tarde de outubro, em 2012, na qual a Disney anunciou a compra da companhia de George Lucas – progenitor e diretor de vários filmes da franquia –, foram três anos de espera e expectativas para rever nas telonas a continuação direta de O Retorno de Jedi, lançado há mais de 30 anos. Era o recomeço da saga que revolucionou não apenas a sétima arte, com seu ‘estranho’ roteiro de ópera espacial e efeitos especiais inovadores, mas também toda a cultura popular de uma geração. Se em três décadas muita coisa mudou, Star Wars também teria que se reinventar e se adaptar a esse novo mundo. À medida que os créditos iniciais vão rolando pelo espaço ao som da música-tema da obra, todas as palavras da tela e murmúrios dos coadjuvantes da sessão de cinema se resumem em um uníssono “Bem-vindo nova geração”.

Tudo igual, só que diferente

A missão de O Despertar da Força é bem grande. Dar seguimento do consagrado mundo de Star Wars no cinema e, ao mesmo tempo, apresentar um novo filme para novos fãs. O diretor J.J. Abrams, nerd-mor que já havia revitalizado Star Trek para as telonas, foi o escolhido para assumir esse cargo, e, junto com a presidente da Lucas Film, Kathleen Kennedy, puxaram as rédeas para criar esse novo capítulo, que é igual ao primeiro longa de 77, Uma Nova Esperança, mas diferente.

É igual na sua essencial. J.J. Abrams traz de volta o espírito consagrado do primeiro filme para uma visão atual. O Monomito, ou Jornada do Herói, conceito abordado pelo escritor norte-americano Joseph Campbell que estabelece os parâmetros para o caminho trilhado pelo protagonista, é o grande idealizador. Abrams se utiliza da boa e velha fórmula para fazer um remake do Episódio IV e ao mesmo tempo um reboot, introduzindo novos personagens e criando pilares que irão sustentar toda uma nova trilogia. Um tiro certeiro. O Despertar da Força conversa com o novo público e respeita todos os velhos e saudosos fãs da saga.    

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Para os novatos, grandes personagens e uma história única em toda a galáxia. O quarteto de atores principais escolhidos, Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac e Adam Driver assumem seus papéis dentro do universo com maestria, longe de serem tímidos ou introspectivos. Algumas passagens carecem de uma carga mais qualitativa de interpretação, mas a atuação do atores se confundem com as histórias de suas próprias personagem, dando margem para a compreensão e entendimento da jornada que cada um irá seguir nesta nova trilogia.

Para os old school, a alegria é ainda maior. A cada personagem clássico que vai aparecendo, citação aos filmes anteriores ou piadas sobre as situações momentâneas vão arrancando suspiros diferentes. Harrison Ford, Carrie Fisher, Peter Mayhew e Anthony Daniels, que interpretam respectivamente Han Solo, Leia Organa, Chewbacca e C-3PO, estão presentes no longa como nunca, e em ótima forma. Não são apenas um ‘fã service’. Todos eles tem seu papel de destaque na história e são responsáveis, dentro do filme, para contar as histórias do passado e preparar os jovem para as guerras que estão por vir.

Destaque especial para o droid bola de cor laranja e branca: BB-8. Um dos pontos fortes da saga sempre foi ter personagens de apoio muito bem desenvolvidos e importantes. Um dos maiores acertos de O Despertar da Força é esse robozinho malandro, que resgata o carisma de R2-D2 e extrapola nas traquinagens, tirando boas risadas dos telespectadores. A comédia, que sempre caminhou junto com todos os longas da sextalogia, volta com ‘força’.

A caranga mais rápida das galáxias, Millennium Falcon, é outro elemento chave. Tão importante para a trama é sua importância para o próprio fã. A lendária nave (que fez a Corrida Kessel em menos de doze parsecs), voa, gira, atira e entra em hyper velocidade com nunca visto, e com incríveis efeitos digitais e práticos balanceados. Isso é o que ela, Star Wars e os fãs sempre mereceram.

O lado negro do filme

Hora de desligar um pouco a empolgação e falar dos pontos negativos do Episódio VII. Se por um lado O Despertar da Força traz Star Wars de volta às origens, por outro ele se acomoda no sucesso de seus antecessores, não se permitindo maiores inovações. Falta ousadia no comando de J.J. Abrams para criar uma obra prima máxima. A aproximação de roteiro com Uma Nova Esperança é muito explícita, o que torna o 3º ato do filme pouco impactante, fazendo o final do longa mais dependente da descobertas de mistérios e espera por cliffhangers. Porém, é um fator remediável quando você percebe que esse filme é apenas o começo de uma nova trilogia. Trilogia que tem potencial para se tornar uma grande obra prima.

Outra questão que rende pouco é a participação de alguns personagens. A Capitã Phasma, stormtrooper prateado interpretado pela ‘grande’ Gwendoline Christie (Brienne de Game of Thrones), causou muito nos trailers, mas faz pouco no produto final. A vencedora do Oscar, Lupita Nyong’o, fazendo papel de Maz Kanata por captura de movimentos, é simpática e carismática, digna de importância maior na história, mas rende-se a um desdobramento de roteiro e desaparece. Seja por uma opção de dar destaque maior aos veteranos da série, esses são exemplos de personagens que merecem futuramente uma melhor atenção.

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A Força despertou... mas o mistério continua

Star Wars: O Despertar da Força foi anunciado como sendo o primeiro de uma série de filmes que a Disney fará dentro desse universo. Ao longo dos últimos três anos, foram poucos detalhes soltos pelo estúdio, que investiu em um marketing de divulgação evasivo. Focou no segredos e nas perguntas para vender próximo grande peixe, ao invés de liberar respostas e passagens comprometedoras do filme. E o hype cresceu proporcionalmente à força. As expectativas e venda de ingressos explodiram.

Se o mistério marcou toda a jornada pré-filme, o filme em si não é diferente. Se você acompanhou os três trailers divulgados até então, sabe que milhares de dúvidas pairam pelo ar. Não se preocupe, Star Wars VII vai te responder várias delas, e criar várias outras também. Das diversas teorias discutidas nos últimos tempos pela internet, é engraçado ver que a maioria estava errada, e a história acaba sendo mais simples do que se pensava. Teorias que chegavam ao ponto de dizer que Jar Jar Binks era o mestre Sith por trás de tudo. Risos.

Este é o único spoiler que essa resenha terá: Não, Jar Jar Binks não o mestre Sith e ele não está nesse filme. Pelo contrário, um novo vilão é apresentado e uma nova ameaçada revelada. Deixamos os Sith para trás. Quem dá as caras agora é a Primeira Ordem, grupo que comanda os remanescentes do Império e Stormtroopers. Pouco se sabe sobre essa facção, além deles terem conhecimento do lado sombrio da força e seu objetivo de acabar com a república. Novamente mais perguntas do que respostas, o que só aumenta as expectativas para o Episódio VIII.

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E o velho Luke Skywalker, onde entra nessa balbúrdia toda? O herói se tornou uma lenda nos dias atuais e é o ponto central da trama. O último Jedi vivo é a personificação do mistério em si, aquele ponto de convergência da força que alguns querem achá-lo; outros, destruírem.

O importante é ver essa força retornando. A força das origens e do recomeço. Star Wars: O Despertar da Força é o melhor filme da franquia? Não. Mas essa não é a proposta. Está diretamente comparável com o lançamento do primeiro filme em 1977. Cria as bases para um nova trilogia e respeita os fãs antigos, criando uma espera maior pelo que vem pela frente. Estamos prontos para o ver “O Império Contra-Ataca” dessa geração.

Que a força esteja conosco!

Crítica do filme O Último Caçador de Bruxas | Game of Thrones com drift

O Último Caçador de Bruxas é o grande lançamento hollywoodiano nos cinemas para o feriadão de finados nesta santa terra de Vera Cruz, também conhecida como Brasil.

Então, se você não recebeu a graça divina para curtir uma praia ou viajar, provavelmente vai pegar um cineminha no fim de semana e, provavelmente, vai acabar numa sessão de The Last Witch Hunter

A publicidade é grande: ninguém menos do que o mega astro Vin Diesel puxando o elenco principal, que ainda conta com Michael Caine, Elijah Wood e a nossa querida e linda Rose “You know nothing Jon Snow” Leslie, a Ygritte de Game of Thrones.

Citar as Crônicas de Gelo e Fogo não é por acaso. O Último Caçador de Bruxas traz muito da série da HBO para si, seja pela temática medieval que dá corpo a história ou até mesmo quesitos mais técnicos, como a fotografia da película e as reviravoltas fantásticas dentro da trama (ou tentativas de). 

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O filme, dirigido pelo americano Breck Eisner (A Epidemia), conta as aventuras do caçador de bruxas chamado Kaulder, papel de Vin Diesel, que foi amaldiçoado há 600 anos com o poder da imortalidade na luta contra sua mais perigosa arqui-inimiga. Sem poder morrer, o guerreiro entra para uma facção da igreja católica responsável por defender o mundo das feiticeiras sinistras.

Até os dias atuais, quando tudo começa a dar errado. Assim, nosso herói parte para uma jornada rumo à salvação do planeta, com direito a resolver mistérios, matar vilões genéricos, se apaixonar pela moçoila e fazer piadas – ora engraçadas, ora nem tanto. Ou seja, aquele pacote completo de filme clichê de ação, mas feito com maestria, até.

Vin Diesel, aproveitando o intervalo de filmagens entre um Velozes e Furiosos e outro, encara um protagonismo que não necessita de qualidade de atuação, fazendo o que sabe de melhor: engrossar a voz, chutar bundas e vencer as forças do mal.

É engraçado que mesmo fora de sua franquia automobilística, ele não consegue ficar longe dos carros, sendo possível achar/criar vários easter eggs entre esse filme e os de corrida. Vrum vrum. 

A questão de O Último Caçador de Bruxas é que esse poderia ser um grande thriller de fantasia. Porém, desperdiça a oportunidade em uma história morna que aspira ser um blockbuster do feriado de dia das bruxas, resumindo-se em um filmão sessão da tarde para você curtir no halloween. É uma pena. 

 

Café com Filme convida para pré de O Último Caçador de Bruxas em Curitiba

Misturando ação e fantasia, o filme "O Último Caçador de Bruxas" acompanha a jornada de Kaulder (Vin Diesel) — o último caçador de bruxas — que reside na Nova York moderna, o qual é forçado a unir forças com a bruxa Chloe (Rose Leslie, da série "Game of Thrones") para impedir que uma praga se alastre e destrua a humanidade.

O Café com Filme tem o prazer de convidar você para conferir a sessão exclusiva de pré-estreia do filme "O Último Caçador de Bruxas", que vai acontecer nesta quarta-feira (28/10), às 21h30, no UCI Cinemas do Shopping Estação, em Curitiba/PR.

Para ver este filme no cinema antes de todo mundo, basta preencher o formulário abaixo das 10h do dia 28/10 até as 16h do dia 28/10:

Atenção: a promoção é limitada a cota de 15 pares de convites e cada pessoa pode realizar apenas um cadastro (não sendo possível obter convites para terceiros). Não serão aceitos cadastros realizados fora do período estipulado acima. Os contemplados serão comunicados via email.

Crítica do filme Maze Runner: Prova de Fogo | Continue a correr...

Ele é veloz. Thomas. Ele veio, já passou por nós. Thomas! Thomas é o corredor, Thomas que vai de norte a sul, Thomas é o mais veloz que há!

Depois de correr que nem louco no primeiro filme, o protagonista desta história eletrizante volta com tudo para correr um pouco mais.

Desta vez, nosso amigo Thomas (Dylan O'Brien) e seus amigos, que escaparam do labirinto, voltam com tudo em Maze Runner: Prova de Fogo para enfrentar um desafio ainda maior: sobreviver a uma paisagem desolada e buscar pistas sobre a C.R.U.E.L.

Para você que pretende correr para o cinema, mas só quer saber se tá valendo a pena, podemos adiantar que o filme tá maneiro sim e consegue alcançar melhores resultados do que o primeiro. Com certeza, é uma boa pedida para os fãs dos livros e também para quem curte um filme de ação com boa dose de mistério.

Muita ação do começo ao fim

Para ser sincero, eu não tinha grandes esperanças na série Maze Runner, mas há algumas semanas resolvi dar uma chance para o primeiro filme, já que ele estava dando bobeira no catálogo do Telecine Play.

Felizmente, o filme foi melhor do que eu esperava, conseguindo manter boa linha de raciocínio e deixando alguns mistérios no ar. Entretanto, o que o primeiro longa-metragem acertava com uma boa linha de suspense, ele falhava ao entregar uma ação mais controlada.

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Em Maze Runner: Prova de Fogo, num primeiro momento, a trama segue uma linha mais tranquila, já que a turminha do barulho está em segurança num abrigo que os mantêm longe da C.R.U.E.L.. Bom, sendo assim, o que pode dar errado? Basicamente, tudo!

Se você já viu o trailer, já deve ter sacado que o vilão da história (o Petyr Baelish de Game of Thrones) está na maracutaia com esta organização maléfica, então é óbvio que ele não vai deixar Thomas e a turminha que escapou do labirinto se dar bem.

O que começa de forma tranquila acaba virando uma verdadeira maratona em poucos minutos. Assim que os protagonistas manjam das falcatruas que rolam neste abrigo super bacana no meio do deserto, eles resolvem sair em busca de aventura. E aí é que a porca torce o rabo!

Altas tretas no deserto

Não vou nem entrar em detalhes sobre o restante do filme (afinal, você vai ver no cinema, certo?), mas todas as reviravoltas em Scorch, uma terra desolada e repleta de perigo, acabam deixando o filme muito empolgante. Os novos perigos do deserto e as situações de aperto são os grandes trunfos do filme, que se mantém interessante durante quase todo o desenrolar do roteiro.

Enquanto o primeiro filme manteve um único cenário, nesta continuação temos uma grande quantidade de locações perigosas, ideais para colocar nossos heróis em muitas enrascadas. Dá pra dizer que após uma introdução rápida, quase 80% do filme é pura correria em sequências de tirar o fôlego.

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Com atuações mais convincentes do que o primeiro filme, oportunidade para desenvolver melhor os personagens — incluindo alguns novos amigos que deixam a história mais bacana — e muitas novidades sobre a C.R.U.E.L., Maze Runner: Prova de Fogo acerta na mosca e certamente é uma ótima pedida para os fãs de ação.

Vale mencionar ainda que o filme tem boa variedade de vilões, investigações em locais abandonados, ambientes de cair o queixo (com direito a paisagens à la Eu Sou a Lenda), uma trilha sonora competente e muitos efeitos especiais. O novo Maze Runner é um ótimo programa para curtir com os amigos e um pacote de pipoca.

Crítica do filme A Incrível História de Adaline | Acredite no impossível

Obras que tratam sobre viagens no tempo e formas diferentes de lidar com nossa vida passageira são comuns, mas é improvável que você já tenha visto algum filme em que o personagem para no tempo, não envelhecendo um dia sequer.

Em “A Incrível História de Adaline”, acompanhamos a história de uma moça (que obviamente se chama Adaline) que sofre um acidente de carro aos 29 anos. Depois do fatídico acontecimento, o tempo, para ela, simplesmente não passa mais.

Ao longo de oito décadas, ela tem uma existência solitária, nunca se permitindo ficar próxima de alguém para não ter seu segredo revelado. Entretanto, um encontro, meio a contragosto, com o carismático filantropo Ellis Jones (Michiel Huisman, de “Game of Thrones”) acende novamente sua paixão pela vida e por romance.

No decorrer da trama, acompanhamos Adaline (a belíssima Blake Lively, de “Selvagens” e “Lanterna Verde”) travando uma batalha consigo mesmo para se entrega ao amor e ter de revelar seu segredo ou continuar no anonimato e arriscar a vida de seus entes queridos.

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Se ficou bom? Na opinião deste humilde editor que vos escreve, o filme consegue unir ficção e romance em uma história que tem pitadas de ineditismo. Não se trata do filme mais genial ou emotivo do século, mas é uma boa história para conferir na telona e parar pra pensar sobre a vida. Me acompanhe ao longo dos próximos parágrafos enquanto desenvolvo algumas ideias.

Pouca ficção

A construção da história segue aquele esquema de rebobinar os fatos, mostrando o futuro e aos poucos recapitulando como a personagem chegou até tal ponto. De certa forma, considerando que o filme pretende se prender aos fatos do presente, essa ideia faz muito sentido, mas muita gente vai sentir falta de mais contexto sobre a vida de Adaline.

Com leves pitadas de humor, principalmente por parte de um narrador em off – que não é nem apresentado ao público –, somos conduzidos a acreditar em uma história mirabolante que somente biólogos ou entendidos do assunto poderiam dizer que não é verdade. É claro que tudo é tão impossível que fica óbvio que esta é uma ficção, mas a graça da coisa é justamente comprar a ideia.

Aliás, a apresentação dos fatos que levaram Adaline a tal condição é no mínimo sensacional. O filme apela para efeitos especiais e utiliza muitos planos de detalhe para mostrar como um acidente fatal resultou em uma reviravolta extraordinária.

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O filme é inteligente e consegue nos prender ao passado de Adaline, mas ter essas cenas pintando vez ou outra na telona é um tanto decepcionante para quem pensa que poderia ver a personagem sobrevivendo ao longo dos anos e passando por tantos dramas. Em vez disso, podemos acompanhar apenas alguns fatos através de memórias rápidas. Uma pena.

Mesmo que resgatando apenas uma ou outra cena do passado, é possível perceber que a construção da obra foi trabalhosa, já que a elaboração dos cenários e situações exige certo cuidado. Dá pra perceber certa economia em alguns casos, focando em cenas bem isoladas, mas isso não afeta em nada o desenvolvimento da trama.

Muito romance

Se o filme não faz tanta questão de entrar na questão dos fatos passados, ele aproveita os trejeitos e cuidados de Adaline para o desenvolvimento de um romance no presente. O ponto válido nesse caso é que, através de uma história um tanto surpreendente, o longa consegue ligar os pontos e levar um espetáculo bonito até a plateia.

Pensando no filme como um todo, o envolvimento do espectador na trama é mérito da talentosa Blake Lively, que, apesar de interpretar sempre a mesma personagem, consegue dar diferentes caras, movimentos e sutilezas, entregando uma performance convincente. A atriz está em todas as cenas e leva os diálogos com uma naturalidade impressionante.

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Seu par romântico vem a calhar e até consegue fazer uma piadinha, mas temos aqui o galã misterioso e perfeitinho que chega apenas para roubar algumas cenas. Não que ele incomode no desenrolar do roteiro, porém seria perfeitamente possível substituí-lo por qualquer ator sem ter perdas de qualidade no filme.

Falando em questão de elenco, ainda vale comentar sobre a presença de Harrison Ford, que com todo seu repertório é capaz de nos levar em uma viagem no tempo e acreditar em um amor distante. Aliás, eu fiquei bem curioso quando o vi no trailer e fiquei imaginando de que forma ele entraria nessa história. Ainda bem que o roteiro surpreendeu nesse aspecto.

Moral da história: “A Incrível História de Adaline” é um filme romântico, mas ainda tem alguns toques de ficção e pode surpreender. Veja no cinema e, se possível, leve seu amorzinho.