Matthew McConaughey - Café com Filme

Crítica do filme A Torre Negra | "Você esqueceu o rosto do seu pai!"

“Você esqueceu o rosto do seu pai!" é uma expressão comum no Mundo-Médio e se alguém lhe disser isso com olhar acusador, você deverá baixar a cabeça, por a mão no coração e pedir perdão. Sabendo ou não, você transgrediu uma das muitas leis não escritas do Mundo-Médio que preceituam o bom comportamento, e dessa forma incorreu em desgraça, além de desgraçar seu pai, seu avô e todos os pais antes deles.

O filme “A Torre Negra” merece essa expressão por várias razões. Primeiramente, por ser adaptado de um material riquíssimo e extenso, condensando tudo em uma hora e meia de clichês e soluções fáceis. A Torre Negra é uma série de oito livros de fantasia criados por Stephen King, e o filme é considerado como uma sequência canônica, ao invés de uma adaptação em si.

É praticamente inevitável a decepção dos fãs, pois nenhum filme consegue resumir um mundo tão rico em apenas 95 minutos, principalmente porque obviamente o filme tenta se ajustar ao “grande público“, nivelando tudo ao óbvio. Se o objetivo era transformar um mundo fantástico em uma história genérica sem graça palatável para todas as idades, o diretor Nikolaj Arcel fez um excelente trabalho.

Totalmente apressado

Desde “O Iluminado” a “Um Sonho de Liberdade”, Stephen King dispensa apresentações e criou diversas obras geniais, que foram adaptadas também de forma genial para as telonas, então é claro que todo mundo já tem uma expectativa maior ao ouvir o nome do rei.

A trama mostra um garoto de Nova York (sempre NY), chamado Jake Chambers (Tom Taylor), que tem sonhos bem vívidos sobre uma Torre Negra e uma máquina utilizada para destruí-la. Tudo isso é retratado por ele em diversos desenhos, e Jake acredita que os terremotos que estão afetando o mundo tem relação com seus sonhos. Obviamente ninguém acredita nele, e sua mãe (Katheryn Winnick), está preocupada com a saúde mental do filho,  e com o apoio de seu segundo marido (Nicholas Pauling), decidem que ele precisa de terapia intensiva.

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Ocasionalmente, Jake descobre que existem outros mundos, e a Torre é um artefato no centro de tudo, responsável por impedir a escuridão e manter os demônios do lado de fora do universo. O filme não parece se preocupar em criar uma mitologia muito aprofundada. Sabemos que há uma Torre e um feiticeiro maligno conhecido como Homem de Preto (ou Walter para os ìntimos) interpretado por Matthew McConaughey, que busca destruí-la para deixar os capirotos entrarem, e as visões de Jake são sobre esse evento.

Mas para salvar tudo, o famoso pistoleiro Roland Deschain (Idris Elba). Para quem leu os livros, sabe que Roland é devotado a encontrar a Torre a qualquer custo, mas no filme, que supostamente ocorre após todos os livros, ele parece apenas um homem amargurado e pessimista, sem muita vontade de lutar por um objetivo maior. Seu único objetivo agora é a vingança contra Walter, que matou seu pai Steven (Dennis Haysbert).

Atores de primeiro escalão mal utilizados

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É difícil se manter cativado pela narrativa, o roteiro é mal elaborado e repleto de soluções fáceis, tanto que em nenhum momento a sensação de “história épica fantástica” transparece. Todas as cenas interessantes estão nos trailers, e nada além do que já foi mostrado é digno de nota.

Os personagens são totalmente rasos, não existe nem mesmo um apelo emocional. Em situações como perder um parente ou pessoa querida, é esperado que o personagem tenha uma reação mais exagerada, mas durante o filme isso não acontece, eles simplesmente continuam como se nada tivesse acontecido.

Boa parte disso se deve às soluções rápidas em que tudo no filme é criado, desde as situações genéricas até a estética e as atuações. Sobre isso, apenas Idris Elba se salva, por muito pouco. Matthew McConaughey, que já entregou personagens absurdamente complexos e interessantes em seus trabalhos anteriores, parece se apegar a uma excentricidade superficial do Homem de Preto, o que com certeza o roteiro não colaborou muito.

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Não existe tensão alguma na história, é tudo bem previsível e basta apenas esperar o final para saber o que vai acontecer, ou talvez apenas como será resolvido. Não é necessariamente um filme ruim, mas não se destaca em nenhum ponto, apenas mantêm a média.

Crítica do filme Ouro | Meu Picareta Favorito

Sonho americano: um conjunto de costumes e hábitos, o qual dita que todos devem ter liberdade e oportunidade, através de trabalho duro, para o sucesso e a prosperidade numa sociedade sem barreiras.

Não são poucos os sonhadores retratados em filmes que falam do tão buscado sonho americano. Em muitos casos, os roteiros mostram eventos históricos, o que inclui ações surreais de malandros que fizeram de tudo para burlar toda e qualquer regra e, assim, se dar bem a qualquer custo.

Curiosamente, o tal “trabalho duro” nem sempre vem dos protagonistas das histórias. Em grande parte dos casos, algumas pessoas ficaram famosas ao ter ideias mirabolantes para engrupir tantas pessoas quanto eles pudessem, com um único objetivo: ficar rico.

Kenny Wells (Matthew McConaughey) é um desses homens que, após ver a Washoe Mining – a empresa de mineração de seu pai – quase ir para o brejo, resolveu apostar tudo num golpe de sorte. Para sair da pobreza e encontrar a mina de “Ouro” tão almejada, ele teve o brilhante plano de se juntar ao geólogo Michael Acosta (Edgar Ramirez) e explorar uma floresta na Indonésia.

Numa pegada descontraída, tal qual “O Lobo de Wall Street”, o filme roteirizado pela dupla John Zinman e Patrick Massett acaba sendo uma aventura divertida sobre as picaretagens de um cara que não desistiu dos sonhos. A história real talvez não foi bem assim, mas a versão cinematográfica tem seu charme. Pegue o seu café e vem comigo para falarmos mais do ouro por trás do roteiro.

Nem tudo que reluz é ouro

Existem ideias genuinamente geniais e existem outras malandramente geniais – e claro que a gente fala da segunda opção aqui. Sem aprofundar no desenrolar da coisa, é curioso reparar em pessoas corajosas como Kenny Wells, que planejam golpes ridiculamente absurdos, tanto que é até difícil acreditar que eles conseguem enganar sujeitos supostamente inteligentes e bem-sucedidos.

Basicamente, é tudo uma questão de lábia, de persuasão e de sair na frente. O protagonista dessa história é bom de papo e ligeiro na hora de preparar o engodo para atrair investidores para o seu plano. Acontece que toda essa astúcia invariavelmente gera situações engraçadas num filme que, apesar de ser uma aventura, tem muitos momentos cômicos.

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Nesses casos, os apostadores que investem pesado acabam vendo que o ouro nem sempre é palpável ou mesmo que tudo era bom de mais para ser verdade. E, no fundo, muita coisa apresentada aqui não é verdade, já que o filme se adapta apenas em alguns fatos sobre um cara chamado David Walsh, que investiu pesado no ramo, mas que teve uma história um tanto distinta em alguns aspectos.

Assim, apesar de ter alguma verdade, o roteiro vem cheio de invenções para apresentar novos personagens ao público. O roteiro tinha potencial para fazer uma dinheirama, mas acaba se afundando um pouco na lama ao apostar muito em seu protagonista e ao deixar de desenvolver bem outras partes, que até ficam cansativas e pouco construtivas para o filme. Não é por acaso que mesmo com nomes de peso, a repercussão não vem sendo das melhores.

Da Lama ao Luxo

A descontração passada pelo roteiro é o que dá o ritmo certo ao filme, mas o “vai e vem” da história, mesclada com um personagem irritante é perigoso para o desenvolvimento. Particularmente, achei tolerável e engraçada boa parte da história, mas é possível perceber quando a coisa está pendendo demais para o insuportável, mas infelizmente o script peca ao não optar por algumas fugas do protagonista.

No fim das contas, esse é o xis da questão. Se por um lado a gente tem aqui uma situação inusitada e um ótimo ator que consegue ludibriar todo mundo; por outro, temos um personagem um tanto patético. Wells é um cara que implora por atenção, o que deixa a situação meio bizarra, em vez de focar apenas no cômico ou no brilhantismo que o ator entrega em sua performance.

Agora, se tem uma coisa que não dá para reclamar, é do próprio Matthew, que passou por uma transformação incrível para fazer “Ouro”. Tanto na parte da maquiagem e do figurino, o cara está um verdadeiro figurão. O jeitinho dele está ali e agrega valor ao personagem, mas, novamente, a culpa definitivamente não é da astro, mas sim do cenário em que ele foi colocado.

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Felizmente, o ator Edgar Ramírez contracena muito bem e agrega valor ao camarote com sua beleza e talento ao interpretar um personagem que contrapõe o protagonista. Bryce Dallas Howard e Corey Stoll também ajudam bastante para desviar um pouco o foco do personagem principal, o que deixa a coisa mais crível e interessante de assistir.

Falando na produção, a fotografia de “Ouro” é focada, em boa parte, em cenários apertados de escritório, mas há destaque para as cenas nas florestas da Indonésia — que dão um ar saudável para o filme e mostram um pouco do trabalho duro dos caras na corrida pelo ouro. Curioso perceber que a edição do filme é bastante pautada nos tons dourado e verde, então pode esperar uma obra com uma cor mais sépia, o que colabora para dar um tom de ouro envelhecido.

A trilha sonora bastante comercial não representa muito no todo, mas embala legal os momentos mais divertidos. A direção não é excepcional, mas funciona bem para uma obra desse tipo. É claro que falta muito para chegar no nível de Scorsese, que arrasou com seu “Lobo de Wall Street”, porém tudo em ordem nessa parte funcional do longa-metragem.

Enfim, o filme “Ouro” é uma pedida legal para aquele cineminha divertido, mas não é a coisa mais brilhante do momento. Agora, resta saber quando o filme vai chegar às salas do Brasil para fazer mais uns trocados, já que estão adiando a estreia com medo de que ele não consiga tantas moedas de ouro — eu acabei vendo o filme no avião durante uma viagem internacional e “de grátis” até que valeu a pena.

Podcafé 017: Porco-Aranha, Dunkirk e Torre Negra nas estreias de Julho de 2017

Chegou, minha gente. O mês de férias está aí, o que significa que tem Minions 4 no cinema :D

Isso mesmo, tem vários filmes legais no cinema. Só que não é só isso, sintonizando agora no Podcafé, você ainda confere todas as estreias do mês de julho — e olha que tem coisa boa hein?!

Só para ter uma ideia, o mês começa com a chegada do Amigo da Vizinhança lançando suas teias em 3D nas telas dos cinemas de todo o Brasil. Isso mesmo, o retorno supostamente triunfal do Menino-Aranha vem com tudo para animar os fãs da Marvel e da galera que curte quadrinhos. Será que vai dar boa?

Mas não para por aí, nesse mês ainda tem grandes blockbusters, incluindo a continuação do Relâmpago Marquinhos, que vem para acelerar, capotar, cair e levantar. Sim, tem "Carros 3" chegando legal para animar as férias da criançada e dos adultos também.

Depois, mais para o fim do mês, temos dois filmes muito esperado. Para fechar com chave de ouro, tem a nova produção de Christopher Nolan, um longa-metragem de guerra cheio de suspense, que por sinal é baseado em fatos reais que aconteceram de verdade e cheio de eventos históricos que não foram mentira. É "Dunkirk", senhoras e senhores!

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E o gran finale fica por conta da adaptação cinematográfica da obra de Stephen King. O tão aclamado "A Torre Negra" ganha uma versão para as telonas, com direito a Idris Elba e Matthew McConaughey no elenco. Alguém tem dúvida que esse vai ser MOTY (Movie of The Year)?

Chega de papo e dá o play logo para ouvir essa turma diver do Café com Filme aprontando todas!

Ah, e não esquece de contar pra gente: qual é o filme que você mais aguarda para este mês?

Tempo de Matar | Trailer oficial e sinopse

Uma cidade se torna um barril de pólvora quando um pai resolve fazer justiça com as próprias mãos em pleno tribunal, depois que sua filha de apenas dez anos é estuprada no caminha para casa

Crítica do filme Um Estado de Liberdade | Quanto custa ser livre?

Escrito e dirigido pelo premiado diretor Gary Ross e estrelado pelos vencedores do Oscar Matthew McConaughey e Mahershala Ali, “Um Estado de Liberdade” é uma das recentes estreias da Netflix que merece a sua atenção.

Um drama de ação ambientado durante a Guerra Civil norte-americana, o longa-metragem é baseado em uma impressionante história real, a do agricultor Newt Knight (McConaughey) que, depois de desertar de uma guerra que não considerava sua, se transformou em um verdadeiro líder rebelde contra a Confederação.

Durante seu processo de fuga, Newt é levado ao pântano que fica às margens do povoado em que mora, onde se reúne a um pequeno grupo de escravos foragidos - entre os quais está Moses (Ali), com quem ele rapidamente cria um laço de amizade.

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É da cumplicidade e mútua compreensão entre os dois que surgem também as primeiras faíscas que levam à luta dos desertores na tentativa de criar a República Livre de Jones.

Ninguém deve empobrecer para enriquecer outro homem

Mas bem, comecemos pelo começo. Durante a Guerra Civil norte-americana, enquanto os homens foram à guerra, as mulheres ficaram cuidando das casas, das plantações, dos filhos menores - já que os maiores foram para a guerra junto com os pais.

Isso gerou um estado de vulnerabilidade, no qual criaram-se certas instituições responsáveis por coletar taxas de 10% dos bens e da renda das famílias para financiar o combate. Acontece que os fiscais resposáveis por coletar esse dinheiro simplesmente levavam muito mais do que a quantidade que “deveriam”, agindo muito mais como saqueadores do que como agentes do governo. Esse tipo de abuso gerou uma onda de revolta que foi fundamental para a revolta geral contra os confederados e contra o Estado.

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A luta contra esse tipo de injustiça social é um dos principais motes do longa-metragem. “Um Estado de Liberdade” acaba sendo um daqueles filmes que abarcam tantas mensagens e nuances que não pode ser categorizado apenas como “Drama”, nem tampouco apenas como “Ação”, ou “Histórico” ou “Biografia”. São histórias demais para contar.

Estes são em geral os melhores, certo? Apesar de longo e de, muitas vezes, bastante lento, o longa tem seu próprio ritmo e o roteiro complexo consegue ser muito bem orquestrado de forma a não exceder os limites - nem os de lentidão, nem os de ação.

O resultado são quase duas horas e meia que você consegue ver passar sem nem perceber - especialmente se for fã de filmes históricos.

Nenhum homem deve dizer a outro homem pelo que ele deverá viver ou morrer

A obrigatoriedade de ir à guerra e lutar pelo seu país - algo que é motivo de orgulho para muita gente - não é exatamente algo que agrada todo mundo, especialmente se você tem 13 anos.

Esse também é um dos assuntos que entra em pauta e que motiva a ideia de criar o Estado Livre de Jones. Empenhado com toda a sua convicção com o desenvolvimento desta causa, ainda que acidentalmente, Newt Knight se tornou o herói inspirador de muita gente. E não poderia ter havido escolha melhor de ator para interpretar o protagonista.

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Matthew McConaughey é um daqueles atores que, quando você vê no elenco, nem questiona mais nada e já dá o play no filme. Então nem preciso dizer muito sobre a performance dele. O que merece destaque aqui é a sintonia na composição da dupla entre ele e o coadjuvante Mahershala Ali, outro nome que vem se destacando em Hollywood nos últimos anos - especialmente depois de seu Oscar por “Moonlight: Sob a Luz do Luar”.

Gugu Mbatha-Raw (Rachel), Christopher Berry (Jasper), Sean Bridgers (Will), Bill Tangradi (Tenente Barbour) e outros nomes já bastante conhecidos compõem o elenco orquestrado por Gary Ross com muito zelo.

O que você coloca no chão, você coloca e colhe, ninguém deve tirar isso de você

Por falar em direção, este é outro grande aspecto do longa-metragem. Ajuda o fato de que a adaptação do roteiro também é do diretor, que conhece cada aspecto da história que vai contar. A escolha de traçar um paralelo com alguns fatos do presente gera uma quebra interessante na cronologia e andamento dos fatos, mas apenas o suficiente para despertar a curiosidade do público, sem tornar a linearidade confusa.

O que ele também usa a seu favor nesse sentido é a trilha sonora. Assinada pelo jovem Nicholas Britell (que já tem no currículo participação em sons para filmes como “12 Anos de Escravidão”, “Moonlight” e “Whiplash”), ao lado de Tim Fain e Caitlin Sullivan, ela é composta principalmente por canções originais que nos transportam diretamente para o centro da Guerra Civil. E Britell fez a gentileza de compartilhar as músicas no Spotify, então você pode dar o play aqui antes de continuar lendo a crítica!

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Outro grande aspecto que vem para compor com o filme é a fotografia. Filmado em ambientes que permanecem como que congelados naquela fase da história, “Um Estado de Liberdade” reúne em sua composição de cenários desde campos verdes e belas plantações de milho até os pesados fronts da guerra civil, os inóspitos povoados do século 19 e o belíssimo e quase acolhedor pântano onde Newt se refugia.

A paleta em tons nude e sépia, mescladas com os diferentes verdes fazem do filme trazem um misto de acolhimento com distanciamento que ajudam a manter a sensação de que algo precisa acontecer enquanto a história se desenrola.

Todo homem é um homem. Se pode andar sobre duas pernas, você é um homem. É simples assim

Como não poderia deixar de ser e como o próprio nome denuncia, “Um Estado de Liberdade” traz involucrado como eixo central em seu argumento a questão da escravidão. O coração da sua linha do tempo é justamente o período do fim da escravidão nos Estados Unidos, então durante todo o tempo o público é questionado sobre ironias e absurdos da sociedade escravagista.

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E o mais curioso é que é um filme sobre escravidão que traz os negros dentro de um eixo central, mas que é protagonizado por um branco, o que poderia ser encarado como um problema, não fosse o fato de que o protagonista desta história na vida real era, de fato, um “branco simpatizante” com a causa da escravidão.

Por conta dessa temática é que durante tanto tempo no filme o gênero do drama se sobrepõe à ação dos conflitos físicos. No fim, trata-se de um drama histórico construído sobre uma bonita mensagem de luta pela liberdade, mas pautado sobre uma boa dose de revolta contra injustiças sociais.

Assim, juntando tantas causa e conflitos a uma história baseada em fatos reais, "Um Estado de Liberdade" se constrói com andamento inteligante e instigante, ideal para fãs de diferentes estilos. Altamente recomendado!

Dia Internacional contra a Homofobia: da realidade ao roteiro

 O Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia é celebrado hoje mesmo em 17 de maio e comemora a retirada da homossexualidade da lista de doenças mentais pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora seja um fato que a homossexualidade saiu da lista de doenças em 1990, é ao longo do tempo que a tolerância em relação à diversidade sexual vem se tornando uma realidade, principalmente por causa dos exemplos dados por pessoas reais e por personagens da ficção.

A televisão é um instrumento fundamental para criar conscientização e sensibilizar as pessoas sobre diversos temas. Por isso, selecionamos alguns filmes que trazem a temática da diversidade sexual e do combate à homofobia e que merecem ser vistos nessa e em qualquer data!

Amor por Direito

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A policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) estão em um relacionamento sério. O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer o relacionamento das duas.

Confira a crítica do filme aqui!

Clube de Compras Dallas

Vencedor de dois prêmios na edição de 2014 do Globo de Ouro - melhor ator para Matthew McConaughey e melhor ator coadjuvante para Jared Leto - o drama "Clube de Compras Dallas" (Dallas Buyers Club) já tem trailer oficial com legendas em português.

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Dirigido por Jean-Marc Vallée, o longa ainda conta com participação da atriz Jennifer Garner e é baseado na história real do eletricista texano Ron Woodroof. Após ser diagnosticado com o vírus da AIDS, na década de 1980, Woodroof entra em uma batalha contra a indústria farmacêutica e os próprios médicos e passa a contrabandear drogas ilegais do México para concluir seu tratamento.

Confira a crítica do filme aqui!

Carol

A jovem Therese Belivet (Rooney Mara) tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha.

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Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.

"Carol" foi inclusive escolhido pela comunidade LGBT como o melhor filme da categoria, no ano passado!

O casamento Gay em Julgamento

Um documentário que acompanha o processo para anular a Proposição 8 da Califórnia, que acabou com o direito de casais do mesmo sexo se casarem.

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O documentário mostra o grande esforço dos demandantes e advogados que lutam pelo matrimônio igualitário.

O Segredo de Brokeback Mountain

Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhaal) são dois cowboys que se conhecem ocasionalmente em um trabalho de pastoreio na Montanha Brokeback. Nesta situação, os dois acabam se envolvendo sexualmente; uma experiência que marca a vida dos dois para sempre. O filme retrata como os dois levam tal segredo para frente, mostrando encontros às escuras e retratando a paixão que ainda está no coração dos cowboys.

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Além desses títulos que a gente escolheu, quem também preparou uma relação de produções muito interessantes foi a HBO!  a HBO selecionou alguns filmes e documentários que abordam questões sociais e emocionais que são enfrentadas pela população LGBT. Dá uma olhada!

A Prayer for Uganda

O documentário da Vice “A Prayer for Uganda” (“Uma Prece para a Uganda”, em tradução livre), exibido pela HBO, é uma das produções audiovisuais mais realistas sobre a situação de uma população homossexual submetida a condições de extrema intolerância e violência, e que teme pela própria vida todos os dias.

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Em 2014, o presidente da Uganda sancionou uma lei anti-homossexualidade que estabelecia a pena de morte para quem cometia “reincidência” no “delito da homossexualidade”. Devido à pressão internacional, a pena foi transformada em prisão perpétua. O ódio semeado por grupos religiosos extremistas se soma à impunidade e à violência de uma sociedade civil bárbara, tendo como resultado estupros sistemáticos de lésbicas e violências físicas toleradas contra homens gays.

The Normal Heart

Um filme feito para TV, mas que deveria ter chegado aos cinemas, pela importância de sua temâtica e brilhante atuação dos protagonistas. Com Mark Ruffalo, Matt Bomer, Julia Roberts e Jim Parsons no elenco, conta a história de uma das mais intensas partes da história da luta LGBTT.

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Durante o início da crise da AIDS em Nova York, nos anos 80, ativistas LGBT e seus aliados precisaram travar uma verdadeira batalha para expor a verdade sobre a epidemia. O drama original HBO apresenta a luta dessas pessoas contra o ódio e o preconceito que dominava a cidade.

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