50 Cent - Café com Filme

Crítica do filme Nerve | Essa brincadeira ainda vai dar choro!

O cinema em geral carece de propostas inovadoras, algo que os filmes com pegada young adult vêm tentando reverter nos últimos anos.

Ainda que a linguagem mais jovial seja um fator limitante na hora de conversar com outros públicos, é inegável que algumas ideias conseguem nos levar para outros horizontes.

No caso de “Nerve – Um Jogo sem Regras”, não precisamos sequer sair da nossa realidade para ver um novo mundo diferente. Vee (Emma Roberts) é uma jovem que tem uma vida social meio parada, o que a leva a entrar no Nerve, um jogo virtual de “Verdade ou Desafio”, o qual leva a proposta ao extremo, mas somente com os desafios.

O game é acompanhado por vários usuários online, que podem ver as transmissões ao vivo e votar para decidir o que os jogadores devem fazer. No começo, tudo é diversão e a jovem até fica famosa, mas logo o jogo começa a ficar perigoso. Com a ajuda de Ian (Dave Franco), outro jogador, ela vai tentar superar os desafios, porém o game pode não ser tão simples.

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Quer saber se o filme ficou bom? Então, pra você que não quer entrar muito em detalhes, podemos dizer que o conjunto da obra ficou legal. A receita está certinha: protagonistas jovenzinhos, aventuras inusitadas e um debate bem atual. Uma ótima pedida para quem curte tecnologia e adrenalina. Se você quiser mais detalhes, acompanhe o restante da crítica.

Os perigos da tecnologia

“Nerve – Um Jogo sem Regras” tem basicamente dois protagonistas: Vee e o próprio Nerve. A jovem interpretada por Emma Roberts está ali para representar qualquer um de nós. Ela não é especial e se deixa envolver pela tecnologia. Ninguém pode culpá-la também, afinal, todo mundo adora novidades e essa porta do mundo virtual ajudou muita gente a socializar.

O roteiro de "Nerve" se desenvolve de forma empolgante, com novos desafios que se entrelaçam

Do outro lado da telinha do celular, temos o outro protagonista, que, apesar de controlar vários dos personagens na trama, é controlado pelos amigos da própria Vee e por outras tantas pessoas que vivem no anonimato. Essa coisa do software interagir de uma maneira tão ampla com as pessoas é algo bem recente e se faz interessante na trama.

O conceito de Nerve parece um familiar, não? Pois é, conforme eu já expliquei no TecMundo, o game usa Realidade Aumentada para levar a galera a enfrentar desafios virtuais no mundo real, tal qual no Pokémon Go. A diferença é que o jogador não interage com a tela, mas apenas faz streamings dos desafios, tipo um gameplay da vida real.

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O roteiro do filme se desenvolve de forma empolgante, introduzindo novos desafios e entrelaçando os jogadores, que acabam alterando as provas uns dos outros. Acontece que o jogo pode tomar proporções exageradas, o que é usado justamente para desenvolver o debate por trás da história.

Nerve cria uma relação perigosa entre os jogadores e os observadores, em que os fãs decidem o destino dos jogadores. O sistema por trás do game é complexo e aproveita os dados públicos dos participantes, de modo que os espectadores sabem tudo sobre quem participa. O pior é que as pessoas que comandam o jogo (um público pagante) tomam as decisões no anonimato.

Mais do mesmo sobre a juventude

Toda essa questão tecnológica é positiva, principalmente pelo debate, mas a trama com as relações entre os jovens não tem nada de novidade. O filme cai na mesmice com intriguinhas, paqueras, festas e por aí vai. Não tem problema nesse ponto, já que é para ser um filme moderno, só não adianta esperar algo inovador. “Nerve” não quer ser esse filme.

Nerve pode não ser revolucionário, mas sua temática contemporânea se faz importante e a montagem é bem atual

A direção fica a cargo de Henry Joost e Ariel Schulman, que até agora só tinham feito curtas, documentários e uns filmes — de execução um tanto questionável — da franquia “Atividade Paranormal”. Em “Nerve – Um Jogo sem Regras”, no entanto, a dupla mostra algum talento, ainda que as ideias aqui apresentadas não sejam lá muito geniais.

O filme se apoia muito em cenas que apresentam telas de computadores e celulares, com foco nas interfaces já existentes de vários programas e serviços (incluindo produtos da Google, Microsoft e Facebook) e incrementando com alguns recursos de audiovisual para a criação da interface do jogo Nerve.

Aliás, o jogo virtual usa muitas cenas do mundo real com a sobreposição de botões e elementos gráficos que ressaltam o uso da realidade aumentada. A parte virtual então não tem nada de surpreendente, mas a forma como ela é trabalhada acaba intercalando muito bem com as cenas em que vemos os personagens participando dos desafios. Montagem bem legal e atual.

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Em questão de trilha sonora, “Nerve” faz o que deve fazer: abusa de trilhas comerciais que se conectam com a história e o público-alvo (muito pop e eletrônica). O filme não tem nada de composição original, mas isso não é ruim, já que não é para ser um Tron. Os sons embalam as festas, os momentos de adrenalina e, claro, as cenas mais emotivas.

“Nerve – Um Jogo sem Regras” pode não ser revolucionário, mas sua temática contemporânea se faz importante e a história de fundo não é de todo ruim. Filme recomendado para os jovens (principalmente para os fãs de Emma Roberts) que vão adorar a musicalidade e a diversão. Obra interessante para quem quer ficar antenado no debate das novas tecnologias.

"Cidade de Deus" está entre os 100 melhores filmes do século XXI

Às vésperas de completar 14 anos, “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles e Katia Lund, foi considerado um dos 100 melhores filmes do século XXI segundo a TV norte americana BBC.  A lista, preparada pela emissora, contou com avaliações de 177 críticos de cinema do mundo todo, que colocaram o longa brasileiro na 38º posição do ranking.

À frente de grandes obras de Hollywood como “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, “O Lobo de Wall Street” de Martin Scorsese e “Inteligência Artificial” de Steven Spielberg, o filme “Cidade de Deus” é o único que representa o cinema brasileiro na lista. 

Os três primeiros lugares ficaram com “Cidade dos Sonhos” de David Lynch, “Amor à Flor da Pele” de Wong Kar-wai e “Sangue Negro” de Paul Thomas Anderson, respectivamente.  Já o diretor inglês Christopher Nolan entra no ranking com três obras: “Amnésia”, “Batman: O Cavaleiro das Trevas” e “A Origem”.  

Desse modo, a seleção da BBC tem a intenção de evidenciar os clássicos atuais e que poderiam estar à altura dos consagrados clássicos do século passado. Por sua vez rebatem o pensamento de que o cinema estaria morrendo com os serviços de vídeo on demand e TV a cabo.  

Em 2015, o longa “Cidade de Deus” ficou em oitavo lugar como melhor filme nacional segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema.  Também foi indicado ao Globo de Ouro, BAFTA e concorreu a quatro categorias no Oscar 2004, além de ter recebido menção honrosa no Festival de Toronto. 

Confira a lista completa da BBC

1. Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)

2. Amor À Flor Da Pele (Wong Kar-wai, 2000)

3. Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007)

4. A Viagem de Chihiro (Hayao Miyazaki, 2001)

5. Boyhood (Richard Linklater, 2014)

6. Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry, 2004)

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7. A Árvore da Vida (Terrence Malick, 2011)

8. Yi Yi (Edward Yang, 2000)

9. A Separação (Asghar Farhadi, 2011)

10. Onde os Fracos Não Têm Vez (Joel and Ethan Coen, 2007)

11. Inside Llewyn Davis – Balada de Um Homem Comum (Joel and Ethan Coen, 2013)

12. Zodíaco (David Fincher, 2007)

13. Filhos da Esperança (Alfonso Cuarón, 2006)

14. O Ato de Matar (Joshua Oppenheimer, 2012)

15. 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, 2007)

16. Holy Motors (Leos Carax, 2012)

17. O Labirinto do Fauno (Guillermo Del Toro, 2006)

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18. A Fita Branca (Michael Haneke, 2009)

19. Mad Max: Estrada da Fúria (George Miller, 2015)

20. Synecdoche, New York (Charlie Kaufman, 2008)

21. O Grande Hotel Budapeste (Wes Anderson, 2014)

22. Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, 2003)

23. Caché (Michael Haneke, 2005)

24. O Mestre (Paul Thomas Anderson, 2012)

25. Amnésia (Christopher Nolan, 2000)

26. A Última Noite (Spike Lee, 2002)

27. A Rede Social (David Fincher, 2010)

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28. Fale com ela (Pedro Almodóvar, 2002)

29. WALL-E (Andrew Stanton, 2008)

30. Oldboy: Dias de Vingança (Park Chan-wook, 2003)

31. Margaret (Kenneth Lonergan, 2011)

32. A Vida dos Outros (Florian Henckel von Donnersmarck, 2006)

33. Batman: O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)

34. O filho de Saul (Laszlo Nemes, 2015)

35. O Tigre e o Dragão (Ang Lee, 2000)

36. Timbuktu (Abderrahmane Sissako, 2014)

37. Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Apichatpong Weerasethakul, 2010)

38. Cidade de Deus (Fernando Meirelles and Kátia Lund, 2002)

39.O Novo Mundo (Terrence Malick, 2005)

40. O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee, 2005)

41. Divertida Mente (Pete Docter, 2015)

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42. Amour (Michael Haneke, 2012)

43. Melancolia (Lars von Trier, 2011)

44. 12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2013)

45. Azul É a Cor Mais Quente (Abdellatif Kechiche, 2013)

46. Cópia Fiel (Abbas Kiarostami, 2010)

47. Leviathan (Andrey Zvyagintsev, 2014)

48. Brooklyn (John Crowley, 2015)

49. Adeus à Linguagem (Jean-Luc Godard, 2014)

50. Nie Yinniang (Hou Hsiao-hsien, 2015)

51. A Origem (Christopher Nolan, 2010)

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52. Mal dos Trópicos (Apichatpong Weerasethakul, 2004)

53. Moulin Rouge (Baz Luhrmann, 2001)

54. Era uma Vez na Anatólia (Nuri Bilge Ceylan, 2011)

55. Ida (Pawel Pawlikowski, 2013)

56. A Harmonia Werckmeister (Bela Tarr, director; Ágnes Hranitzky, co-director, 2000)

57. A Hora Mais Escura (Kathryn Bigelow, 2012)

58. Moolaadé (Ousmane Sembène, 2004)

59. Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005)

60. Síndromes e um Século (Apichatpong Weerasethakul, 2006)

61. Sob a Pele (Jonathan Glazer, 2013)

62. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009)

63. O Cavalo de Turin (Bela Tarr and Ágnes Hranitzky, 2011)

64. A Grande Beleza (Paolo Sorrentino, 2013)

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65. Aquário (Andrea Arnold, 2009)

66. Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera (Kim Ki-duk, 2003)

67. Guerra ao Terror (Kathryn Bigelow, 2008)

68. Os Excêntricos Tenenbaums (Wes Anderson, 2001)

69. Carol (Todd Haynes, 2015)

70. Histórias que Contamos (Sarah Polley, 2012)

71. Tabu (Miguel Gomes, 2012)

72. Amantes Eternos (Jim Jarmusch, 2013)

73. Antes do Pôr do Sol (Richard Linklater, 2004)

74. Spring Breakers: Garotas Perigosas (Harmony Korine, 2012)

75. Vício Inerente (Paul Thomas Anderson, 2014)

76. Dogville (Lars von Trier, 2003)

77. O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel, 2007)

78. O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese, 2013)

79. Quase famosos (Cameron Crowe, 2000)

80. The Return (Andrey Zvyagintsev, 2003)

81. Shame (Steve McQueen, 2011)

82. Um Homem Sério (Joel and Ethan Coen, 2009)

83. A.I. – Inteligência Artificial (Steven Spielberg, 2001)

84. Ela (Spike Jonze, 2013)

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85. O Profeta (Jacques Audiard, 2009)

86. Longe do Paraíso (Todd Haynes, 2002)

87. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)

88. Spotlight: Segredos Revelados (Tom McCarthy, 2015)

89. La mujer sin cabeza (Lucrecia Martel, 2008)

90. O Pianista (Roman Polanski, 2002)

91. O Segredo dos Seus Olhos (Juan Jose Campanella, 2009)

92. O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford (Andrew Dominik, 2007)

93. Ratatouille (Brad Bird, 2007)

94. Deixa Ela Entrar (Tomas Alfredson, 2008)

95. Moonrise Kingdom (Wes Anderson, 2012)

96. Procurando Nemo (Andrew Stanton, 2003)

97. Minha Terra África (Claire Denis, 2009)

98. Dez (Abbas Kiarostami, 2002)

99. The Gleaners and I (Agnès Varda, 2000)

100. Carlos (Olivier Assayas, 2010)

100. Réquiem para um Sonho (Darren Aronofsky, 2000)

100. Toni Erdmann (Maren Ade, 2016)

MC Soffia, Karol Conka e Negra Li no curta "As Minas do Rap"

Quem viu Karol Conka e Mc Soffia na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no início de agosto, não sabe o que está por trás do sucesso destas duas divas do rap brasileiro. Cada uma à sua forma, Mc Soffia e Karol Conka são ícones de representatividade negra e feminina dentro da música, especialmente dentro do funk e do hip hop, gêneros musicais majoritariamente masculinos.

Mas como é que elas chegaram até ali e o que a presença destas mulheres significa para a música brasileira e para a própria cultura nacional? É isso que discute o documentário "As Minas do Rap", de 2015, produção que entrevista mulheres ligadas ao hip hop, abordando o histórico feminino dentro do movimento e dando voz a artistas como as próprias Karol Conka e Mc Soffia, além de Negra Li, Mc Gra, Sharylaine, Dj Vivian Marques.

Dirigido, roteirizado e produzido por Juliana Vicente, da Preta Portê Filmes, o curta-metragem "As Minas do Rap" tem direção de produção de Carla Comino e direção de fotografia de Lucas Rached. 

Confira o curta-metragem completo!

Crítica do filme Quando as Luzes se Apagam | Roteiro inseguro se perde no escuro

Quando David F. Sandberg exibiu o curta-metragem “Lights Out” lá no começo de 2014, muita gente ficou surpresa com as boas ideias apresentadas e a direção criativa do cineasta.

Graças ao enorme sucesso, o projeto de Sandberg acabou despertando o interesse de ninguém menos que James Wan (que você deve conhecer de “Invocação do Mal”).

Foi assim que a Warner resolveu tocar o projeto “Quando as Luzes se Apagam” em frente, levando a ideia do curta-metragem para a telona. Na versão estendida da história, acompanhamos uma família que enfrenta adversidades com uma criatura que habita na escuridão.

O pequeno Martin (Gabriel Bateman) está com dificuldades para dormir e apresenta problemas para se concentrar na escola. O problema parece ser sua mãe, Sophie (Maria Bello), que está um tanto fora do normal. Ela conversa sozinha e deixa a casa toda no escuro. Logo, o garotinho começa a ver uma silhueta sinistra nas sombras e fica apavorado.

Devido aos relapsos da mãe, a irmã de Martin, Rebecca (Teresa Palmer), resolve acolher o garoto, enquanto tenta se reconciliar com a mãe. Contudo, pode ser que os perigos da escuridão não sejam apenas coisas da cabeça de Martin ou de Sophie, mas sim uma assombração misteriosa do passado que vai colocar a família toda em risco.

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Sem entrar em detalhes, dá para adiantar que o resultado não é genial. A versão alongada do curta tem boa vontade e tenta levar a plateia para tomar sustos no escuro, mas os argumentos da história não dão muito certo e falta substância para entregar inovação na parte de terror. Filme meia-boca e que não consegue nem ser metade do que promete nos trailers.

Produção competente

Não é todo filme de terror que consegue alcançar o nível de qualidade de “Invocação do Mal”, “O Exorcista” ou de outros clássicos do gênero. No caso de “Quando as Luzes se Apagam”, a produção acerta em vários pontos, apesar de não surpreender o público mais exigente.

Primeiramente, temos boas ideias na questão dos cenários. Por se tratar de uma história que necessita de ambientes com muita penumbra, a escolha de ambientes menores e que possibilitem a atuação da criatura sobrenatural foi um fator importante para entregar boas experiências de susto.

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O uso de luzes e sombra é o que mais impressiona, uma vez que o diretor David F. Sandberg dá o direcionamento correto para as câmeras e encurrala a plateia constantemente em locais onde não há como fugir do escuro. É simples, as luzes se apagam e não sobra um corajoso para enfrentar a criatura que habita nas trevas..

A trilha sonora de Benjamin Wallfisch também vem a calhar, uma vez que, como muitos filmes congêneres, “Quando as Luzes se Apagam” abusa de jump scares (aquelas cenas clichês que apelam para mudança súbita de câmera e o barulhos em volume bem alto). É claro que, depois de algumas repetições, tudo fica manjado, mas a sonoridade amplia a tensão.

É simples, as luzes se apagam e não sobra um corajoso para enfrentar a criatura que habita nas trevas..

Apesar de contar com alguns nomes mais conhecidos, como Teresa Palmer e Maria Bello, o elenco nem sempre é o responsável por guiar a trama. Os diálogos são fracos e, salvo algumas cenas com Maria Bello, o trabalho da equipe se mostra bastante medíocre. Não que a culpa seja dos atores, já que o roteiro pode levar a culpa por boa parte do fracasso do filme.

O filme também depende um tanto de efeitos especiais. Nesse quesito, o trabalho é até bem convincente, com algumas cenas que deixam a plateia bem instigada. A criatura que habita no escuro está ali para ser protagonista e, nesse ponto, não dá para botar defeito. Ela se esgueira da luz, rasteja pela escuridão e se locomove sempre em direção à câmera.

Terror inconsistente

Se a produção acerta em vários quesitos, o roteiro acaba prejudicando o desenvolvimento da obra. A história básica de “Quando as Luzes se Apagam” não é ruim. Há aqui material suficiente para desenvolver uma boa trama e fazer algumas viradas de perspectiva que poderiam deixar os espectadores realmente intrigados.

O início da história é bem interessante e o roteiro prende a atenção até determinado ponto. Acontece que, talvez por falta de atenção, a história começa a tropeçar em fatos que apresentou no começo da película, o que deixa todo mundo bastante confuso. A falta de coerência entre vários argumentos apresentados só piora e no fim a salada está feita.

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Também é evidente que o roteiro aproveita várias ideias já vista em outros filmes. Isso não é o fim do mundo, já que inovação do começo ao fim é algo raro neste gênero. O problema é que não há muita coisa nova além do ser sobrenatural que habita no escuro. Sem ter ideias consistentes, o roteiro apenas vaga pelas sombras e não consegue jogar uma luz numa história que poderia ser bem interessante.

Infelizmente, o resultado final de “Quando as Luzes se Apagam” deixou muito a desejar. O que vemos na telona é um alongamento da proposta do curta-metragem. A mesma técnica de susto é usada do começo ao fim. Dá certo nas primeiras vezes, mas as surpresas acabam rapidamente. No geral, um filme mediano. Nada de genial para os fãs de terror, mas uma boa pedida para assustar os mais sensíveis.

Mostra Woody Allen passa por oito cidades brasileiras

Um dos mais celebrados diretores da atualidade, o cineasta norte-americano Woody Allen será homenageado hoje pela rede Espaço Itaú de Cinema, com uma mostra de filmes em oito cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. 

A Mostra Woody Allen será exibida começará hoje, apresentando os últimos filmes do cineasta e terminando com a pré-estreia do mais recente filme “Café Society”. 

No Espaço Itaú de Cinema, as sessões acontecerão entre 18 e 24 de agosto, sempre às 21h e serão exibidos seis longa-metragens dirigidos pelo cineasta e um com uma hilária atuação. A rede Cinemark vai exibir apenas os longas dirigidos por Woody Allen, entre os dias 20 e 24. 

Veja quais filmes integram a mostra! Os horários podem ser conferidos nos sites do Espaço Itaú de Cinema e da Rede Cinemark.

Magia Ao Luar

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Stanley, um falso mágico com talento para desmascarar charlatões, é contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie, simpática jovem que afirma ser médium. Inicialmente cético, ele aos poucos começa a duvidar de suas certezas e se vê cada vez mais encantado pela moça.

Vicky Cristina Barcelona

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Sinopse: Vicky e Cristina são amigas e passam férias em Barcelona. Vicky está noiva e é sensata nas questões do amor. Cristina é pura emoção e movida a paixão. Durante uma exposição de arte, as duas se encantam pelo pintor Juan Antonio, que as convida mais tarde, durante um jantar, para uma viagem.

O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento problemático com sua ex esposa Maria Elena. E as coisas ainda ficam piores porque as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a um complicado "quadrado" amoroso.

Blue Jasmine

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Uma milionária mulher perde todo seu dinheiro e é obrigada a morar em São Francisco com sua irmã e os sobrinhos em uma casa bem modesta. Ela acaba encontrando um refinado homem que pode resolver seus problemas financeiros, mas antes precisa descobrir quem é e aceitar sua nova condição de vida.

Homem Irracional

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Em crise existencial, o professor de filosofia Abe Lucas chega para lecionar em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Logo uma de suas alunas, Jill, se aproxima dele devido ao fascínio que sente pelo seu intelecto, além da tristeza que sempre carrega consigo. Simultaneamente, ele é alvo de Rita, uma professora casada que tenta ter um caso com ele.

A vida começa a melhorar para Abe quando, numa ida à lanchonete com Jill, ouve a conversa de uma desconhecida sobre a perda da guarda do filho devido à uma decisão do juiz Spangler. Abe logo começa a idealizar o assassinato de Spangler e como, por ser um completo desconhecido, jamais seria descoberto.

Amante a Domicílio

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Com direção de John Turturro, conta a história de Murray, um senhor de idade que, durante uma conversa sobre sexo, diz que conhece um gigolô. Ao saber o quanto poderia ganhar como cafetão, ele tenta convencer seu amigo, Fioravante, a entrar para o ramo. Só que ele é um pacato jardineiro e não quer se envolver em algo do tipo.

Após muita insistência de Murray, Fioravanti topa fazer um programa com a doutora Parker, que está bastante insegura por ser a primeira vez que trai o marido. O sucesso do encontro faz com que a fama de Fioravanti corra entre as amigas da doutora, assim como ele mesmo passa a notar melhor as qualidades da nova profissão.

Leia a crítica do filme Amante a Domicílio.

Café Society

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Anos 1930. Bobby é um jovem aspirante a escritor, que resolve se mudar de Nova York para Los Angeles. Lá ele deseja ingressar na indústria cinematográfica com a ajuda de seu tio Phil, um produtor que conhece a elite da sétima arte. Após um bom período de espera, Bobby consegue o emprego de entregador de mensagens dentro da empresa de Phil. Enquanto aguarda uma oportunidade melhor, ele se envolve com Vonnie , a secretária particular de seu tio. Só que ela, por mais que goste de Bobby, mantém um relacionamento secreto.

E aí, vai perder essa oportunidade de ver no cinema alguns dos clássicos do diretor?

O que Fazemos nas Sombras | Trailer legendado e sinopse

Viago, Deacon e Vladislav são três vampiros que estão apenas tentando sobreviver e se adaptar ao mundo moderno. Com centenas de anos de idade, os vampiros estão descobrindo que têm, de se preocupar com muito mais que exposições ao sol, estacas de madeira e atingir a artéria principal de suas vítimas. Nos tempos atuais, eles têm de lidar com questões mundanas como o pagamento do aluguel, conseguir entrar em boates e superar conflitos entre os moradores da casa.