Mel Gibson - Café com Filme

Lion, Moonlight e mais: filmes campeões do Oscar 2017 chegam à Netflix

Se você já conferiu PodCafé já está sabendo quais são as estreias mais quentes (e frias) de maio, mas aqui vão mais três dicas muito interessantes que chegam ao catálogo dá Netflix neste mês.

Como já sabíamos, o serviço de streaming trará varios títulos que estavam na disputa do Oscar 2017, e maio já traz três grandes estreias. Confira os títulos e as datas:

Até o Último Homem (02/05)

No novo filme de Mel Gibson, Andrew Garfield vive Desmond Doss, um soldado médico que participou da Segunda Guerra Mundial e salvou vidas sem disparar um tiro sequer. Baseado em uma história real. O filme teve 6 indicações ao Oscar e conquistou 2 prêmios: Melhor Edição, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator.

Lion - Uma Jornada para Casa (30/05)

Aos cinco anos, Saroo se perde em um trem que o separa de sua família. Vinte aos depois e contando apenas com algumas memórias e o Google Earth, ele decide procurar sua amília perdida e finalmente retornar para sua primeira casa. O filme teve 6 indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora e Melhor Cinematografia.

oscarnonetflix01 8bbf5

Moonlight: Sob a Luz o Luar (31/05)

A vida de um jovem afro-americano desde a infância até a vida adulta e a sua luta para encontrar o seu lugar no mundo enquanto cresce num bairro violento de Miami. O filme teve 7 indicações ao Oscar e conquistou 3 prêmios: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia e Melhor Edição.

Transformers 2: A Vingança dos Derrotados | Trailer oficial e sinopse

A batalha pela Terra continua neste super sucesso de ação, do diretor Michael Bay e do produtor executivo Steven Spielberg. Quando Sam Witwicky (Shia LaBeouf) descobre a verdade sobre as antigas origens dos Transformers, ele tem que aceitar seu destino e unir-se a Optimus Prime e Bumblebee, em seu épico combate contra os Decepticons, que retornaram mais fortes do que nunca, com um plano para destruir nosso mundo.

Empoderadas | Conheça filmes com protagonistas mulheres cheias de conteúdo

Todos os anos, quando chega o Dia da Mulher, é aquele festival de indicações de clássicos da sessão da tarde com infinitos filmes água com açúcar, romancinhos e longas com protagonistas pouco consistentes ou que têm toda a sua história girando em torno de um grande amor.

Não tem nada errado com histórias de amor - muito pelo contrário, a gente também gosta muito. Mas, por quê estamos tão habituados a assistir apenas filmes sobre isso quando a protagonista é mulher?

Por isso, nesse ano o Café com Filme decidiu comemorar o 08 de Março trazendo algumas dicas de filmes com pratagonistas femininas cujas histórias desviam um pouco do caminho mais comum. Aqui vão ser desde relatos da vida real até ficções e desenhos animados - filmes que mostram que é possível criar uma trama interessante, inteligente e empoderada tendo mulheres no comando.

O próprio Oscar desse ano provou isso, com indicação a longas como "Estrelas Além do Tempo" em diversas categorias, além das animações "Zootopia", que levou a estatueta, e "Moana - Um Mar de Aventuras", e dos filmes "20th Century Women", "A Chegada", "Elle", "Jackie", "Florence - Quem é Essa Mulher", entre outros.

Demais, né? Embarque nessa onda e veja nossas sugestões!

Histórias Cruzadas

Por Lu Belin

Emma Stone acaba de ganhar o Oscar de Melhor Atriz por “La La Land: Cantando Estações”, mas ela já fez papéis bem mais profundos do que o da jovem e sonhadora Mia. E um dos exemplos disso é a aspirante a jornalista e escritora Skeeter Phelan, de "Histórias Cruzadas".

historiascruzadas 6754e

Decidida a não casar-se apenas para reproduzir um padrão social e depois de se recusar a esconder seu brilhantismo atrás de um homem só porque a sociedade diz que sim, ela rompe com um padrão social - mas não para por aí. Skeeter decide contar o lado das mulheres negras que trabalham como empregadas domésticas no Mississipi durante os anos 60 - interpretadas por Viola Davis, Octavia Spencer, Carol Sutton . Quando começam a escrever uma coluna juntas, elas constroem uma improvável amizade e abalam as regras da sociedade.

De sua inesperada aliança, surge uma incrível irmandade, criando em todas elas a coragem para transcender os limites que as definem e a conscientização de que às vezes esses limites existem para serem ultrapassados, mesmo que isso signifique fazer com que todas as pessoas da cidade encarem os novos tempos.

Uma belíssima e necessária história, que todo mundo deveria conhecer, sobre mulheres que fizeram a diferença. “Histórias Cruzadas” é baseado no romance escrito por Kathryn Stockett e foi indicado ao Oscar em quatro categorias - melhor filme, melhor atriz principal, para Viola Davis, e Melhor Atriz Coadjuvante, para Jessica Chastain e Octavia Spencer, que inclusive levou o prêmio.

Logan

Por Thiago Moura

Apesar de estar classificada como coadjuvante no filme "Logan", Dafne Keen é uma jovem de apenas 12 anos que demonstra um potencial enorme, e certamente é a alma do primeiro filme do Wolverine que é realmente bom. Ela interpreta Laura Kinney, também conhecida como X-23 e clone do próprio Wolverine. Assim como seu "pai", ela possui uma rápida regeneração, maestria em combate corpo-a-corpo, duas garras de adamantium que saem de suas mãos, além de uma garra em cada pé.

logan 70895

Laura representa a esperança em um mundo devastado onde nenhum mutante nasceu há 20 anos, e apesar de Logan relutar em aceitar a conexão entre eles, acaba aceitando o papel de pai e tutor. Claro que isso soa como algo cotidiano, mas é preciso lembrar que Wolverine é basicamente um animal furioso que é perseguido o tempo todo por pessoas que querem utilizar seu poder como uma arma para benifício próprio ou governamental, e a situação não é diferente com Laura.

Os enormes olhos castanhos de Dafne Keen e sua aparente fragilidade emprestam o tom de inocência de uma criança comum para X-23, mas é inegável que existe uma certa estranheza em seu olhar, e essa estranheza fica escancarada quando ela explode em fúria e massacra diversos soldados com as próprias mãos. Ela é basicamente muda, foi criada em um laborátório que a treinou para não possuir nenhum sentimento além de raiva e ainda assim é extremamente cativante e expressiva.

Ao contrário do que se espera, Logan não é quem salva, ensina e protege Laura mas justamente o oposto. Além disso, é um ótimo exemplo de heróina para todas as meninas que gostam de super-heróis e não tem uma boa representante ainda. Se a Fox quiser passar o manto do Wolverine para alguém, estaria em excelentes mãos.

Mad Max: Estrada da Fúria

Por João Gabriel

O fortemente premiado longa dirigido por George Miller, “Mad Max: Estrada da Fúria”, é o quarto filme da franquia que acompanha a saga do personagem Max Rockatansky (anteriormente vivido por Mel Gibson, e agora interpretado por Tom Hardy). Agora, ele está situado em um deserto insano e pós-apocalíptico, onde há a falta de água e gasolina. Os suprimentos são armazenados por um líder cultista denominado Immortam Joe (vivido por Hugh Keays-Byrne), que vive com um grande exército de serviçais dentro de um caminhão tanque.

madmaxestradadafuria 2de8e

Okay, João. Acompanhamos a trajetória de mais um cara machista por aí em um filme de bombardeio e loucura? É aí que você se engana. O longa nos apresenta uma nova personagem que rouba a cena pro restante do filme. Seu nome? Furiosa (Interpretada por Charlize Theron)! A dominadora da Estrada da Fúria, que acaba se tornando a protagonista, possuindo as cenas mais bonitas e pesadas do filme.

George Miller consegue trazer um filme abarrotado de ação de altíssimo nível unido a fortes questionamentos sociais relacionados ao gênero feminino. Além de demonstrar muita força e inteligência, Furiosa é a personagem que mais representa a determinação e a união feminina na luta por um mundo melhor e igual entre homens e mulheres. Na minha humilde opinião, esse filme deveria se chamar “Mad Max - Estrada da Furiosa”

Menina de Ouro

Por Mike Ale

Quem disse que boxe é coisa de homem? Existe uma longa linha de filmes do ‘gênero’: "Touro indomável", "Rocky, O Campeão"… Todos com personagens masculinos se enfrentando nos ringues. Isso até 2004, quando Clint Eastwood resolveu contar a história de Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). E a protagonista não fica devendo nada pra ninguém.

meninadeouro 4aa33

A jovem determinada já começa o filme enfrentando sua primeira luta fora dos ringues: o machismo. Frankie Dunn (Clint Eastwood), um treinador durão e boxeador aposentado não aceita treinar a entusiasta pelo simples fato dela ser uma mulher, e pelo fato da moça já ser “velha demais”. Mas a persistência e a força de vontade de Maggie fazem Frankie perceber que ele está diante de uma grande lutadora (em todos os sentidos da palavra).

No decorrer da história a gente começa a conhecer mais de Maggie, sua família difícil, seu relacionamento conturbado com a mãe, e sua gana de vencer na vida. E em todos os aspectos, a gente torce por ela.

Um grande mérito do filme é justamente as cenas de luta. Nada de amaciar só porque são mulheres no ringue. Muito pelo contrário. A crueza e ferocidade dos golpes dão o realismo bárbaro de uma luta de verdade.

As motivações de Maggie são tão simples quanto complexas, ela quer simplesmente ser reconhecida por aquilo que faz de melhor: Lutar.

E ela luta. O tempo todo. A vida toda. Como toda mulher.

O Labirinto do Fauno

Por Carlos Augusto Ferraro Miorim

Em "O Labirinto do Fauno", Guillermo del Toro apresenta a sua “versão empoderada” de um conto de fadas. Subvertendo o estilo tradicional das donzelas em perigo e princesinhas indefesas, o filme traz três personagens femininas de destaque (Ofelia, Carmen e Mercedes) que lutam contra um mundo que tenta oprimir e subjugar a sua natureza independente.

Inclusive, se você prestar atenção, o filme passa no Teste de Bechdel (que é isso mesmo, clica aqui que a Lu te explica).

labirintodofauno1200 31c36

Se você acha que "O Labirinto do Fauno" é apenas um conto de fadas está na hora de rever essa pérola do cinema. Por sinal, o filme foi indicado a seis Oscars e faturou três. Correndo o risco de entregar algum spoiler não posso deixar de falar um pouco das três heroínas do filme.

Primeiro temos a pequena a Ofelia, a protagonista da história. Ela pode ser uma princesa de um mundo fantástico e pode estar em perigo - seja nas garras dos monstros que encontra em sua jornada mística ou pelas mãos do seu terrível padrasto (nada de madrasta aqui, Cinderela), o Capitão Vidal -, mas em nenhum momento ela precisa de ajuda de alguém para encontrar o seu caminho neste labirinto.

Enquanto isso, Carmen, a mãe de Ofelia, é uma mulher forte. Um olhar mais atento revela que ela não é um objeto sem vontade própria, ela está ciente de suas escolhas e principalmente de seus desejos. Ela deixa bem claro que está com o Capitão porque se sentia solitária, e aí está a beleza da leitura do filme, que em nenhum momento a julga por ser humana e ter desejos sexuais e afetivos.

Por fim temos Mercedes. A guerrilheira espiã mostra o que acontece quando você subestima uma mulher. A mente machista do Capitão Vidal impede que ele perceba a força de Mercedes. A guerrilheira não luta apenas contra um regime fascista, mas contra toda uma cultura patriarcal misógina que oprime as mulheres.

Valente

Por Fábio Jordão

Baseados em uma triste realidade, muitos filmes com mulheres empoderadas apresentam histórias de violência, em que protagonistas sofrem algum tipo de agressão ou abuso e se libertam para revidar e reivindicar sua dignidade. Apesar das ações um tanto questionáveis (alô direitos humanos!), não há como negar que é gratificante ver a retribuição na mesma moeda — até porque a canalhice impera faz tempo.

valente a140a

Entre tantos títulos com essa pegada, há um longa-metragem em particular que me chama a atenção pelas dúvidas que surgem na cabeça de uma mulher após passar por um episódio um bocado traumático. Em “Valente” (não é o filme da Disney), acompanhamos a história de Erica (Jodie Foster), uma radialista que vê seu noivo ser brutalmente assassinado, situação em que ela quase também virou uma vítima fatal.

Após tal ocasião, ela descobre dentro de si uma pessoa que lhe é totalmente desconhecida. Ela vaga pela cidade à noite, armada e em busca de vingança, em conflito consigo mesma. O roteiro é bastante comum, mas ainda é necessário para relembrar dos perigos, que são estampados diariamente em jornais do mundo todo. Recomendado para quem gosta de um suspense ousado e com muita ação.

m cafe 5407e

E aí, gostou das sugestões? Tem mais alguma para acrescentar? Conta pra gente nos comentários!

Quais foram os vencedores do Oscar 2017? Veja a lista completa!

Em uma noite que começou com performance de Justin Timberlake, passando por docinhos caindo do teto e uma infinidade de referências aos imigrantes e ao bendito do muro do Trump, finalmente conhecemos os vencedores do Oscar da Academy Award.

A cerimônia aconteceu nesse domingo (27) no Dolby Theatre com a divertida apresentação de  Jimmy Kimmel e trouxe uma série de supresas,  com vencedores entre os candidatos menos cogitados.

A grande estrela da noite, como esperado, foi "La La Land: Cantando Estações", que levou Melhor Diretor, Melhor Atriz, Design de Produção, Fotografia, Trilha Sonora, Melhor Canção Original, por City of Stars e, acidentalmente, quase leva o de Melhor Filme. Mas não foi dessa vez, e o grande destaque terminou por ser "Moonlight: Sob a Luz do Luar", que levou a estatueta principal.

Confira estas e as demais premiações no Oscar 2017 na lista abaixo!

Melhor Filme

Moonlight: Sob a Luz do Luar

melhorfilme moonlight 07c3a

A Chegada

A Qualquer Custo 

Até o Último Homem

Um Limite Entre Nós 

Estrelas Além do Tempo

La La Land - Cantando Estações

Lion - Uma Jornada para Casar

Manchester à Beira-Mar

Melhor Direção

Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

diretor damienchazelle 9d113

Denis Villeneuve, por A Chegada

Mel Gibson, por Até o Último Homem

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Ator

Casey Affleck, por Manchester à Beira-Mar

ator caseyaffleck f43df

Andrew Garfield, por Até o Último Homem

Viggo Mortensen, por Capitão Fantástico

Denzel Washington, por Um Limite Entre Nós

Ryan Gosling, por La La Land - Cantando Estações

Ator Coadjuvante

Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

MahershalaAli Moonlight Atorcoadjuvante 28eb5

Jeff Bridges, por A Qualquer Custo

Michael Shannon, por Animais Noturnos

Dev Patel, por Lion - Uma Jornada para Casa

Lucas Hedges, por Manchester à Beira-Mar

Melhor Atriz

Emma Stone, por La La Land - Cantando Estações

atriz emmastone 83cb6

Isabelle Huppert, por Elle

Meryl Streep, por Florence: Quem é Essa Mulher?

Natalie Portman, por Jackie

Ruth Negga, por Loving

Atriz Coadjuvante

Viola Davis, por Um Limite Entre Nós

atrizcoadjuvante violadavis 2ffb5

Octavia Spencer, por Estrelas Além do Tempo

Nicole Kidman, por Lion - Uma Jornada para Casa

Michelle Williams, por Manchester à Beira-Mar

Naomie Harris, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Roteiro Original

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

roteirooriginal manchester 277dc

Mike Mills, por 20th Century Women

Taylor Sheridan, por A Qualquer Custo

Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Yorgos Lanthimos, por O Lagosta

Roteiro Adaptado

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

roteiroadaptado moonlight 388d3

Eric Heisserer, por A Chegada

Alison Schroeder, Ted Melfi, Lori Lakin Hutcherson, por Estrelas Além do Tempo

August Wilson, por Um Limite Entre Nós

Luke Davies, por Lion - Uma Jornada para Casa

Documentário

O.J.: Made in America, de Ezra Edelman e Caroline Waterlow

ojmadeinamerica documentario 57118

Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi e Donatella Palermo

Eu Não Sou Seu Negro, de Raoul Peck, Rémi Grellety e Hébert Peck

Life, Animated, de Roger Ross Williams e Julie Goldman

13ª Emenda, de Ava DuVernay, Spencer Averick e Howard Barish

Documentário de Curta-MEtragem

Os Capacetes Brancos, de Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara

curtadocumentario capacetesbrancos 1a739

Extremis, de Dan Krauss

Watani: My Homeland, de Marcel Mettelsiefen e Stephen Ellis

4.1 Miles, de Daphne Matziaraki

Joe's Violin, de Kahane Cooperman e Raphaela Neihausen

Montagem

Até o Último Homem

edicao ateoultimohomem bbe04

A Chegada

A Qualquer Custo

La La Land - Cantando Estações

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Maquiagem e Cabelo

Esquadrão Suicida

maquiagem esquadraosuicida 28069

A Man Called Ove

Star Trek: Sem Fronteiras

Trilha Original

La La Land - Cantando Estações
Justin Hurwitz

trilha lalaland 6f180

Jackie
Mica Levi

Lion - Uma Jornada para Casa
Dustin O'Halloran

Moonlight: Sob a Luz do Luar
Nicholas Britell

Passageiros
Thomas Newman

Design de Produção

La La Land - Cantando Estações

designdeproducao lalaland 55b68

A Chegada

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Ave, César!

Passageiros

Curtas

Sing

curta sing 35a94

Ennemis Intérieurs

La Femme et le TGV

Silent Nights

Timecode

Animação

Zootopia

animacao zootopia 3b4e8

A Tartaruga Vermelha

Kubo e as Cordas Mágicas

Minha Vida de Abobrinha

Moana - Um Mar de Aventuras

Curta de Animação

Piper

curtaanimacao piper 3337a

Blind Vaysha

Borrowed Time

Pear Cider and Cigarettes

Pearl

Filme Estrangeiro

O Apartamento - Irã

estrangeiro oapartamento c2edf

A Man Called Ove - Suécia

Land of Mine - Dinamarca

Tanna - Austrália

Toni Erdman - Alemanha

Fotografia

La La Land - Cantando Estações

fotografia lalaland de1b1

A Chegada

Lion - Uma Jornada para Casa

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Silêncio

Figurino

Animais Fantásticos e Onde Habitam

figurino animaisfantasticos 2046d

Aliados

Florence: Quem é Essa Mulher?

Jackie

La La Land - Cantando Estações

Canção Original

"City Of Stars"
La La Land - Cantando Estações

"Audition (The Fools Who Dream)"
La La Land - Cantando Estações

"Can't Stop The Feeling"
Trolls

"The Empty Chair"

Jim: The James Foley Story

"How Far I'll Go"
Moana - Um Mar de Aventuras

Efeitos Visuais

Mogli - O Menino Lobo

efeitosespeciais mogli f516d

Doutor Estranho

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Kubo e as Cordas Mágicas

Rogue One: Uma História Star Wars

Edição de Som

A Chegada

edicaodesom achegada b14a2

Até o Último Homem

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

La La Land - Cantando Estações

Sully: O Herói do Rio Hudson

Mixagem de Som

Até o Último Homem

mixagemdesom ateoultimohomem 7d45a

A Chegada

La La Land - Cantando Estações

Rogue One: Uma História Star Wars

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

m cafe 5407e

E você, curtiu os resultados? Se ainda não conseguiu ver tudo, acesse as fichas, veja os trailers e confira as nossas críticas!

O Fim da Escuridão | Trailer oficial e sinopse

O detetive de polícia Thomas Craven (Mel Gibson) ficou bastante perturbado após testemunhar o assassinato de sua filha na porta de sua casa. Usando de suas artimanhas, ele resolve investigar o homicídio da jovem ativista, mas ele acaba descobrindo não apenas os segredos da filha, mas também o acobertamento de uma corporação que estava de conluio com o governo.

Crítica do filme Até o Último Homem | Esperança em tempos de guerra

A história nos conta que a violência é intrínseca ao ser humano. Não são poucas as obras que nos mostram os extremos desse lado animalesco do homem, em que somente ações radicais podem levar a uma resolução dos problemas.

No passado, os conflitos se mostraram inevitáveis mediante a situações insolúveis, ainda mais quando pensamos nas disputas entre grandes nações. As duas grandes guerras do século XX são provas da dificuldade que temos em dar a volta por cima usando de outros métodos.

Sim, há muitos exemplos de pessoas que questionaram esse tipo situação, mas poucos exemplos são tão marcantes quanto o do soldado Desmond Doss (Andrew Garfield), que, ao longo de sua vida, se dedicou a combater a violência e buscou uma solução inusitada em plena Segunda Guerra Mundial.

No filme “Até o Último Homem”, acompanhamos a história de Desmond, desde suas molecagens e briguinhas com seu irmão, passando pela juventude um tanto ordinária cheia de encantos, até chegar à fase adulta, quando ele resolve enfrentar um cenário pouco convidativo e seguir uma carreira com a qual sempre sonhou: medicina.

ateultimohomem1 5de4d

Sob a direção de Mel Gibson, você tem a chance de presenciar na telona a incrível adaptação de uma história real, contada pela escrita de Andrew Knight e Robert Schenkkan, sobre o homem que lutou – durante a Batalha de Okinawa – contra o tradicionalismo da guerra, que não precisou empunhar uma arma para salvar vidas e que, acima de tudo, levou esperança para seu povo.

Não por acaso, “Até o Último Homem” é um dos favoritos ao Oscar em várias categorias e há ótimas razões para tanto. Se você não viu ainda, corra para o cinema, antes que outras produções passem como tanques de guerra sobre as sessões disponíveis. Todavia, antes, pegue seu café e embarque nesta crítica para saber o porquê deste filme ser tão comentado.

Muito além do patriotismo

Quem vê os trailers e materiais de divulgação de “Até o Último Homem” logo pensa que este é mais um filme para idolatrar a soberania americana no cenário de guerra. No entanto, quem julga o filme pela capa comete um grave engano, uma vez que não temos aqui uma obra tradicional sobre o tema, mas um título que vai na contramão do tradicionalismo.

ateultimohomem2 12238

Um roteiro baseado em fatos não pode fugir da história. Os Estados Unidos participaram da guerra, foram bem-sucedidos em vários combates e, no fim, apesar de um grande prejuízo para seus habitantes e para outros tantos seres humanos, levaram os prêmios para casa. O filme não tenta esconder nada e até enfatiza conceitos dos comandantes que levavam as ordens a ferro e fogo.

A grande aposta aqui é a exaltação do herói que justamente combateu os estereótipos de guerra. Existe um patriotismo nisso, claro, mas não se trata de um ritual velado, o que acaba surtindo como uma história muito mais interessante ao público. A vida de Desmond Doss é o ponto principal do filme, sendo contada em detalhes e de um jeito extrovertido.

O ambiente familiar de Desmond é importante para a trama, já que serve de pano de fundo para a formação de caráter do rapaz. Aqui, entra em cena a atuação competente de Hugo Weaving, que interpreta o pai do garoto e se mostra um homem de convicções que, por ter sido um soldado na guerra, influencia muito na criação dos filhos.

ateultimohomem3 d61d7

O filme até segue um script bem linear, porém algumas cenas inicias já vão cavando o terreno para o pior. Ainda que a grande maioria do roteiro não coloque a plateia em meio aos bombardeios e conflitos pesados no Japão, o espectador já está ciente de que, a qualquer momento, será levado de volta para os campos de pesadelo de Desmond e de seus companheiros.

A abordagem, ainda que bastante superficial, do outro lado do combate – dos japoneses, no caso – também merece ser destacada, já que mostra o empenho da obra em retratar o lado humano (e sempre ignorado) desses acontecimentos históricos.

ateultimohomem4 333e6

Aliás, fica outra reflexão proposta no filme: os cidadãos, como o próprio Desmond, são incentivados desde pequenos a lutar na guerra por seu país, como se o sacrifício (de uma vida comum) por uma causa — que o indivíduo não concorda com o propósito — fosse algo nobre. Aí entra aquela questão sobre quem começou o conflito e até que ponto o cidadão deve estar na linha de frente para resolver a situação.

Ideais que valem a dedicação

Depois de duas horas e pouco sentado na cadeira, é impossível sair da sala sem ficar de queixo caído com várias coisas. Primeiro, temos a mensagem bastante diferente do filme, que contradiz o convencional de Hollywood. Depois, há todo um elenco competente, com nomes como Sam Worthington, Luke Bracey, Teresa Palmer e Vince Vaughn, liderados por Andrew Garfield em uma atuação fenomenal.

Sério! Sabe aquele papel tosco de Peter Parker (vulgo Homem-Aranha) de Garfield? Então, esqueça essa coisa sem graça e vá de mente aberta para conhecer um ator completamente diferente. A começar pelas cenas românticas na juventude, já dá para ter ideia de que não estamos tratando da mesma pessoa. O jovem está muito mais desenvolto e pronto para encarar novos desafios.

Conforme a história avança em direção ao cenário inóspito da guerra, vemos uma transformação radical de Andrew Garfield, que, tal qual faz com seus companheiros de combate, carrega o filme nas costas. Em cada frase, feição e movimento do cara, vemos um esforço sobrenatural para personificar um homem que fez a diferença e deu seu máximo pelo próximo.

ateultimohomem5 c6467

Em cenas que mereciam a medalha de honra, a trilha sonora de Rupert Gregson-Williams dá o tom adequado para a guerra. As músicas caprichadas no violino intensificam o drama para as perdas durante os combates, assim como retratam momentos de tensão com precisão. Sequências em câmera lenta são orquestradas com sons profundos e deixam a plateia impressionada com a força de vontade do protagonista.

A fotografia não tem nada de muito especial, pois a câmera se concentra em registrar cenas fechadas, muitas das quais são tomadas por soldados, outras tantas que apenas retratam áreas encobertas pela fumaça proveniente dos canhões. Há um cuidado na escolha dos ambientes e capricho na composição para dar realismo, mas não espere uma obra de tirar o fôlego nesse sentido.

Claro, não dá para menosprezar a parte de produção. Engana-se quem vê o filme pronto e acha que retratar a guerra é moleza. A composição de um cenário com destroços, armadilhas, esconderijos, cadáveres e soldados em linha de ação toma tempo considerável no planejamento; agora imagine montar tudo, instalar câmeras e rodar as cenas para evidenciar os grandes feitos dos protagonistas.

E não basta apenas gravar, juntar tudo e salvar o arquivo em MP4. A montagem de um filme desse naipe exige paciência, já que qualquer erro de sincronia entre os figurantes, mudança de câmera incoerente ou mesmo uma falha de um objeto em segundo plano pode estragar toda uma sequência. O making-of (acima) dá uma ideia do trabalho para rodar o filme.

Tem muita gente que simplesmente não gosta de filmes de guerra, às vezes, pelo simples motivo de não concordar com o tema ou não ver graça nas batalhas. Contudo, é preciso enfatizar que “Até o Último Homem” não é apenas um filme sobre isso. Ele vai além do retrato tradicional, mostra o lado mais humano da coisa e emociona pela convicção de alguém que foi na contramão da violência. Espetacular!