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Crítica do filme O Lar das Crianças Peculiares | Bizarrices de Tim Burton

Qualquer título que venha acompanhado de "Dirigido por Tim Burton" já desperta a curiosidade. Seu estilo é icônico, marcado por uma estética sombria, personagens esquisitos e deslocados que sempre acabam tocando os sentimentos dos espectadores.  Peculiar, talvez seja uma palavra que o descreva bem. E ninguém melhor do que esse ser estranho para adaptar a obra "O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares", primeiro livro de uma trilogia escrita por Ransom Riggs.

Bem, "O Lar das Crianças Peculiares", é praticamente uma versão ainda mais bizarra de “X-Men”. Aliás, se os mutantes tivessem filhos com “A Família Adams”, seriam essas as crianças geradas. Elas não se encaixam no padrão, pois tem particularidades que não permitem que vivam normalmente em sociedade.

Mas ao contrário dos mutantes da Marvel/Fox, eles não possuem necessariamente superpoderes, e sim peculiaridades, como precisar de sapatos especiais feitos de chumbo para evitar sair flutuando para a atmosfera ou luvas especiais que evitam que tudo que entre em contato com sua pele pegue fogo.

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Uma curiosidade sobre a criação do livro, é que todos os “Peculiares” foram inspirados na coleção de fotografias vintage do autor, e a proposta inicial era que esse livro fosse apenas um compilado desses achados, mas a editora encorajou Ransom Riggs a criar uma história para essas fotos, e o resultado é bem interessante. Mas vamos nos ater ao filme.

Um mundo vintage a ser explorado...

Antes de sabermos do que se trata o tal Lar, somos apresentados a Jake (Asa Butterfield), o típico adolescente deslocado e sem amigos, mas que é bem próximo de seu avô, Abe (Terence Stamp). Desde criança, ele conta histórias inacreditáveis para o menino, e por mais que Jake queira acreditar, todos ao seu redor dizem que são apenas contos inventados.

Logo no começo e em uma circunstância improvável, Jake encontra Abe ferido, com os olhos removidos. Seu avô acaba morrendo na sua frente, após balbuciar coisas aparentemente sem sentido, mas que vão levar Jake até "O Lar das Crianças Peculiares”. Durante esse evento traumático, ele enxerga um monstro gigantesco que aparentemente seria o responsável pela morte de Abe, e o garoto passa a ser considerado louco, inclusive acreditando em sua loucura.

Em busca de respostas e para se recuperar do trauma, Jake parte com seu pai para uma ilha onde supostamente o Lar se encontrava, baseado em mapas e histórias de Abe. Lá, ele descobre que todos os contos eram verdadeiros, e encontra a casa onde vivem Srta. Peregrine (Eva Green), Emma (Ella Purnell), Claire (Raffiella Chapman) e outras crianças ainda mais esquisitas que ele, todas exatamente como nas histórias de sua infância.

Um mundo bizarro e imperfeito

Peculiaridades a parte, a atuação de quase todos os atores deixa um pouco a desejar. Descontando os atores mirins, muitos estão ali aparentemente a contragosto. De qualquer forma, Eva Green é sempre um deleite, e toda a sua caracterização a lá Tim Burton dão o toque especial para a personagem. Destaque também para Ella Purnell, que sabe exatamente o que fazer em todos os momentos. Há ainda o vilão Barron (Samuel L. Jackson), que não tem lá motivações muito fortes, mas que entrega o prometido.

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Os problemas de adaptar uma obra para outra mídia são imensos, mas independente das escolhas necessárias para a história funcionar, algumas falhas poderiam ser evitadas. As partes visualmente interessantes demoram muito para acontecer, e nesse tempo a relação entre Jake e seu avô poderia ser melhor explorada, algo bem relevante no original.

O interesse pela vida de Abe e o relacionamento dos dois é o que motiva toda a história, mas isso é pouco explorado. Ao invés, temos um garoto que não tem amigos e pensa estar maluco indo para uma ilha distante para talvez provar que tudo aquilo existe. Acaba ficando tudo bem superficial, focando nas partes onde os efeitos gráficos podem ser explorados no lugar de um desenvolvimento da história em si.

E por falar nos efeitos, em determinados momentos eles deixam muito a desejar, mas compensam em momentos chave. Os “Hollowgast”, seres invisíveis que caçam os “Peculiares” para devorar seus olhos, são criações dignas de Tim Burton, parecendo algo saído dos pesadelos direto para o Halloween, mas em determinados momentos a animação não convence, e isso tira um pouco da magia necessária para o filme funcionar.

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Além disso, o roteiro aposta em soluções simples e diretas, indo direto ao ponto e utilizando os personagens apenas em momentos chaves. Por exemplo, uma das crianças tem uma boca monstruosa na nuca, e sua participação é comer uma coxa de frango gigantesca e morder o braço de uma das vilãs na parte final, apenas isso. Nesse sentido o filme é de uma forma geral bem infantil, o que não é de forma alguma ruim.

A possibilidade de explorar um mundo novo e fantástico, assim como Harry Potter fez, é sempre fascinante. Mas nesse caso é apenas um reflexo pálido. O filme é divertido dentro das particularidades de Tim Burton, mas poderia ser algo bem mais grandioso. De qualquer forma, vale a pena conferir essa bizarrice e tirar suas próprias conclusões, que ao meu ver é uma esperança de retorno de Tim Burton a projetos que combinam muito com o estilo que os fãs aprenderam a amar, e que vem sido lentamente deixado de lado nos últimos anos.

O Lar das Crianças Peculiares | Trailer legendado e sinopse

Do visionário diretor Tim Burton, e baseado no romance best-seller, chega uma experiência cinematográfica inesquecível. Quando seu querido avô deixa para Jake pistas sobre um mistério que se estende por diferentes mundos e tempos, ele encontra um lugar mágico conhecido como O Lar das Crianças Peculiares. Mas o mistério e o perigo se aprofundam quando ele começa a conhecer os moradores e aprende sobre seus poderes especiais... e seus poderosos inimigos.

Cinema: confira as estreias do dia 03 de Setembro

Estreias da semana ressucitando gloriosamente para te deixar sempre atualizado e não perder nenhum filme nos cinemas!

Essas semana destacamos "O Agente da U.N.C.L.E.", com o Superman (Henry Cavill) trabalhando pra CIA, "Ricki and The Flash - De Volta Pra Casa" com a sempre incrível Meryl Streep e "Shaun, o Carneiro" animação em stop motion que promete agradar todas as idades. E também tem filme pros fãs de terror, cinema nacional e várias outras (sic) atrações!

Confira agora as estreias desta semana:

A Entidade 2



Após os chocantes acontecimentos do filme "A Entidade", uma mãe protetora (Shannyn Sossamon, de Wayward Pines; Beijos e Tiros) e seus filhos gêmeos de 9 anos (Robert e Dartanian Sloan) se mudam para uma casa no campo marcada pela morte. James Ransone, que viveu O Delegado no primeiro filme, repete seu papel em A Entidade 2.

A Festa de Despedida

Um grupo de amigos em uma casa de repouso em Jerusalém, constroem uma máquina de auto-eutanásia a fim de ajudar um amigo em estado terminal. Quando os rumores sobre a máquina começam a se espalhar, mais e mais pessoas começam a se interessar pela ideia de partir dessa para uma melhor, e o grupo de amigos se questionam se o que estão fazendo é a coisa certa.

Entrando Numa Roubada

O sucesso despontava na carreira dos amigos atores Eric (Julio Andrade), Laura (Deborah Secco), Alex (Marcos Veras), Vitor (Bruno Torres), que também é roteirista, e do diretor Walter (Lucio Mauro Filho). Porém, todo o êxtase da pré-estreia e do reconhecimento do último trabalho do grupo no cinema, o filme “Missão Explosiva”, caem por terra depois de sofrerem um grande golpe, e que partiu de um deles contra todos os outros.

Entregues ao “limbo da carreira” cada um tenta levar a vida da maneira que pode, como Laura e Walter que passam a fazer bicos como animadores de festa infantil, e Vitor que vende pneus em uma borracharia. Mas a decepção e o fracasso levam ao desespero e ao “tudo ou nada” para recuperar a dignidade e a “justiça”. Mesmo que isso represente enganar novamente os amigos e ainda envolver quem não tinha nada com isso, como Letícia (Ana Carolina Machado). O resultado é uma roubada sem volta.

O Agente da U.N.C.L.E

O cenário de "O Agente da U.N.C.L.E." é o início da década de 1960, no auge da Guerra Fria, com história centrada no agente da CIA, Solo (Henry Cavill), e no agente da KGB, Kuryakin (Armie Hammer). Forçados a deixarem de lado as antigas diferenças, os dois se unem em uma missão para parar uma misteriosa organização criminosa internacional, que está empenhada em desestabilizar o poder com a proliferação de armas nucleares e tecnologia militar.

A única pista da dupla na investigação é a filha de um cientista alemão desaparecido, que pode ser a chave para eles se infiltrarem na organização criminosa. Agora os dois precisam correr contra o tempo para encontrar o cientista e evitar uma catástrofe mundial.

Ricki and The Flash - De Volta Pra Casa

Meryl Streep conduz um novo tipo de show - interpretando uma guitarrista e vocalista de uma banda hard-rock – para o diretor vencedor do Oscar® Jonathan Demme e a roteirista vencedora do Oscar® Diablo Cody em Ricki and the Flash. Num filme original, eletrizante e carregado de música e performances ao vivo; Streep estrela como Ricki Rendazzo, uma heróina das guitarras que cometeu uma enormidade de erros enquanto perseguia seu sonho de estrelato no mundo do rock.

Ao retornar para casa, Ricki tem uma chance de se redimir e fazer as coisas darem certo enquanto encara sua família. Junto à Streep estão sua filha na vida real Mammie Gummer; Ricki Springfield interpretando um dos membros da Flash apaixonado por Ricki; Kevin Kline, que interpreta o ex-marido de Ricki e Audra McDonald, como a nova esposa de Kline.

Shaun, O Carneiro

Baseada na série de desenho britânica "Shaun, the Sheep", produzida em stop-motion de massinha pela Aardman Animations, a animação infantil "Shaun, o Carneiro" ganhou seu primeiro trailer oficial.

A animação conta com direção de Mark Burton e Richard Starzack, os criadores de "Wallace & Gromit" e "A Fuga das Galinhas". A produção retrata a história de Shaun, um carneiro superinteligente e criativo que é líder de seu rebanho. Quando ele decide tirar um dia de folga para se divertir, no entanto, as coisas saem do controle. Além de entrar em uma confusão, ele ainda precisa guiar o seu rebanho em segurança até a fazenda.

Confira nossa crítica do filme Shaun, O Carneiro.

Você Acredita?

Doze pessoas, seguindo caminhos diferentes, têm suas vidas interceptadas de forma inesperada. Cada um deles está prestes a descobrir o poder que há na cruz de Cristo, ainda que muitos deles não acreditem nisso. Uma crença verdadeira sempre requer ação e nessa trajetória, todos serão impactados de maneira que só Deus pode orquestrar.

A Esperança É A Última Que Morre

Hortência (Dani Calabresa) é uma repórter de TV dedicada, sonhadora, que alimenta a esperança de deixar de fazer reportagens fuleiras e tornar-se âncora do telejornal local, comandado por JP (Augusto Madeira). Quando fica sabendo que Vivian (Adriana Garambone), está para ser detonada por seu chefe, ela se anima toda, mas a jornalista Vanessa (Katiuscia Canoro) também quer essa vaga.

Agora, Hortência precisa arrumar um jeito de garantir seu novo posto, nem que para isso necessite criar um assassino serial de mentira, suficiente para garantir seu destaque diante da concorrência.

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Fala pra gente, qual desses filmes você vai conferir nos cinemas?

Crítica do filme Grandes Olhos | Tim Burton mostra seu novo lado artístico

Hoje (28/01), estreia em alguns cinemas do Brasil o mais novo filme dirigido por Tim Burton. E, para alegria geral da nação, seu mais recente projeto é diferente de tudo que conhecíamos do diretor — a começar pelo elenco que deixa de ser o mesmo de sempre.

Grandes Olhos” narra como o pintor Walter Keane (Christoph Waltz) conseguiu alcançar o sucesso revolucionando a comercialização da arte com suas pinturas. Não só isso, o filme mostra como este homem criou uma das fraudes mais impressionantes de todos os tempos.

Conforme você já deve ter visto na sinopse oficial, todas as obras que ele dizia ser de sua autoria eram, na verdade, pintadas por sua esposa: Margaret Keane (Amy Adams). O longa-metragem conta como foi o desenrolar dessa história, desde a união do casal até o momento em que a mentira se tornou insuportável.

Um novo Tim Burton

A primeira coisa a ser enaltecida aqui é a questão da produção como um todo do filme, algo que sempre caracterizou o diretor. Sabe aquele Tim Burton sombrio e cheio de características bem marcantes? Então, esqueça o que você conhece do cineasta, pois ele conseguiu se reinventar com este título.

Esta obra mostra algo totalmente oposto ao que conhecemos, a começar pelos cenários, que deixam o mistério de lado e passam a ser bem perceptíveis. O filme todo é muito mais claro, cheio de brilho, com cenas que transparecem o humor e favorecem o desenrolar do roteiro sem precisar de um toque de suspense.

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O jogo de câmeras do diretor ficou mais fácil natural, com lances que favorecem os diálogos. Dessa forma, o filme passa a ser muito mais natural, deixando o lúdico tomar conta. Também pudera, um filme sobre arte e um grande caso de fraude não ficaria nada legal no antigo estilo do diretor.

O roteiro do filme é de Scott Alexander e Larry Karaszewski. Esses dois já trabalharam juntos diversas vezes e parecem se acertar perfeitamente aqui, mostrando um bom desenrolar da história. Há furos bem nítidos (que não vem ao caso comentar), mas dá para ignorá-los facilmente. A trilha sonora também chama atenção, inclusive com as canções originais, que ganham destaque na voz de Lana del Rey.

Pouco convincente, mas com boas atuações

A história de “Grandes Olhos” é intrigante, tanto que muita gente pode nem acreditar que as coisas foram bem desse jeito — e não duvide que tenha um bocado de invenções aqui para deixar a história ainda mais absurda, afinal, isto é Hollywood. Entretanto, o próprio diretor alega que quase tudo ali é verdadeiro, o que torna o filme ainda mais legal.

Justamente por ter algumas situações bem exageradas, é que o filme pode irritar aos mais críticos. A personagem principal parece até estúpida em vários momentos, o que não nos deixa acreditar que uma pessoa chegue a determinadas atitudes e situações conforme vemos na película.

Apesar de tentar forçar a barra, o filme se mantém interessante durante todo o tempo, com algumas reviravoltas que deixam a trama curiosa. Contudo, o que realmente garante o interesse da plateia é o elenco que se mostra capacitado e disposto a passar a história de forma inteligente e atraente.

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Christoph Waltz pode parece que está forçando um pouco na atuação, mas, a meu ver, o cara é demais em quase tudo que faz. Há algumas cenas em que ele domina a atenção do espectador facilmente, como é o caso do julgamento no tribunal. Sério, esse cara é muito bom ator e consegue ser muito engraçado, só pode ser que algumas pessoas cansem dos trejeitos.

Quanto à belíssima Amy Adams também devo deixar aqui meus elogios, pois ela também mostra novamente seu talento, sendo que qualquer problema com sua personagem se deve muito mais ao roteiro do que à capacidade da atriz. Infelizmente, o elenco de apoio não é dos melhores, principalmente a filha da pintora já em fase mais crescida.

Grandes Olhos” é um filme que foge do habitual, então pode ser que ele cause estranhamento para muita gente, principalmente aos fãs do cineasta. Se você gosta de pintura, curte um bom diálogo sobre crítica artística e quer dar umas risadas, este filme pode ser uma boa pedida. Esperamos que Tim Burton aparece com mais coisas do gênero.

Crítica do filme Birdman | Ironia fina, crítica e direção impecável

O diretor mexicano Alejandro Gonzales Iñárritu ficou conhecido mundialmente por sua “trilogia do caos”, compreendida pelos filmes “Amores Brutos”, “21 Gramas” e “Babel”. Com histórias caóticas, angustiantes e repletas de conexões e reviravoltas, as obras renderam ao cineasta indicações ao Oscar e prêmios no Globo de Ouro e em Cannes.

Até este ano, a última incursão de Iñárritu no cinema havia sido o drama “Biutiful”, lançado em 2011. Agora, o diretor volta à baila com um grande elenco, talvez o mais “estrelado” de todas as suas produções, em “Birdman (ou A Inesperada Virtude da Ignorância)”. Protagonizado por Michael Keaton (“Batman”), o filme ainda conta com as atuações de Edward Norton (“Clube da Luta”), Zach Galifianakis (“Se Beber Não Case”), Emma Stone (“O Espetacular Homem-Aranha”) e Naomi Watts (“O Chamado”).

A trama acompanha a tentativa do ator de cinema Riggan Thomson (Keaton) em criar algum significado em sua vida e se dissociar do super-herói que o consagrou na telona há mais de duas décadas, o Birdman. Para isso, ele parte para o nada amigável mundo do teatro na Broadway, em Nova York, e precisa lidar com problemas familiares, brigas de egos e até mesmo a voz do seu passado glorioso que insiste em assombrá-lo.

Ironia fina e crítica

Antes de ver “Birdman” já é possível sacar uma das grandes ironias do filme: a escolha de Michael Keaton para interpretar o protagonista. Keaton foi o primeiro ator a interpretar um super-herói no cinema, em “Batman” (1989) e “Batman — o Retorno” (1992), filmes de Tim Burton. Assim como Thomson, ele também não emplacou mais nada com a mesma relevância depois de vestir a roupa do Homem-Morcego, algo que não deve assombrá-lo tanto quanto ao seu personagem, mas que não deixa de dar um tempero especial à obra de Iñárritu.

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Se uma face da ironia de “Birdman” é sutil, a outra é crítica. Apesar de mostrar a montagem de uma peça de teatro, o roteiro coescrito pelo diretor não deixa de cutucar a indústria dos filmes de herói e adaptações de histórias em quadrinho que se instalou em Hollywood. Isso aparece com mais ou menos intensidade na trama em vários momentos, outra característica que conta pontos positivos para a película.

Uma aula de direção

Se Iñárritu já havia impressionado os críticos e espectadores de todo o mundo com sua trilogia do caos, em “Birdman” ele parece ter alcançado um patamar ainda maior. Basicamente, o filme é exibido em apenas dois planos sequência — aquele sem corte, no qual a câmera segue os atores e, com isso, vai fazendo a transição de espaço e tempo dentro da trama.

O filme todo se passa em um teatro, na rua em frente ao estabelecimento e em um bar ao lado, o que propicia esse tipo de montagem. Além disso, o trabalho feito com os atores entrando e saindo de cena e também os enquadramentos das câmeras ajudam a dar um ar de peça de teatro a “Birdman” — uma espécie de metalinguagem dentro de uma metalinguagem.

Atuações e trilha sonora não deixam por menos

Se a direção de Iñárritu está impecável, as interpretações que dão vida ao roteiro escrito a oito mãos não ficam para trás. Se Keaton nunca emplacou nenhum grande sucesso equivalente às suas interpretações como o Cavaleiro das Trevas, isso acabou em 2014, com “Birdman”. Norton está, sem nenhuma dúvida, em sua melhor interpretação desde “Clube da Luta” — e olha que ele teve alguns lançamentos dignos de sua carreira nesses últimos 15 anos.

Não por acaso a dupla recebeu indicações para melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente, no Oscar deste ano. O restante do elenco mantém o alto nível e conduz a história sem nenhuma falha, garantindo boas risadas nessa comédia inusitada de um dos grandes diretores latino-americanos da atualidade.

“Birdman” consegue ser engraçado, irônico e entusiasmante, contando uma história repleta de idas e vindas, críticas ao cinema e tecnicamente perfeita, da ótima trilha sonora, composta basicamente por bateria de jazz, até fotografia e direção excepcionais. Quem sabe Iñárritu repita o feito de Alfonso Cuaron e se torne o segundo mexicano a levar para casa a estatueta do Oscar de melhor diretor.

 

Feliz Ano Novo! 15 filmes que você não pode perder em 2015

Depois de um 2014 repleto de filmes que prometiam muito, mas que não agradaram tanto quanto esperávamos (apesar de que tivemos algumas boas surpresas), há um raio de esperança despontando no primeiro dia do ano que está começando.

O dia 1º de janeiro de 2015 é justamente uma quinta-feira e, por ser um dia de estreias, abre o ano com um dos últimos filmes de Robin Willians. É claro que estamos falando de “Uma Noite no Museu 3”, a comédia que vem para encerrar a trilogia e arrancar boas gargalhadas do público.

Este é apenas o primeiro de muitos filmes bons que poderemos conferir nos cinemas em 2015. Na verdade, há, pelo menos, uns cinquenta títulos já anunciados que veremos nas telonas, porém nós resolvemos separar apenas alguns dos que julgamos mais importantes.

Os filmes estão classificados por ordem de estreia e, portanto, isso não significa que o primeiro é melhor que o último. Vale notar que há muitos outros que gostaríamos de colocar aqui, mas isso deixaria a lista gigantesca e este não é objetivo. Agora, chega de enrolação e vamos conferir um pouquinhos das grandes obras de 2015.

Birdman – 22 de janeiro

Indicado em várias categorias do Globo de Ouro, o novo filme de Alejandro González Iñárritu (que você já deve conhecer por 21 Gramas, Babel e Biutiful) traz Michael Keaton no papel de um ator decadente – famoso por interpretar um icônico super-herói que está no nome da película – que faz de tudo para voltar ao sucesso enquanto tenta montar uma peça na Broadway.

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O longa que ainda tem Emma Stone, Zach Galifianakis, Naomi Watts e Edward Norton no elenco vai mostrar as dificuldades do protagonista para recuperar sua família, sua carreira e sua vida enquanto luta com seu ego.

A Teoria de Tudo – 29 de janeiro

Quem vê Stephen Hawking hoje não imagina que ele já teve uma série de aventuras em sua vida. Entretanto, o filme A teoria de Tudo vem para contar justamente sobre seu relacionamento com Jane Hawking (que escreveu o livro que foi usado como base para o roteiro do longa-metragem).

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Neste emocionante filme, vamos conferir Stephen Hawking (Eddie Redmayne) dialogando de forma poética sobre o universo e o amor, enquanto batalha para lutar por sua vida, já que descobre que é portador de esclerose lateral amiotrófica. Imperdível!

Caminhos da Floresta – 29 de janeiro

A Disney como sempre nos fazendo reviver memórias de uma forma inusitada. Desta vez, o estúdio do Mickey Mouse tem o prazer de nos mostrar uma visão moderna dos adorados contos dos irmãos Grimm, cruzando as tramas de algumas histórias e explorando as consequências dos desejos e das buscas dos personagens.

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Este musical emocionante segue os contos clássicos de Cinderela (Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), João e o Pé de Feijão (Daniel Hittlestone) e Rapunzel (Mackenzie Mauzy).

Grandes Olhos – 29 de janeiro

O mais novo filme Tim Burton abandona um pouco aquele lado sombrio do diretor e parte para uma história mais descontraída. Grandes Olhos (Big Eyes) narra os eventos de uma das mais épicas fraudes na História da Arte.

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No início dos anos 1960, o pintor Walter Keane (Christoph Waltz) alcança um sucesso além do que imaginava, revolucionando a comercialização da arte popular com suas pinturas enigmáticas de crianças abandonadas com grandes olhos. A verdade bizarra e chocante seria eventualmente descoberta: os trabalhos de Walter eram criados por sua mulher, Margaret (Amy Adams).

No Coração do Mar – 12 de março

Inspirado no livro Moby Dick (de Melville), este filme estrelado por Chris Hemsworth vem para contar a parte da história que desconhecemos. O longa retrata o momento em que o Essex foi atacado pela baleia gigante que tinha um instinto de vingança quase humano.

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Enfrentando tempestades, fome, pânico e desespero, os homens serão levados a questionar suas crenças mais profundas, do valor de suas vidas à moralidade de sua atividade, enquanto seu Capitão busca orientação no mar aberto e seu Imediato ainda tenta derrotar a grande baleia.

Cinderela – 2 de abril

Depois de Malévola, a Disney vai nos apresentar uma nova visão da história de Cinderela. Como você deve imaginar, o filme segue a vida da jovem Ella (Lily James), que perde seu pai e acaba virando empregada de sua madrasta (Cate Blanchett) e de suas irmãs postiças, Anastasia (Holliday Grainger) e Drisella (Sophie McShera).

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Como já bem sabemos, a sorte de Ella vai mudar muito após ela saber que tem uma fada-madrinha, a qual vai ajudá-la a encontrar um rumo em sua vida ao lado do príncipe encantado. O filme é um prato cheio para todas as princesas que sempre sonharam em ver este grande conto em versão live-action.

Chappie – 16 de abril

Do mesmo diretor de Distrito 9, chega Chappie — com Sigourney Weaver e Hugh Jackman no elenco. O longa-metragem conta a história de Chappie, uma criança talentosa e especial. Daria para dizer facilmente que ele é um prodígio. Ele sofre a influência daqueles que o cercam e tem que confiar em seu coração para moldar sua própria personalidade.

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A grande diferença entre Chappie e os demais é que ele é um robô. O primeiro com capacidade de pensar e sentir. Justamente por isso, ele vai ter que enfrentar forças poderosas que pretendem fazer com que ele seja o último de sua espécie.

Vingadores: Era de Ultron – 30 de abril

Dando continuidade aos eventos apresentados nos filmes anteriores da Marvel, o diretor Joss Whedon (que dirigiu o primeiro filme dos Vingadores) nos apresenta a sequência explosiva que colocará os heróis favoritos de todos frente a um inimigo muito poderoso.

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Com o aparecimento do vilão Ultron, a equipe dos Vingadores tem a missão de neutralizar seus terríveis planos. Alianças complicadas e ação inesperada pavimentam o caminho para uma aventura épica global. Possivelmente, um dos melhores filmes de heróis de todos os tempos!

Mad Max: Estrada da Fúria – 14 de maio

Dirigido por George Miller (o mesmo gênio que comandou os primeiros filmes da série), o novo Mad Max nos mostrará uma história apocalíptica que se passa nos confins do planeta, em um deserto onde a humanidade está desmoronando, e todos os humanos estão lutando loucamente pelas necessidades mais básicas da vida.

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Há dois rebeldes nesta história que se destacam: Max (Tom Hardy), um homem de ação e de poucas palavras, que busca paz para sua mente, e Furiosa (Charlize Theron), uma mulher de ação que acredita que seu caminho para a sobrevivência só pode ser trilhado se ela cruzar o deserto e voltar para sua terra natal.

Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível – 4 de junho

Para quem está cansado das mesmas histórias de sempre da Disney, a empresa promete uma aventura nova recheada de ideias impossíveis. Em Tomorrowland, acompanharemos a história de um cientista desiludido e uma adolescente otimista que embarcam em uma missão repleta de perigos para desvendar os segredos de um local enigmático em algum lugar no tempo e no espaço.

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O trailer mostra pouca coisa, mas já é suciente para empolgar. Sem ter a mínima ideia do que está acontecendo, a jovem protagonista acaba visitando um lugar mágico ao tocar em um misterioso botton. A partir de então, ela vai descobrir que tudo é possível neste lugar inusitado.

Jurassic World — O Mundo dos Dinossauros – 25 de junho

Depois de tantos anos de espera, o parque finalmente abre suas portas novamente. Vinte e dois anos depois dos acontecimento de Jurassic Park (o clássico dirigido por Steven Spielberg), Isla Nublar agora apresenta um parque temático de dinossauros totalmente funcional, conhecido como Jurassic World, o qual foi originalmente pensado por John Hammond.

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Se dinossauros comuns já não eram suficientemente perigosos, o novo filme deve nos mostrar criaturas modificadas geneticamente que podem facilmente dizimar com tudo que está a sua volta. Só o trailer já vende muito, com uma criatura gigantesca que habita embaixo d'água, então não tem como ter dúvidas que a obra completa será sensacional.

Divertida Mente – 2 de julho

No começo de julho, poderemos ver o mais novo filme da Pixar. O primeiro trailer divulgado recentemente mostra que o estúdio tem uma excelente ideia para apresentar ao público. A animação intitulada Divertida Mente recebe tal nome justamente por tratar de vários personagens que representam as diferentes formas de pensar das pessoas.

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Pois é, toda a história se passa na cabeça dos humanos, mas quem comanda o enredo são as emoções, que ganham formas bem características e prometem nos fazer dar boas risadas. Neste filme, vamos acompanhar uma mudança repentina na vida de Riley, uma menininha que vê sua rotina virada do avesso quando seus pais a levam para morar em São Francisco.

Minions – 16 de julho

E os personagens mais engraçados e fofinhos de “Meu Malvado Favorito” finalmente ganham seu próprio filme. Nesta aventura vamos descobrir como se deu o nascimento destes pequeninos e conferir as tantas parcerias com (em geral, mal sucedidas) que eles já fizeram ao longo dos anos.

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Quanto estão prestes a desistir do ramo, um Minion chamado Kevin tem um plano: ao lado de Stuart e Bob, ele decide sair pelo mundo à procura de um novo chefe malvado para que seus irmãos tenham a quem servir novamente. Eles encontram seu novo mestre em potencial: Scarlet Overkill (a vencedora do Oscar Sandra Bullock), a primeira supervilã do mundo.

Jogos Vorazes: A Esperança — Parte 2 – 19 de novembro

Depois da primeira parte (que poderia receber o nome de “A Enrolação”), finalmente vamos ver a verdadeira revolução liderada por Katniss Everdeen. O império construído pelo Presidente Snow finalmente irá por água abaixo e o povo que vem lutando bravamente mostrará que não há mais vez para o estilo de política absurdo empregado pela Capital.

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O filme só chega aos cinemas em novembro, então mesmo quem ainda não viu nenhum dos filmes tem tempo de conferir a história apresentada até agora e ver o capítulo final nos cinemas. A direção, o roteiro e toda a parte técnica continua nas mãos dos mesmos profissionais que fizeram a Parte 1, então podemos esperar um final magnífico.

Star Wars — O Despertar da Força – 17 de dezembro

Encerraremos o ano, e também nossa lista, com um dos filmes mais aguardados da última década. O sétimo episódio da saga Guerra nas Estrelas promete encher os olhos dos fãs com efeitos especiais de última geração, jedis incrivelmente habilidosos, novos sabres de luz, naves capazes de fazer manobras impossíveis e um universo ainda mais amplo.

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Os detalhes sobre “O Despertar da Força” ainda são escassos, mas não temos dúvida de que muita coisa boa vem por aí. A estreia foi marcada para uma época propícia já que muita gente estará de férias, uma pena que esteja tão longe. Vale ficar ligado o ano todo aqui no Café, porque a Disney vai soltar novidades aos poucos para nos deixar ainda mais na expectativa.

Um ano recheado de coisas boas!

Bom, esses são apenas alguns dos tantos filmes que veremos nas telonas em 2015, mas é claro que estamos ansiosos para ver Invencível (que é o mais recente filme dirigido por Angelina Jolie), Sniper Americano (com Bradley Cooper no papel principal e comandado por Clint Eastwood) e Foxcatcher (que promete atuação absurda de Channing Tatum).

Não podemos finalizar sem falar de O Destino de Júpiter (dos mesmos criadores de Matrix), Bob Esponja – Um Herói Fora D'Água, Corações de Ferro (com Brad Pitt no papel de um sargento linha dura), Insurgente, Peter Pan, o novo Exterminador, a versão live-action de Mogli, o Pequeno Príncipe e, por fim, O Marciano (nova ficção de Ridley Scott que nos levará ao Planeta Vermelho).

Ufa! É coisa boa que não acaba mais. Agora, conte para nós, qual é o filme que você quer muito ver nos cinemas em 2015?

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Desejamos que 2015 seja tão perfeito quanto um filme, em que você será o protagonista e vivenciará aventuras, emoções, boas surpresas e muitos finais felizes. Estes são os votos de toda a equipe do Café com Filme :)

Grandes Olhos | Trailer legendado e sinopse

Grandes Olhos (Big Eyes) conta a história verdadeira de uma das mais épicas fraudes na História da Arte. No final dos anos 1950 e início dos 1960, o pintor Walter Keane (Christoph Waltz) alcança um sucesso além do que imaginava, revolucionando a comercialização da arte popular com suas pinturas enigmáticas de crianças abandonadas com grandes olhos.

A verdade bizarra e chocante seria eventualmente descoberta: os trabalhos de Walter não eram criados por ele, mas por sua mulher, Margaret (Amy Adams). Os Keanes, ao que parece, viviam uma mentira colossal que enganou a todo o mundo.

Uma história incrível demais para ser ficção, Grandes Olhos é centrado no despertar de Margaret como artista, o sucesso fenomenal de suas pinturas e sua relação tumultuada com o marido, que foi catapultado à fama internacional levando o crédito pelo seu trabalho.

Tim Burton confirma a continuidade de "Os fantasmas se divertem"

O ator Michael Keaton já vem negociando com Tim Burton sobre a tão aguardada sequência de "Os fantasmas se divertem", filme de comédia e terror que estreou no ano de 1988 sendo bem apreciado pelo público brasileiro. A obra foi vencedora do Óscar de melhor maquiagem e indicada para disputar duas categorias do BAFTA.

Os rumores que começaram a circular há dois anos estão agora se confirmando, para alegria dos fãs do Besouro-Suco. Após “Grandes Olhos” ganhar três indicações para o Globo de Ouro em uma época de tanto sucesso na parceria entre os dois, a ideia de fazer renascer o clássico está muito mais próxima de se concretizar. 

Keaton trocou e-mails com Burton durante esse tempo, sempre afirmando que interpretar o fantasma novamente seria algo que ele gostaria muito. E o sentimento parece recíproco:  "Besouro-Suco  é um personagem que eu amo e sinto falta e eu tenho saudades de trabalhar com Michael”, disse Burton em entrevista ao site Coming Soon. 

O diretor também disse estar trabalhando num roteiro que o coloca mais perto do que nunca da realização desse projeto, embora ainda concentrado nos frutos de sua mais recente produção.

5 curtas de diretores famosos que você pode assistir no YouTube

Hoje em dia, é bem normal que as pessoas recorram à internet para assistir a filmes, seriados e outras produções destes gêneros. Esse tipo de iniciativa não é exatamente lícita, mas nós, do Café com Filme, sabemos que a vida não tá fácil e que nem sempre sobra uma grana bacana para ser investida em cultura – afinal de contas, a cerveja está cada vez mais cara...

Acontece que algumas obras são disponibilizadas de forma oficial e gratuita na internet, como é o caso de alguns curtas feitos por diretores renomados e que foram postados de maneira completa no YouTube (sim, o site de vídeos engraçados da Google apresenta conteúdo de qualidade). Abaixo, você pode conferir cinco produções bacanas e que podem ser “consumidas” sem custo algum.

Ah, e antes que eu me esqueça, esses vídeos estão em inglês, a grande maioria deles sem legendas em português. Além disso, a seleção feita pelo Café é baseada na coletânea montada pelo pessoal do site Taste of Cinema – clique aqui para conhecer quase 30 curtas bem interessantes e de forma gratuita.

1. Muito sangue e fogo

“My Best Friend’s Birthday” é um curta feito por Quentin Tarantino, aquele cara que fez “Djano Livre”, por exemplo, e que enche os seus filmes de sangue e histórias legais. Essa produção era pra ser um filme regular, mas um incêndio acabou com o material gravado e o que sobrou foi a meia hora que você pode assistir acima. Além disso, a história o enredo é um romance contado no estilo “Pulp Fiction”.

2. Um pouquinho de bizarrice

Acima, você vai encontrar uma animação de 1982, feita por Tim Burton, diretor famoso por criar realidades um tanto quanto sombrias e melancólicas. A história, que já é relativamente conhecida por quem admira Burton, conta a trajetória de um garoto estranho chamado Vincent Malloy, que parte em uma espécie de jornada para ser mais parecido com o seu herói, Vincent Price.

3. Agora, um pouco mais de cor

John Lesseter é um diretor premiado e que trabalha com animações, com um currículo que passa por Pixar e Disney – ou seja: ele não é pouca bosta, sendo o responsável por filmes como “Toy Store” e “Carros”. Antes de tudo isso, ele embarcou em algumas aventuras pequenas e o curta “The Adventures of André and Wally B”, de 1984, é um exemplo disso. Confira a jornada dos dois amigos logo acima.

4. Um início...

“Doodlebug”, curta de 1997, é um dos primeiros passos de Christopher Nolan na produção de filmes. O vídeo, que tem quase 3 minutos de duração, mostra um homem adulto acordando como se fosse uma criança. Ele está com o seu corpo pronto para praticamente qualquer coisa, mas é necessário descobrir como o mundo é aos poucos. Apesar de isso tudo parecer bizarro, a histórias de “wild child” estão presentes há tempos na sociedade – e elas dizem respeito a pessoas que foram isoladas da sociedade e do contato humano até a idade adulta.

5. Ciência e loucura, cara

Se você curte o trampo de James Cameron, já sabe que ele investe pesado em histórias de ficção científica. O curta “Xenogenesis” mostra que essa preferência acontece há muito tempo. O enredo, de 1978, se passa em um universo pós apocalíptico e da tentativa de pessoas sobreviverem depois de muita treta. 

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