Omar Sy - Café com Filme

Tire esse Dia do Trabalho para assistir os outros trabalhando

Acreditem se quiser, essa galera não tira folga nem no Dia do Trabalho. HBO e Telecine Play prepararam uma seleção de filmes para esse feriado de 1º de Maio aproveitando essa temática - e o nosso tempo livre típico de um feriado.
Telecine Play

O Telecine Play, por exemplo, listou produções com trabalhadores, que, por seu esforço, talento e sensibilidade, se destacaram nas funções que escolheram. Na plataforma online do Telecine, as rotinas de profissionais bem-sucedidos poderão ser vistas a qualquer momento.

Confira os filmes disponíveis!

Jobs

Steve Jobs foi um dos empreendedores mais visionários da história mundial recente. A produção conta como um garoto meio hippie, com pouco foco nos estudos, se tornou o poderoso presidente da Apple.

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Nessa trajetória profissional, sua personalidade forte e obsessiva o fez ganhar admiradores e também muitos desafetos.

Rush - No Limite da Emoção

Os anos dourados da Fórmula 1 são movimentados pela rivalidade entre o metódico e brilhante piloto Niki Lauda e o playboy bonitão James Hunt. A disputa entre eles chegou ao auge em 1976, quando ambos correram vários riscos pelo título de campeão mundial.

As Sufragistas

Quando as mulheres ainda não tinham direito a voto no Reino Unido, no início do século 20, um grupo feminista decide quebrar vitrines e queimar objetos pela cidade para que suas vozes sejam ouvidas.

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A trabalhadora Maud se junta a elas e acaba sofrendo graves consequências na luta por direitos.

Crítica do filme As Sufragistas

Joy - O Nome do Sucesso

O filme que rendeu o Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar de Atriz em 2016 para Jennifer Lawrence, é inspirado na história de vida de Joy Mangano, uma das maiores inventoras dos Estados Unidos.

Desde criança, ela sempre gostou de inventar coisas. Adulta, ela precisa lidar com a responsabilidade de ser mãe solo em uma família disfuncional. Ao criar um esfregão autolimpante, a jovem vislumbra o sucesso que a nova invenção pode lhe proporcionar.

Crítica do filme Joy - O Nome do Sucesso

Pegando Fogo

Após um período isolado em Nova Orleans, o chefe de cozinha Adam Jones parte para Londres com o objetivo de conquistar a terceira estrela no guia Michelin de restaurantes.

Crítica do filme Pegando Fogo

Intocáveis

Philippe é um milionário francês tetraplégico que contrata Driss, um homem da periferia, para ser seu acompanhante. Apesar da aparente falta de preparo e vontade para o trabalho do rapaz, à medida que ele e o patrão vão se conhecendo, a relação, antes profissional, cresce. Essa amizade improvável mudará a vida dos dois.

Trumbo: Lista Negra

Apesar do enorme prestígio em Hollywood, o roteirista Dalton Trumbo acabou preso por se recusar a colaborar com o Comitê de Atividades Antiamericanas do Congresso norte-americano.

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Sob a acusação de ser comunista, ele foi incluído em uma lista negra e, mesmo após sair da cadeia, enfrentou um forte boicote e teve parentes e amigos envolvidos em escândalos. Ainda assim, seguiu trabalhando sem assinar seus roteiros.

Veja a crítica do filme Trumbo: Lista Negra

Perdido em Marte

Após uma tempestade em Marte, o astronauta Mark Watney é dado como morto e abandonado por seus colegas da missão ARES III. Em um planeta hostil, sem recursos e com suprimentos escassos, ele sobrevive e precisa encontrar um jeito de sinalizar que está vivo. Depois que isso acontece, na Terra, a NASA e uma equipe de renomados cientistas se unem para trazer de volta "o marciano" em uma missão quase impossível de resgate.

Veja a crítica de Perdido em Marte

Brigada 49

O jovem bombeiro Jack Morrison tem como mentor o capitão Mike Kennedy na Brigada 49 de Baltimore. Além de arriscar sua vida todos os dias, muitos dos sacrifícios que faz prejudica a relação com sua família. Quando ele fica preso num prédio em chamas os companheiros farão de tudo para salvá-lo.

Sob Pressão

Em um hospital público, o dr. Evandro lidera uma equipe formada pelos médicos Paulo e Carolina. Em um dia tenso, eles precisam realizar cirurgias em um traficante, um policial e uma criança. Com poucos recursos, a pressão se torna maior já que os três foram feridos em um tiroteio na favela próxima.

Pontes dos Espiões

O longa conta a história do advogado James Donovan. Ele recebe a missão de defender o espião britânico Rudolf Abel, acusado pelos americanos de trabalhar para os soviéticos.

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Inexperiente na área, Donovan se vê no centro da tensa relação entre Estados Unidos e União Soviética naquele período ao ser mandado a Berlim para intermediar a troca de Abel por um prisioneiro americano.

Crítica do filme Ponte dos Espiões

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Com uma linha mais focada em documentários e produções, por sua vez, a HBO Latin America selecionou conteúdos da plataforma HBO GO que podem interessar aos profissionais de diversas áreas.

As atrações listadas abaixo apresentam dicas, trazem curiosidades e inspiração para quem trabalha com cinema, direito, fotografia, história, jornalismo, saúde, tecnologia da informação e para todas as pessoas que querem apenas assistir a um bom filme, série ou documentário. Check it out!

Nora Ephron - Tudo É Cópia

O documentário Nora Ephron - Tudo É Cópia traz um olhar sobre a vida e a obra da escritora e cineasta Nora Ephron. Escrito e dirigido pelo seu filho, Jacob Bernstein, a produção apresenta entrevistas com algumas das pessoas mais próximas dela, incluindo as três irmãs e personalidades como Mike Nichols, Tom Hanks, Meg Ryan, Steven Spielberg e Meryl Streep.

Retrato de Mike Nichols

É um tributo ao dono de uma das maiores mentes criativas dos Estados Unidos: o diretor de cinema Mike Nichols, falecido em novembro de 2014.

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O documentário original HBO mostra uma conversa íntima entre ele e seu amigo Jack O’Brien no Golden Theatre na Broadway.

The Night Of

Apresentando um olhar contemporâneo sobre o crime, a presunção de culpabilidade e o sistema de prisões urbanas, The Night Of investiga um complicado caso de assassinato na cidade de Nova York com fortes conotações culturais e políticas. Composta por oito episódios, ao ser exibida na TV, a minissérie protagonizada por John Turturro e Riz Ahmed foi tema de debates entre estudantes e profissionais do Direito.

Falcone

O drama elembra os episódios da vida de Giovanni Falcone, o juiz italiano especializado em processos contra a máfia siciliana. O trabalho incansável do magistrado deu resultado e, graças ao testemunho do mafioso Tommaso Buscetta, ele conseguiu condenar 344 integrantes da organização criminosa. Mas pagou um preço alto por isso e foi assassinado em 1992.

Mapplethorpe: Look at the Picture

A dica de documentário para os estudantes de fotografia é Mapplethorpe: Look at the Pictures. O filme segue a vida do polêmico fotógrafo Robert Mapplethorpe, expoente da pop art, desde sua ascensão meteórica em Nova York até a sua morte.

Maria Antonieta

Parte importante da história da França é contada no filme dirigido por Sofia Coppola. Com apenas 14 anos, a ingênua Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada da Áustria à França para se casar com Luis XVI, numa tentativa de estreitar os laços entre os dois inimigos históricos.

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Sozinha e pouco preparada para os infortúnios da política, ela se transforma na rainha mais incompreendida da França. 

Spotlight – Segredos Revelados

Vencedor do Oscar de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original em 2016, o drama mostra um grupo de jornalistas em Boston que reúne milhares de documentos capazes de provar casos de abuso de crianças protagonizados por padres católicos.

Órfãos do Ebola

O documentário original HBO relata a história de Abu, um menino de 12 anos de uma aldeia de Serra Leoa, que perdeu oito membros da família por causa do vírus Ebola. Filmado em quatro meses, desde o auge da epidemia até o início do ano letivo, a história de Abu reflete a incrível realidade daqueles afetados pela doença.

Crítica do filme Guardiões da Galáxia Vol.2 | O mix continua awesome!

O 15º filme da Marvel Studios deu para James Gunn um desafío de Schrödinger. Fácil e difícil ao mesmo tempo.

Fácil por que uma sequência de Guardiões da Galáxia — um filme que é quase unanimidade entre fãs e não fãs da Marvel — é relativamente tranquila de fazer. Todo mundo (ou  ̶a̶s̶ ̶p̶e̶s̶s̶o̶a̶s̶ ̶l̶e̶g̶a̶i̶s̶ a maioria das pessoas) já ama os personagens, a “vibe” e o universo estabelecido no primeiro longa.

E difícil justamente pelos mesmos motivos! Como lidar com a pressão e a responsabilidade de entregar um produto de igual qualidade ou (de preferência) ainda melhor que o primeiro? E a solução do James Gunn e de toda a equipe criativa de "Guardiões da Galáxia Vol.2" foi: “Mais cores, mais ação, mais drama, mais piadas, mais Guardiões”.

E isso é ótimo. Mas vamos com calma

Eu amo seus galhos, mas cadê seu coração?

Antes de tudo eu já digo que Guardiões da Galáxia 2 é um dos filmes mais intimistas da Marvel Studios e com certeza o mais intimista da tropa até agora.

O diretor e roteirista James Gunn já disse que Guardiões vai ser uma trilogia e que ele pretende contar a história desse grupo em três atos. E bom, pelo que vemos no segundo ato, ele está fazendo isso direito.

No primeiro, a gente conhece Peter Quill, Gamora, Drax e a dupla Rocky e Groot, e acompanhamos essa tão incomum “família” se desenvolver, mas é tudo muito breve, coisas precisam ser explodidas e a galáxia precisa ser salva e danças precisam ser dançadas. O filme termina e eles acabam sorrindo e juntos na nave singram para qualquer que sejam as aventuras que os esperam. Muito lindo, né?

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Pois é, mas eles não eram um bando de desajustados que não combinam em nada um com o outro? Como assim que agora eles se amam e tudo na vida deles vai ser muito massa? Pois é. É ai que entra a beleza de Guardiões da Galáxia 2. É ai que entra a beleza do 2º de 3 atos dessa história cósmica.

A relação entre o grupo se estreita e tudo o que você pensa é “meu, como que esses caras ainda estão juntos?” Eles não se aguentam, se xingam, não se entendem e até parece que se odeiam. Porque é como eu já disse. Eles são muito diferentes (tipo, até de espécies diferentes). E se eles vão ter que enfrentar um 3º ato juntos, muita coisa precisou ser resolvida nesse 2º.

E o filme toma o cuidado de dar para cada personagem uma carga dramática mais aprofundada. Mesmo que tudo tenha que parar pra que isso possa acontecer. As cores vibrantes, as piadas e todo o universo aberto dão espaço pra gente poder conhecer, de verdade, o que se passa dentro da cabeça e do coração de cada um dos personagens, desde o turrão e sarrista Drax até a alma inocente do pequeno Baby Groot. Todos tem o seu momento, e é impossível de não criar empatia com pelo menos um dos dramas internos vividos por eles.

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Claro que o protagonista ainda é o Peter Quill, e coisas extremamente importantes para sua personalidade acontecem durante a trama, mas é tudo spoiler. Então veja logo o filme pra gente poder conversar melhor (serião, quero perguntar sobre o que você achou de uma parada que acontece). Mas isso não deixa os outros personagens de lado, ou não significa que suas particularidades foram menos desenvolvidas, muito pelo contrário.

O desenvolvimento do Rocket Raccoon, por exemplo, é algo realmente bonito de acompanhar. E esse bichinho com certeza tem alguns problemas que precisavam de atenção. E isso porque nem vou falar muito da relação entre irmãs Gamora/Nebulosa, que rende cenas onde feridas e mágoas são expostas. Mas também não posso falar muito disso. O filme te mostra todas as maravilhas de um universo multicolorido e todas as mais absurdas situações, mas no fim das contas, seus olhos se voltam para os personagens, e é deles a maior importância.

Tem piadas - Lide com isso

Falando assim parece que tô falando de um Manchester by the Sea da vida, de tão dramático. Mas não se engane. O filme tem uma piada a cada 3 minutos de duração. Exagero essa conta? Talvez um pouco. Mas é mais ou menos isso. O que pra mim foi um dos pontos que pesou um pouco (o “lide com isso” do título é tão pra mim quanto pra você).

Eu realmente não gosto muito desse vício/obrigação de quebras de clima com piadas que a Marvel insiste em fazer em todos os filmes. Tudo bem lidar tudo com humor, mas tem vezes que você pensa: “poxa vida Marvel, não faz piada agora cara… Olha só o que tá rolando, nem tem como ter piada agora”, mas ai ela vai lá e faz piada mesmo assim, como se nem tivesse ouvindo você pedir.

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Então se pra mim o filme tem um defeito, é esse e exatamente esse. O excesso de piadas em timming errado. (Sério Marvel, é massa as piadas, mas vamos achar outro jeito ai de quebrar climas…)

Star Wars com LSD

E o filme é bonito, hein? Na proposta de se fidelizar com os quadrinhos cada vez mais, o filme aposta em cores vibrantes e uma paleta extraída das melhores páginas de uma HQ da década de 60 desenhada por Jack Kirby. O deslumbre visual das cores da galáxia é caleidoscópio e o filme apresenta soluções visuais muito criativas e que enchem os olhos.

Alguns podem ver o defeito do excesso nessa parte, assim como eu achei com as piadas, mas existem cenas que não dá pra negar a beleza do que está sendo mostrado. Se você gosta dos efeitos de lasers ou das cores dos planetas em Star Wars, se prepare pra tomar uma overdose em Guardiões da Galáxia 2.

“Capitão América não aguenta a chegada  de tantas referências em Guardiões da Galáxia 2 e desmaia ao vivo”

Essa é uma das minhas partes preferidas. O tanto de referências ao universo dos quadrinhos que tem nesse filme não está no gibi! E elas aparecem de forma que não atrapalha o andamento ou o entendimento do filme como um todo. Quem conhece o personagem (ou a citação, ou o lugar) dos gibis, vai olhar e falar “nossa, olha só que legal, eu vi o que vocês fizeram aí!” (Só não fale se estiver no cinema, por favor).

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Mas caso você nunca tenha aberto um gibi na vida, você vai curtir o filme do mesmo jeito, porque, ou o filme te explica quem é o personagem assumindo mesmo que você está vendo ele pela primeira vez, ou o personagem está tão no canto ou no fundo, que não passa de um “ah, outro bichinho gozado ali fazendo traquinagens”. E o filme todo é um balde de referências até o fim dos créditos com nada modestos 5 cenas pós (durante) créditos! O gerente ficou maluco!

Mas e aí?

Guardiões da Galáxia 2 fideliza seus fãs e os amarra para o já anunciado terceiro e último filme do grupo, conta uma história que avança com a história geral desses personagens, responde muitas perguntas, agrada os fãs de quadrinhos e os fãs da franquia cinematográfica isoladamente…

É um filme que você precisa aceitar muita coisa absurda e é um filme que você precisa ver com o coração e com inocência (apesar das piadas de pênis).

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No fim das contas não tem erro. Se você gostou do primeiro longa-metragem e gosta dos filmes da Marvel em geral, não tenho dúvidas que você vai gostar de "Guardiões da Galáxia Vol.2", que tem tudo o que tem no primeiro, só que mais e maior e mais exagerado. O que é ótimo.

Maratone-se! Veja dicas de sagas inteiras de filmes disponíveis na Netflix

Mais um final de semana chegou acompanhado de feriado e, pra quem, como nós, mora em Curitiba e está entregue ao sofá e ao cobertor neste Tiradentes frio e chuvoso, a situação se torna perfeita para uma maratona de filmes ou séries.

Quem sabe não é a oportunidade perfeita para ver de cabo a rabo aquela sequência que você queria muito ver na ordem, mas vem adiando por falta de tempo? Pois bem, vasculhamos a Netflix e percebemos que várias sagas e trilogias estão disponíveis para ver na íntegra no site de streaming. Então, por quê não aproveitar?

Confira algumas das nossas sugestões!

De Volta para o Futuro

Por Lu Belin

Um dos maiores geradores de memes, desde antes do surgimento dos próprios. Ou será que é tudo isso um paradoxo temporal? Não sei... o que eu sei é que, não importa que ano seja esse, o que importa é que você precisa ter essa trilogia no seu repertório. Se ainda não viu, então está aí o timing perfeito. Se já viu, não tem problema, é sempre bom rever.

De Volta para o Futuro é uma das raras produções em que todos os três filmes da trilogia são bons. O primeiro segue sendo o melhor, é claro, mas as duas sequências conseguem inovar e manter a brincadeira com a viagem no tempo de um jeito divertido e cheio de reviravoltas.

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No primeiro longa-metragem, a bagunça chega toda de DeLorean, quando o Doc Brown mostra sua engenhoca a Marty McFly (Michael J. Fox), que decide usar o equipamento para mudar apenas algumas coisinhas no seu passado. Algumas coisas saem diferente do planejado, e ele vai precisar de mais alguns passeios entre passado e futuro para consertar o que deu errado.

Com um elenco sensacional e que marcou época, é uma verdadeira comédia atemporal, que até hoje diverte crianças, jovens e adultos de todas as idades. Vai perder?

MIB – Homens de Preto

Por Fábio Jordão

Seja você um fã de aliens ou de filmes que misturam ação, comédia e ficção; não tem melhor sugestão do que “MIB – Homens de Preto”. A famosa franquia estrelada por Will Smith e Tomy Lee Jones trata sobre uma organização secreta governamental que vigia a chegada de seres de outro planeta e resolve os pepinos da forma mais engraçada e dificultosa.

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Apesar de tratar sobre ETs, todo o plano de fundo da história se dá aqui na Terra, onde os agentes Jay (Smith) e Kay (Jones) devem lidar com as ameaças mais terríveis, ao mesmo tempo em que precisam encobrir os fatos para evitar que os humanos saibam da existência de vida extraterrestre.

A série “MIB” conta com apenas três filmes, sendo que o último saiu em 2012 — um bocado de tempo após os primeiros. O tom de humor é sempre constante e o episódio final tem boas surpresas, com a participação de Josh Brolin e até viagens temporais. Boa maratona no Netflix e abra os olhos, pois os aliens estão por aí e o governo nega ter conhecimento!

Muitos Homens e Um Segredo

Por Fábio Jordão

A sua praia é planos mirabolantes, homens exuberantes e muitas aventuras em Las Vegas? Então, a melhor sugestão de maratona para este feriadão é a saga “Muitos Homens e Um Segredo”. O primeiro filme é “Onze Homens e Um Segredo” e data lá de 2001, quando a trupe se resumia a onze rapazes pomposos, incluindo George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon.

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De lá para cá, a série ganhou mais dois filmes, sendo que o grupo aumentou para “Doze Homens e Outro Segredo” e depois, obviamente, para “Treze Homens e Um Novo Segredo”. Nas tramas, Danny Ocean (Clooney) sempre elabora truques para a equipe faturar milhões e deixar os cassinos com os cofres vazios.

As continuações mudam o cenário de Las Vegas para ambientes na Europa, mas os assaltos continuam muito intensos e cheios de aventuras. Os filmes prendem a atenção do espectador com múltiplas câmeras que mostram as armações de várias perspectivas, mas é claro que sempre alguma coisa pode fugir do controle e dar muito errada. Embarque nesta maratona no Netflix e se prepare para muita adrenalina!

O Poderoso Chefão

Por Lu Belin

Algum dia, e esse dia pode nunca chegar, mas algum dia... alguém vai cobrar de você a questão: já assistiu à trilogia do padrinho, “O Poderoso Chefão”? Pois bem, aproveite essas nove horas que você vai ter sobrando e embarque na história dos Corleone.

O filme retrata a saga da família mafiosa siciliana para se manter no poder no período pós-guerra, desde seu patriarca Don Vito (Marlon Brando), até seus herdeiros e familiares que vão sendo retratados nas sequências.

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O primeiro longa-metragem da trilogia, lançado em 1992, foi indicado ao Oscar em dez categorias, levando três das premiações, incluindo a de Melhor Filme. Dirigido por Francis Ford Coppola, “O Poderoso Chefão” já se tornou um clássico moderno do cinema e não pode faltar na sua lista!

E os demais filmes da sequência não deixam muito a desejar, mantendo o clima de tensão, tretas e muitos, muitos tiroteios e enganações dentro e fora da família. Para quem é fã de filmes antigos então, é  um título imperdível!

Star Wars

Por Carlos Augusto Ferraro

E aí, já assistiu ao primeiro teaser trailer de Star Wars Episódio VIII? Já conferiu o PodCafé que “Stá Uó”? Já entendeu tudo sobre, os Jedi, os Siths e os Greys? Já conhece toda a genealogia da família Skywalker? Bem, se a resposta for não, para qualquer uma dessas perguntas, está na hora de ativar o hiperpropulsor e correr pra tirar o atraso. 

A Netflix conta com os seis primeiros filmes da franquia, do Episódio I ao VI, além das animações Clone Wars e Rebels. Ótimo, tudo pronto é só apertar o play… mas, por onde eu começo mesmo? Muito bem, a verdade é que não existe uma ordem “certa” para se assistir a saga, mas aqui vai a cronologia principal da franquia:

Prólogos

Interlúdio

Trilogia original

Nova trilogia

Você pode assistir aos filmes na ordem cronológica da saga, no entanto, há quem diga que a melhor forma de assistir é acompanhando o lançamento original, mantendo assim o impacto das grandes revelações e viradas da trama. Para assistir nessa ordem comece com a trilogia original (episódios IV, V e VI), siga com o prólogo (episódios I, II e III) e emende com o filme A Guerra dos Clones e as séries de animação.

Mas essas não são as únicas formas de se experimentar a saga. Uma maneira que ganhou popularidade é a “Machete Order”. Proposta por Tod Hilton, a sequência imagina toda a série como um único grande filme, mas exige que você realize uma pequena edição, “enxertando” os filmes no meio da maratona.

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Você começa assistindo a trilogia original, e assim que Darth Vader fizer sua grande revelação -- durante o duelo em Bespin, na Cidade das Nuvens, perto do final de O Império Contra-Ataca -- você para tudo e assiste aos prólogos, compreendendo tudo o que aconteceu com Darth Vader, seu passado e suas motivações, e depois volta para o exato momento de Episódio V: O Império Contra-Ataca em que você parou, como se tudo fosse um grande "flashback".

A ideia é boa, mas um tanto trabalhosa. Independente da forma que você escolher o importante é se lembrar que a força estará com você… sempre!

Transformers

Por Carlos Augusto Ferraro

Não é brinquedo não. Sem muito esforço, a franquia Transformers está prestes a passar a marca de 4 bilhões de dólares. Baseada na popular linha de brinquedos homônima da Hasbro, os filmes se inspiram e expandem a mitologia criada nas antigas séries animadas e histórias em quadrinhos que mostram a saga da raça de máquinas sencientes do planeta Cybertron.

Transformers (2007), Transformers: A Vingança dos Derrotados (2009), Transformers: O Lado Oculto da Lua (2011) e Transformers: Era da Extinção (2014), dirigidos por Michael Bay, nos apresentaram o conflito dos Autobots e Decepticons, duas facções rivais de uma raça alienígenas robótica que chegam à Terra após a destruição de seu planeta.

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“Camuflados” como carros, aviões e até mesmo dinossauros, os robôs passam despercebidos, até que o líder Autobot, Optimus Prime, auxiliado por alguns humanos, é obrigado a retomar a guerra Cybertroniana contra Megatron (ou Galvatron, em sua forma evoluída) e seus Decepticons, para impedir que a Terra tenha o mesmo destino que o seu planeta natal.

Se você não entendeu nada essa é a deixa para assistir todos os títulos antes da estreia do quinto filme da série, Transformers: O Último Cavaleiro, que chega aos cinemas em junho. Todos os filmes são dirigidos por Michael Bay, que deixa sua assinatura bem legível ao logo da franquia, ou seja muitas explosões, perseguições alucinantes e efeitos especiais de ponta.

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Além destas super maratonas, também estão disponíveis na Netflix sequências e sagas de outros gêneros, como filmes da franquia "Atividade Paranormal", produções inspiradas em quadrinhos Marvel e DC, além de trilogias baseadas em mangás e histórias orientas, entre muitas outras. Escolha seu gênero e aproveite o feriadão!

Crítica do filme John Wick: Um Novo Dia para Matar | Ele não sabe brincar

Keanu Reeves tem uma carreira marcada por altos — pode por na conta “Velocidade Máxima”, “Advogado do Diabo”, “Matrix” e “Constantine” — e baixos vergonhosos, como “Os 47 Ronins”.

Depois de um tempo afastado das câmeras, ele perdeu a credibilidade. Felizmente, em 2014, o cara deu a volta por cima com um filmão chamado “De Volta ao Jogo” (que claramente servia como um título para a própria carreira dele).

Neste novo projeto, Reeves retornava aos cinemas interpretando um homem chamado John Wick, que deixou a vida do crime para viver uma vida pacata com sua esposa. Para seu azar, a esposa faleceu e tudo que lhe restou foi um cachorrinho fofinho e um carro possante.

É claro que alguém tinha que tirar o sossego do rapaz. Foi nesse momento que o mundo conheceu o verdadeiro John Wick. Aí, após quebrar dezenas de ossos, acertar centenas de tiros, maltratar capangas de forma impiedosa e conseguir a tão almejada vingança, o cara novamente teria uma chance de curtir a vida em casa numa boa.

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Todo mundo já sabia que a história não seria bem assim, afinal, mais filmes significam mais dinheiro. Agora, em “John Wick: Um Novo Dia para Matar”, este assassino insano é forçado a deixar a aposentadoria por motivos de “envolvimento com vagabundos que lhe colocaram numa sinuca de bico”.

A missão é matar uma pessoa em Roma, seguindo as ordens de um criminoso que pretende tomar o controle do clã de assassinos internacionais. Após completar a tarefa, John Wick estará liberto do pacto de sangue e desta organização secreta. Será que ele vai conseguir? Teria Keanu Reeves encontrado sua mina de ouro numa franquia de filmes belicosos?

Roteiro em função da violência

Uma das regras fundamentais para curtir um filme de ação é entender a proposta da coisa e mergulhar no universo apresentado sem questionar os rumos do roteiro. Essa já era uma máxima em “De Volta ao Jogo”, em que conhecíamos um personagem motivado a destruir meio mundo por conta de seu cachorro e seu carro.

É claro que nesta continuação, John Wick se mostra ainda mais centrado na violência e não precisa de razões para espancar todos que vê pela frente. Não só isso, mas ele apresenta táticas de combate aperfeiçoadas que são bem aproveitadas em cenas incrivelmente orquestradas para deixar qualquer um boquiaberto.

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O problema de um roteiro desses é que a gente não tem muito que presumir ou tentar adivinhar. Como um título que apenas quer mostrar os incríveis poderes de John Wick, o script se mostra bastante superficial, já que o filme divaga em um universo paralelo, onde todo mundo está armado até os dentes e somente o escolhido pode arrebentar todos na bordoada.

Ok, o roteiro tem uma ordem de fatos a ser seguida, com cenários que funcionam dentro da trama, mas os diálogos são tão rasos e, apesar de ter alguma lógica, não há muita coerência com a realidade, que o espectador fica apenas observando a violência gratuita, ainda que isso não faça o menor sentido.

Na porrada, ele não tem limites

Dito tudo isso, é verdade que o fator perigo não existe aqui, pois, como já vimos no primeiro filme, John Wick é simplesmente imbatível. A gente entra no cinema com a certeza de que ele vai tomar uns tiros e tal, mas nada de mal vai acontecer ao bonitão que sabe todos os truques de lutinha e manja de realizar headshots com perfeição.

Keanu Reeves está sensacional do começo ao fim. Ele parece um verdadeiro lutador e incorpora todo o estilo John Wick novamente e faz até melhor do que já vimos no primeiro filme. Sim, não é preciso grandes expressões ou atuações, mas o movimento corporal se faz fundamental, algo que também requisita muito empenho do ator.

No entanto, novamente falando dessa questão da proposta, é preciso ponderar que em momento algum o filme quer ser inteligente, então o negócio é aproveitar esse show de combates corpo a corpo e incríveis sequências com muitas armas. Só é uma pena mesmo que o roteiro não vá além de apenas alguns arranhões ao protagonista. Os vilões não têm força ou habilidade para competir muito, então alguns combates são rápidos.

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Nessa galhofada toda, o longa-metragem dirigido por Chad Stahelski apenas deixa de lado qualquer seriedade e resolve apresentar Laurence Fishburne num papel inusitado para deixar a história ainda mais absurda. É uma coisa tão sem argumento que a gente só aceita e entra na onda, fica até engraçado.

A produção é caprichada para entregar cenas de ação de qualidade. Figurino, efeitos especiais, trilha sonora e demais detalhes (com um colorido bem marcante, numa mescla de cores predominante entre o vermelho e o azul) são pensados para deixar o espectador com a adrenalina lá em cima — há uma cena durante um show que ficou sensacional, ainda que a apelação ajude a atrair ainda mais a atenção do público masculino.

É isso, “John Wick: Um Novo Dia para Matar” consegue ser ainda mais aventureiro, cheio de ação, veloz (com direito a cenas com veículos bem ousadas), violento ao extremo e animado do que seu antecessor. Não espere nada diferente disso, pois não o roteiro superficial não quer ser diferentão. Compre sua pipoca e só curta a porrada comendo solta!

Crítica do filme A Cura | Ironicamente, um filme doente

Do versátil diretor Gore Verbinski (“O Chamado”, “Piratas do Caribe”, “Rango” e, um dos meus filmes preferidos da sessão da tarde, “Um Ratinho Encrenqueiro”) surge: “A Cura”. Um thriller que mistura terror, ação, mistério, gore, fantasia e enguias, claro.

O filme começa com o jovem e bem sucedido Lockhart (Dane DeHaan) indo para uma clínica na Suíça atrás de um figurão de sua empresa por motivos corporativos. Acontece que a clínica é cheia de estranhezas e nada ortodoxa, com pessoas estranhas internadas e pessoas mais estranhas ainda no corpo clínico local.

O (im)paciente Lockhart, desconfortável com o lugar, só quer cumprir sua simples missão e voltar para casa. Mas um acidente acontece… E ele se vê forçado a ficar na clínica… E é aí que as coisas começam a ficar estranhas (Música de suspense se intensifica). 

A beleza da depressão com uma pitada de climão

Bom, antes de mais nada, vamos destacar um ponto muito positivo do filme: sua estética. A beleza das imagens é algo que gera uma estranha satisfação em quase todas as cenas. Todos os elementos em cena são muito bem pincelados, como se fossem feitas por um Wes Anderson em depressão.

A paleta da fotografia é toda desenhada para dar um ar terrivelmente melancólico e doente… Afinal, nada é mais terrível do que uma parede de hospital velho, não é mesmo? Dá para sentir bem a sensação que o filme quer te passar. Isso ele faz com maestria. 

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Outro ponto positivo é a atmosfera de suspense criada já no início. A vila próxima à clínica é bisonha e cheia daqueles aldeões introvertidos que só ficam espiando as coisas pelos cantos da janela, a clínica em sí é um castelão bem à la Frankenstein.

Os pacientes do hospital, logo de cara, se mostram meio abobados e estranhamente hospitaleiros e rola toda uma conversa sobre o passado do castelo e sobre um terrível acidente que assombra o lugar há mais de 200 anos (Música de terror se intensifica). 

E se tem uma palavra para definir esse filme é: aflição. O filme te deixa aflito o tempo todo! Seja por cenas claustrofóbicas e silenciosas, seja por cenas barulhentas e vertiginosas ou até mesmo o ranger da muleta do personagem principal. Ou seja, é difícil ficar indiferente em certos momentos e se você tem nervos fracos (como eu) vai tapar os olhos em algumas cenas mais hardcores.

Amarras muito frouxas

Quando disse, lá no título, que A Cura é doente, a doença está no roteiro que é muito irregular e cheio de amarras e remendos, como se o filme lutasse para existir e se manter de pé. O esforço do roteirista Justin Haythe em manter tudo coeso é visível, e isso é algo ruim. Claramente ele tinha um ótimo final na cabeça, mas teve que preencher o restante do filme com idas e vindas e sub-tramas, muitas vezes descartáveis, para conseguir chegar ao final que tanto queria.

Outra falha é que ele não te deixa esquecer nunca dos elementos que são (ou vão ser) importantes para o desfecho da história. O que deixa tudo muito óbvio. O filme tem umas safadezas de nuances muito indiscretas. Como se um rinoceronte tivesse dançando balé em uma loja de porcelana. Mas aí o rinoceronte te olha, dá uma piscadela e fala “xiu, não conte pra ninguém”. 

O paciente diz: “Doutor, dói quando eu escrevo esse roteiro”.

O médico responde: “Bom, então pare de escrever!”

Personagens agem de acordo com a necessidade de solucionar problemas do roteiro defeituoso, o que os deixa sem força e com um clássico problema do cinema moderno: se tornam incrivelmente intocáveis e inabaláveis. Se o personagem leva uma surra, tudo bem. Logo ele está pronto para tomar outra. Se o personagem precisa dar uma surra em alguém. Tudo bem, ele vai lá e dá uma surra em quem quer que seja. Se o personagem precisa de algo para solucionar algo, essa coisa aparece para ele do nada. 

E o terceiro ato é o mais problemático de todos. É nele que todas as respostas são jogadas e reveladas, e você já sabia de todas ou quase todas elas… Aí você fica tipo “A lá, eu sabia disso aí já!”, mas você se sente meio burro mesmo assim, ou você se sente o Sherlock Holmes do cinema — das duas uma. O problema é que eles entregam o final no decorrer das insistências do filme.

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O que faltou foi sutileza. Dar ao espectador um pouco de crédito para degustar o mistério e desenvolver suas próprias teorias no decorrer da trama. Faltou um pouco de maturidade e coragem para que os personagens pudessem trilhar uma linha narrativa mais linear, sem tantos solavancos e anticlímax. Ou isso ou eu estou sendo muito chato.

Deus, como é longo…

Com o perdão do trocadilho, o filme se passa em uma clínica, mas você é que vai ter que ser paciente. A primeira hora é tranquila. O filme vai te levando para lugares muito curiosos e você se entrega.

Acontece que ele começa a abusar da sua paciência... E ele nunca mais para de fazer isso. São 146 longos minutos e o terceiro ato não ajuda muito. Esse talvez seja o maior erro do filme. Deixar que as pessoas cansadas e fazer elas parem de se perguntar “como vai acabar?” para se perguntar “quando vai acabar!?”

“Doutor, isso significa que o filme é bom e eu é que sou burro? - Significa.”

É, calma. O filme entrega temas muito complexos, analogias e críticas à vida pós-moderna. O que deixa muito aberto para impressões e interpretações individuais acerca da trama, dos personagens e dos conflitos.

E tem vários momentos que você se questiona se o que está acontecendo está realmente acontecendo ou se é tudo uma ilusão ou se é tudo fruto da cabeça doente do personagem (o que é algo muito legal, pois ele está mesmo doente? Ele está são? Quem pode afirmar que está são? Estamos presos em um mundo que não criamos?).

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Então, não é um filme fácil de ler. Ele leva um certo tempo e exige uma certa dedicação (e um pouco de força de vontade). Resumindo: É um filme fácil de odiar. Mas que merece uma chance para ser assistido e analisado para você poder tirar as suas próprias conclusões. Prove pro seu amiguinho que ele está errado. Mas sem brigas. 

Enfim, não recomendo A Cura para hipocondríacos, claustrofóbicos, pessoas com medo de dentistas e no geral, pessoas que se entediam fácil. Agora, se você curte filmes bizarros que brincam com a psique e, em certos momentos, exageram no gore e nas cenas de tortura, o filme foi feito pra você.

E se no caso persistirem esses sintomas, o médico deverá ser consultado. 

Crítica do filme Perfeita é a Mãe | A prova de que reflexão também pode divertir

Amy (Mila Kunis) não aguenta mais. Ela consegue se virar muito bem sozinha para tomar conta dos filhos Jane (Oona Laurence) e Dylan (Emjay Antony) e realizar todas as infinitas tarefas (algumas meio sem sentido) que a escola dos pequenos pede, as atividades extracurriculares das crias, as demandas do escritório no qual trabalha e tudo mais.

Até aí, tudo bem... Mas, além de tudo isso, ser um pouco mãe do marido Mike (David Walton) já é demais.

Assim como muitas mulheres, Amy, a protagonista de "Perfeita é a Mãe" faz o que pode - e isso já é muito! Mas, para o universo das aparências, parece que não é suficiente. E aí um dia ela se cansa e tem um piti bem no meio de uma reunião da Associação de Pais, onde a chefona Gwendolyn (Christina Applegate) está ditando mais e mais regras.

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A honesta explosão de Amy acaba ganhando o coração da fofa Kiki (Kristen Bell) e da ousada Carla (Kathryn Hahn), mães que, à sua forma, também não aguentam mais.

Largando os bets

Essa quase "desistência" de alcançar a perfeição é o plot principal de "Perfeita é a Mãe", que se aproveita de diálogos e situações um tanto clichês, porém divertidíssimas, para passar uma mensagem sensacional às nossas matronas: tá tudo bem, você é incrível do jeito que você é, respira, vai dar tudo certo.

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Será que não estamos exigindo demais das nossas mulheres com tantas reuniões de pais, tantas restrições, tantas regras e requisitos o tempo inteiro, tanta padronização?

E a grande sacada deste longa-metragem 18+ é não ter papas na língua para abordar esse assunto de um jeito totalmente livre de textões. É nas explosões das mulheres envolvidas, nas situações hilárias (e um tanto humilhantes, às vezes), nos momentos de mais risadas que os roteiristas e diretores Jon Lucas e Scott Moore plantam essa relexão.

Quantas vezes a mulher abandona ela mesma, a cada dia um pouco mais, por conta da maternidade? Quantas vezes deixa de ter amigas e passa a enxergar nas outras mães mais do que uma inspiração, uma concorrência? Quantas mulheres deixam de lado sua sexualidade ou deixam de se sentir belas e atraentes porque se anulam em virtude da rotina?

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Vários pontos com um olhar muito característico feminino, por isso é uma pena não terem envolvido mulheres nessa parada, teria sido legal se elas também tivessem participado na hora de bolar o filme.

Cada um tem a atriz e a mãe que merece

O casting de "Perfeita é a Mãe" foi super bem feito, já que as atrizes escolhidas atendem super bem ao que cada papel pede. Mila Kunis parece ter sido feita para as comédias no estilo e embarca muito bem na jornada de Amy.

Mas as palmas mesmo vão para Kathryn Hahn. Carla é aquela pessoa que tira todas as mães da zona de conforto: desleixada, largada, um bom tanto relapsa e sedutora, provocante de um jeito meio tosco, mas engraçadíssima.

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É claro que o filme se baseia bastante em clichês e talvez os estereótipos que fundamentam as três personagens seja o maior deles. Contudo, diferente de muitas comédias do tipo, ele consegue evitar vários deslizes bastante comuns ao gênero.

São poucas as piadas gordofóbicas ou homofóbicas, por exemplo, e, ao contrário de incentivar padrões inexistentes, ele questiona vários. O próprio andamento e desfecho do roteiro também quebram um pouco a expectativa.

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No que diz respeito aos aspectos técnicos, o filme não é nem se propõe a ser brilhante. A trilha sonora é divertida e condizente com a proposta, contribuindo para dar o tom de comédia e o ritmo que se quer com a produção, mas é só isso.

De fotografia, figurino e maquiagem, também não é nada demais, é uma realização bastante mediana. A graça de "Perfeita é a Mãe" reside mesmo no elenco e no roteiro, que atendem às expectativas, divertem e deixam ali uma mensagem bacana de um jeito engraçado. Recomendado!