Lista | Black Friday de cinema com filmes de Ação de Graças

É isso mesmo pessoal! Venham aproveitar as melhores ofertas da Black Friday Café com Filme. São filmes no cinema, streaming, televisão e download. E tudo ao alcance do seu saldo bancário. Infelizmente, não tem nenhuma promoção aqui, mas em compensação preparamos uma bela lista com os melhores filmes desse período maravilhoso.

Como vocês já devem saber, a Black Friday é a linha de partida da temporada de gastança natalina lá na terra das doletas. A turma aproveita que o pessoal tá em casa para o feriadão do Dia de Ação de Graças e solta uma renca de promoções bombásticas que impulsionam as vendas dos presentes produzidos nas fábricas de exploração de trabalho elfico do Sr. Noel.

Acontece que, lá nos Estados Unidos, a quarta quinta-feira do mês de novembro é o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day), uma data muito especial para agradecer a Deus o extermínio dos povos amerindios que ocupavam o "Novo Mundo" a boa colheita dos primeiros colonos britânicos lá nos idos de 1620. Apesar de ser uma celebração intrinssicamente estadunidense, o presidente Eurico Gaspar Dutra resolveu puxar um apouco o saco dos americanos e, com a ajuda do embaixador Joaquim Nabuco, instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças brasileiro em 17 de agosto de 1949.

Se você não entende qual é a pira, nós explicamos. Digamos que se por aqui o tiozão manda a piada do pavê no Natal, lá nos Estados Unidos o show de humor geriatrico se desenrola no Dia de Ação de Graças. É nessa data que a galera se junta na mesa pra comer peru, bater boca com os parente e perguntar sobre xs namoradinhx. Pra entrar de cabeça no clima do Dia de Ação de Graças e quem sabe inspirar a veia consumidora durante o resquício de Black Friday, o Café com Filme preparou uma lista saborosa com alguns filmes festivos.

Crítica do filme A Grande Mentira | Bom demais para ser verdade

Primeiro de tudo, que a verdade seja dita: a indústria cinematográfica carece de bons filmes de suspense. Assim, quando surge um trailer de um filme como “A Grande Mentira”, que sugere uma história minimamente intrigante, ficamos interessados em saber os segredos que um roteiro possivelmente bem construído pode guardar.

Melhor ainda é quando vemos na prévia que estamos diante de uma obra com atores gabaritados como Ian McKellen e Hellen Mirren. Dessa forma, qual é a probabilidade de termos um resultado pouco convincente? É claro que a premissa de um filme e o elenco não garantem uma obra memorável, mas as chances são grandes.

Na trama de “A Grande Mentira”, o golpista Roy Courtnay (McKellen) pensa que tirou a sorte grande quando conheceu a viúva Betty McLeish (Mirren) em uma página de relacionamento. No entanto, aos poucos, Roy percebe que está se afeiçoando a ela, o que pode transformar um golpe brilhante numa corda bamba.

A sinopse não entrega muito, mas o trailer já exibe algumas pistas mais reveladoras. Então, minha primeira dica para quem não foi atrás de muitos detalhes, é parar o texto por aqui e ver o filme antes de ter a experiência prejudicada. Não que o trailer tenha spoilers, mas mínimas informações já podem deixar o enredo menos surpreendente.

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E já respondendo a dúvida daqueles que buscam um parecer que vai direto ao ponto: sim, “A Grande Mentira” é um filme bom. Apesar de tropeçar um tanto em sua própria colcha de retalhes, o roteiro guarda bem os segredos até o último momento. O maior problema talvez seja a enrolação do script e a história pouco crível mesmo.

Acontece nos filmes, não acontece na vida

Há muitas formas de criar um clima de suspense e, seja através de nuances na história ou ao esconder as tramoias de um personagem, o resultado pode ser completamente diferente. No caso de “A Grande Mentira”, a escolha de seguir o viés de um único protagonista nos dá um norte da história, o que tira um pouco da graça.

Mesmo tentando esconder o jogo, o roteiro não consegue disfarçar suas reviravoltas, de forma que a plateia apenas espera o momento de uma surpresa chocante. Isso não seria um problema se estivéssemos falando de um filme curto, porém os devaneios alongam e prejudicam o ritmo do longa-metragem.

Isso quer dizer que a história é ruim? Não, mas a demora em conectar alguns pontos nos leva a acompanhar uma trama diferente da que imaginamos. Ainda é um filme que prende nossa atenção, mas não necessariamente da forma que alguns podem estar esperando numa obra que poderia pender para um suspense mais intenso.

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Tirando esse desvio da proposta, ainda temos a questão dos detalhes que são pouco convincentes. Sim, eu sei que estamos falando de um filme, mas a aproximação com a realidade é um fator que pode ajudar a nos convencer de que não se trata apenas de uma ficção, o que poderia deixar o rumo da trama bem mais coerente.

A mentira tem pernas cansadas

Felizmente, acompanhar essa odisseia de mentiras é um deleite com protagonistas que parecem estar bem confortáveis. Estamos falando de estrelas com décadas de experiência, então tudo soa de forma natural. Claro que devido à idade dos personagens, a história chama a atenção para detalhes que são pouco abordados em tramas similares. 

Assim, aproveitando tanto essas características dos personagens quanto os atores, o filme consegue sair de uma pegada que seria mais suspense para dar espaço a alguns traços de comédia e até ação. Para falar a verdade, eu fiquei bastante surpreso com a versatilidade de Ian McKellen, que no auge de seus 80 anos mostra uma energia surreal.

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A química com Hellen Mirren é algo excelente também, algo que muita gente sequer imaginava ver, mas que felizmente aconteceu. A atriz com seus quase 75 anos também não faz por menos e, apesar de aparecer menos na trama, garante momentos muito impactantes, principalmente por conseguir disfarçar os traços de sua personagem.

Em termos de produção como um todo, “A Grande Mentira” não é exatamente um filme inovador e prefere jogar seguro, porém temos algumas cenas mais complicadas, principalmente algumas em meio a grandes áreas urbanas. O que chama a atenção mesmo é a reconstrução de alguns cenários, que enriquecem muito a história.

Enfim, se você não é uma pessoa muito exigente, provavelmente o rumo desta obra vai ser suficiente para sair satisfeito da sala de cinema e recomendando o título aos amigos que gostam de suspense. E acho que no fim é isso que vale, pois mesmo com alguns deslizes, o filme prende nossa atenção e se mostra uma grande mentira.

Listas | A República é velha, mas o cinema é atemporal

É pessoal, quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam as mesmas. Em 15 de novembro de 1889 a turma maçônica do quartel resolveu tirar o barbudão que já não aguentava mais tocar o "império". Enquanto "Os Soberanos do Mundo" estavam de boas, lembrando como foi massa o bailão da Ilha Fiscal, Manuel Deodoro da Fonseca juntou uma trupe e partiu de mansinho pra um role em uma praça no centro do Rio.

Como o gole tava curto a turma resolveu fazer calor e quando perceberam tinham iniciado um golpe de Estado político-militar e instaurado a republica presidencialista brasileira. Ao destituir o chefe, o imperador D. Pedro II, a galera do Deodoro assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República Brasileira. Pedrão tava largado demais, o Deodoro mandou a real e disse para ele "pedir pra sair" e se mandar pro exílio, e o barba tava tão na dele que só disse:

 "Se assim é, será minha aposentadoria. Trabalhei demais e estou cansado. Agora vou descansar"

Com os coroa e a coroa fora, a República começou a tocar os Estados Unidos do Brasil, que desde aquela época pagava pau para gringo. O problema é que mudou tudo e tudo ficou igual e ninguem gosta de levar chibatada, não importa se quem segura o chicote é rei, presidente ou marechal.

Nessa época rolou muito pancadaria pra ver se era melhor apanhar da polícia ou dos bandido. O pior é que a turma do Deodoro tinha zero paciencia e se você reclamasse da desigualdade social, dos aumentos nos impostos, do racismo, da zoeira na política e outras coisas que já não afligem mais a nossa grande nação era só questão de tempo até a matadeira assobiar. Por conta de tudo isso é difícil enteder bem a República Velha, e olha que nem estamos falando de Star Wars, siths e jedis

Para ajudar vocês a entenderem um pouco mais do tumulto que foi essa parada, que só foi terminar quando deram outro golpe lá em 1930, a gente preparou uma listinha de filmes que retratam um pouco do clima e dos conflitos que rolaram durante toda a República Velha. Daquele pessoal antivacina e os corre que o Oswaldo Cruz teve que dar, até os massacres de Canudos e do Contestado com seus Inri Cristo da depressão, ou ainda a Revolução Federalista que literalmente deixou muita gente degolada pelos pampas.

Crítica do filme Ford vs Ferrari | Uma volta triunfal ao passado

O tempo passa rápido e pode ser cruel. Passa tão rápido quanto as incríveis máquinas que percorrem as 24 horas do circuito de Le Mans e pode ser tão desgastante quanto o evento. Assim, muitas vezes, alguns grandes feitos na história são esquecidos como as marcas de pneus desgastados na pista.

Pode parecer um tanto poético, mas essa introdução é uma boa partida para falarmos de “Ford vs Ferrari”. Aliás, importante não deixar se levar pelo título, que pode dar a impressão de uma guerra entre duas fabricantes de automóveis, quando, na verdade, temos aqui um filme sobre seres humanos.

Então, para começo de conversa, este não é um filme dedicado somente aos fãs do automobilismo. A base da obra é a guerra entre as duas marcas na década de 1960, batalha iniciada pela Ford, que queria ir além dos carros de passeio:  ela queria ser a campeã de Le Mans, dominada, até então, pela Ferrari.

Todavia, apesar deste pano de fundo, o que temos aqui é um filme muito mais denso, que fala da ambição, da garra, do heroísmo e também da coragem do homem. E temos um tanto dessas características vindas de dois lados distintos: dos empresários e dos pilotos. É uma volta ao passado, uma busca para entender um pouco do que move esse mundo da corrida automobilística.

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E a soma de tudo isso poderia resultar em um filme superficial, afinal não é um bicho de sete cabeças filmar carros e fazer um relato histórico. Contudo, o que temos aqui é uma obra feita com paixão, que parece justamente dar vez às emoções, em vez de focar somente nos fatos.

Também não poderia ser diferente com talentos como Matt Damon e Christian Bale tomando o volante e um ótimo diretor para mostrar o que de verdade importa. Se o filme é tudo isso que estão falando? Sim, tudo isso e mais um pouco.

Há considerações a serem feitas – afinal, mesmo uma corrida perfeita pode ter algumas derrapagens – e como sempre há um público-alvo. No entanto, temos aqui um excelente retrato de homens que correm pela paixão, alguns que até podem ser desconhecidos para uma grande parcela dos espectadores.

Complexo como uma corrida

Eu não sei vocês, mas eu sempre me pergunto o porquê da escolha de alguns temas. Afinal, o que levou os irmãos Butterworth e Jason Keller a contarem essa história? Com tantos episódios na corrida, por que eles queriam falar deste episódio em específico? Qual a relevância do tema para o grande público?

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É claro que após tantos anos de acompanhamento da indústria de filmes, nós já temos uma percepção formada sobre os tipos de temas que Hollywood gosta de abordar, sendo um deles o reforço constante a supremacia das marcas e dos heróis americanos. Então, nesse sentido é bastante óbvio que eles queiram relembrar de como alguns heróis viraram o jogo em Le Mans e garantiram glória mundial para seu país.

Por outro lado, é interessante notar que esta não é uma história apenas de vitória, mas também de lutas e derrotas. O filme que é quase tão longo quanto algumas corridas (são 2 horas e 30 minutos) pode parecer cheio de curvas, aceleramentos e reduções de velocidade, porém há boas justificativas para esse ritmo inconstante e também para a duração prolongada.

Nesta volta ao passado, o roteiro de “Ford vs Ferrari” precisa dar o contexto histórico, apresentar os fatos, desenvolver protagonistas e fazer isso de forma emocionante – afinal, estamos falando do mundo das corridas, que é pura adrenalina. Dessa forma, apesar de muito coeso, o script alongado pode parecer cansativo para espectadores que gostam de filmes que vão direto ao ponto.

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E, novamente, parte do problema é o título enganoso, que nos atrai para uma corrida, mas acaba nos colocando no box para acompanhar a vida dos protagonistas. Só que isto não é uma coisa ruim, pois a emoção da coisa é justamente ver os “heróis” em suas próprias corridas para lutar contra o corporativismo e enaltecer o espírito do automobilismo mesmo.

Aqui sim, finalmente temos o que faz de “Ford vs Ferrari” ser um campeão: os humanos. E não estou falando apenas dos protagonistas, mas do elenco competente. O dinamismo entre Matt Damon e Christian Bale é perfeito, algo que só é possível também graças aos desempenhos individuais muito impactantes. Eles retratam seres humanos mesmo e são muito convincentes.

Sabe aquele tipo de coisa que só grandes atores como Matthew McConaughey conseguem fazer em filmes como “Interestelar”? De parar e chorar na frente de uma TV e fazer a gente mergulhar nas emoções? Esse é mais ou menos o feeling com Christian Bale aqui, que muitas vezes está sozinho no veículo e com uma câmera pegando todas as suas reações e somos convencidos com sua interpretação perfeita.

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E o mérito não é só deles, pois temos outros grandes talentos aqui que também ajudam a dar o contexto, como é o caso de Tracy Letts, que é responsável por uma das cenas mais hilárias e, ao mesmo tempo, emocionantes da película. E é na composição de pequenos trechos que “Ford vs Ferrari” leva o mérito de ser um dos melhores filmes do ano e também do gênero.

Voltando ao passado

É claro que uma produção desse nível não pecaria em detalhes técnicos, afinal o contexto é importantíssimo para o resultado final. Dessa forma, temos uma “direção impecável” (entendeu o trocadilho?) de James Mangold – que você possivelmente adora pelo incrível trabalho em “Logan” (não o carro da Renault, o filme neste caso).

Mangold prova sua versatilidade aqui por ter que lidar com situações muito distintas e que são bem difíceis de colocar num filme que tenta retratar uma época passada com tantos detalhes. Das situações domésticas, passando por diálogos mais intimistas, aos momentos mais acelerados nas pistas, com ângulos muito fechados nos atores, e mostrando com detalhes os acidentes comuns no automobilismo, somos levados a crer que estamos em 1960, mas vendo um retrato sem defeitos.

Tão bonito quanto uma Ferrari, tão emocionante quanto a adrenalina de correr num Ford GT40!

Mérito também da equipe de produção, que caprichou no design, e também do diretor de fotografia, que juntos pintam essa ambientação. Importante notar o trabalho também na reconstrução dos veículos e na simulação dos ambientes, pois ainda que muita coisa ainda esteja bem conservada, é preciso muita competência (e dinheiro) para criar essa atmosfera permeada por supermáquinas.

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O evento fica completo com a trilha sonora muito puxada para o lado emotivo, que nos permite sentir o batimento cardíaco acelerado e embarcar na emoção da corrida. Enfim, um filme que acerta no dinamismo entre planejamento e execução. Não é de se duvidar que ele realmente esteja indicado em diversas categorias do Oscar.

E, para finalizar, é bom ver uma obra que volta para contar sobre alguém como Ken Miles, que apesar de seus defeitos e de ter tido seus momentos de glória, merecia uma homenagem (e talvez esse tipo de reparação) proporcionada pelo filme. Vá ao cinema e sente no banco do carona, porque a corrida de “Ford vs Ferrari” é emocionante!

Crítica do filme Dora e a Cidade Perdida | Compromisso apenas com a diversão

Se a gente analisar bem, todo desenho animado é esquisito. “Dora, A Aventureira”, não é diferente, pois chama atenção por interagir diretamente com a audiência durante os episódios do desenho, ensinar os pequenos a falar outras línguas e contar curiosidades sobre seu universo.

Dora costuma se aventurar pela selva, resolvendo enigmas juntamente com objetos variados que falam e tem um rosto, como a Mochila e o Mapa, além de seu melhor amigo, o macaquinho Botas. Tudo isso é bastante aceitável em um programa infantil, mas dificilmente funcionaria em um filme, certo?

Felizmente, todos os envolvidos na produção de “Dora e a Cidade Perdida” sabiam exatamente onde estavam se metendo, integrando todos os elementos absurdos e abraçando a esquisitice sem medo de ser feliz, e o resultado é estranhamente divertido!

Interagindo em outras línguas

“Dora e a Cidade Perdida” é dirigido por James Bobin e a trama acontece dez anos após o desenho já citado. Tendo passado a maior parte de sua vida explorando a floresta com seus pais, nada poderia preparar Dora (Isabela Moner) para a aventura mais perigosa de todos os tempos - o ensino médio.

A aventureira Dora rapidamente se vê liderando o macaco Botas, o primo Diego (Jeff Wahlberg), o esquisito Randy (Nicholas Coombe) e a estressada Sammy (Madeleine Madden), além do professor de línguas mortas Alejandro (Eugenio Derbez) em uma busca para encontrar a cidade de Parapata, assim como seus pais (Eva Longoria, Michael Peña).

Abraçando todas as peculiaridades do consagrado desenho, muitas vezes você vai achar que Dora sofre de esquizofrenia, mas a verdade é que é tudo pela diversão e quando você aceitar isso vai achar tudo bem mais engraçado.

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Acredito que seja essa a forma que as crianças enxergam, o personagem pode sim falar diretamente conosco e não há nada de errado nisso. Há também entretenimento para os pais que são obrigados a assistirem ao filme, apesar da classificação etária ser focada nos pequenos. 

Raposo, não pegue!

“Dora e a Cidade Perdida” é bastante descompromissado e claramente não tinha pretensão em mostra realismo algum. O Raposo (dublado por Benicio del Toro) foi criado com computação gráfica, mas sua participação é tão pequena que serve mais como uma referência ao material original do que um elemento relevante para o filme.

Por outro lado, o macaco Botas (também CG) rouba a cena em todos os momentos em que aparece, principalmente em uma das cenas em que interage apenas com Dora, mas não vou detalhar para não dar spoiler. Depois de alguns minutos de filme é fácil suspender a crença e apenas aceitar que a criança sai pro mato sozinho e fala com as coisas e com os animais, é tudo pela diversão!

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Infelizmente, a maioria das piadas funciona melhor na versão original. A dublagem não chega a ser ruim mas claramente faltou um trabalho a mais para adaptar os diálogos, nada que vá atrapalhar a experiência, mas claramente o filme é focado no público norte-americano.

 Você pode dizer “neurotoxicidade extrema”?

Não apenas por ser a personagem do título, mas Isabela Moner é a alma do filme. As chances de ser apenas uma personagem irritante e meio boba eram bem altas, mas o jeito inocente e alto astral de Dora combinam totalmente com a atriz. Até mesmo quando ela começa a cantar e dançar (algo que ninguém gosta, dentro e fora do filme), parece natural e não apenas estúpido.

“Dora e a Cidade Perdida”  é repleto de mensagens positivas: seja quem você é, cuide do meio ambiente, respeite as diferenças dos amigos, aprenda quantas línguas puder e preste atenção nas aulas, pois nunca se sabe quando você vai precisar resolver enigmas numa floresta.

Se todas as adaptações tentassem ser divertidas e atualizadas como “Dora”, certamente não teríamos tantos fracassos de bilheteria na indústria, além de infinitas sequências para franquias que já deveriam ter acabado faz tempo.

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Para qualquer um que já viu “Dora, a Aventureira” e para quem apenas tem uma curiosidade irresistível, certamente o filme será um ótimo investimento de tempo, se considerar que é feito para o público infantil e não tem o menor compromisso com a realidade.

Listas | Relembre, relembre, filmes revolucionários em todo novembro

"Lembrai, lembrai do 5 de novembro
A pólvora, a traição e o ardil
Por isso não vejo porque esquecer
Uma traição de pólvora tão vil
Guy Fawkes,Guy Fawkes, esta era sua intenção
Explodir o rei e o Parlamento
Três montes de barris de polvora abaixo
Para derrubar a pobre Inglaterra
Pela providencia divina foi capturado
  Com uma lanterna escura e um fósforo
    Halloa boys, Halloa boys, façam os sinos tocar
Halloa boys, Halloa boys, Deus salve o Rei
Hip hip Horray"

Pois a gente não esqueceu do cinco de novembro e não vamos deixar passar a oportunidade de se juntar a revolução. Parafraseando grandes líderes mundias, os Beatles, tem gente que diz que quer uma revolução, mas bem, você sabe, todos nós queremos mudar o mundo, todavia, quem é que tem uma idea real do que deve ser feito.

Para inspirar os revolucionários de amanhã, que tal uma boa seleção de filmes revoltados que não aceitam o status quo. Seja na luta pela independencia nacional, pelo fim do domínio imperialista em uma galáxia muito, muito distânte, ou ainda para  se livrar do controle virtual de máquinas sensientes o importante é não abaixar a cabeça e seguir lutando para fazer a diferença!