Michael Shannon - Café com Filme

Tá Todo Mundo Louco! Uma Corrida por Milhõe$ | Trailer oficial e sinopse

Em um sofisticado cassino, um grupo de bilionários entediados resolve participar de um novo passatempo: apostar em uma corrida rumo ao ouro. Para tanto, eles reúnem seis grupos de estranhos em Las Vegas e deixam 2 milhões de dólares a 900 km do local. O grupo que chegar primeiro leva a quantia.

Quais foram os vencedores do Oscar 2017? Veja a lista completa!

Em uma noite que começou com performance de Justin Timberlake, passando por docinhos caindo do teto e uma infinidade de referências aos imigrantes e ao bendito do muro do Trump, finalmente conhecemos os vencedores do Oscar da Academy Award.

A cerimônia aconteceu nesse domingo (27) no Dolby Theatre com a divertida apresentação de  Jimmy Kimmel e trouxe uma série de supresas,  com vencedores entre os candidatos menos cogitados.

A grande estrela da noite, como esperado, foi "La La Land: Cantando Estações", que levou Melhor Diretor, Melhor Atriz, Design de Produção, Fotografia, Trilha Sonora, Melhor Canção Original, por City of Stars e, acidentalmente, quase leva o de Melhor Filme. Mas não foi dessa vez, e o grande destaque terminou por ser "Moonlight: Sob a Luz do Luar", que levou a estatueta principal.

Confira estas e as demais premiações no Oscar 2017 na lista abaixo!

Melhor Filme

Moonlight: Sob a Luz do Luar

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A Chegada

A Qualquer Custo 

Até o Último Homem

Um Limite Entre Nós 

Estrelas Além do Tempo

La La Land - Cantando Estações

Lion - Uma Jornada para Casar

Manchester à Beira-Mar

Melhor Direção

Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

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Denis Villeneuve, por A Chegada

Mel Gibson, por Até o Último Homem

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Ator

Casey Affleck, por Manchester à Beira-Mar

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Andrew Garfield, por Até o Último Homem

Viggo Mortensen, por Capitão Fantástico

Denzel Washington, por Um Limite Entre Nós

Ryan Gosling, por La La Land - Cantando Estações

Ator Coadjuvante

Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

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Jeff Bridges, por A Qualquer Custo

Michael Shannon, por Animais Noturnos

Dev Patel, por Lion - Uma Jornada para Casa

Lucas Hedges, por Manchester à Beira-Mar

Melhor Atriz

Emma Stone, por La La Land - Cantando Estações

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Isabelle Huppert, por Elle

Meryl Streep, por Florence: Quem é Essa Mulher?

Natalie Portman, por Jackie

Ruth Negga, por Loving

Atriz Coadjuvante

Viola Davis, por Um Limite Entre Nós

atrizcoadjuvante violadavis 2ffb5

Octavia Spencer, por Estrelas Além do Tempo

Nicole Kidman, por Lion - Uma Jornada para Casa

Michelle Williams, por Manchester à Beira-Mar

Naomie Harris, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Roteiro Original

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

roteirooriginal manchester 277dc

Mike Mills, por 20th Century Women

Taylor Sheridan, por A Qualquer Custo

Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Yorgos Lanthimos, por O Lagosta

Roteiro Adaptado

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

roteiroadaptado moonlight 388d3

Eric Heisserer, por A Chegada

Alison Schroeder, Ted Melfi, Lori Lakin Hutcherson, por Estrelas Além do Tempo

August Wilson, por Um Limite Entre Nós

Luke Davies, por Lion - Uma Jornada para Casa

Documentário

O.J.: Made in America, de Ezra Edelman e Caroline Waterlow

ojmadeinamerica documentario 57118

Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi e Donatella Palermo

Eu Não Sou Seu Negro, de Raoul Peck, Rémi Grellety e Hébert Peck

Life, Animated, de Roger Ross Williams e Julie Goldman

13ª Emenda, de Ava DuVernay, Spencer Averick e Howard Barish

Documentário de Curta-MEtragem

Os Capacetes Brancos, de Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara

curtadocumentario capacetesbrancos 1a739

Extremis, de Dan Krauss

Watani: My Homeland, de Marcel Mettelsiefen e Stephen Ellis

4.1 Miles, de Daphne Matziaraki

Joe's Violin, de Kahane Cooperman e Raphaela Neihausen

Montagem

Até o Último Homem

edicao ateoultimohomem bbe04

A Chegada

A Qualquer Custo

La La Land - Cantando Estações

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Maquiagem e Cabelo

Esquadrão Suicida

maquiagem esquadraosuicida 28069

A Man Called Ove

Star Trek: Sem Fronteiras

Trilha Original

La La Land - Cantando Estações
Justin Hurwitz

trilha lalaland 6f180

Jackie
Mica Levi

Lion - Uma Jornada para Casa
Dustin O'Halloran

Moonlight: Sob a Luz do Luar
Nicholas Britell

Passageiros
Thomas Newman

Design de Produção

La La Land - Cantando Estações

designdeproducao lalaland 55b68

A Chegada

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Ave, César!

Passageiros

Curtas

Sing

curta sing 35a94

Ennemis Intérieurs

La Femme et le TGV

Silent Nights

Timecode

Animação

Zootopia

animacao zootopia 3b4e8

A Tartaruga Vermelha

Kubo e as Cordas Mágicas

Minha Vida de Abobrinha

Moana - Um Mar de Aventuras

Curta de Animação

Piper

curtaanimacao piper 3337a

Blind Vaysha

Borrowed Time

Pear Cider and Cigarettes

Pearl

Filme Estrangeiro

O Apartamento - Irã

estrangeiro oapartamento c2edf

A Man Called Ove - Suécia

Land of Mine - Dinamarca

Tanna - Austrália

Toni Erdman - Alemanha

Fotografia

La La Land - Cantando Estações

fotografia lalaland de1b1

A Chegada

Lion - Uma Jornada para Casa

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Silêncio

Figurino

Animais Fantásticos e Onde Habitam

figurino animaisfantasticos 2046d

Aliados

Florence: Quem é Essa Mulher?

Jackie

La La Land - Cantando Estações

Canção Original

"City Of Stars"
La La Land - Cantando Estações

"Audition (The Fools Who Dream)"
La La Land - Cantando Estações

"Can't Stop The Feeling"
Trolls

"The Empty Chair"

Jim: The James Foley Story

"How Far I'll Go"
Moana - Um Mar de Aventuras

Efeitos Visuais

Mogli - O Menino Lobo

efeitosespeciais mogli f516d

Doutor Estranho

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Kubo e as Cordas Mágicas

Rogue One: Uma História Star Wars

Edição de Som

A Chegada

edicaodesom achegada b14a2

Até o Último Homem

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

La La Land - Cantando Estações

Sully: O Herói do Rio Hudson

Mixagem de Som

Até o Último Homem

mixagemdesom ateoultimohomem 7d45a

A Chegada

La La Land - Cantando Estações

Rogue One: Uma História Star Wars

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

m cafe 5407e

E você, curtiu os resultados? Se ainda não conseguiu ver tudo, acesse as fichas, veja os trailers e confira as nossas críticas!

Oscar 2017: Lista de indicados é liderada por La La Land

Nesta terça-feira, 24 de janeiro, foi divulgada a lista de indicados ao Oscar. E, assim como no Globo de Ouro, em que fez história como o mais premiado de todas a edições, "La La Land - Cantando Estações" também se destacou na relação da Academy Awards. Foram 14 aparições em 13 categorias, sendo duas delas na de Melhor Canção Original.

Mas nem só de musical será essa edição, que também coloca em evidência dramas como "Moonlight: Sob a Luz do Luar", suspenses como "A Chegada" e filmes biográficos como "Estrelas Além do Tempo". 

Abaixo, você confere a lista completa de indicados ao Oscar 2017! Caso queira saber o que achamos dos filmes, clique no ícone do café ao lado de cada nome para conferir a respectiva crítica!

Melhor Filme

A Chegada m cafe 5407e

A Qualquer Custo 

Até o Último Homem m cafe 5407e

Um Limite Entre Nós 

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Estrelas Além do Tempo m cafe 5407e

La La Land - Cantando Estações m cafe 5407e

Lion - Uma Jornada para Casar m cafe 5407e

Manchester à Beira-Mar m cafe 5407e

Moonlight: Sob a Luz do Luar m cafe 5407e

Melhor Direção

Denis Villeneuve, por A Chegada

Mel Gibson, por Até o Último Homem

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Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Ator

Andrew Garfield, por Até o Último Homem

Viggo Mortensen, por Capitão Fantástico m cafe 5407e

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Denzel Washington, por Um Limite Entre Nós

Ryan Gosling, por La La Land - Cantando Estações

Casey Affleck, por Manchester à Beira-Mar

Ator Coadjuvante

Jeff Bridges, por A Qualquer Custo

Michael Shannon, por Animais Noturnos m cafe 5407e

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Dev Patel, por Lion - Uma Jornada para Casa

Lucas Hedges, por Manchester à Beira-Mar

Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Atriz

Isabelle Huppert, por Elle m cafe 5407e

Meryl Streep, por Florence: Quem é Essa Mulher?

Natalie Portman, por Jackie m cafe 5407e

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Emma Stone, por La La Land - Cantando Estações

Ruth Negga, por Loving

Atriz Coadjuvante

Octavia Spencer, por Estrelas Além do Tempo

Viola Davis, por Um Limite Entre Nós

Nicole Kidman, por Lion - Uma Jornada para Casa

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Michelle Williams, por Manchester à Beira-Mar

Naomie Harris, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Roteiro Original

Mike Mills, por 20th Century Women

Taylor Sheridan, por A Qualquer Custo

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Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Yorgos Lanthimos, por O Lagosta

Roteiro Adaptado

Eric Heisserer, por A Chegada

Alison Schroeder, Ted Melfi, Lori Lakin Hutcherson, por Estrelas Além do Tempo

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August Wilson, por Um Limite Entre Nós

Luke Davies, por Lion - Uma Jornada para Casa

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Documentário

Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi e Donatella Palermo m cafe 5407e

Eu Não Sou Seu Negro, de Raoul Peck, Rémi Grellety e Hébert Peck

Life, Animated, de Roger Ross Williams e Julie Goldman

O.J.: Made in America, de Ezra Edelman e Caroline Waterlow

13ª Emenda, de Ava DuVernay, Spencer Averick e Howard Barish

Documentário de Curta-MEtragem

Extremis, de Dan Krauss

Watani: My Homeland, de Marcel Mettelsiefen e Stephen Ellis

Os Capacetes Brancos, de Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara

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4.1 Miles, de Daphne Matziaraki

Joe's Violin, de Kahane Cooperman e Raphaela Neihausen

Montagem

A Chegada

A Qualquer Custo

Até o Último Homem

La La Land - Cantando Estações

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Maquiagem e Cabelo

A Man Called Ove

Star Trek: Sem Fronteiras m cafe 5407e

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Esquadrão Suicida m cafe 5407e

Trilha Original

Jackie
Mica Levi

La La Land - Cantando Estações
Justin Hurwitz

Lion - Uma Jornada para Casa
Dustin O'Halloran

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Moonlight: Sob a Luz do Luar
Nicholas Britell

Passageiros m cafe 5407e
Thomas Newman

Design de Produção

A Chegada

Animais Fantásticos e Onde Habitam m cafe 5407e

Ave, César! m cafe 5407e

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La La Land - Cantando Estações

Passageiros

Curtas

Ennemis Intérieurs

La Femme et le TGV

Silent Nights

Sing

Timecode

Animação

zootopia1 f8875

A Tartaruga Vermelha

Kubo e as Cordas Mágicas m cafe 5407e

Minha Vida de Abobrinha

Moana - Um Mar de Aventuras m cafe 5407e

Zootopia m cafe 5407e

Curta de Animação

Blind Vaysha

Borrowed Time

borrowedtime f9e03

Pear Cider and Cigarettes

Pearl

Piper

Filme Estrangeiro

A Man Called Ove - Suécia

Land of Mine - Dinamarca

Tanna - Austrália

O Apartamento - Irã

Toni Erdman - Alemanha

Fotografia

silence1 e41a8

A Chegada

La La Land - Cantando Estações

Lion - Uma Jornada para Casa

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Silêncio

Figurino

Aliados

allied 70af4

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Florence: Quem é Essa Mulher?

Jackie

La La Land - Cantando Estações

Canção Original

"Audition (The Fools Who Dream)"
La La Land - Cantando Estações

"Can't Stop The Feeling"
Trolls

"City Of Stars"
La La Land - Cantando Estações

"The Empty Chair"
Jim: The James Foley Story

"How Far I'll Go"
Moana - Um Mar de Aventuras

Efeitos Visuais

Doutor Estranho m cafe 5407e

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo m cafe 5407e

Mogli - O Menino Lobo m cafe 5407e

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Kubo e as Cordas Mágicas

Rogue One: Uma História Star Wars m cafe 5407e

Edição de Som

A Chegada

Até o Último Homem

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

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La La Land - Cantando Estações

Sully: O Herói do Rio Hudson m cafe 5407e

Mixagem de Som

A Chegada

Até o Último Homem

La La Land - Cantando Estações

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Rogue One: Uma História Star Wars

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

m cafe 5407e

Curtiu os indicados? Faça suas apostas, pois a premiação tem data marcada para o dia 26 de fevereiro e você acompanha a cobertura aqui pelo Café com Filme!

Crítica do filme Animais Noturnos | O lado obscuro do amor

Ah, o amor... Esse sentimento tão confuso, desejado, criticado. Ele já foi pauta de inúmeros filmes. Alguns apenas contam uma história banal, outros tentam retratar um lado mais real.

E em meio a uma enxurrada de títulos permeados por clichês, eis que surge a nova obra de Tom Ford. “Animais Noturnos” é um filme que nos mostra a face mais cruel do amor, com tom de crueldade, de vingança.

Nesta história acompanhamos um curto trecho da vida de Susan Morrow (Amy Adams), uma negociante de arte que vive em Los Angeles com seu marido Hutton Morrow (Armie Hammer).

Exuberante, esta mulher leva uma vida privilegiada, mas incompleta em vários aspectos. Contudo, sua rotina muda quando ela recebe um pacote inesperado: um livro escrito por seu ex-marido, Edward Sheffield (Jake Gyllenhaal), e dedicado a ela.

O que teria de tão desolador nesta publicação? Talvez, as páginas escritas por Edward sejam mais do que apenas palavras num papel. Num tom realista, Tom Ford traduz sentimentos em sequências agoniantes, recheadas de tensão e questionamentos.

É complicado...

Eu pensei um bocado para digerir este filme. Não que eu não pudesse só chegar aqui e falar de aspectos técnicos ou de como esse tal de Tom Ford é um cara que sabe o que faz. Só que o buraco é mais em baixo. É uma obra complexa, cheia de pormenores, que faz a gente refletir e fazer comparativos com nossas vidas.

Fique tranquilo, não vou comentar nada sobre a trama do filme, ao menos nada além do que tem na sinopse. Este longa-metragem deve ser apreciado totalmente no cinema, por isso vou apenas discorrer um tanto sobre o tema, que me parece o ponto principal da obra: o amor. Talvez soe um tanto filosófico, mas esse discurso me parece necessário.

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Bom, primeiramente, vamos combinar que o amor faz parte do ser humano ou ao menos é o que somos levados a acreditar — e não por acaso temos tantas obras (em diversos universos) falando sobre isso. Dedicamos muitos momentos, esforços e pensamentos para encontrar o grande amor de nossas vidas.

Nem sempre dá certo. Às vezes, ficamos desiludidos. Há diferentes tipos, intensidades, correspondências e circunstâncias nas relações. Nem sempre é como nos filmes, motivo pelo qual este ganha atenção especial, já que foge do clichê e tenta mostrar que, em alguns casos, o amor pode ser tão complexo como num filme — ou vice-versa.

Tirando a parte floreada, que é exagerada em filmes românticos, a verdade é que nem todo amor é para sempre. Nem todo amor dá certo, inclusive nem todo amor é amor. Às vezes, por um impulso incontrolável nos forçamos a acreditar que aquilo é o que queremos, mas aí, de repente, dá errado. Repensamos tudo e vemos de outros ângulos.

Em situações ambíguas, onde as dúvidas sobressaem, falamos mais do que devemos, pensamos pouco, agimos por impulso. E o futuro fica mais complicado a cada nova tentativa. Somos moldados com base nas falhas, nas derrotas, nas perdas — e também em alguns acertos.

Tom Ford assume a árdua missão de falar dos lados mais obscuros do amor, misturando tensão e romance numa trama muito complexa

Todas essas questões passam por nossas cabeças a cada nova relação, seja ela romântica ou não. E cada pessoa absorve tudo de forma diferente. E para cada nova tentativa, muitas das vezes há um término. Isso mexe com as pessoas e de formas até um tanto inesperadas. Só que lidar com tudo isso não é fácil.

O que tudo isso tem a ver com o filme? Muita coisa. E Tom Ford tenta retratar justamente todo esse caos que habita em torno do amor. Não é uma tarefa fácil, mas há aqui uma boa receita para mostrar esse lado sombrio da coisa.

Animais Noturnos” é uma obra que consegue transitar entre o suspense e o romance, pendendo até mesmo para o terror, mas um terror que existe dentro de nós mesmos. Ainda que seja uma ficção, você vai se indagar sobre questões de personalidade, confiança, fidelidade, paixão, impulso, decepção, crueldade, vingança e um pouco mais.

Intenso do começo ao fim

Poucos filmes — além da série 007 — se dão ao luxo de começar com uma abertura em grande estilo. Tom Ford, no entanto, faz questão de ser extravagante e começa derrubando os forninhos aqui. A primeira sequência do filme é recheada de ousadia e mostra que o filme vem para chocar e mostrar o que ninguém mostra.

O roteiro é bastante propício nesse sentido, uma vez que desenvolve situações bastante tensas. É interessante que o detalhamento nas sequências é algo que ajuda muito na construção da obra. Em vez de apenas lidar de forma superficial com cada situação, Tom Ford usa diálogos longos, vários ângulos, closes que enquadram as reações das pessoas.

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É claro que muito do sucesso se dá pelas excelentes atuações. Jake Gyllenhaal dá profundidade a seu personagem ao enfrentar vários dramas. Há longas tomadas que focam especificamente no rosto do ator, em que vemos o desespero, a tristeza, a angústia e a tensão tomando conta da pessoa. Fica ainda mais complicado ao pensarmos o que faríamos no lugar dele.

Amy Adams também se supera ao mostrar o vazio, o arrependimento, as dúvidas de uma personagem que se questiona sobre sua vida. Apesar de não ser uma protagonista em cenas mais tensas, a atriz se mostra muito competente ao transpassar alguns dramas apenas com o olhar e os momentos de reflexão.

E como não odiar a personalidade (e amar a atuação) de Aaron Taylor-Johnson? O sujeito encarna as nuances do desprezo, da ironia e do deboche. Com um toque incrível de realismo, Johnson se mostra mais do que capaz para dar um contraponto importante à trama. Michael Shannon também não deixa por menos e leva todo o tom de "justiça" para a telona. Com uma transformação radical, inclusive corporal, Shannon agrega muito ao elenco. É um combo perfeito de atores que criam uma teia de acontecimentos coerente e convincente.

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Outro nome que se sobressai é Abel Korzeniowski. Ele não está frente às câmeras, mas se faz presente em muitos momentos com sua majestosa trilha sonora. Os tons distorcidos de violino, as notas sequenciais que vão crescendo aos poucos e ampliando ainda mais a tensão, bem como a repetição de alguns elementos causam incômodo constante na plateia.

Por outro lado, o filme se equilibra também nos momentos de silêncio. Há várias cenas em que a música para e os atores ganham voz e vez para entregar situações ainda mais tensas e repletas de nervosismo. É impossível olhar o que está na tela e não pensar uma dezena de coisas, sobre como seria essa história com qualquer um de nós como protagonista.

A obra se completa com uma harmonia perfeita na fotografia e na edição. Com cenas em ambientes belíssimos, mas um tanto deprimentes devido ao tom sépia e o clima árido, o título deixa o espectador apreensivo e até um tanto deprimido com todas as situações. Com figurinos caprichados e montagem impecável, esta produção agrada em todos os pontos.

No fim, há muito a refletir e aplaudir. “Animais Noturnos” é simplesmente imperdível!

Animais Noturnos | Trailer legendado e sinopse

Susan Morrow (Amy Adams) é uma negociante de arte de Los Angeles que vive uma vida privilegiada, mas incompleta, ao lado de seu marido Hutton Morrow (Armie Hammer). Em um final de semana, após Hutton partir em uma de suas frequentes viagens de negócios, Susan recebe um pacote inesperado: um livro escrito por seu ex-marido, Edward Sheffield (Jake Gyllenhaal), e dedicado a ela. Uma publicação violenta e desoladora.

Jornada Nas Estrelas X: Nêmesis | Trailer oficial e sinopse

Durante o casamento de Riker (Jonathan Frakes) e Troi (Marina Sirtis), Picard recebe mais um motivo para comemorar: os Romulanos querem a paz e o capitão será o emissário da Federação. Contudo, enquanto a Enterprise estava indo em direção ao Império Romulano, um vilão brilhante aguarda - abrigando um plano diabólico de destruição e um segredo inimaginável que dará a Picard seu desafio mais temível.

Elvis e Nixon | Trailer legendado e sinopse

Numa manhã de dezembro de 1970, o rei do rock'n'roll surge no gramado da Casa Branca para solicitar uma reunião com o homem mais poderoso do mundo, o presidente Richard Nixon. Estrelado pelo indicado ao Oscar, Michael Shannon, como Presley, e o ganhador de dois Oscars, Kevin Spacey, como Nixon, Elvis & Nixon relata a história não contada por trás desse momento revelador, ainda que humorístico, no Salão Oval, para sempre imortalizado no material fotográfico mais requisitado no Arquivo Nacional dos Estados Unidos.

Crítica do filme Amor por Direito | A triste luta pela igualdade

Filmes biográficos estão em alta, afinal as pessoas buscam muita inspiração em pessoas de verdade que vivenciaram experiências fantásticas, revolucionaram o mundo ou simplesmente tiveram grande importância para uma determinada causa. No caso de “Amor por Direito”, vemos uma história que consegue reunir quatro gêneros para o debate de algumas pautas de grande importância.

Temos aqui uma biografia cinematográfica que começa falando da policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore), da sua dedicação à carreira, passando pela fase romântica, em que conhece sua amada Stacie Andree (Ellen Page), até chegar a um drama de proporções absurdas que coloca em debate tanto a fragilidade de uma pessoa com uma doença terminal quanto a problemática da igualdade para casais homossexuais.

Para muitos, a abordagem do filme talvez não seja lá grande coisa, afinal muitos países já declararam a legalidade do casamento homossexual. Acontece que estamos em 2016 e, como você já bem deve saber, há um número infindável de casos de homofobia, que geralmente envolvem violência, preconceito, ódio e outras coisas absurdas que mostram como estamos estagnados.

Então, como mudar esse cenário? Oras, fazendo um filme com excelentes atrizes como Julianne Moore e Ellen Page para mostrar como esse tipo de visão retrógrada só prejudica pessoas inocentes que apenas querem viver suas vidas sem fazer mal a ninguém. Vamos falar um pouco sobre essas problemáticas e a produção.

Passando a mensagem de forma clara

Essa questão de direitos parece simples, afinal não se trata de pedir algo absurdo ou privilégios. O filme, inclusive, vem justamente para bater na tecla da igualdade. Casais como Stacie e Laurel existem em todos os lugares do mundo. São apenas pessoas querendo amor, sucesso, alegria e respeito. O mais curioso é perceber que, assim como no filme, as pessoas na vida real só recebem valores invertidos. Qual a necessidade disso?

Poderia ser sua colega, sua prima, sua amiga, sua irmã ou apenas uma pessoa conhecida. Na verdade, mesmo que fosse um desconhecido, você há de convir que não importa quem seja o envolvido na situação, a falta de empatia e respeito para com o próximo se mostra algo totalmente desnecessário. No cinema, a plateia se emociona e chora, mas o longa esclarece que isso é algo comum na vida real.

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Eis aqui o trunfo do filme, retratar que não existe sentido nessa homofobia, ainda mais na questão da politicagem, que nega direitos a cidadãos que pagam seus impostos, vivem sem incomodar ninguém e só querem um pouco de compaixão (pra não dizer apenas o que é justo).

Curioso é perceber também os motivos dados por terceiros para se opor a tal causa. Os colegas de Laurel não fazem questão alguma de dar apoio, mas não apresentam argumentos para tratar uma pessoa tão querida com descaso e uma falta de compaixão sem cabimento. É triste e não é só ficção.

Dedicação para elevar o realismo

Bom, falando da produção como um todo, é mais do que justo enaltecer primeiramente a perfeita sintonia de Julianne Moore e Ellen Page. As duas formam um casal convincente, algo perceptível tanto no início do romance quanto no amor exibido no desenrolar da trama. Page parece um pouco mais participava, mas Moore é mais expressiva e dedicada, até por conta do caso delicado de Laurel.

A maquiagem (ou a falta dela) também incrementa na construção da trama. Julianne Moore se mostra incrivelmente bela e realista sem precisar de quilos de pó e cores no rosto. Isso contribui tanto para a construção do personagem quanto para enaltecer os problemas da doença e do drama vivido por Laurel.

É legal que mesmo coadjuvantes apresentam pontos de vistas que agregam algo ao debate aqui e, certamente, a presença dos atores Michael Shannon e Steve Carell são de suma importância para o desenvolvimento desses personagens que também são comuns na luta da causa. Um deles (Shannon) é o amigo que apoia, que se mostra relutante, mas ainda importante. Outro (Carell) partilha da luta, ainda que se mostre focado em outras questões. Os dois atores se mostram dedicados e muito convincentes e até acrescentam toques de comédia à película.

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Para dar dramaticidade, a produção se apoia muito na fotografia, que apresenta um tom mais verídico e ainda exala delicadeza. Cenas marcantes são apresentadas para ressaltar o romance de Laurel e Stacie, com direito a paisagens belíssimas pensadas para evidenciar a parte apaixonante do relacionamento das duas. Belas sequências na praia, na casa e em outros cenários colaboram muito para enriquecer a parte visual da película.

Algo muito interessante no desenvolvimento de  “Amor por Direito” é perceber que a obra evita o uso de trilhas comerciais. A musicalidade comandada pelo mestre Hans Zimmer e por Johnny Marr é duma sensibilidade ímpar e dá toques sutis aos momentos mais dramáticos. Apesar disso, o tema da Miley Cyrus também merece aplausos, porque caiu como uma luva e se encaixa perfeitamente para uma reflexão.

Um detalhe que talvez incomode aos mais atentos é a falta de continuidade ao caso policial investigado por Laurel no começo da trama. Contudo, o roteiro deixa essa parte de lado, uma vez que só faria sentido insistir em tal assunto se a protagonista continuasse envolvida na situação. Depois, o filme até dá alguma pincelada no caso, só pra não deixar ponta solta, o que é muito bom do ponto de vista de construção.

Quer algumas dicas para curtir este filmão? Primeiro, vá a um cinema confortável, com telona e boa qualidade de som. Não se esqueça de levar lenços, pois você vai precisar. Ah, claro, e também leve o coração aberto, pois você vai amar e se emocionar.

Amor por Direito | Trailer legendado e sinopse

A policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) estão em um relacionamento sério. O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer o relacionamento das duas.