Denis Villeneuve - Café com Filme

Crítica do filme Blade Runner 2049 | Da tecnologia à sedução

Já faz quase meio século que Philip K. Dick previu — em “Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?” — que as máquinas dominariam o mundo. Ainda que aclamada pela crítica, tal obra se popularizou mesmo em “Blade Runner, o Caçador de Androides”, adaptação que levava parte deste universo para a telona.

Dirigido pelo mago da ficção Ridley Scott, o filme que completa seus trinta e poucos anos ganha agora uma continuação inesperada. Ambientado trinta anos no futuro, “Blade Runner 2049” revela que a Terra não mudou tanto, mas que há segredos que podem desencadear em uma série de eventos que podem ser destrutivos.

Nesta continuação, temos um novo blade runner na trilha investigativa. O policial K (Ryan Gosling) segue à risca as ordens da tenente Joshi (Robin Wright) e, em seu atual caso, ele tem a incumbência de interrogar um fazendeiro rebelde e levá-lo para as autoridades. Todavia, a missão que parecia bastante simples acaba dando pistas para uma nova apuração.

Após desenterrar uma caixa misteriosa, ele encontra pistas que podem indicar onde está o antigo blade runner Rick Deckard (Harrison Ford). Como o policial aposentado está relacionado aos novos fatos? O que a polícia sabe de fato sobre as pistas deste caso? E qual a ligação da empresa dos replicantes por trás disso tudo?

Há inúmeras indagações e não pretendo dar pistas neste texto, já que as respostas estão todas nas 2 horas e 43 minutos de filme, tempo bem aproveitado para expandir este universo a patamares inimagináveis. Com isso, posso adiantar que “Blade Runner 2049” não é apenas uma sequência espetacular, mas uma ficção ousada e muito completa. Vamos prosear.

Um vislumbre nítido do futuro

Toda obra cinematográfica pode estar um tanto limitada à sua época de produção, bem como à proposta de roteiro. No caso desta continuação, o atual momento é mais do que propício para criar e transformar toda a parte artística de inúmeras formas, já que a tecnologia de efeitos visuais não é uma limitação para a ambição da equipe de design e fotografia.

Falando na história do filme, há elementos reaproveitados e expandidos do longa-metragem de origem, mas, graças ao avanço no período de narração de “Blade Runner 2049”, podemos perceber como é possível incrementar ainda mais um universo rico em imaginação e levar a plateia para um futuro mais coerente e até convincente. Tecnologia é a palavra-chave e ela está em tudo, de carros a sistemas, de androides a interfaces.

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Enquanto o primeiro título era focado no cenário noturno e em ambientes fechados, a obra dirigida por Denis Villeneuve nos dá uma imersão maior na grande cidade dos androides. O colorido ainda é chamativo, porém há maior nível de detalhes na construção de cenários, com uso de luzes, imagens, outdoors e elementos futuristas que deixam a ambientação mais crível.

Inúmeras cenas são desenvolvidas em plena luz do dia, mostrando regiões inexploradas da Califórnia dividida entre devastação e megaconstruções. Um simples passeio do policial K pelas ruas já é motivo para ficar extasiado com o avanço tecnológico. É claro que aqueles que já viram “Vigilante do Amanhã” podem notar similaridades, mas há inovação para todos os lados.

Os novos personagens apresentados em “Blade Runner 2049” são elementos-chave para essa expansão gloriosa já comentada. Primeiramente, temos o protagonista que, além de ser um androide charmoso, é um herói complexo em todos os sentidos. É talvez a presença de K que garante um desenvolvimento tão misterioso e ao mesmo tempo atraente para a trama.

A interação com sua namorada Joi (Ana de Armas) também vem a calhar, pois ela dá mais uma pincelada das novas tecnologias e agrega em cenas marcantes que reforçam a importância do Blade Runner na trama. Apesar de secundário e justificável, quem fica devendo no desenrolar da história é Jared Leto, que dá uma de Coringa e novamente só aparece de enfeite.

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Tão importante quanto o desenvolvimento de cenário e a imersão dos personagens na história é a direção suprema de Denis Villeneuve, que cria uma conexão perceptível com a narração do roteiro — e também com o estilo de Ridley Scott — e inova ao acrescentar seu dinamismo em inúmeras ocasiões. Todo o aspecto minimalista dos ambientes internos, bem como a característica colossal dos grandes cenários aflora com a visão bem aguçada do diretor.

Revirando a poeira do passado

É claro que Villeneuve não leva os créditos sozinho. Roger Deakins é o homem por trás da fotografia, sendo então um visionário que levou essa nova perspectiva do deserto para o universo de Blade Runner. Há toda uma imensidão, lugares inóspitos, montanhas inacabáveis de lixo e muita poeira — numa tonalidade laranjada que deixa o visual estonteante — que nos levam a conhecer mais do mundo inabitado.

E não é preciso ver o filme para saber que, no meio disso tudo, em algum momento veremos Deckard novamente. O personagem está aqui com dois propósitos: vender ingressos (afinal, os fãs podem se interessar muito mais por revê-lo na telona) e agregar valor ao roteiro, que acaba usando alguns fatos do passado para fazer a ponte e deixar as coisas mais interessantes.

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Seria perfeitamente possível fazer uma continuação sem o policial do primeiro filme, mas sua participação é conveniente e deixa o roteiro bem mais atraente. Apesar de puxar alguns acontecimentos do primeiro longa-metragem, posso afirmar com tranquilidade que não se faz necessário ver o primeiro filme para entender os pormenores da história.

Os roteiristas Michael Green (de “Alien: Covenant” e “Logan”) e Hampton Fancher (de “Blade Runner, o Caçador de Androides”) deixaram a história bem mastigada, ainda que alguns bugs (ou furos) sejam perceptíveis na trama. Os mais atentos vão ver que nem tudo foi resolvido em sua essência, mas pequenas incoerências nem de longe atrapalham a magnitude do filme.

Finaliza o pacote de “Blade Runner 2049” a trilha sonora espetacular e sem precedentes do mestre Hans Zimmer (que você já conhece de inúmeros filmes de Christopher Nolan) e de seu parceiro Benjamin Wallfisch (nome de peso que se destacou neste ano pelas trilhas de “IT – A Coisa” e “Annabelle 2”).

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A colaboração aqui é impecável e o tom de cada artista é notável por características simples, mas que já marcaram suas carreiras. Hans Zimmer entra com tudo com recursos mais pesados, que lembram muito os grandes estrondos de “Dunkirk”, enquanto Wallfisch garante o tom de mistério constante em boa parte da trama.

O resultado são composições intensas, que remetem à sonoridade clássica do Vangelis (compositor da trilha do primeiro filme), porém inovadoras a seu tempo ao trazer algo muito mais robótico e assustador, o que caracteriza bem esse futuro mais carregado de suspense e tecnologia. A trilha já está disponível no Spotify.

Felizmente, todos esses momentos não se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. 

Hoje, temos uma continuação fenomenal chegando aos cinemas, que deve perpetuar o mundo dos replicantes e os Blade Runners para a eternidade. Veja e contemple o futuro!

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Quais foram os vencedores do Oscar 2017? Veja a lista completa!

Em uma noite que começou com performance de Justin Timberlake, passando por docinhos caindo do teto e uma infinidade de referências aos imigrantes e ao bendito do muro do Trump, finalmente conhecemos os vencedores do Oscar da Academy Award.

A cerimônia aconteceu nesse domingo (27) no Dolby Theatre com a divertida apresentação de  Jimmy Kimmel e trouxe uma série de supresas,  com vencedores entre os candidatos menos cogitados.

A grande estrela da noite, como esperado, foi "La La Land: Cantando Estações", que levou Melhor Diretor, Melhor Atriz, Design de Produção, Fotografia, Trilha Sonora, Melhor Canção Original, por City of Stars e, acidentalmente, quase leva o de Melhor Filme. Mas não foi dessa vez, e o grande destaque terminou por ser "Moonlight: Sob a Luz do Luar", que levou a estatueta principal.

Confira estas e as demais premiações no Oscar 2017 na lista abaixo!

Melhor Filme

Moonlight: Sob a Luz do Luar

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A Chegada

A Qualquer Custo 

Até o Último Homem

Um Limite Entre Nós 

Estrelas Além do Tempo

La La Land - Cantando Estações

Lion - Uma Jornada para Casar

Manchester à Beira-Mar

Melhor Direção

Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

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Denis Villeneuve, por A Chegada

Mel Gibson, por Até o Último Homem

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Ator

Casey Affleck, por Manchester à Beira-Mar

ator caseyaffleck f43df

Andrew Garfield, por Até o Último Homem

Viggo Mortensen, por Capitão Fantástico

Denzel Washington, por Um Limite Entre Nós

Ryan Gosling, por La La Land - Cantando Estações

Ator Coadjuvante

Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

MahershalaAli Moonlight Atorcoadjuvante 28eb5

Jeff Bridges, por A Qualquer Custo

Michael Shannon, por Animais Noturnos

Dev Patel, por Lion - Uma Jornada para Casa

Lucas Hedges, por Manchester à Beira-Mar

Melhor Atriz

Emma Stone, por La La Land - Cantando Estações

atriz emmastone 83cb6

Isabelle Huppert, por Elle

Meryl Streep, por Florence: Quem é Essa Mulher?

Natalie Portman, por Jackie

Ruth Negga, por Loving

Atriz Coadjuvante

Viola Davis, por Um Limite Entre Nós

atrizcoadjuvante violadavis 2ffb5

Octavia Spencer, por Estrelas Além do Tempo

Nicole Kidman, por Lion - Uma Jornada para Casa

Michelle Williams, por Manchester à Beira-Mar

Naomie Harris, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Roteiro Original

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

roteirooriginal manchester 277dc

Mike Mills, por 20th Century Women

Taylor Sheridan, por A Qualquer Custo

Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Yorgos Lanthimos, por O Lagosta

Roteiro Adaptado

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

roteiroadaptado moonlight 388d3

Eric Heisserer, por A Chegada

Alison Schroeder, Ted Melfi, Lori Lakin Hutcherson, por Estrelas Além do Tempo

August Wilson, por Um Limite Entre Nós

Luke Davies, por Lion - Uma Jornada para Casa

Documentário

O.J.: Made in America, de Ezra Edelman e Caroline Waterlow

ojmadeinamerica documentario 57118

Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi e Donatella Palermo

Eu Não Sou Seu Negro, de Raoul Peck, Rémi Grellety e Hébert Peck

Life, Animated, de Roger Ross Williams e Julie Goldman

13ª Emenda, de Ava DuVernay, Spencer Averick e Howard Barish

Documentário de Curta-MEtragem

Os Capacetes Brancos, de Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara

curtadocumentario capacetesbrancos 1a739

Extremis, de Dan Krauss

Watani: My Homeland, de Marcel Mettelsiefen e Stephen Ellis

4.1 Miles, de Daphne Matziaraki

Joe's Violin, de Kahane Cooperman e Raphaela Neihausen

Montagem

Até o Último Homem

edicao ateoultimohomem bbe04

A Chegada

A Qualquer Custo

La La Land - Cantando Estações

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Maquiagem e Cabelo

Esquadrão Suicida

maquiagem esquadraosuicida 28069

A Man Called Ove

Star Trek: Sem Fronteiras

Trilha Original

La La Land - Cantando Estações
Justin Hurwitz

trilha lalaland 6f180

Jackie
Mica Levi

Lion - Uma Jornada para Casa
Dustin O'Halloran

Moonlight: Sob a Luz do Luar
Nicholas Britell

Passageiros
Thomas Newman

Design de Produção

La La Land - Cantando Estações

designdeproducao lalaland 55b68

A Chegada

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Ave, César!

Passageiros

Curtas

Sing

curta sing 35a94

Ennemis Intérieurs

La Femme et le TGV

Silent Nights

Timecode

Animação

Zootopia

animacao zootopia 3b4e8

A Tartaruga Vermelha

Kubo e as Cordas Mágicas

Minha Vida de Abobrinha

Moana - Um Mar de Aventuras

Curta de Animação

Piper

curtaanimacao piper 3337a

Blind Vaysha

Borrowed Time

Pear Cider and Cigarettes

Pearl

Filme Estrangeiro

O Apartamento - Irã

estrangeiro oapartamento c2edf

A Man Called Ove - Suécia

Land of Mine - Dinamarca

Tanna - Austrália

Toni Erdman - Alemanha

Fotografia

La La Land - Cantando Estações

fotografia lalaland de1b1

A Chegada

Lion - Uma Jornada para Casa

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Silêncio

Figurino

Animais Fantásticos e Onde Habitam

figurino animaisfantasticos 2046d

Aliados

Florence: Quem é Essa Mulher?

Jackie

La La Land - Cantando Estações

Canção Original

"City Of Stars"
La La Land - Cantando Estações

"Audition (The Fools Who Dream)"
La La Land - Cantando Estações

"Can't Stop The Feeling"
Trolls

"The Empty Chair"

Jim: The James Foley Story

"How Far I'll Go"
Moana - Um Mar de Aventuras

Efeitos Visuais

Mogli - O Menino Lobo

efeitosespeciais mogli f516d

Doutor Estranho

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Kubo e as Cordas Mágicas

Rogue One: Uma História Star Wars

Edição de Som

A Chegada

edicaodesom achegada b14a2

Até o Último Homem

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

La La Land - Cantando Estações

Sully: O Herói do Rio Hudson

Mixagem de Som

Até o Último Homem

mixagemdesom ateoultimohomem 7d45a

A Chegada

La La Land - Cantando Estações

Rogue One: Uma História Star Wars

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

m cafe 5407e

E você, curtiu os resultados? Se ainda não conseguiu ver tudo, acesse as fichas, veja os trailers e confira as nossas críticas!

Oscar 2017: Lista de indicados é liderada por La La Land

Nesta terça-feira, 24 de janeiro, foi divulgada a lista de indicados ao Oscar. E, assim como no Globo de Ouro, em que fez história como o mais premiado de todas a edições, "La La Land - Cantando Estações" também se destacou na relação da Academy Awards. Foram 14 aparições em 13 categorias, sendo duas delas na de Melhor Canção Original.

Mas nem só de musical será essa edição, que também coloca em evidência dramas como "Moonlight: Sob a Luz do Luar", suspenses como "A Chegada" e filmes biográficos como "Estrelas Além do Tempo". 

Abaixo, você confere a lista completa de indicados ao Oscar 2017! Caso queira saber o que achamos dos filmes, clique no ícone do café ao lado de cada nome para conferir a respectiva crítica!

Melhor Filme

A Chegada m cafe 5407e

A Qualquer Custo 

Até o Último Homem m cafe 5407e

Um Limite Entre Nós 

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Estrelas Além do Tempo m cafe 5407e

La La Land - Cantando Estações m cafe 5407e

Lion - Uma Jornada para Casar m cafe 5407e

Manchester à Beira-Mar m cafe 5407e

Moonlight: Sob a Luz do Luar m cafe 5407e

Melhor Direção

Denis Villeneuve, por A Chegada

Mel Gibson, por Até o Último Homem

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Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Ator

Andrew Garfield, por Até o Último Homem

Viggo Mortensen, por Capitão Fantástico m cafe 5407e

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Denzel Washington, por Um Limite Entre Nós

Ryan Gosling, por La La Land - Cantando Estações

Casey Affleck, por Manchester à Beira-Mar

Ator Coadjuvante

Jeff Bridges, por A Qualquer Custo

Michael Shannon, por Animais Noturnos m cafe 5407e

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Dev Patel, por Lion - Uma Jornada para Casa

Lucas Hedges, por Manchester à Beira-Mar

Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Atriz

Isabelle Huppert, por Elle m cafe 5407e

Meryl Streep, por Florence: Quem é Essa Mulher?

Natalie Portman, por Jackie m cafe 5407e

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Emma Stone, por La La Land - Cantando Estações

Ruth Negga, por Loving

Atriz Coadjuvante

Octavia Spencer, por Estrelas Além do Tempo

Viola Davis, por Um Limite Entre Nós

Nicole Kidman, por Lion - Uma Jornada para Casa

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Michelle Williams, por Manchester à Beira-Mar

Naomie Harris, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Roteiro Original

Mike Mills, por 20th Century Women

Taylor Sheridan, por A Qualquer Custo

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Damien Chazelle, por La La Land - Cantando Estações

Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar

Yorgos Lanthimos, por O Lagosta

Roteiro Adaptado

Eric Heisserer, por A Chegada

Alison Schroeder, Ted Melfi, Lori Lakin Hutcherson, por Estrelas Além do Tempo

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August Wilson, por Um Limite Entre Nós

Luke Davies, por Lion - Uma Jornada para Casa

Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Documentário

Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi e Donatella Palermo m cafe 5407e

Eu Não Sou Seu Negro, de Raoul Peck, Rémi Grellety e Hébert Peck

Life, Animated, de Roger Ross Williams e Julie Goldman

O.J.: Made in America, de Ezra Edelman e Caroline Waterlow

13ª Emenda, de Ava DuVernay, Spencer Averick e Howard Barish

Documentário de Curta-MEtragem

Extremis, de Dan Krauss

Watani: My Homeland, de Marcel Mettelsiefen e Stephen Ellis

Os Capacetes Brancos, de Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara

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4.1 Miles, de Daphne Matziaraki

Joe's Violin, de Kahane Cooperman e Raphaela Neihausen

Montagem

A Chegada

A Qualquer Custo

Até o Último Homem

La La Land - Cantando Estações

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Maquiagem e Cabelo

A Man Called Ove

Star Trek: Sem Fronteiras m cafe 5407e

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Esquadrão Suicida m cafe 5407e

Trilha Original

Jackie
Mica Levi

La La Land - Cantando Estações
Justin Hurwitz

Lion - Uma Jornada para Casa
Dustin O'Halloran

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Moonlight: Sob a Luz do Luar
Nicholas Britell

Passageiros m cafe 5407e
Thomas Newman

Design de Produção

A Chegada

Animais Fantásticos e Onde Habitam m cafe 5407e

Ave, César! m cafe 5407e

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La La Land - Cantando Estações

Passageiros

Curtas

Ennemis Intérieurs

La Femme et le TGV

Silent Nights

Sing

Timecode

Animação

zootopia1 f8875

A Tartaruga Vermelha

Kubo e as Cordas Mágicas m cafe 5407e

Minha Vida de Abobrinha

Moana - Um Mar de Aventuras m cafe 5407e

Zootopia m cafe 5407e

Curta de Animação

Blind Vaysha

Borrowed Time

borrowedtime f9e03

Pear Cider and Cigarettes

Pearl

Piper

Filme Estrangeiro

A Man Called Ove - Suécia

Land of Mine - Dinamarca

Tanna - Austrália

O Apartamento - Irã

Toni Erdman - Alemanha

Fotografia

silence1 e41a8

A Chegada

La La Land - Cantando Estações

Lion - Uma Jornada para Casa

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Silêncio

Figurino

Aliados

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Animais Fantásticos e Onde Habitam

Florence: Quem é Essa Mulher?

Jackie

La La Land - Cantando Estações

Canção Original

"Audition (The Fools Who Dream)"
La La Land - Cantando Estações

"Can't Stop The Feeling"
Trolls

"City Of Stars"
La La Land - Cantando Estações

"The Empty Chair"
Jim: The James Foley Story

"How Far I'll Go"
Moana - Um Mar de Aventuras

Efeitos Visuais

Doutor Estranho m cafe 5407e

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo m cafe 5407e

Mogli - O Menino Lobo m cafe 5407e

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Kubo e as Cordas Mágicas

Rogue One: Uma História Star Wars m cafe 5407e

Edição de Som

A Chegada

Até o Último Homem

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

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La La Land - Cantando Estações

Sully: O Herói do Rio Hudson m cafe 5407e

Mixagem de Som

A Chegada

Até o Último Homem

La La Land - Cantando Estações

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Rogue One: Uma História Star Wars

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

m cafe 5407e

Curtiu os indicados? Faça suas apostas, pois a premiação tem data marcada para o dia 26 de fevereiro e você acompanha a cobertura aqui pelo Café com Filme!

Melhores do ano | Os filmes tops de 2016 que você precisa ver — ou rever

Que ano, hein?! Você talvez não tenha reparado, mas 2016 foi repleto de boas novidades nas salas de cinema do Brasil. Tivemos muitos blockbusters e filmes alternativos que nos fizeram dar ainda mais valor para estilos diferentes de arte.

O ano começou com sucessos como “Spotlight – Segredos Revelados”, “Os Oito Odiados”, “O Bom Dinossauro”, “Steve Jobs”, “Creed: Nascido para Lutar”, “Carol”, “Peanuts, O Filme”, “O Regresso”, “A Grande Aposta”, “O Filho de Saul”, “A Garota Dinamarquesa”, “Brooklyn”, “O Quarto de Jack” e “Trumbo: Lista Negra”.

Achou muita coisa? Não conseguiu ver nem metade desses? Então, saiba que todos esses filmes chegaram aqui nos primeiros dois meses, sendo que muitos até apareceram no Oscar e alguns até levaram estatuetas para casa! Só que não para por aí... No decorrer do ano, tivemos dezenas de outros filmes excelentes.

Bom, para você que perdeu os filmes mais legais, nossa equipe separou dicas com alguns títulos empolgantes (alguns blockbusters), emocionantes (para reflexões profundas) e diferentes (incluindo obras do cinema europeu e pouco comuns). É claro que não dá para citar todos os filmes do ano, então contamos com sua ajuda para dar sugestões nos comentários.

A Conexão Francesa

por Fábio Jordão

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Nossa lista começa com uma obra francesa que estreou lá em março. Baseado em uma história real, “A Conexão Francesa” é um filmão de ação que mostra a jornada do juiz Pierre Michel (Jean Dujardin) para desmembrar uma quadrilha de traficantes.

Com uma pegada mais realista, você confere como este homem da justiça, usando de meios legais, caçou o grupo criminoso comandado por Gartan Zampa (Gilles Lellouche), que expandiu os negócios para fora do país, no esquema que recebeu o nome de Conexão Francesa.

A trama com reviravoltas tem um dinamismo intenso, que foge dos clichês de filmes de Hollywood. Nada de cenas com um homem só detonando um exército ou dando piruetas. Aqui, a violência é retratada de perto e choca pelo tom de realidade. Um filme muito bem produzido, executado e pouco fantasiado. Imperdível!

A Chegada

por Carlos Augusto Ferraro

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Denis Villeneuve já era um de meus diretores favoritos e com "A Chegada" ele realmente mostra todo seu talento. O filme é um forte concorrente para algumas categorias do Oscar 2017, certamente estará na corrida com indicações para melhor atriz (Amy Adams) e possivelmente melhores efeitos especiais, fotografia, direção e roteiro adaptado.

Sem sombra de dúvida, o destaque é a atuação de Amy Adams, que está sensacional na pele de uma linguista que serve de “mediadora / tradutora” quando alienígenas chegam à Terra. Sua atuação aproveita todas as nuances da trama, que transita de maneira livre e inteligente entre a ficção científica e o drama.

O diretor Denis Villeneuve constrói um filme preciso, no qual todas as partes se encaixam perfeitamente, uma complementando a outra.

Amor por Direito

por Lu Belin

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Durante esse ano, tivemos uma avalanche de produções dedicadas a mostrar a perspectiva de grupos minoritários o subalternos: populaçao LGBTT, população negra, mulheres.  "Amor por Direito" é um filme que merece estar nesta lista porque representa com grande dignidade esse movimento importante do cinema em 2016.

O longa-metragem retrata a história real de um dos primeiros casais homoafetivos a enfrentarem na justiça e na categoria profissional a luta por reconhecimento de seu relacionamento. Laurel Hester, uma policial da cidade de New Jersey, conhece a jovem borracheira Stacie Andree, e ambas engatam em um namoro, rumando para morar juntas.

O problema é que os Estados Unidos, embora já aceitem casamentos entre pessoas do mesmo sexo, não reconhecem ainda a união no que diz respeito repasse de benefícios sociais. Então, quando Laurel descobre que possui uma doença grave, ambas entram em uma disputa contra a toda a organização policial vigente para permitir que Stacie fique com sua pensão, como cônjuge.

Bem construído em termos de narrativa e roteiro, o longa-metragem aborda a temática com sensibilidade e precisão, sem enrolação nem sensacionalismos, de forma emocionante a ponto de levar o público às lágrimas. E tudo isso com o bônus da atuação brilhante de Julianne Moore e Ellen Page como casal.

Deadpool

por João Gabriel de Souza

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Bom, serei sincero. Deadpool não é um filme maravilhoso e que você precisa muito assistir. Tem enredo clichê e produção meia boca, mas, calma, vou explicar meus motivos para escolher esse como um dos meus favoritos de 2016.

Deadpool não superou minhas expectativas, mas as atingiu. Foi o primeiro filme que conseguiu passar para as telonas a alma de um personagem tirado dos quadrinhos, tornando assim um filme fiel ao das HQs do anti-herói tagarela.

O longa não teve grande orçamento e só foi feito para agradar os tantos fãs. Apesar de a história não ser espetacular, o filme traz piadas sujas (até mesmo satirizando a Fox, que produziu o filme) e violência gratuita, que proporciona muita diversão, garante boas risadas e mostra cenas que a gente nunca esperar ver num filme de herói.

O que brilha aqui é a atuação de Ryan Reynolds, o qual encarnou o espírito do anti-herói e atuou sem medo, tanto no filme em si quanto nas campanhas publicitárias que, convenhamos, serviram como uma extensão do que foi apresentado na telona.

Invasão Zumbi

por Carlos Augusto Ferraro

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"Invasão Zumbi" chegou ao Brasil no apagar das luzes de 2016, mas já vinha fazendo barulho pelo resto do mundo, onde já havia estreado algum tempo atrás. O título é uma bela surpresa do oriente. Como fã de filmes de zumbi, não poderia deixar o lançamento passar em branco, e me deparei com algo muito melhor do que o esperado.

O título acerta em diferentes níveis e se estabelece como um dos grandes do gênero. O ritmo acelerado, como um trem bala, e o ambiente claustrofóbico ajudam a contar mais de uma história no mesmo filme.

Sim, no cerne, "Invasão Zumbi" é sobre a sobrevivência em meio a um apocalipse zumbi, mas o roteiro estratificado traz uma das mais enternecedoras histórias de família, além de explorar a velha luta de classes, bem como a fragilidade psicológica das pessoas quando expostas a cenários tão extremos. "Invasão Zumbi" pega elementos que funcionam, mesmo que mal explorados, de "Guerra Mundial Z" e os aplica em uma dinâmica à la "Expresso do Amanhã" com muito sucesso.

Kubo e as Cordas Mágicas

por João Gabriel de Souza

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A animação conta a história de um garotinho chamado Kubo que mora com sua mãe numa cidade litorânea. Seu pai está perdido, e sua mãe, após sofrer um acidente de barco, se encontra muito doente. Alertado sobre os perigos da noite, Kubo parte em uma aventura para encontrar três peças da armadura de seu pai.

Digo desde o início da minha argumentação que, a meu ver, esta é a melhor animação do ano. Produzido pela Laika — famosa por Coraline e Paranorman — o longa conquista pelo visual. Todo em stop-motion muito bem trabalhado, a animação cumpre com maestria as técnicas do cinema, fornecendo uma experiência cinematográfica brilhante.

Além da parte visual fascinante, “Kubo e as Cordas Mágicas” traz uma história profunda cheia de reflexão. O enredo é repleto de interpretação com uma mostra fiel da mitologia japonesa. A trilha sonora funciona quase como uma personagem principal, que leva o espectador a se emocionar facilmente. Um filme para rever várias vezes!

O Homem nas Trevas

por Lu Belin

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Um dos melhores suspenses recentes, "O Homem nas Trevas" consegue deixar o público sem ar do começo ao fim, com sequências insanas de perseguição, de escuridão e de necessidade de ficar extremamente em silêncio.

O roteiro relata o dia em que três jovens decidem invadir a casa de um homem cego que supostamente teria uma grande quantidade de dinheiro escondida no porão de casa. Afinal, que perigo uma pessoa que não enxerga pode oferecer, não é mesmo? Mas é aí que eles se enganam. O morador sabe muito mais do que se defender à altura, e acaba se tornando mais perseguidor do que vítima, quando desliga as luzes de casa e inicia uma caçada para encurralar os invasores.

Do diretor Fede Alvarez, o longa é bem amarradinho na maior parte do tempo e traz algumas revelações surpreendentes  e instigantes, que fazem com que o público fique tão tenso quanto os próprios protagonistas e queira saber logo o que vai acontecer em seguida. O suspense do ano!

Star Trek: Sem Fronteiras

por Fábio Jordão

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O universo de Jornada nas Estrelas completou meio século em 2016, ano em que a Paramount Pictures resolveu levar a saga cinematográfica para um novo patamar. Apesar de o reboot lá de 2009 ter sido bem acertado, levou um tempo para vermos uma história original e ousada nas telonas.

Com um roteiro mais livre, a trama de “Sem Fronteiras” chega com novos personagens, naves e planetas. Só isso já seria motivo de celebração, mas a produção ainda desenvolve bem os protagonistas e traz uma ação conjunta sintonizada, o que leva a uma conexão profunda com o cerne de Star Trek.

De fato, o ritmo aqui é mais ousado, mas ele ainda é permeado por cenas inteligentes, com muito espaço para explorar o desconhecido. Se o seu negócio é uma boa ficção espacial ou se você, assim como eu, é um grande fã da turma de Spock e Kirk, “Star Trek: Sem Fronteiras” tem de ser visitado várias vezes.

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É claro que esses são apenas alguns dos tantos filmes excelentes deste ano, então gostaríamos que você também ajudasse com sua opinião nos comentários. Para você, quais foram os longas mais emocionantes de 2016?

Blade Runner 2049 | Novo trailer legendado e sinopse

Trinta anos depois dos eventos do primeiro filme, um novo blade runner, um oficial da Polícia de Los Angeles (Ryan Gosling) remexe em um segredo há tempo enterrado e que tem o potencial destrutivo de levar a sociedade ao caos.

A descoberta do policial K o leva em busca de um ex blade runner da policia de Los Angeles, Rick Deckard (Harrison Ford), que está desaparecido por 30 anos.

Crítica do filme A Chegada | Sem ruídos de comunicação

"A Chegada" é a confirmação de Denis Villeneuve (Incêndios) como um dos grandes nomes dessa geração. O diretor franco-canadense usa seu toque particular para transformar o que poderia ser um mero filme de ficção em um drama intimista com aspirações filosóficas.

O diretor se esquiva, com muita elegância, da maioria dos clichês da “invasão alienígena hollywoodiana” e entrega uma produção que funciona em diferentes níveis e gêneros.

Ao mesmo tempo em que pode ser consumido como entretenimento rápido, o filme também levanta questões que farão você continuar a “ver o filme” mesmo depois de sair da sala de cinema.

Amy Adams está excelente no papel de Louise Banks, uma mulher melancólica que se vê inserida em uma "missão diplomática intergalática" quando doze naves alienígenas aparecem espalhadas pelo globo. O filme também conta com outros nomes de peso, na frente e atrás das câmeras.

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Jeremy Renner e Forest Whitaker dão força ao elenco principal, enquanto o cinematografista Bradford Young (Selma) entrega takes longos e fluidos, à la Terrence Malick, e o compositor Jóhann Jóhannsson (A Teoria de Tudo) apresenta uma trilha esparsa, mas impactante.

Tradução juramentada

Inspirado no conto “A História da sua Vida”, de Ted Chiang, "A Chegada" acompanha Louise Banks (Amy Adams), uma lingüista renomada que é recrutada pelo governo quando 12 óvnis surgem na Terra. Ao lado dos militares e de um cientista chamado Ian (Jeremy Renner), Louise corre contra o tempo para desenvolver uma linha de comunicação com os alienígenas e responder a uma simples pergunta: qual o propósito deles na Terra?

Aparentemente, os visitantes não pegaram a sua cópia do Guia do Mochileiro das Galáxias e, por isso, estão sem o seu Peixe Babel (a criaturinha tradutora universão). Sem uma saudação harmônica de cinco tons como em Contatos Imediatos do Terceiro Grau, os Heptapods (como são apelidadas os visitantes) possuem uma língua abstrata, com vocalizações reminiscentes a sons de cetáceos apaixonados e um vernáculo que parece uma mistura de ideograma oriental e teste projetivo de Rorschach (aquele dos borrões de tinta).

Como toda boa ficção científica, A Chegada tem algo muito pertinente a dizer sobre a sociedade contemporânea.

O processo é lento, e na sociedade imediatista contemporânea à espera serve apenas para gestar o medo e elevar as tensões, visto que as intenções dos Heptapods seguem um mistério. No meio disso está Louise, cuja imersão na língua dos alienígenas é pontuada por frequentes visões da sua vida e de momentos com sua filha. O processo de aprendizado muda completamente a percepção de Louise, permitindo uma compreensão muito mais profunda não apenas das criaturas, mas do universo e dela própria.

Obviamente, um dos temas centrais do filme é a comunicação, ou a falta dela. Quando observamos um momento de ascensão das extremas direitas nacionalistas pelo mundo afora, a necessidade de diálogo se torna imperativa, independente das diferenças culturais. 

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A Chegada é um filme prismático e pode ser assistido por meio de diferentes lentes, alterando o foco, e conseqüentemente, seu espectro final. Não ousaria me enveredar aqui por meandros psicanalíticos, mas é natural fazer a conexão com aforismos lacanianos, considerando o inconsciente estruturado como linguagem. Outros pontos interessantes seguem a análise semiótica de Saussure. Como disse, "A Chegada" é um filme diverso, que carrega inúmeras traduções possíveis. Isso sem entrar nos méritos das discuções de gênero, haja vista que a grande protagonista do filme é uma mulher.

A história da sua vida 

Jeremy Renner (Ian Donnelly) e Forest Whitaker (Cel. Weber) estão excelentes, mas é Amy Adams (Louise Banks) quem domina a película. Não apenas por ser a protagonista ou por contar com um roteiro que lhe dá espaço de sobra para exercitar sua arte, mas por entregar uma atuação visualmente mais memorável do que qualquer criatura ou nave renderizada pelos computadores.

Louise possui um lado sombrio, uma dor, que Adams transparece em todos os momentos que está em cena. A atriz faz com que o espectador permaneça ancorado na sua jornada, nos trazendo de volta para ela, mesmo quando a trama ganha uma escala global.

Não estou falando de uma atuação explosiva. Adams, inteligentemente, constrói uma Louise cuja sutileza exterior abriga, ou melhor, represa uma gama enorme de emoções. Essa exploração das sutilezas da personagem traz grandes recompensas narrativas no terceiro ato.

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Por falar em terceiro ato, Villeneuve parece ter entendido muito bem o paradigma narrativo. Em todas as suas obras o diretor guia o filme com muita fluidez, e consegue entregar um terceiro ato sólido e surpreendente.

Além disso, diferentemente do que acontece com as “viradas surpresas” de vários filmes, em nenhum momento o espectador se sente traído. Os fatos são mostrados pouco a pouco, sem nenhuma omissão negligente e as revelações finais surpreendentes emergem “naturalmente” dentro da narrativa.

"A Chegada" é sem sombra de dúvida um dos grandes destaques de 2016. Trata-se de um filme que agradará tanto aos fãs de ficção científica como aqueles que buscam um bom drama pessoal, mas os pontos altos ficam por conta da atuação de Amy Adams e do refinamento de Denis Villeneuve.